O amanhecer estava frio, o espelho de Jade estava quebrado.
— Vish, isso significa que não vai acontecer algumas coisas boas daqui para frente.
— Ai mãe, é tudo superstição. Vem Thor!
Jade sai com seu cachorro para passear.
— Que vento ótimo..... Vem, vamos voltar bebê.
Quando Jade estava voltando tropeçou em uma escada.
....
Mari avistou Jade no corredor da escola e correu até ela.
— Jade!
— Mari! Aula de dança?
— Sim, vamos fazer dupla?
— Claro! Pode ser
Eu e Mari fomos lado a lado para a aula de dança.
— Por favor, meninas, formem duplas.
Eu abri os braços e Mari se jogou neles e eu abracei ela rindo.
— Então garotas, vamos aprender a dançar tango hoje.
Ao som de tango Santa Maria.
Mariana segurou forte em minha mão e me guiou sobre o salão.
Eu e ela dançavamos sobre o vento e giravamos as nossas belas vestimentas, eu senti algo cortar sobre meu ombro.
— Jade! Sua roupa!
Mari se paralisou e a professora também, as meninas da sala começaram a rir.
"Tic tic"
De novo não....
Mari me pegou pela mão e me tirou daquele lugar. Nós duas fomos para a sala de costura que estava vazia.
— Me dá aqui...
— Ok
Eu dei minha camisa para Mari e coloquei o moletom pêssego com hamsters dela.
— Desculpe pelo constrangimento Mari, não sabia que ela estava descosturada.
— Não tem nenhum problema Jadezinha, você não é nenhum incômodo, e não ligue para aquelas garotas que riram. Você é linda.
Minhas bochechas ficaram vermelhas. Ao Mariana ver minhas bochechas vermelhas ela puxou minha camisa e colocou na máquina de costura. Ela começou a bordar um cachorrinho em cima do rasgo.
— Está quase pronto.
— Não sabia que você sabia costurar
— Eu sei docinho, eu costumava costurar e tricotar com minha vó quando eu era pequena, ela foi a mãe que eu nunca tive.
— Entendi, você costura bem
— Acabei
Mari puxou minha camisa e mostrou o cachorrinho que ela costurou em cima do rasgo que tinha nela, eu aplaudi.
— Parece o meu cachorrinho!
— Hehehehe!!!
Eu e Mari ficamos ali por um bom tempo conversando.
Depois que a aula de dança acabou, todas fomos para nossas salas, eu me sentei sozinha em uma cadeira e Melissa sentou com a Katarina logo atrás, eu comprimentei as duas.
— Bom turma, hoje temos uma nova aluna, por favor senhorita Karolin, apresente-se.
Uma garota ruiva que estava na porta, com o cabelo com um rabo de cavalo bem em cima, e uma camisa social entrou pela porta com um sorriso enorme. Ela atraiu a atenção dos meninos.
— Oie, eu sou Karolin e vim estudar com vocês! Eu sou uma ex intercambista e adoro a escola, será um prazer ter aula com vocês
— Perfeita senhorita Karolin, suas notas são ótimas que nem as da Jade, por favor sente-se ao lado dela.
A Karolin sentou ao meu lado.
— Jade certo? Vai ser um prazer ser sua colega.
Ela me deu um sorriso gentil mas seu olhar me dá medo.
— Certo, isso mesmo, Jade...
A aula seguiu normal, depois da aula da professora Paola, ela me pediu para eu mostrar o colégio para a Karolin, e eu estava fazendo isso até que paramos em frente a sala de música, onde o Guilherme estava tocando piano magnificamente como sempre, Karolin ficou olhando-o tocar.
— Que garoto bonito e talentoso...
Ela olhou para mim com fervor em seus olhos.
— É seu namorado?
— O que? Claro que não, Karolin! Somos colegas de clube
— Hmmm.... Interessante. Bom, vamos continuar tuor!
Eu e ela saímos dali e Guilherme parou de tocar o piano e observou a Karolin passar.
— Aqui é a sala de artes, e aqui temos o nosso melhor pintor da escola!
— Você é extremamente fofa, Jade.
— De nada Ted ~
— Ted? Hu~ Prazer, meu nome é Karolin
Teddy se curvou e beijou a mão dela.
— O prazer é todo meu, my lady ~
De repente senti uma vontade de vomitar, mas me contive.
Mais tarde naquele mesmo dia, queria mostrar minha partitura para o Guilherme que estava tocando piano, eu e Iris estávamos indo entregar mas quando estávamos chegando perto a música parou.
Quando Iris abriu a porta, Karolin estava lá, com o rosto colado no do meu homem beijando ele.
Meus olhos encheram de lágrimas sem eu perceber e o enjôo voltou, eu sai correndo e Guilherme me viu
— JADE ESPERA!
— JADE! NÃO É O QUE PARECE
Eu ouvi Iris e Guilherme gritarem, mas eu já estava atravessando a escola toda com os olhos cheios de lágrimas, por algum motivo eu corri para a sala de costura e fiquei chorando em um canto. Mari me seguiu e me abraçou.
— Jade? O que houve? O que foi isso?
— N-nada, não é nada...
— Vem, vamos sair daqui.
Mariana me pegou pela mão e me levou para uma cafeteria.
Eu estava tomando um café e falando o que aconteceu comigo para a Mariana.
— Que vadia....
Logo então, eu vi.... Teddy entrando na cafeteria ao lado de Guilherme e Karolin. Mari virou os olhos para cima e eles vieram em minha direção.
— Jade me escuta, é sério
Guilherme segurou forte meu pulso e me puxou para ele.
Karolin estava dando um sorriso escondido, Mariana logo então entendeu a situação e deu um tapa na mão do Guilherme e olhou para ele friamente.
— Você me dá nojo, não, vocês me dão nojo. Dizem que a Jade faz parte da família mas na primeira oportunidade de aparecer outra garota mais bonita e bobinha vocês trocam ela.
O gerente do estabelecimento apareceu bem na hora.
— EU NÃO QUERO BRIGAS AQUI NA MINHA CAFETERIA
— Jade, vamos embora.
Mariana me puxou e Guilherme fraquejou a mão dele que estava me segurando, enquanto eu saia do estabelecimento olhei para trás e Karolin estava abraçando as costas do Guilherme e consolando ele.
Quando estávamos indo para o parque esfriar a cabeça, não passava nada além das cenas da Karolin e do Guilherme.
Meus olhos estavam cheios de lágrimas e eu estava andando ao lado de Mari quando o celular dela toca.
— O que é isso?
— Nada, só aula de dança
— E você não vai?
— Não, preciso cuidar de você agora, Jade
— Não precisa não, eu vou ficar bem, pode ir.
— Obrigada, tem certeza?
— Tenho...
Mariana beijou minha bochecha e saiu.
Na volta para casa começou a chover, eu estava andando na chuva para casa quando um guarda-chuva familiar pairou sobre minha cabeça, era Teddy.
Ele me abraçou como se eu fosse o mundo dele.
— Jade....
— Teddy....
— Você gosta do Guilherme, Jade?
— Não, eu não sei o que deu em mim...
— Eu gosto de você, Jade, e não quebro abrir mão de você. —
Isso foi o que Teddy pensou em falar, porém ele se calou e apenas abraçou a moça mais forte.
Em seus braços, Jade buscou abrigo, logo depois ela beijou a bochecha dele. E eles foram lado a lado para casa de mãos dadas.
Chegando em casa, Jade se atirou na cama.
Ela se sentia diferente, mal sabia ela que a partir desse dia tudo ia mudar.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.