História Binuel - Surfando no Amor - Visitas Inesperadas

Mais um dia amanhece e os pombinhos estão na cama. Ela dormia escorada no peito do bicampeão, enquanto ele a abraçava quando o despertador toca em plenas 5 horas da manhã.

Manuel: (desligando o despertador e percebendo a garota abrir os olhos) Bom dia! 

Bia: Por que você coloca o despertador a essa hora?

Manuel: Para poder se encontrar com a garota das ondas. (Bia sorrir e começa a admirar o nascer do sol na grande janela a frente) Tudo bem?

Bia: Sim. Por que?

Manuel: Por causa de ontem.

Bia: Ontem foi incrível! 

Manuel: Olha para mim, eu quero ver o seu sorriso. 

Bia: (virando e quase se inclinando sobre ele) Estava observando a vista, sabe que amo ver o céu a essas horas. 

Manuel: (fazendo um carinho no rosto da sua amada capturando cada detalhe da sua feição) Eu te amo. 

Bia: Eu também te amo. Mas, confesso que estou com vergonha de estar assim na sua frente. 

Manuel: (alisando as costas nuas da garota) Não fique... Você é linda! Eu amo tudo em você... amo seu sorriso e seu olhar. Amo quando coloca uma mecha atrás da orelha como fez agora... (ela sorri) Amo quando faz carinho no meu cabelo, amo seu jeito de me deixar louco e amo o seu corpo. Você é perfeita e não deixe ninguém dizer ao contrário. 

Bia: É impressionante tudo o que sinto quando estou com você. Nunca me sentir assim com ninguém. 

Manuel: (ele não tira os olhos da brasileira) Eu te prometo que não vou deixar nada atrapalhar o que temos.

Bia: Nada... (lhe dar três selinhos sequenciados)

Manuel: Vou preparar algo para tomarmos café. (se levantando e colocando uma bermuda) A propósito, será que ninguém está estranhando a sua ausência? 

Bia: Pedir para Chiara me dar cobertura. Além disso, meu pai já tinha ido dormir quando sai e como sempre levanto primeiro, não temos perigo de o Mariano aparecer por aqui.

Manuel: Menos mal... (riem) Ei, esse lugar também é seu, sabe onde fica tudo. Então, fique à vontade... (mais um selinho e sai)

Na cozinha americana, o espanhol cortava algo quando Bia aparece usando uma das camisas do sufista servindo como um vestido curto.

Bia: Eu espero que não se importe, é mais confortável e mais prático para agora do que minhas roupas.

Manuel: Eu disse que tudo aqui é seu, porque o mais valioso que estar aqui dentro é você. 

Bia: (sorrindo) Para com isso, só um minuto, por favor...

Manuel: Com o que?

Bia: Está perfeito de mais! O restaurante em um dos maiores eventos, eu voltando a surfar, encontrar o colar que o vovô ia me dar e não teria conseguido nada disso sem você. 

Manuel: Com o restaurante eu não tive nada haver...

Bia: Você entendeu...

Manuel: Entendi... (suspendendo Bia ajudando a senta-la no balcão) ... que você é tudo o que eu preciso.

Bia: Obrigada por sempre ser sincero, por nunca mentir para mim. (Manuel dar um goto) Tudo bem?

Manuel: Unhum...

Bia: Se calou do nada, geralmente você fala algo fofo.

Manuel: Estava pensando...

Bia: Em que?

Manuel: Como faço pra te ter pra sempre pertinho de mim.

Bia: (colocando as mãos por trás do pescoço do homem) Não sei como vamos fazer quando o verão acabar, mas eu não quero ficar longe de você. 

Manuel: Vamos dar um jeito... Nem que eu vá na mala para o Brasil. 

Depois de rir, ela o beija ternamente apenas com o contato de suas bocas, e de repente, escutam um toque na campanhia. 

Manuel: (olhando para a porta) Quem será? 

Bia: Você estava esperando alguém? 

Manuel: Não... (indo até a porta e a abrindo) Mãe!?

Lucia: Oi querido! (Diz animada o abraçando) Que saudade eu já estava, filho. 

Manuel: O que a senhora faz aqui? 

Lucia: Vim te ver surfar no torneio. Não vai me convidar para entrar? (ela passa por ele e entra enquanto falava) Esse lugar é enorme para ser chamado apenas de sui... Olá? 

Bia: Oi... (fala envergonhada depois de descer da bancada) 

Manuel: Ah, mãe... (indo para o lado da brasileira) Essa é a Bia, e Bia ela é a minha mãe, Lucia.

Lucia: Olá. Tudo bem?

Bia: Tudo... (ambos se olham durante alguns segundos de silêncio) Eu já volto. (ela vai em direção a parte onde fica a cama) 

Lucia: (fala baixo) Acho que atrapalhei algo, não foi?

Manuel: Não... ela é... 

Lucia: Eu já sei, querido. 

Manuel: Como? 

Lucia: Sua irmã me mostrou as notícias que andaram rolando sobre você. A sua briga com o Alex para mim foi a que não gostei. Vocês estão se desentendendo de novo?

Manuel: É sério que a senhora veio por causa disso? Não deveria... lembra o que aconteceu com a Gabriela?

Lucia: O que aconteceu com a sua irmã não tem haver comigo. E eu te disse que não vou mais deixar que a família do Antônio se meta na nossas vidas. 

Manuel avista Beatriz se aproximando ao fundo com suas roupas e muda de assunto.

Manuel: Então mãe, vai querer um desses? (mostrando o sanduiche que fazia) 

Bia: Manuel, eu estou indo...

Manuel: Como assim já vai? (indo para perto da Urquiza)

Lucia: Acho que eu cheguei para atrapalhar vocês dois, se quiser eu vou embora. 

Bia: Não, eu já tenho que ir. Vou ajudar meu pai a abrir o restaurante. Foi um prazer Lúcia. (indo até a porta)

Lucia: O prazer foi todo meu, Bia.

Manuel: (se posicionando entre a porta e a garota) Ei, ei, ei... (fala baixo) Desculpa, eu não sabia que ela vinha. Mas pode ficar...

Bia: Relaxa, já deu pra mim. 

Manuel: (pegando nas mãos dela) Te vejo mais tarde então?

Bia: Claro... (beijando a bochecha dele) Obrigada, eu amei tudo. 

Manuel: Tchau... (soltando as mãos lentamente enquanto ela abria a porta e saía)

Quando Quemola volta a cozinha...

Lucia: Deve ser uma garota especial... Para você trazer ela aqui e fazer isso. (Arrega os olhos levantando as sobrancelhas)

Manuel: Mãe!

Lucia: Eu não sou inocente Manuel, e eu sei que você também não é. (Ele apenas sorri vergonhoso) Só não a magoei, ou eu não te criei direito. (Eles riem)

Manuel: Ela é única! 

Lucia: Então me fala mais sobre como ela ganhou esse seu sorriso bobo...

Restaurante dos Urquiza

Bia: (entrando) Faz muito tempo que abriram? 

Leilane: Não, seu pai acabou de abrir o caixa e entrou.

Chiara: Aproveita e conta como foi... (se inclinando no balcão) 

Bia: (colocando um avental) Agora não Chiara... Mas, obrigada por me dar cobertura. 

Leilane: O negócio com o Manuel não só está ficando sério, está ficando quente. 

Bia: (sorri) Nunca me sentir assim com ninguém. O Manuel é diferente. O jeito que ele me olha, que me faz se sentir segura e ao mesmo tempo me enche de paixão é inexplicável. Vocês tinham que ver ontem, ele é muito carinhoso e intenso ao mesmo tempo.

Chiara: Não, eu não queria ver, mas fico feliz de saber. (Elas riem) 

Celeste: (entrando rapidamente) Arrr... eu o odeio!

Bia: Amiga, o que houve?

Celeste: O JOHN! EU O ODEIO! (sai em direção a porta de acesso ao sobrado)

Leilane: Pelo jeito as coisas não estão quentes só para o nosso Binuel...

Chiara: Para o Johnleste, já queimou.

Mara: O cardápio, por favor. 

A voz conhecida nada apreciativa se escuta, sentando atrás das garotas em um dos bancos em frente ao balcão.

Chiara: Eu atendo a cobra. 

Bia: Deixa comigo... (se vira indo até a Morales) Bom dia! Aqui está...

Mara pega com um sorriso cínico e começa a olhar o cardápio, enquanto Beatriz espera, percebendo os olhares de Chiara e Leilane para elas. 

Mara: Só uma salada de batatas. (abaixando o cardápio) Estou de dieta! 

Bia: (anotando no bloquinho) Ok... só alguns minutos.

Ela pendura o papel e como Chiara foi atender a mesa 5, Bia vai entregar o pedido na mesa 7. Quando passa trás de onde Mara está sentada, a Morales levanta repentinamente levando a garçonete ter um susto e jogar a bandeja com comida em cima da mexicana, melando a sua roupa quase por completo.

Mara: SUA GARÇONETE INRRESPONSÁVEL! Eu disse que essas roupas são caras. Não olha por onde anda? 

Bia: Não faz show, Mara. Fez isso de propósito. 

Mara: Eu só me levantei... 

Bia: Isso mesmo... Tudo o que você faz, seja só respirar, causa problemas as pessoas ao seu redor. Não cansa disso?

Mara: Eu quero falar com o gerente. Mal atendimento e falta de educação com o freguês é inaceitável. 

Bia: Então, você quer falar com o gerente? Ok.. (vai até uma portinha que da acesso a cozinha) PAI!

Mara: Pai?

Mariano: (saindo de dentro) Oi filha!

Bia: Uma cliente gostaria de falar com senhor. (diz com uma cara de deboche) 

Mariano: (se aproximando) Pois não? O que aconteceu com a senhorita?

Mara: A sua filha não olha por onde anda, esbarrou em mim e melou a minha roupa. 

Mariano: Sinto muito! Farei o possível para não acontecer de novo. Só uma pergunta: Por que a senhorita se levantou?

Mara: Foi... para... foi... (olha para Bia atrás de Mariano) Não posso me locomover aqui dentro?

Mariano: Creio que não era necessário. Mas, peço desculpas e ofereço a sua refeição de hoje gratuitamente devido ao a-c-i-d-e-n-t-e. (fala enfatizando a última palavra e volta para dentro) 

Bia: Resolveu com o gerente? 

Mara: Se achando a dona da porra toda Beatriz?

Bia: Odeio quando me chamam assim. 

Mara: (se aproximando com cara de brava) Então deixa eu te explicar de novo Beatriz... Eu disse que iamos nos ver antes do torneio, mas você não vai querer me ver no dia. Aproveite com o Manuel, até perceber que ele não foi feito para você. 

Leilane e Chiara se aproximam para o lado de Bia. 

Bia: É serio? Ceninha de inveja agora? Eu não tenho medo de você. 

Mara: Então, isso será divertido. Cancele o meu pedido. (sai do estabelecimento) 

Chiara: Isso mesmo, VAI EMBORA. Três contra uma, ficou com medinho, não foi?

Leilane: Essa garota com certeza acordou e disse 'hoje eu vou infernizar o dia da Bia'. 

Bia: Não tenho paciência.

...

Meio da Área Comercial 

Quemola passeava com sua mãe, mostrando o clube.

Lucia: Tudo aqui é lindo, amei esse lugar. Agora sei porque você ama vim, apesar do Alex. 

Manuel: Para de falar do Gutierrez um minuto mãe, por favor. 

Lucia: Ok... Desculpa! Você fica com uma cara de preocupado quando falo mesmo. Depois se quiser me falar o que aconteceu. Não me olha assim... eu sei que tem algo mais.

John: E aí Manu, cheguei! Senhora Lúcia, que bom te reencontrar. (lhe abraça rápido) Era essa a surpresa que você me falou?

Manuel: Era... (tira o celular do bolso ao ouvir um toque)

~ ~ Mensagem de texto

Victor - Bom dia Manuel! Quero conversar com você. Tem um tempinho agora para me encontrar no café do Rush, da avenida principal?

~~

Lúcia: Algum problema, filho?

Manuel: Não. John, arruma um quarto para minha mãe aqui no clube. Eu preciso dar uma saída. Volto logo. (saindo)

Lucia: Quanto você quer para me dizer o que ele tem?

John: Além de apaixonado? Acho que lascado.

...

O bicampeão pega um boné e um óculos de sol. Sai do clube e dar a mão para o primeiro táxi vindo.

Taxista: (depois que o espanhol entra) Qual o destino? 

Manuel: Avenida principal, em frente ao café do Rush.

Taxista: Espera... Você não é aquele sufista?

Manuel: Sou sim. 

Taxista: Minha filha é sua fã.

Manuel: Tem um papel ai? Eu deixo uma mensagem escrita para ela, se me prometer não contar que viu para outras pessoas. 

Taxista: Fechou...

Café do Rush

Manuel: (saindo do táxi) Obrigado!

Taxista: Eu que agradeço. (Sai)

Victor: (rindo) Que isso? Esta se escondendo do FBI?

Manuel: Se alguém me reconhecer vão ser muitas perguntas. Já faz um tempo que rejeito as entrevistas. 

Victor: Vamos entrar.

O Gutierrez mais velho vai empurrando sua cadeira para dentro e Manuel entra tirando os óculos e o boné, até que escolhem uma mesa. 

Victor: Que bom que veio.

Manuel: (sentando) Precisamos mesmo conversar.

Victor: Quer começar? 

Manuel: Por que falou aquilo pra Bia?

Victor: Você ainda não contou para ela, não foi?

Manuel: Como soube?

Victor: Sua cara de espanto quando a Bia entrou na sua suíte e me viu, foi o suficiente.

Manuel: Nossa...

Victor: Deveria ter contado desde que começaram a se envolver.

Manuel: E você acha que eu não tentei? 

Victor: Deixa eu adivinhar... Ela começou a falar mal dos Guiterrez e agradeceu por você ser sempre sincero e nunca mentir para ela? Passei pela mesma coisa com a Helena. Quase não dizia, mas no fim eu disse. 

Manuel: E ela?

Victor: Ficou chateada, é claro. E olha que na época, os Gutierrez não se odiavam tanto como hoje em dia. 

Manuel: É isso que não quero que aconteça. Eu a amo Victor, não posso magoa-la.

Victor: Acha que o amor é um simples sentimento? O amor não é só aquela sensação boa de quando se estar perto de quem gostamos. O amor também é ação, responsabilidade e verdade. 

Manuel: Eu sei. Por isso, depois do torneio eu vou conversar com ela e dizer tudo.

Victor: Eu te entendo. Mas, e os contratempos? E se daqui para lá ela descobrir sem ser por você? O Alex está por aí...

Manuel: Falou com ele?

Victor: Não. Pensei bem e não quero que ele me veja aqui. 

Manuel ficou cabisbaixo.

Victor: Olha... Todas as coisas que aconteceram na nossa família foram erros, e eu não quero que você cometa os mesmos erros, Manuel. Tem que contar para a Bia, o mais rápido possível. Não é só o fato de você ser um Gutierrez, envolve a Helena. Eu vim para falar a verdade aos Urquiza. Podemos contar juntos. 

Manuel: Não quero que a Bia se der mal na competição por minha culpa, agora que voltou a surfar. 

Victor: Está bem. Então, vamos torcer para nada acontecer ate lá. 

Manuel: O Alex não vai se atrever em falar para Bia. Se fizer isso, ele sabe que eu abro a boca e digo em rede nacional que sou filho do Antônio.

Victor: Você tem direito aos bens do papai, não deveria ter rejeitado só por implicâncias do Alex.

Manuel: Eu prefiro a minha paz. O acordo foi bem claro. Não fico com nada da herança, ambos guardam em segredo a minha paternidade e ele não se metia na minha vida. Infelizmente, parece que a segunda parte está impossível. 

Victor: O Alex é invejoso. E o nosso pai podia ser o que for, mas você era o filho que ele mais gostava. Por isso, te tratava tão bem quando pensava que era seu tio, diferente da minha mãe.

Manuel: Eu sei que é meu pai, mas o que ele fez eu não consigo perdoar. Tenho medo da Bia pensar o mesmo quando souber a verdade.

Victor: A Helena me perdoou ao final. Não posso dizer que a Bia vai fazer o mesmo. No entanto, posso dizer que a amar alguém verdadeiramente, envolve perdoar os seus erros. Se você e a Bia tiverem que ficar juntos a vida sempre vai unir vocês. 

Manuel: As vezes parece que a vida só faz nos atrapalhar. 

Victor: Então, você vai ter que fazer algumas manobras. O mar é como a vida. Te traz várias ondas de problemas, mas quem controla a prancha é você. 

Manuel: Conheço essa frase, é do lendário Urquiza. 

Victor: É a verdade...

Manuel: Então, parece que eu vou ter quer surfar no amor.

Victor: Para um bicampeão, era pra isso não ser difícil. (Eles riem) 

Manuel: Obrigado Victor! 

Victor: Gostaria que as coisas fossem diferentes e que eu pudesse ter você como irmão por perto.

Manuel: Eu também. Bom... vamos pedir algo que agora eu quero que me conte as suas novidades. 

Victor: Sim sim...

Acomodações Laix

Mara: (entrando) Aquela filha da mãe acha que pode ser melhor que eu.

Alex: O que aconteceu com sua roupa?

Mara: Eu fiz de propósito para tentar prejudicar a Bia. Mas, alguém não me contou que ela trabalhava com a família. 

Guillermo: Eu acho que você fica linda de qualquer forma.

Mara: Cala a boca, Guillermo. 

Alex: Não se preocupe. Logo a felicidade daqueles dois vão acabar. (ouve um batido na porta) Guillermo, atende você.

Guillermo: (abrindo a porta) Posso ajud...

Quando ver a pessoa, Guillermo o agarra por trás.

Jandino: Me solte, seu desgraçado. 

Alex: O que faz aqui Jandino? Achei que tinha sido bem claro que não queria a sua presença na parte de hospedagens do Laix. 

Jandino: Eu vim para entrarmos em um acordo. 

...

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