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História Bittersweet - Not giving up


Escrita por: lialive

Notas do Autor


Oi! Que saudade de postar </3
Tudo bem com vocês? Espero que sim...

Mil desculpas pela demora... Só quero deixar claro que, apesar da demora, em hipótese alguma eu vou desistir da fanfic.

Aproveitem a leitura :)

Capítulo 19 - Not giving up


Fanfic / Fanfiction Bittersweet - Not giving up

— Peter, eu não vou repetir! – Samuel avisou e o homem soltou uma risada anasalada, mantendo o braço em torno do meu pescoço.
— Então vocês se conhecem? – Peter perguntou, ignorando a ameaça de Samuel.
— Ela é minha... amiga. Tira as mãos dela! – Sam anunciou num tom impaciente.
— Qual é Sammy, amiga? – Peter soltou meu tronco, mas continuou segurando meus braços para trás. — Se ela é sua amiga, você não se importaria se eu me divertisse um pouco com ela, não é?
— Vai se ferrar, cara! – Samuel agarrou meu braço e puxou-me para perto dele. Peter levantou as mãos como se estivesse se rendendo e soltou uma risada debochada.
— Vamos, Kristen. – Não sabia se ir com Samuel era a melhor coisa a se fazer, mas fui obrigada a segui-lo, já que seus dedos apertavam meu braço enquanto ele me puxava. Voltei meu olhar para trás e vi Peter brincando com minha faca entre seus dedos, nos acompanhando com seus olhos repletos de depravação. Ainda estava aturdida, tudo havia acontecido muito rápido. A volta do Governador e depois meu encontro inesperado com Samuel. Mas o que realmente estava me atormentando era a possibilidade de Hershel e Michonne estarem em perigo, ou pior, todos da prisão estarem.
— Onde estamos indo? – Perguntei, tentando acompanhar os passos rápidos de Samuel e tropeçando pelo caminho. Ele manteve-se em silêncio e eu tentei soltar meu braço, mas seu aperto tornou-se ainda mais forte fazendo-me soltar um grunhido em resposta. — Me solta!
— Vou te levar para um lugar seguro. – Ele murmurou e eu protestei.
— Não vou a lugar algum com você. – Eu parti para cima dele e dei alguns socos em seu peito e rosto com minha mão livre, o que não teve efeito algum a não ser deixá-lo irritado.
— Eu deveria ter deixado o Peter te dar uma lição. – Samuel parou de andar e puxou-me pelo pulso, fazendo-me ficar a poucos centímetros do seu rosto. Ele estava diferente não só na aparência, que agora era marcada por uma barba por fazer, o rosto repleto de cortes e um olho roxo destacando seu aspecto abatido, mas também na atitude mais violenta.
— Então é isso? Você se tornou um dos capangas do governador? – Indaguei num tom firme, não deixando transparecer o quão intimidada eu estava.
— Ele salvou a minha vida, ao contrário de você e seu grupinho.
— Ah, é claro! É mais do que justo você voltar correndo para ele, mesmo depois de ele ter matado os que restaram da sua família, voltado-se contra você e os outros de Woodbury e aniquilado pessoas inocentes. – Elevei minha voz, lembrando-o do que o governador havia sido capaz.
— Você está esquecendo de citar que vocês me abandonaram naquela universidade, e se não fosse por Peter e Brian eu estaria morto! – Samuel gritou mantendo meu punho em seu aperto. 
— Brian? Outro dos seus colegas de trabalho sujo?
— O governador é conhecido como Brian agora. – Realmente aquele homem era um assassino dissimulado.
— A mudança é a lei da vida, não é? – Comentei sarcasticamente e ele lançou-me um olhar indiferente antes de voltar a nos conduzir. Paramos ao nos aproximarmos de um carro azul-escuro estacionado na beira da estrada.
— Nem pense em sair daqui. – Ele advertiu, indicando para que eu não tentasse fugir.
— Por que não voltou para a prisão depois de escapar da universidade? – Perguntei esfregando as palmas da minha mão no meu jeans, antes de enfiá-las no bolso traseiro. 
— Porque a sobrevivência sempre foi do mais forte, e isso nunca vai mudar. – Ele respondeu enquanto abria o porta-malas do veículo.
— Então você acha que tem chances de sobreviver em um grupo liderado por um psicopata? – Eu incitei e o observei dirigir-se até o capô do carro com algumas ferramentas em mãos. Eu estava sendo bem atrevida para quem estava de frente a um aprendiz de assassino.
— Nesses tempos é melhor viver mal acompanhado do que sozinho. – Samuel desviou o olhar para mim e sorriu insolente.
— Eu não entendo por que você nos culpa pelo que aconteceu. – Eu mudei de assunto e o observei apoiar as duas mãos na borda da lataria e baixar a cabeça. — Não podíamos simplesmente voltar, o prédio da universidade estava lotado de errantes, era impossível entrar novamente.
— Impossível? Engraçado você dizer isso, acho que não se lembra da vez em que voltou para Woodbury, logo depois de ter sido mantida refém, para salvar o babaca do seu namorado caipira e o desgraçado do irmão dele. – Samuel lembrou e eu o olhei confusa. Ele não estava sendo coerente. — Eu a vi voltando para salvá-los. Sei que parecia ser impossível, mas veja só, você e seu grupo os salvaram. Então, não venha dizer que me salvar era impossível.
— Nós todos ficamos preocupados com você, Sam. Eu queria... Eu realmente queria voltar para te ajudar, mas nos vimos sem escolha, estávamos em uma situação diferente. – Ele deu um sorriso cético e eu me aproximei dele. — Eu carreguei por dias o sentimento de culpa, pensei que estivesse morto. – Eu expus e o toquei no ombro, mas ele se desvencilhou do meu toque e virou-se de costas para mim. — Sam, você sabe que pode voltar para a prisão. – Não tinha certeza sobre o que estava propondo, mas precisava tentar. Ele balançou a cabeça lentamente de um lado para o outro.
— Não posso.
— É claro que pode. – Ele deu alguns passos para frente e passou as mãos pelos cabelos. Esperava que aquele gesto e seu silêncio fossem sinais de que ele estava considerando o que eu dissera. — Você sabe que as intenções do governador são as mesmas, sabe que ele vai machucar mais e mais pessoas para conseguir o que quer. Você não precisa fazer parte disso.
— Chega. – Ele murmurou, mas eu o ignorei.
— Sam, nós só queremos ficar em segurança. Você pode voltar comigo, você sabe que pode.
— Eu não posso... Mas não gosto de agir como um cão de guarda, Kristen.
— Eu sei disso. – Eu afirmei e esperei por sua resposta.
— Por que você não vem comigo? – Ele perguntou repentinamente. — Eu posso mantê-la segura.
— Não suportaria viver sob o mesmo teto que o governador. Ele já fez o suficiente a mim, não confio nele.
— Não, você não entendeu. – Ele voltou-se para mim e um sorriso brotou em seus lábios. — Podemos ser só eu e você, Kris.
— Sam, eu tenho uma família, eu não vou deixá-los.
— Filha da mãe! – A voz dele ecoou como um trovão, assustando-me e fazendo com que eu desse alguns passos para trás. — Eu sabia que você estava mentindo. Você não quer que eu volte para a prisão, você apenas quer que eu acredite em você para que possa fugir.
— Não é verdade.
— Guarde seus joguinhos e mentiras para quem acredita em você. – Ele estava saindo de controle novamente. Samuel veio até mim com passos pesados e agarrou meu braço, não me dando chance sequer de pensar em impedi-lo. Ele me prensou de frente para a lataria do carro e posicionou-se atrás de mim.
— O que você está fazendo? – Tentei me mexer, mas ele puxou meus braços e inclinou-se sobre mim. Impossibilitada de ver o que ele fazia, apenas ouvi o tilintar de algum objeto de metal. Senti Samuel pegar meu pulso esquerdo e prender algo frio e maciço ao redor dele. Ele estava me algemando. Ele agarrou em minha nuca e caminhou até a porta do carona, a abrindo. Fui empurrada para dentro do carro, e Samuel envolveu meu pescoço com uma de suas mãos, sufocando-me enquanto ele prendia o outro arco da algema no encosto superior do banco. Ele bateu a porta e deu a volta no veículo. Puxei meu braço, mesmo sabendo que não adiantaria, e senti a algema beliscar minha pele.
— Confortável? – Samuel sorriu ao entrar no carro e inclinou-se sobre meu colo. Virei meu rosto e senti sua respiração em meu ouvido enquanto ele puxava meu cinto e o prendia. Ele endireitou-se em seu assento e deu partida, entrando na estrada e dirigindo no sentido oposto ao da prisão. — Nosso acampamento é um pouco longe daqui, espero que aproveite a viagem. – Desviei meu olhar para a janela e observei as árvores passando rapidamente no acostamento da pista. Toda essa situação me fez pensar que o governador poderia estar nos vigiando há dias, e nenhum de nós percebeu. Ele não havia desistido de tomar a prisão para si. Isso era o que mais me afligia. Dessa vez não havia dúvidas de que ele mataria qualquer um que entrasse no seu caminho e o impedisse. Todos aqueles com quem eu me importava estavam expostos.
Eu poderia ter tentando correr quando tive a oportunidade. Poderia ter avisado o que estava por vir e teríamos a chance de fugir e nos protegermos. Mas agora eu estava presa em um carro, sem poder fazer nada para ajudá-los. E se eles encontrassem o governador? E se o governador estivesse atacando a prisão agora? E se Daryl morresse sem que eu pudesse vê-lo uma última vez? Se qualquer um deles morresse por minha causa, eu nunca me perdoaria. Preferia a morte do que perdê-los. Por Deus, Kristen! Não chegue a esse ponto.
Mas eles ainda estavam vivos. Eles estavam, eu sabia disso. Eu tinha que agir o mais rápido possível. Eu sabia que tudo pelo que passei ao lado deles, e tudo o que ansiava para nós eram as razões pelas quais eu ainda queria estar viva. Não sabia se teria minutos, dias ou anos para passar ao lado deles, mas eu lutaria por cada segundo. Eu não podia desistir, e eu não desistiria. 
Voltei meu olhar para o lado e observei Samuel. Ele estava distraído arrumando o retrovisor com uma mão, e a outra estava sobre o volante. Olhei no painel e a velocidade marcada era 102 km/h. Aquela era minha única opção. Respirei fundo e levei minha mão livre até o rádio, fazendo Samuel desviar a atenção para mim.
— Posso? – Perguntei indicando o aparelho e ele deu de ombros, voltando a regular o retrovisor. Num movimento ágil, movi minha mão até o volante e o empurrei para a esquerda, o que pegou Samuel desprevenido. O carro virou bruscamente para a esquerda e Samuel tentou estabilizá-lo novamente, mas eu puxei o volante dessa vez para a direita e o veículo saiu da pista. Acontecera tudo muito rápido. A alta velocidade, as árvores, a voz de Samuel, o chiado do rádio, a tontura, e então a dor. Meus ouvidos zumbiam e minha cabeça latejava. Olhei para o lado e vi Samuel deitado sobre a janela. O que? Sentia o peso do meu corpo pender para o lado esquerdo, como se eu estivesse suspensa. Pisquei algumas vezes tentando enxergar através da minha visão turva, até que o “bip” estridente que saía de algum canto do veículo foi cessando aos poucos, e tudo escureceu. 
 


Notas Finais


Bem, esse capítulo ficou pequeno porque eu pretendo atualizar nesse final de semana de novo.

É isso... Espero que tenham gostado <3


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