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História Bigger Than Crime - Miami


Escrita por: sparrows

Notas do Autor


OIOIOIOIOI PESSOAL, QUE SAUDADE DE POSTAR AQUI!
LÊEM E NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR, POIS ASSIM SOU MOTIVADA A POSTAR MAIS RÁPIDO E EU TÔ MUITO ANSIOSA PRA POSTAR O PRÓXIMO :D BEIJINHOS E ESPERO VOCÊS NAS NOTAS FINAISSSS

Capítulo 3 - Miami


Fanfic / Fanfiction Bigger Than Crime - Miami

Dezoito meses depois. Miami, Flórida.

Eu inalava cocaína e respirava o ar da maconha há dias, além de ter usado mais anfetamina do que estava acostumada. Era sábado a noite e eu estava ali desde quinta-feira.

Cocaína, bebidas, cigarros e mais drinks. Homens e mulheres que topariam tudo. Gays e os mauricinhos tentando sair do armário. Vários corpos suados esfregando-se uns nos outros.

Meu cabelo colava na pele do meu pescoço devido ao suor que meu corpo emanava. Assim como todo mundo, eu estava apenas de biquíni e havia dançado durante o dia todo, todos aqueles dias num dos lugares mais quentes. A Flórida combinava comigo, era o lugar perfeito para mim, folia o dia todo. Era tudo liberado. O lugar mais quente e divertido que já vi. Bem-vindo a Miami, muito obrigada.

A batida da música embalava minha mente e como eu já estava drogada e alterada fazia meu corpo mexer e balançar sem que precisasse de permissão.

Pensei ter ouvido meu nome. Alguém realmente gritou "Georgina" atrás de mim, mas aquele grito soou tão baixinho devido à altura da música. Era como se tivessem apenas sussurrado perto do meu ouvido.

Parando de dançar, apurei os ouvidos e esperei por outro grito. Passei os dedos pelo meu cabelo, colocando as mechas atrás da orelhas.

Subitamente meu braço foi agarrado e alguém tentava me arrastar. Reconheci que era Chelsea me puxando por causa de seu braço avermelhado — ela era tão branca que após tomar sol ficava semelhante à um camarão pelo resto da semana — e pelos cabelos loiríssimos e pouco compridos de costas para mim.

— É nosso último dia aqui — gritou Chelsea animada. — Precisamos fazer uma coisa louca — eu arqueei a sobrancelha enquanto ela levantava a dela, e com a ajuda de dois homens que estavam por ali, subiu em cima do balcão onde estavam as bebidas.

Estávamos numa enorme casa de veraneio dos falecidos avós de Sean — que Deus os tenha —, um grande amigo nosso que estudava com a gente, ele reformou a casa e dizia que a mesma era própria para festas assim, inapropriadas, dessas que você chega na sexta e vai embora na segunda. Havia uma piscina enorme, um palco montado especialmente para aquele evento e um espaço generoso para uma plateia.

Por um momento fiquei envergonhada pela atitude de Chelsea, quis repreendê-la e puxá-la de cima daquele balcão, mas ela já estava acomodada dançando e recebendo a atenção dos caras que batiam palmas e babavam por seu corpo. Ela então me chamou gesticulando com a mão e antes de qualquer movimento meu alguém me pegou no colo levantando-me para que eu pudesse subir no balcão. Sem pensar duas vezes me deixei levar pelo momento e comecei a dançar juntamente com Chelsea.

Chutei alguns copos e garrafas que estavam ocupando espaço e eles se espatifaram no chão.

Chelsea e eu começamos a dançar sensualmente a música que tocava, do Lil Wayne, atraindo a atenção de todos ali somente para nós duas. Era sempre assim. Sempre fazíamos algo que chamasse a atenção só para a gente. Éramos mesmo exibidas.

Era como se tivéssemos puxado a fila, pois depois da gente todas as mulheres começaram a dançar de forma provocante no local, elas já dançavam assim, mas agora todas a mesma coreografia. Os caras assobiavam e faltou pouco para começarem a jogar dinheiro como se fossemos dançarinas de strip-tease, mas de qualquer forma, não precisávamos de dinheiro algum. Isso é obvio.

Não sei o que deu em mim. Em um momento eu dançava feliz, estava alegre e risonha — eu estava é bêbada — cheia de energia, mas no instante seguinte eu vi um rapaz conhecido se mexer no meio daquelas pessoas e uma tristeza sobrenatural irrompeu dentro de mim.

Paralisei ao notá-lo no centro da plateia. Fechei os olhos por meio segundo e quando os abri era mesmo Toby, que agora me encarava sem expressão. Fiquei paralisada, olhando-o e com medo de piscar.

Primeiro ele dançava como os outros e depois me encarava sereno. Era tão real. Ele parecia estar mesmo ali, contudo é obvio que isso não seria possível. Toby foi enterrado há mais de um ano, eu me lembro, queria que sua morte fosse mentira, uma farsa, mas não era. Eu jamais aceitei ou engoli aquela tragédia, no entanto, segui minha vida adiante. Ou não. Se eu tivesse seguido com minha vida e esquecido o que passou, não estaria tendo aquela ilusão naquele momento.

Quando me dei conta ele estava se afastando de mim, se espremendo entre as pessoas para poder passar e ir embora, mas eu não queria e não podia deixá-lo ir.

Alguma coisa me tomou e fez meu corpo ir atrás de Toby, mesmo parte de mim sabendo que ele não estava realmente lá. Desci do balcão e com as pernas bambas fui caminhando rapidamente até onde havia avistado meu irmão. Aquela aglomeração de gente não facilitava nada. Com muita dificuldade me espremi entre aquelas tantas pessoas até chegar num canto onde não havia tanta gente. Com meus 1,68 de altura não seria fácil encontrar Toby na multidão, mesmo esticando o pescoço. Derrotada, me virei para o lado, dando de cara com a piscina refletindo a imagem das costas de Toby. Olhei para cima e vi a figura alta olhando na direção oposta à que eu estava.

Eu tinha certeza de que era ele. A piscina estava entre nós dois, então eu a contornei e quando estava para me aproximar e tocá-lo — faltava tão pouco — tomei um susto e por instinto prendi a respiração. Alguém esbarrou em mim, fazendo com que eu caísse dentro da piscina. Dentro d'agua e repleta de ódio, nadei para cima, procurando desesperadamente por ar. Quando encontrei, respirei fundo, com a boca aberta, passando as duas mãos em meu rosto, recuperada do susto. Encharcada, agarrei-me na borda da piscina quando me lembrei.

Desnorteada, olhei a minha volta, mas nada de Toby. Nenhum sinal dele. Eu o perdi.

Cabisbaixa, saí da piscina.

— Bastardo — rosnei, me referindo à pessoa culpada pela minha queda, mesmo não sabendo quem era.

Avistei Sean perto de mim, molhei os lábios involuntariamente rumando em direção do rapaz magro de cabelos negros e lisos que estava em pé na grama com uma trupe de gays que tentavam dar em cima dele.

Sean se considerava heterossexual, mas às vezes em festas ele mostrava ser o oposto disso. Era complicado a situação dele porque ele nunca se declarava gay de verdade ou pelo menos bissexual. Ele dizia que era confuso, que não sabia direito do que gostava de verdade, eu nem forçava a barra. Gosto de Sean pelo o que ele é, por suas atitudes, pelo seu caráter e pela sua simpatia. Ele foi a primeira pessoa que conversou comigo na escola, sendo extrovertido, amigável e até hoje, muito atencioso.

Além de tudo isso, nós três (Sean, Chelsea e eu) éramos populares no colégio por conta das ótimas festas que organizávamos. Começando pelas festas na casa dos avós de Sean em Miami. Só conseguimos realizá-las nas férias de verão, ás vezes nos fins de semana — como agora —, mas era sempre fantástica e inesquecível, até porque amávamos a Flórida. Quem não ama a Flórida?

— Sean — o chamei e ele encerrou a conversa com as bichas dele.

— Sim, Gina?! — ele descansou o braço em meu ombro e encarou meu rosto.

Encarei ele por um momento. Sua face estava suada e brotava pequenas espinhas na região da testa e do queixo. Seus olhos estavam bastante inchados e vermelhos, os meus também deviam estar.

— Pode me arranjar mais? — Fui direta e ele me compreendeu sem questionar; por isso eu adorava Sean.

Andei rapidamente até o banheiro que ficava na parte externa da chácara apertando o pequeno pacote em minhas mãos. Tranquei-me dentro daquele cômodo imundo sentando em cima da privada com a tampa abaixada. Avistei um pequeno espelho de mão em cima da pia e apanhei-o. O espelho estava trincado, mas eu pude ver bem o meu reflexo: eu estava como uma puta louca, olhos inchados e visivelmente cansados.

Com o espelho em cima de meus joelhos, joguei o pó ali para formar três carreirinhas.

Saí do banheiro com os olhos ainda mais inchados e a parte interna do nariz ressecada. Já estava cansada da batida da música e de todos aqueles corpos úmidos roçando-se em mim. Caminhei sem pressa até mais além da piscina onde havia uma grama e poucas pessoas. Eu iria me sentar no chão e descansar um pouco. Estava há quatro dias naquela mansão participando das festas e hoje comecei a me sentir cansada.

Ouvi um "psiu", mas continuei andando normalmente, devia ser só mais um moleque tarado querendo uma fantasia. Ouvi a grama atrás de mim fazer barulho e vi uma sombra de alguém logo depois da minha. Revirei os olhos, sem dar atenção.

— Psiu — fizeram de novo e eu me virei, deparando-me com um rapaz de mais ou menos 1,70 de altura me encarando perverso.

Não pude deixar de notar suas tatuagens nos braços, em sua barba, os cabelos escuros e seu sorriso de cafajeste encantador.

— O que quer? — Perguntei secamente.

— Queria apenas dizer "oi" — ele tinha uma voz sensual e me olhava de um jeito muito safado, me comendo apenas com um olhar.

— Pronto? Já disse?! — Dei um sorriso cínico e lhe dei as costas.

Pude ouvir sua risada rouca e safada, mas continuei caminhando mais um pouco até parar e me sentar sobre a grama verde num terreno mais inclinado, tendo a visão da piscina e logo atrás, a multidão.

O tal cara vinha andando lentamente até mim e eu tentava desviar meu olhar o tempo todo, mesmo que fosse quase impossível. Ele era bonito, então ficava difícil não encarar de volta.

Ele se sentou ao meu lado e eu tentei não dar atenção à sua presença. Pelo canto dos olhos, vi que ele acendia um cigarro de maconha. Ele deu duas ou três tragadas antes de oferecer o bagulho a mim e eu não consegui rejeitar.

— Qual seu nome, princesa? — Ele indagou.

— Georgina — respondi normalmente, dando a primeira tragada.

— Seja educada e pergunte o meu nome também — disse ele querendo mostrar arrogância e eu apenas olhei para ele, assoprando a fumaça. — Sou Zayn — Zayn vacilou, eu sorri sem mostrar os dentes, pensando em como seu nome era estranho e ele continuou. — Eu vi você dançando agora a pouco — começou ele enquanto eu assoprava a fumaça da maconha de novo —, ali em cima das bebidas.

— Hum — falei sem olhar em sua cara e dei mais uma tragada no beck.

— Você dança bem — Zayn pegou o bagulho que eu estava devolvendo e voltou a tragar. — Bem sensualmente — finalizou ele e eu o encarei.

Zayn analisava meu corpo de cima para baixo e quando percebeu que eu o estava vendo, me lançou um lindo sorriso safado e um último olhar malicioso por cima de mim.

Todos estavam com roupa de banho. Eu com um par de biquíni da cor azul escuro que contrastava bem com minha pele clara. Não pude deixar de perceber como ele me olhava e já me imaginava sem aqueles pequenos pedaços de pano. Analisei seu corpo também, tinha um físico agradável por baixo da regata preta, mas o que mais me chamava atenção era seu sorriso cheio de malícia e as tatuagens, seu estilo de garoto mau.

Juntos tragamos aquele cigarro de maconha até o fim e trocando olhares ao mesmo tempo. E então Zayn se levantou, estendendo a mão para mim. Estiquei o braço, segurando sua mão e ele me puxou com certa delicadeza, fazendo com que eu me levantasse.

Lado a lado, rumamos até a porta de vidro que dava entrada à parte interna da casa.

Logo estávamos no quarto onde eu estava dormindo desde quinta-feira. Sean sempre ficava com a suíte principal, enquanto eu e Chelsea ficávamos com as outras duas suítes que sobravam. O resto dos convidados dormiam em colchões no chão, sofás, qualquer canto dava...

Estava querendo sexo, tanto eu quanto ele. Queria me livrar logo da regata que ele usava e analisar mais cada tatuagem que ele tinha. Deitei-me na cama, tendo-o por cima de mim; e ele veio com as duas mãos passear por cada parte do meu corpo.

[...]


Notas Finais


Nesse capítulo a gente inicia a nova fase da fanfiction, como puderam ver. Espero que tenham gostado, mas também devo admitir que não aconteceu nada de legal e impressionante, foi só pra quebrar um galho e fazer com que a Georgina e o Zayn se conhecessem logo antes deles "se conhecerem de verdade" porque - enfim, não vou dar spoiler.
Eu sinceramente gosto de cada capítulo meu e espero que vocês gostem também. Deixem seus comentários aqui, por faaaaaavoooor até porque eu adoro ler. Podem dar sugestões ou qualquer coisa assim, enfim, obrigada.


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