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História Big Bad Alice - Revelações


Escrita por: M3LL155XHeart

Capítulo 4 - Revelações


Eu não estou preparada para partir, mas não havia nada que eu não pudesse fazer. A água já havia chegado à minha cabeça, eu estou submersa. Fecho meus olhos que anseiam pela vida-pós-morte.

...

Acordo do desmaio com um grande suspiro. Eu estou totalmente seca, e tudo que estava em meu subconsciente emergiu da escuridão.

Agora eu descobri meu passado, mas sinto que não me droguei por que eu simplesmente quis. Alguém estava contra mim, e tudo indica que foi a Madame Marx. Felizmente ao acordar a porta estava aberta. Mas quem será que abriu para mim?

Fui direto para o meu quarto e peguei mais “Tocas do Coelho” para o País das Maravilhas. E lá estava eu, novamente no passado, sendo punida pela Rainha.

-Vadia! Você tem sorte de o Gato estar do seu lado, se não já estaria morta.

-O que vai acontecer comigo, Majestade?

-Nada demais. Você vai comer alguns desses bolinhos diariamente, até quando eu sentir que não será mais necessário.

-Para que esses bolinhos, Majestade?

-São alucinógenos. Além de Vadia, agora vai ser drogada. Bom proveito do seu novo inferno. Ah... E agora, você será conhecida no reino como um monstro, sua reputação está acabada.

-Mas Senhora, perdoe-me, por favor. Eu negava me submeter aos abusos do Rei desde o princípio, mas eu era obrigada. Eu não queria...

-CALE A BOCA! Agora você é meu mascote, Vadia. Eu sempre quis ter um dragão, negro, sujo como o pecado, mortal, assassino e cruel. E achei tudo isso em você.

-Mas por que, Majestade?

-Você é horrorosa, suja como o próprio Diabo, existe morte em seus olhos e alma, você assassinou o amor que eu tinha pelo Rei, e foi cruel ao despedaçar meu coração.

-Perdoe-me...

-Calada, ou eu corto sua língua. Agora coma todos esses bolinhos.

 A Rainha colocou sobre minhas pernas uma bandeja com no mínimo mais de 10 bolinhos alucinógenos. A Rainha me manteve presa, me drogando durante meses. Isso explica meu vício e minha falta de memória.

Com o tempo eu metaforicamente me tornei o Dragão de muitas histórias que eu ouvi. Eu quero acordar, quero buscar fatos no mundo real. Quero parar de viver no País das Maravilhas, que de repente estava virando meu inferno particular.

Procurando o caminho para voltar pra casa, encontrei-me com o Chapeleiro.

-Chapeleiro! Olá!

-Alice, minha Majestade! Como vai?

-De mal a pior, Chapeleiro...

-E tenha algo que eu possa fazer para ajudar?

-Sim, claro. Primeiro me dizer o que a Lebre tem. Ela está estranha...

-Ah, aquela imunda. Não soube, Alice?

-Soube do que?

-A Lebre se matou cortando sua própria garganta. Nós do Reino ainda não falamos para ninguém, porque podem pensar que fomos nós... Você sabe, nós somos todos loucos aqui. E as notícias correm rápido, logo chega á Rainha.

-O que?? Chapeleiro, onde ela está?

-Venha comigo, Majestade.

Após eu e Chapeleiro darmos voltas, voltas e voltas, finalmente chegamos onde todos os loucos do Reino estavam, para prestar homenagens à Lebre.

-Ela era uma boa amiga...

-Sentirei saudades dela, pobre garota inocente...

Pela primeira vez as trigêmeas permaneceram caladas. O Chapeleiro chegou perto da Lebre, pedindo perdão pelo que aconteceu mais cedo. Quando eu cheguei perto, nem acreditei no que vi. A Lebre degolou toda a sua garganta. Havia sangue em todo o seu pelo branco, até mesmo em seus olhos cor-de-mel.

Eu coloquei minhas mãos sobre sua cabeça, acariciando-a, quando de repente ela mexe a cabeça e grita para mim:

-FOI TUDO CULPA SUA!

Eu me joguei para trás, caindo de costas e batendo a cabeça, o que me fez sair do País das Maravilhas, que já não era tão maravilhoso.

Todos os pacientes do hospício estavam em volta, me observando e sussurrando entre si:

-Ela é a mais louca daqui.

-Por isso a Madame Marx a chama de Vadia, veja bem quanta falta de respeito.

-Ela é quem deveria morrer no lugar da pobre Eva.

-Dragão! Monstro!

Quando me aproximei de Eva para a ver novamente, ela estava do jeito que a encontraram. Eu estava paranoica, ela nunca gritou comigo nesse momento. Saio correndo, vendo algumas coisas que ainda remetem ao País das Maravilhas. Doutor Montreal me segura em seus braços enquanto eu dobro um corredor, tentando me acalmar.

-Alice! O que aconteceu, querida?

-CHESHIRE! ME SOLTA! EU PRECISO DE UM TEMPO DESSE INFERNO.

-Cheshire?

Com muita força consegui me libertar de seus braços, corri para o quarto do Chapeleiro, onde esperaria ele.

...

Após muito tempo chorando, mas dessa vez sem me afogar, Peter chega em seu quarto.

-Majest...

-PETER! ENTENDA, EU NÃO SOU A MAJESTADE DE NINGUÉM, ENTENDEU, CHAPELEIRO?

-O que?

-POR QUE VOCÊ ME CHAMA SSIM??

-Alice...

-PETER!

-O Senhor Marx à chamava assim, você se esqueceu? Ele sempre dizia que você seria a nova mulher dele.

-Chapeleiro...

-Ele dizia que você seria a futura dona deste lugar, até que...

-NÃO ME ATRASE, CHAPELEIRO!

-A Madame flagrou vocês dois no quarto deles, que foi quando ela virou uma fera, perdeu o controle e o matou. Ela ia acabar com você também, mas Doutor Montreal interviu.

-Peter...

-Desde então ela se tornou uma mulher fria, seca, e deposita todo o ódio em nós, mas todos sabemos que ela é louca também.

-...

-Eva ficou obcecada não por mim, mas por você, Alice. Ela queria VOCÊ, não eu. Vivia me dizendo que vocês duas transaram duas vezes, mas você sempre estava chapada, então não era por vontade própria.

-Mas Peter... Eu pensei que a Lebre estava apaixonada por você.

-Estava, até se aproximar de você. Ela se matou por que sabia que você não era dela. Você não é de ninguém, Alice. Você não é nem sua mais. Você se perdeu.

-E... A Rainha me dava alguma coisa para me drogar, não é?

-Sim. Uma vez ela te deu uma bandeja com no mínimo 10 bolinhos alucinógenos.  

-Então, eu mereço tudo o que está acontecendo?

-Ninguém merece o pior, Alice. As pessoas apenas atraem o pior para si mesmas. E você fez isso sem pensar nas consequências.

-Mas, Chapeleiro...

-Alice, você não está bem, você é mais doente que eu. Você não para de me chamar de Chapeleiro. Você não tem mais cura...

-Mas você é o Chapeleiro...

-Não, não sou. Eu sou o Peter.

-MAS TODOS VOCÊS SÃO ALGUÉM, A EVA, AS GÊMEAS, TODOS!

-ALICE! Saia do meu quarto, agora. Vá descansar, nós dois estamos precisando.

-... Perdoe-me, Chapeleiro.

(Continua)



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