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História Black - RED - Recomeço


Escrita por: Josyanneh

Notas do Autor


Desculpa qualquer erro, boa leitura.
Feliz Ano Novo.
Amo vcs Bjos
Josy

Capítulo 41 - RED - Recomeço


Meu mundo estava desmoronando, tudo estava me sufocando. Me rasgando, pouco a pouco. Eu queria gritar, queria ferir aqueles que infligiram esta dor em mim, mas acima de tudo eu queria fugir, escapar de algo que eu sabia, algo que eu não toquei há mais de cinco anos. Embora eu saiba que poderia me fazer esquecer, egoísta eu sei. Eu quero dar um tapa em mim mesma por pensar nisso como uma maneira de escapar. Por que eu não poderia ser alguém que só ficou bêbada para escapar? Essas coisas são o que as pessoas normais fazem, não é? Por que eu não sou normal? 

Eu ando até o quarto da minha filha, ela está dormindo e é como se nada tivesse acontecido. Como se sua vida não estivesse estado em risco. Ela não vê isso dessa forma, ela vê Natsu como seu salvador, um Deus. Eu gostaria de vê-lo assim. Eu queria que quando eu o visse agora houvesse pássaros cantando e borboletas. Em vez disso, agora há medo, pensando que algo está prestes a vir, algo ruim. 

Eu estive ligando para Gray sem parar. Ele não atendeu seu telefone. Vai direto para a caixa postal. Jellal não ouviu falar dele e eu estou preocupada. Eu não quero ligar para Natsu e perguntar, eu me recuso a ser a primeira a ligar. Estou sempre me empurrando para ele, tentando fazê-lo perceber que ele é capaz de mas. Porque ele é, muito mais. Duas semanas, porém, é um longo tempo para não ouvir dele. Especialmente, quando há cinco anos eu falei ou o vi todos os dias. 

— Pare com essa depressão, — Erza diz da cozinha, Jellal está cozinhando. Erza está comendo tudo o que está à sua frente. Eu não sei como ela não engorda. Ela come muito, não para de comer quando ela está grávida, e ela parece estar grávida o tempo todo. Eu acho que não tive uma noite das meninas, ou bebidas, ou até mesmo saí durante a noite por mais de seis anos. E antes disso, eu não posso nem lembrar já que estava sempre drogada. 

— Eu não estou deprimida. — ela faz uma careta para mim, enfiando a língua para fora. 

— Você está, você precisa sair. Você precisa ter uma noite só para você.  

— Com quem? Minha melhor amiga grávida? Que está sempre grávida? — eu levanto as sobrancelhas para ela em questão. 

— Você tem amigos de trabalho, pessoas que você conheceu da instituição de caridade. Escolha algum, apenas faça isso. — eu observo Jelllal sorrir para o que sua esposa está dizendo, ela pode ser bastante persuasiva, mesmo quando ela não tenta ser, — Amanhã à noite, é sábado, vamos planejar. Vamos cuidar das crianças.  

— Calma aí, mulher, — Jellal diz colocando a salada em uma tigela. Ele tenta ser sério, mas o quão sério você pode ser ao fazer uma salada. 

— Se apresse, eu estou com fome, o bebê também, — diz ela esfregando a barriga e sorrindo para ele. Ele faz o que ela diz, balançando a cabeça. 

— O que vocês usam? — ela tosse e engasga com a comida dela, segurando sua mão e me dizendo para esperar, depois ri. 

— Você não pode estar falando sério? 

— Eu não tenho certeza se estou pronta, eu não acho que eu posso deixar as crianças. — a culpa ainda está lá, eu sei que ela não se machucou, mas ela é meu bebê. E mesmo que ela não tenha ficado traumatizado, eu fiquei. 

— Eles ficarão comigo, além do senhor Bodyguard que vai estar aqui para protegê-los. Nada vai acontecer, e nós vamos estar aqui quando você chegar nas primeiras horas da manhã. — eu balanço minha cabeça, eu não sei se eu posso fazer isso. Jerza tem um olhar de determinação em seu rosto e eu sei que ela vai ganhar, ela sempre ganha.  

* * *  

Ela entra sem bater. Eu a observo gingar, sim, ela ginga agora. E ela para na minha frente. Eu estou sentada no meu sofá de pijama, as crianças estão na cama e eu estou comendo pipoca. Seu rosto é sério quando eu olho para cima porque ela está bloqueando minha visão. 

— Levanta, — diz ela, apontando para eu me levantar. Eu fico onde estou e me viro para ver Jellal ali de pé segurando um saco de roupa e outro saco. Ele parece entediado. 

— Onde estão seus filhos? — eu a questiono. 

— Eles estão com a minha mãe. Eu te disse, saia, transe com algum estranho, dance até que seus pés estejam dormentes.  

— Que tal você ir para casa, foder o seu homem e me deixar em paz? 

— Eu estou aqui para isso, — Jellal intervém. Nós duas viramos para olhar para ele, seu sorriso é largo. 

— Nós acabamos de fazer isso, sério Jellal ? — a mão dela está sobre seu quadril, isso me faz rir. Os olhos dela vão até os meus, ela estala os dedos e estende a mão para Jellal, ele se aproxima com o saco, o que tem um vestido. Ela o puxa para fora e dentro está um vestido vermelho. É curto, bonito, o vermelho profundo das rosas. 

— Isto é para você, agora se vista. 

— Não. 

— Sim. 

— Não. 

— Sim... ou eu vou sentar aqui a noite toda contando sobre como Jellal e eu trasamos em qualquer posição diferente, quando e onde. E eu quero dizer todos os detalhes.  

— Mas... Porra Erza. 

— Sim, você entendeu. Ele gosta de coisas excêntricas, e você sabe como eu gosto de compartilhar.  

— Mulher, você tem que contar pra todo mundo? — ele balança a cabeça para ela, seu rosto ficando vermelho. Eu não posso deixar de sorrir para eles. Eu quero o que eles têm.  

* * * 

A música é tão alta que eu posso sentir a vibração correndo através de mim. É difícil ver, há flashes de luz, mas sem luzes reais para ver diante de você. Meus colegas de trabalho vêm aqui todo sábado à noite, eles são mais jovens do que eu, não tem filhos, e têm uma vida. Às vezes eu fico com inveja, embora eu não me arrependa de nenhuma das minhas crianças. Eu só queria ter vivido essa vida, a vida que você vive quando você é jovem e experimenta a vida pela primeira vez. 

Eu vejo alguns deles imediatamente, eles têm a sua própria mesa na direção do bar. Eles acenam para mim, eu me sinto velha, muito velha. Eu sinto que eu tenho que puxar meu vestido ainda mais para baixo, é muito curto e os meus saltos são muito altos. Não é meu, eu não me visto assim. 

— Eu não posso acreditar que você veio, — diz Levy. Ela é jovem, acaba de completar vinte e um. Minhas mãos vão para o meu vestido novo e eu começo a puxar. Ela dá um tapa em minhas mãos suavemente e se inclina para me abraçar, eu retribuo e quando ela se levanta, eu vejo que o meu vestido é modesto comparado ao que ela está usando. Seu top, se você chamá-lo assim, está mostrando muito peito, a saia é de cintura alta e os saltos a tornam mais alta do que eu. 

— Você já pediu alguma coisa para beber? — ela pergunta, olhando para o barman. Ele vem e sorri para ela. Eu olho ao redor e vejo duas outras meninas do trabalho, não muito mais velhas do que Levy sentar e conversar, elas acenam brevemente para dizer olá. — Isso é chamado de Wet Pussy, tomamos três cada um. — eu pisco para ela. Puta merda. — Não é ruim, confie em mim. — ela levanta a bebia e traz os lábios e, em seguida, arrasta o meu para mim. Observo-a, em seguida, faço o mesmo. Ela está certa, não é ruim, na verdade, é agradável e doce. Nós bebemos o segundo e terceiro, então ela me passa uma vodka misturada e eu bebo. 

— Então me diga, onde está o homem lindo que está sempre com você? — seus olhos brilham e ela se inclina como que se eu dissesse a ela, ele fosse sair de uma caixa. Então eu penso sobre Gray, e que eu não tenho visto ele por mais de duas semanas, duas semanas é muito tempo para eu não falar, ou mesmo vê-lo. 

— Ele saiu para trabalhar, — é tudo que posso dizer. O que eu poderia dizer? Que ele torturou e possivelmente matou alguém que eu achava que era um amigo, mas no final me traiu? Que ele pode estar lá fora matando outra pessoa? Porra, não. 

— Bem, aquele homem... — ela abana a si mesma: — ...tem um toque de maldade nele. Você e ele, estão juntos né? — o bartender se aproxima e deixa duas doses na nossa frente. Eu pego uma enquanto ela me olha. 

— Não, apenas amigos. 

Ela abaixa sua dose. — Você nunca mencionou o pai de Nashi. Sempre achei que ele era o pai. 

Eu aperto meus olhos, esta é a razão pela qual eu não queria sair. Eu não queria isso. Eu não queria estar respondendo esses tipos de perguntas. 

— Ele está por aí. 

Ela balança a cabeça como se ela entendesse que eu não quero falar sobre isso, porque eu não sei. — Vamos dançar. 

— Eu preciso usar o banheiro feminino primeiro, — eu digo, me levantando. Ele está na minha mente, por que ele fica lá como cola? Eu sinto o álcool, é mais do que eu tenho bebido em mais de cinco anos.  

* * *  

Eu desejava não ter bebido, eu queria ter visto o que estava na minha frente antes que eu estivesse na posição que agora eu me encontro. Levy está olhando para ele como se ela nunca tivesse visto alguém parecido com ele antes. Talvez ela não tenha. Ele é demais mesmo. Ele não olha para ela quando ela fala, seus olhos verdes, perigosos e treinados estão diretamente em mim e eles não sairá tão cedo. 

— END— eu digo, e ele sorri para mim. Ele sabe que eu não uso esse nome, eu sei que eu não uso esse nome. 

— Red — ele responde, e sorri de volta. Minhas entranhas se reviram, minha mão vai para a minha barriga, esperando que isso tenha sido por causa dele e não do álcool. 

— Você o conhece, Lucy? — Levy pergunta, se inclinando mais perto do que eu gostaria dele. Natsu não gosta disso, ele recua, ganhando distância dela. E acena com a cabeça. — Ótimo, você deve se juntar a nós para algumas bebidas. Estávamos prestes a dançar. — eu balanço minha cabeça, ele não vai se juntar a nós, e ele não dança. Ele me vê balançando a cabeça, se levanta e fecha a distância entre nós. 

— Você não quer dançar comigo, Lucy? — sua voz é baixa, está se tornando difícil dizer não, se tornando difícil não querer saltar nele aqui e agora. 

Eu me inclino para perto, minha respiração em sua orelha. — Você não dança, Natsu Dragnnel. 

Eu recuo assim que ele abre os olhos. — Eu vou, se envolve você. 

Levy nos sorri e pega a minha mão e me puxa para a pista de dança, eu me viro para vê-lo nos seguir e imediatamente meus nervos chutam. 

As pessoas se movem quando ele anda, ele comanda, mesmo sem querer. É uma coisa fascinante para assistir. Ele não presta atenção, ele não percebe os olhares que ele traz sobre si mesmo, seus olhos estão totalmente em mim. 

Ela para e começa a se mover, eu fico lá e o sinto atrás de mim. Ele não se move, eu não esperava que ele o fizesse. Natsu Dragnnel não é um homem com movimentos, não na pista de dança. Outras coisas? Sim, ele manda a ver. 

Eu não sei por que faço isso. Eu poderia culpar o álcool, eu poderia culpar a falta de sono que eu tive ou o fato de que eu estou tendo uma noite sem preocupações, mas eu faço isso. Eu empino minha bunda, meus quadris se movendo lentamente ao ritmo, e minhas costas entra em contato com Natsu. Seu primeiro instinto é embrulhar as mãos em volta de mim e me abraçar forte, tornando difícil para eu me mover. 

 

Natsu Pov's ON

 

Ela é sedutora e nem sabe. Seu corpo se encaixa perfeitamente no meu, suas curvas misturam com meu corpo divinamente. Ela foi feita para mim, mente, corpo e alma. Seus quadris se movem ligeiramente, ela sorri para a amiga que sorri para mim. Eu não presto nenhuma atenção, minhas mãos estão ocupadas, a minha mente se ocupada exclusivamente dela. E a maneira como ela cheira e fica neste vestido, a forma como as longas pernas continuam e continuam, é difícil não agarrá-la e levá-la embora. Ela é tudo que eu quero. Eu sei disso, vou me esforçar mais para tê-la volta. Eu não posso mais ser quebrado, ela me refaz. Ela é a cola que mantém meus ossos juntos, e eu vou mantê-la por tanto tempo quanto eu puder. Mesmo que seja só agora, agora é tudo que eu preciso neste exato momento. 

Seu corpo gira um pouco, eu solto meu domínio sobre ela e ela move suas mãos para que elas estejam por cima do meu ombro. Seus saltos tornam isso possível, mais fácil para nós estarmos cara a cara. 

— Por que você está aqui? — seus lábios são suaves e rosas. Não posso deixar de olhar, ela não é de usar maquiagem, eu quase nunca a vi com batom e seus lábios definitivamente não precisam disso. 

— Porque você está aqui. 

Ela fecha os olhos um pouco antes de reabrir e balançar a cabeça. — Eu sempre estive aqui, Natsu, por cinco anos eu estive aqui. 

— Você está louca, Lucy? 

— Não Natsu, eu estou ferida. Há uma diferença.  

— Me diga a diferença, me diga para que eu possa entender. 

— Como você não conhece sentimentos normais? Como você não entende nada disso? — seu corpo está balançando um pouco. 

— Eu não senti nada até você, nada além de você. 

Ela se vira e se inclina para mim. E eu espero que seja ela, eu espero que seja ela que escolheu me beijar, neste momento, e não o álcool que ela consumiu. Porque quando eu provo dela, eu não posso recusar. É impossível. 

Minhas mãos apertam mais, elas se movem de seus quadris para sua bunda. Ela morde o lábio e bate em mim, sua boca rápida e com raiva. É quente, é delicioso... é um beijo com raiva? Porque ela nunca me beijou assim, ela remove os lábios e se inclina para perto. 

— Eu tomei uma dose de Wet Pussy, funcionou, eu estou molhada. — é isso aí, já deu. Foi difícil assisti-la, eu estava duro de beijá-la e agora estou prestes a explodir se eu não tocá-la. Ela pega a minha mão, me puxando enquanto ela anda e eu vejo como seu traseiro oscila a cada passo que ela dá. Nós saímos pelas portas da frente e ela me puxa para o lado. É escuro, apenas um carro está estacionado aqui. 

As mãos dela vão até meu peito, suas costas se inclinam contra a parede. Ela agarra a gola da minha camisa e me puxa para ela, se moendo em mim. Sua boca encontra a minha, é quente, duro e muito diferente dela. 

— Vamos. — eu recuo de seus lábios, ela balança a cabeça e puxa seu vestido para cima, expondo sua calcinha e puxando para baixo rapidamente até que ela caia no chão. Suas mãos vão para minhas calças, desfazendo meu cinto e baixando meu zíper. 

— Não, me foda aqui, — diz ela sem fôlego. Eu não quero transar com ela em uma parede do lado de fora de um clube. Quero transar com ela onde eu sei que ela não vai escapar, onde sei que ela não vai correr depois que terminarmos. 

Mas eu não posso dizer não, é impossível. 

Sua perna vem em torno de mim, ela agarra meu pau e desliza nele. Pensamentos racionais me deixam, o sexo me consome, ela me consome. Seus olhos se fecham, eu a levanto e sua outra perna envolve firmemente em torno das minhas costas. Ela começa a se mover, para cima e para baixo, os olhos fechados. Eu agarro seus quadris e bato com mais força, indo mais profundamente quanto possível. Ela não olha para mim quando ela desliza para cima e para baixo, suas mãos escavam em meus ombros, sua boca desce e morde meu pescoço, mas ela não vai me dá acesso aos seus lábios, eles ficam longe. Eu chupo seu pescoço como se eu estivesse reclamando-a, e talvez eu esteja. Talvez eu esteja marcando-a, dizendo a ela e todos que ela está tomada, que ela é minha. 

Ela goza, coloca a cabeça no meu ombro por um momento antes dela se desvencilhar e me empurrar para trás com as duas mãos. Eu a solto, em seguida, ela puxa seu vestido para baixo e não olha para mim. 

— Eu tenho que ir, — diz ela. 

— Lucy... — eu agarro o braço dela, eu não me ajeito. Ela é tudo o que está em minha mente. 

— Isso não muda nada, Natsu. Você ainda é o homem que não poderia nos colocar em primeiro lugar. Isso... — ela move as mãos no ar, — ... não muda isso. — ela se afasta, olha para mim, e depois sai. 

Ela não disse mais nada, ela não me quer. 

Eu não tenho certeza do que fazer, ou como fazê-lo. Eu não sei como provar a ela, depois de tudo que eu fiz, que tudo que eu quero é ela e nossa família.  

* * *  

— Eu transei com ela, — eu digo ao telefone. Sei o que ele está prestes a dizer antes dele dizer. 

— Seu filho da puta, — ele começa a resmungar palavrão atrás de palavrão. — Eu te disse para reconquistá-la, não para fodê-la. 

— Como diabos vou reconquistá-la? Que porra eu devo fazer?  

— Como diabos é que ela te ama? Você... sério... você é sem noção pra caralho, — Gray murmura para mim. 

— Eu ainda estou tentando entender tudo. 

— Sim, bem, você está fazendo um trabalho de merda. 

— Uma parte de mim deseja nunca te-la conhecido, — eu digo a ele honestamente. Ele não fala imediatamente. 

— Por quê? 

— Era mais fácil não sentir. 

— Eles te foderam, eles te transformaram em algo que precisavam, e funcionou. Se eles podem te transformar em um homem que precisavam, você pode se transformar para o homem que ela precisa. 

— Eu não acho que posso. 

— Ela não quer arco-íris e flores, END, você deveria saber disso. Senão ela não estaria com você. Ela quer escuridão. Você pode fazer isso.  

— Estou te ouvindo, guru do amor, — eu o provoco. Se ele estivesse aqui agora, ele iria tentar me bater. 

— Eu não conheço o amor, END, só conheço Lucy e você. 

— Você vai encontrar, você vai encontrar a sua Lucy. 

— Sim, talvez. — sua voz é baixa. 

— Onde você está? 

— Por aí. 

— Você não vai me dizer? 

— Não, não acho que eu esteja te traindo ou nada disso, só preciso encontrar um novo irmão, alguém para me amaaar, — ele brinca. 

— Vá se foder. 

— Sim, sim... — ele fica em silêncio por um momento. — Comece com as crianças, comece a conhecê-las. 

— Porra. 

— Eles são bons garotos, END, você vai descobrir isso. 

— Volte em breve, sim? 

— Sim, — diz ele, em seguida, a chamada é finalizada. 

É hora de conquistar algumas crianças, como diabos eu deveria fazer isso? 


* * * 

 

Max abre a porta. Ele se parece e fala como Lucy. Ele sorri quando me vê, abre mais a porta e sai, me abraçando. Ele costumava fazer isso quando era pequeno. Lembro bem dele, do jeito que ele era tão simples. Como ele sabia mentiras, mentiras quando estavam sendo contadas. 

— Natsu — diz ela, recuando. 

— Natsu? — vem à voz dela quando ela aparece. Ela bufa quando ela me vê, em seguida, puxa Max para ela. — Eu não sabia que você estava vindo. 

— Eu vim conhecer Nashi, corretamente. 

Seus olhos se estreitam, ela abraça Max com mais força, fazendo Max se afastar do aperto de sua mãe. — Sério? — ela me pergunta. Eu assinto com a cabeça e ela acena, fechando a porta atrás de mim. — Ela está em seu quarto, você quer que eu a chame? Ou você quer ir lá dizer olá?  

— Eu vou até ela. — é idiota, eu não sei por que eu escolhi essa opção, que seria mais fácil e mais seguro tê-la ali. Ela aponta para o seu quarto. Eu passo por ela, cheirando, ela cheira a flores, ela sempre cheira assim. — Nós precisamos conversar sobre a noite passada, — eu digo. Ela balança a cabeça e eu continuo a andar. Eu abro a porta para encontrá-la no chão, seu quarto está cheio de brinquedos, carros pequenos, serio carros.  Ela tem o seu iPad, alguns adultos idiotas mostrando jogos, sério? 

Ela olha para mim e aponta para seus brinquedos. — Brinca comigo? — eu dou a ela um olhar estranho que ela não percebe enquanto ela começa a fazer ruídos com seus carros, batendo uns nos outros. — Você vai se sentar, senhor? — sua atitude é bastante concisa como se ela dissesse "brinque ou saia". Eu sento no chão na frente dela, ela empurra os carros para frente de mim. 

— Você sabe quem eu sou, Nashi? — pergunto quando ela faz uma pausa. Ela olha para mim e balança a cabeça. — Quem sou eu, Nashi? — ela não olha quando ela aponta para algo ao lado de sua cama. É uma foto minha em um quadro. Uma batida suave vem da porta, Lucy abre e coloca a cabeça na abertura da porta, olhando para mim, em seguida para Nashi e sorri. 

— Jantar? — ela me pergunta. Eu começo a responder que não, então ela fala. 

— Ele pode se sentar ao meu lado. — Lucy assente e fecha a porta. — Você ama a minha mãe? — ela me pergunta. Ela está me observando olhar para a porta fechada onde Lucy simplesmente desapareceu. 

— Pelo que eu entendo de amor, sim, eu amo. 

— Eu a amo. 

— Você deveria. — seus olhos estão em mim agora, ela não está mas interessada em seus carros. 

— Por que você a ama? 

— Porque ela é linda, atenciosa, e seu amor preenche buracos que não devem ser preenchidos. 

Sua cabeça cai para o lado como se ela meio que entendesse o que acabei de dizer. — Você a fez chorar, você sabia disso? 

— Não, não sabia. 

— Não faça isso de novo! — seu tom é grave. — Você vai ser o meu pai agora? 

— É isso que você quer? 

Ela franze os lábios. — Sim, as outras crianças têm pais. Você é maior e mais assustador do que eles, vai ser legal.  

Uma criança... eu estou tendo uma conversa com uma criança. Mais do que o que eu tive com adultos. Ela é maravilhosa, e ela é minha. Eu posso ver isso nela, na forma como ela move suas mãos, a maneira como ela enruga a testa. Mas é ela que eu vejo mais, seus olhos podem ser meu, mas o amor neles, a forma como eles brilham por quem eles amam isso é tudo dela.



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