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História Black And Green - Surpresas e Doces


Escrita por: LadyFear

Notas do Autor


Aqui eu de novo com outro capítulo beeeeem meloso - mintira - kkkkkkkkkkkkkkk
Aqui saberemos o que se foi feito com Sirius e a resposta para ele.
Teremos também uma visão bunita de veneza e seus monumentos #sqn
E, antes que eu esqueça, amanhã eu vou postar um cap bem mais tarde, e talvez só no outro dia pq vou passar o dia fora, dando uns tibungo na piscina pq também sou fia de Deus né? asuahsuhauhsuahsua'
Partiu cap!
<3

Capítulo 106 - Surpresas e Doces


Largo Grimmauld, nº 12

Um pequeno grupo de pessoas reunia-se sorridentes e aconchegados perto da lareira na sala de estar andares acima dos corredores ainda escuros, mas bem mais cuidados do que eram antes na época em que a Ordem era sediada ali. Era um dia tipicamente frio em Londres, e a movimentação na rua lá fora era fraca e tranquila.

- Eu já lhe disse para desistir dessa ideia maluca, Sirius.

- Não posso me dar a esse luxo, Harry. – Respondeu enquanto andava de um lado para o outro.

- Você está ficando abatido. Não me admira que ande evitando nos ver. – Molly Weasley reclamou. – E sem contar que talvez isso já tenha ocorrido.

- Não sei, Molly. Aquele ranhoso infeliz não faz o tipo que pede. – Balançou a cabeça frustrado sentando-se em uma das poltronas. – Mas me custa confiar que ela não faça isso por ele.

- Sirius, correr para a Itália para impedir os dois de se divertirem não vai fazê-la se apaixonar por você, vai fazê-la se irritar até o último fio de cabelo. – Harry parecia preocupado com o padrinho enquanto bebericava o chá apreensivo.

- Se divertir? O que seria diversão com ele? Machucar ela até deixar marcas pelo seu corpo? – Bufou irritado.

- Do que está falando? – Hermione que até então estava calada ficou confusa. – Não acho que ele machucaria ela.

- Eu vi Hermione, o pescoço dela estava cheio de hematomas feios!

Gina deu um sorrisinho malicioso para Hermione discretamente. Molly por pouco não percebera aquele entendimento entre as duas.

- Ela pode ter se machucado de outro jeito. – Rony chutou distraído com um dos quadros que andava de lá para cá como se imitando o homem frustrado a andar pesadamente sobre o assoalho de madeira.

- Não acredito nisso. Isso foi ele.

- Não acha que está levando essa sua antiga rixa com o Severo longe demais? – Molly franziu a testa preparando-se para seus sermões gigantescos dos quais Rony e Gina e algumas vezes Harry já tinham visto e conheciam bem. – Pelo que eu vi dos dois na última vez, o Severo estava desesperado para saber como ela estava. Ele gosta da Maeve, Sirius. É uma garota extremamente linda e encantadora e eu posso cogitar que é fácil se apaixonar por ela, mas acho que desde o início pelo convívio os dois tiveram mais chances de se aproximarem e aprofundarem o que tem agora do que com você que a via em ocasiões apenas. O que me leva a perguntar se isso que você sente é apenas paixão ou ...

- Não, Molly, pelo amor de Merlin! Não é questão de rixa, apesar de eu ainda o odiar mais do que tudo. Eu estou de fato irremediavelmente apaixonado por ela... E me dá vontade de estuporá-lo toda vez que o vejo perto demais com aquela maldita autoridade como se ela fosse algo que o pertencesse.

- Se fosse você no lugar dele faria a mesma coisa. – Harry sorriu.

Sirius tentou responder, mas sabia que negar que faria o mesmo o denunciaria. Contentou-se em ficar calado com as mãos cobrindo o rosto enquanto desejava ardentemente que ela não fizesse nada antes dele conseguir se provar digno de ter uma nova chance. Molly e o quarteto tentou demovê-lo de suas ambições e do seu plano mirabolante de ir atrás de Maeve na Itália. No fundo ele sabia que algo aconteceria, e impedir parecia ser a solução mais plausível. Entretanto ele não deixou de retrucar contra as apaziguações.

Depois de meia hora o quarteto teve se retirar para fazer o que Hermione chamava de “pesquisa de casamento”. Queria ter um vestido da cor planejada que fosse devidamente decente e apesar de Gina contestar lhe dizendo que poderiam criar um magicamente, ela a ignorou pois sabia que Molly gostaria de conversar com Sirius em paz. Sairam depois de se despedirem e tomaram o devido cuidado para não fazerem ruído algum que fizesse com que o retrato de Walburga Black saísse de detrás das cortinas e começasse a gritar seus típicos impropérios. Odiavam ouvir ela gritar contra todos que ali entravam.

Ao chegarem a rua parecendo mais aliviados por estarem longe da tensão de Sirius, uma coruja grande e de olhos amarelados sobrevoava a casa indo em direção ao peitoril de uma das janelas no andar que os dois mais velhos haviam ficado. Bicou algumas vezes o vidro até que sua presença fosse notada.

- Deve ser a resposta de Maeve. – Sirius pulou da poltrona e abriu a janela com uma felicidade lhe assaltando o peito. Entretanto ao invés da letra dela no pergaminho retirado as presas da pata da coruja, havia outra que ele reconhecia tão bem quanto reconhecia que Monstro era um elfo.

Snape.

- O que esse cretino quer respondendo no lugar dela... – Murmurou enquanto abria o pergaminho.

Má hora para ter feito aquilo. A coruja voou rápido o suficiente para evitar que como Sirius fosse atingida pela rajada de pus de Bubotúbera que fora jogada contra o bruxo o fazendo recuar diversos passos e cair no chão. Sua pele suja daquele líquido verde amarelado cheirando atrozmente a gasolina logo começou a se encher de feridas e queimaduras que pioravam a cada segundo. Desesperado em tentar se livrar do excesso de pus em cima de si, não percebeu quando a carta pegou fogo queimando sua mão e por pouco não alcançando sua roupa enquanto subia em uma coluna azulada criando palavras no ar.

“ Se julga muito esperto não é mesmo cachorrinho? Achou mesmo que apelando para o seu emocional iria conseguir seu perdão e sua confiança? Francamente, sabia bem que seu padrão de inteligência era bem menor que o aceitável, mas não tanto. Temo que suas declarações não farão a mínima diferença na escolha dela. Espero imensamente que a carrocinha o recolha nestas férias. Aproveite o presente. ”

Sirius leu aquelas palavras incrédulo e raivoso enquanto sentia seu rosto encher-se de feridas e começaram a arder e doer de forma insuportável. Molly viu aquilo tudo balançando a cabeça em reprovação. Conjurou luvas de couro de dragão para poder ajudá-lo a se levantar e cuidar em retirar aquilo de cima dele enquanto ele praguejava contra Snape dos piores nomes possíveis e impossíveis.

Se vingaria na primeira oportunidade. O que não tardaria a chegar.

✥✥✥

Palácio Ducal, Veneza

- Turistas iam e vinham conversando e murmurando entre si, aproveitando o sol e as grande e fofas nuvens que inundavam o céu com suas mais variadas formas. A piazza São Marco estava repleta e cheia. O palácio Ducal assim como a basílica de São Marcos ao seu lado, erguia-se contra a luz do sol com sua fachada de mosaicos inconfundíveis em rosa e branco que ganhavam uma coloração diferenciada a cada hora do dia. Àquela hora a fachada mais parecia totalmente rosa do que branca, dando ao lar dos antigos Doges um ar sutilmente surreal ajudado pelo fato de que o segundo andar do prédio parecia desafiar a gravidade sendo segurado pelas graciosas e leves colunatas e arcadas do térreo.

Voltando para a piazza, Snape ainda parecia impressionado pela arquitetura e pela forma como o palácio se dividia entre seus inúmeros apartamentos, salas judiciárias, pátios e a famosa ponte dos suspiros que apesar de remeter a algo romântico, nada mais era do que a ponte que levava os prisioneiros para a prisão do outro lado onde talvez nunca mais fossem vistos. Maeve segurava a sua mão apertando-a de vez em quando enquanto parecia entretida em discorrer sobre a história dos Doges e em como eram as formas politicas daquela época. Para alguém que passara muito pouco tempo ali, ela sabia mais do que qualquer guia turístico que estivesse levando multidões. Aquilo o impressionava. Eram detalhes demais.

Caminharam displicentemente apreciando a vista, e a forma como as águas cristalinas mudavam a cor e a intensidade das fachadas monumentais. O dia quente havia feito Maeve escolher uma roupa mais leve. Estava com uma calça jeans azul escura, uma regata verde clara e all star o que lhe dava a impressão de ser uma adolescente qualquer. O cabelo estava solto a sua frente cobrindo a visão mais atenta de quem pudesse ver as marcas em seu pescoço. Snape apesar de ainda continuar parecendo formal estava apenas com a camisa branca cujos três primeiros botões estavam abertos.

- Para onde quer ir agora? – Maeve sorriu.

- Vou deixar você escolher. – Sorriu de canto soltando a mão dela e passando o braço pela sua cintura.

- Acho que vou te levar para o beco diagonal italiano.

Passou o braço também pela cintura dele e saíram andando de piazza a dentro indo em direção as pontes. Alguns prédios erguiam-se mais à frente. Crianças passavam correndo com seus sorvetes e óculos de sol engraçados. Maeve pensou que seria um bom presente para Luna. Encontraria um dos mais espalhafatosos antes de voltarem, sabia que ela adoraria. Draco havia lhe pedido uma lembrança do Stretto di Incantesimi. O que seria difícil para Maeve escolher, já que o Estreito das Magias era um corredor quase sem fim, cheio de lojas e mais lojas com artigos de tipos tão variados que nem mesmo ela conseguia escolher as coisas rapidamente ali.

Passaram por um dos arcos de pedras encimados por anjos de asas abertas e atravessando por um beco estreito que descia íngreme, chegaram a um corredor vazio que dava em uma parede com outro arco igual aos primeiros. Visto de longe parecia que assim que fosse cruzado cairiam no canal próximo. Andaram até chegar perto do arco e Maeve soltou ele atravessando-o sem dizer nada. Ao contrário do que Snape esperava, ela sumiu após passar ao invés de cair vários metros até a água lá embaixo.

Era uma passagem ilusória.

Repetiu o mesmo que ela fez, e ao atravessar deu de cara com um corredor cheio, cuja multidão ia e vinha com suas longas capas, ou mesmo roupas leves. Bruxos se encarapitavam em bandos pelas mesas em frente as tavernas, bruxas saiam das inúmeras lojas de ervas cheias de sacolas e caldeirões repletos de ingredientes. Uma vivacidade mágica que poderia ser comparada facilmente com o Beco Diagonal. Entretanto o Estreito das Magias, não tinha nada que se ligasse ao nome. Era um corredor amplo e largo onde se podia facilmente caminhar sem esbarrar em ninguém que não estivesse caminhando distraído.

- Vamos? – Maeve sorriu ao vê-lo surpreso e estendeu a mão.

Snape lançou-lhe um de seus olhares penetrantes de quem sabia que ela estava aprontando, entretanto pegou a mão dela e juntos percorreram quase toda a extensão, parando aqui e ali para que Maeve pudesse comprar o que havia prometido. Ali no Estreito, não havia divisão entre lojas comuns de lojas com artigos de magia negra. Tudo estava junto e misturado, e ninguém ali parecia de fato se incomodar tanto com isso desde que ninguém se esbarrasse. Maeve demorou um pouco em uma das lojas até achar um par de relicários iguais que brilhavam quando estavam juntos, dentro se podia gravar frases de lembretes o que seria útil a Luna. Ela esquecia coisas importantes, mas não se esquecia de comer seus pudins. A morena achava aquilo totalmente incrível. Embrulhos feitos, passaram uma das lojas de livros, onde Snape deteve-se em alguns por momentos rápidos.

- Esse era o volume que estava faltando na sua estante. Eu lembro disso. – Maeve sorriu cutucando ele.

- É, mas não sei se vale a pena leva-lo para tê-lo como referência ou apenas pelo prazer de deixar toda a coleção completa. – Arqueou a sobrancelha e o fechou em um movimento rápido.

Maeve tomou o livro de capa de couro preta, cuja lombada parecia estar bem mais desgastada do que o conteúdo. Era um dos livros de magia negra que Snape provavelmente passaria horas e horas lendo apenas pela satisfação de saber. Ele evitava sempre que possível, e passara ainda mais a evitar desde que tudo se findou na segunda guerra bruxa.

- Vamos levar. – Piscou para ele.

- Está interessada nisso? – Perguntou confuso enquanto segurava a mão livre dela.

- Você está interessado. Então vamos levar. – Ela olhou para trás quando ele estacou. – O que foi?

- Não acha que está me presenteando demais? – A carranca parecia sutilmente querer voltar a sua face.

- Eu te daria o Egito inteiro com as múmias e tudo se pudesse, sabia? – Riu. – Deixa de ser orgulhoso, vamos.

Ele resmungou alguma coisa que ela não ouviu e se deixou levar. Antes de chegarem ao balcão ela ainda pegou vários livros como se já tivesse estado ali e decorado onde estavam. A pilha havia lhe custado vários galeões, o que ela fingiu que não era nada.

Deram mais algumas voltas, compraram mais pergaminhos e tintas, penas coloridas, e uma infinidade de coisas. Quando voltaram para a comodidade dos monumentos do lado trouxa, já passava das cinco da tarde e o sol começava lentamente a jogar seus raios alaranjados pelo céu. Andaram até chegar em um dos lados do cais, onde muretas de mármore branco erguiam-se até a altura da cintura de Maeve brilhando com a luz solar que incidia sobre elas. Sua última passada seria em uma loja de doces. Compraria algumas caixas de bombons de licor para Minerva e algumas caixas de bombons sortidos com formas de frutas para Dumbledore. Sabia que o mago já estivera ali, era uma das lojas mais famosas de doces em Veneza, mas levaria mais. Ambos viviam comendo doces escondidos, e dividiam sempre que se cruzavam.

Snape ficou a esperando encostado as muretas aproveitando a brisa que esfriava após um longo dia quente. Respirou fundo algumas vezes enquanto sorria torto. Somente uma desmiolada como Maeve o levaria para a Itália. Surpreendeu-se consigo mesmo, pois estava gostando daqueles ares mais leves e menos pesados. Ainda amava as masmorras e o seu frio, mas parecia estar se acostumando ao lado mais quente que Maeve o estava obrigando a aproveitar.

Ela voltou sorridente com mais sacolas e com uma caixa de bombons nas mãos. Leonard havia lhe sugerido que comprasse aquela para dividir com Snape já que não tinham nada a ver com os bombons normais a que todos estavam acostumados. Deu um pulinho para sentar em cima de uma das muretas e abriu a caixa depois de depositar as outras junto das sacolas ao seu lado.

- Vocês dois. – Snape alfinetou fazendo referência a Dumbledore.

- Doce é bom sabia?

- Prefiro coisas mais amargas. – Arqueou uma das sobrancelhas.

Maeve sorriu maliciosa e pegando um dos bombons deu uma pequena mordida. O gosto do vinho especiado junto com o chocolate criava uma mistura bem diferente, o que a fez arregalar os olhos.

- Caramba. – Murmurou.

- O que foi?

Ela levou um dos bombons até altura da boca dele displicente como sempre ficava ao provar algo muito bom. Ele franziu a testa cético, enquanto segurava a mão dela no mesmo lugar. Maeve murmurou “prova” apenas com os lábios sorrindo. Passaram-se alguns segundos até que levou a mão dela até sua boca e mordeu. Maeve achou que ele não iria gostar a levar pela cara que ele fez, mas sua expressão se abriu de forma confusa.

- Vinho especiado?

- Sim. Eu sei que você não gosta de doce que é muito doce. – Riu se sentindo engraçada por repetir a palavra. – Então achei que esses aqui você gostaria.

- Sei. – Murmurou fingindo um tom mais carrancudo enquanto tirava a caixa do colo dela colocando-a de lado e ficando de frente para ela com as mãos em suas coxas. Maeve entrelaçou as pernas nele o puxando para mais perto. Ele a beijou casualmente, lembrava-se muito bem que ali ainda era um local público apesar dela o provocar.

Esperaram pelo pôr-do-sol enquanto brincavam de colocar os bombons na boca um do outro. O céu ficou dourado e alaranjado mesclando-se com o azul que aos poucos ia escurecendo com suas nuvens cinza-prateadas e brilhantes. A luz ao incidir na parte mais altas dos monumentos reluzia criando reflexos coloridos. As águas pareciam mais claras do que nunca adicionando uma aura digna de Leonardo Da Vinci aquela composição mágica e natural que somente em Veneza poderia se ver.

- Só sobrou um. – Maeve brincou olhando para a caixa. – Vamos dividir.

Sem que ele esperasse ela mordeu parte do bombom e o deixou na boca preso pelos dentes para que ele pegasse a outra parte com a boca também. Ele riu balançando a cabeça em negativa, mas pegou a parte dele aproveitando para lhe dar um selinho.

- Louca. – Murmurou segurando o rosto dela com as duas mãos, virando-o suavemente apenas alguns milímetros para que a luz do fim de tarde incidisse de forma exata em seus olhos. Ficaram alaranjados iguais ao sol, cujo verde tentava se sobressair sem sucesso. Pegou-se observando cada detalhe que amava novamente sobre aquela perspectiva de luz, e novamente teve certeza de que naquele momento não haveria ninguém que fosse mais linda do que ela.

- O que foi? – Ela murmurou estendendo a mão para colocar uma das mexas do cabelo dele atrás da orelha.

- Apenas te admirando. – Sorriu torto a fazendo ficar vermelha. Aqueles comentários inesperados sempre a deixavam corada por mais que tentasse evitar.

“Ti amo. ” – Ela murmurou em Italiano.

“Ti amo. ” – Ele repetiu sorrindo presunçoso a puxando para o círculo de seus braços a apertando em um abraço caloroso e aconchegante. E ali ficaram observando o sol acabar de morrer no horizonte, abraçados, juntos e alheios aos olhares admirados e curiosos dos que passavam.

Mal esperavam pelo que o futuro os parecia reservar.

 


Notas Finais


Tem algo aqui que ta estragando ó e-e'


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