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História Black And Green - Em Honra a Deusa Das Batalhas


Escrita por: LadyFear

Notas do Autor


Festaaaaas uhuuuul.
Essa vai ser a primeira parte da festa, por que né tem mais treta depois desse capítulo aqui xD
A segunda talvez ainda poste pela madrugada para vocês <3
Agora preciso da opinião, hot ou não hot depois? That's the question. XD

Capítulo 63 - Em Honra a Deusa Das Batalhas


- A ansiedade e curiosidade pairava em todos que ali estavam reunidos. O salão havia sido decorado e organizado como se fosse uma antiga taverna. Havia duas mesas grandes cheias de todos os tipos de frutas, bebidas quentes, carnes, queijos e doces. Só permanecia a mesa de duas casas, que ficaram bem longe do centro do salão, do teto pendiam chifres decorados com triskles e pentagramas e haviam peles dos mais variados tipos de animais exibidos nas paredes. Três escudos ficaram em evidência flutuando perto da parede que ficava atrás da mesa dos professores.

O de Hogwarts, o da Sonserina e o da família Lesley.

 A mesa dos professores havia sumido para dar lugar ao grande caldeirão de onde labaredas alaranjadas de fogo subiam e crepitavam e ao altar onde a estátua da Deusa repousava pétrea e serena. Junto dela estava o athame ritualístico, o bastão de defumação trançado com sálvia e eucalipto, o cálice de bronze, e o punhado de manjericão, verbena e Beladona que seriam usados. Também estava ali uma coroa delicada adornada com as três faces lunares.

Nos degraus abaixo, a frente do caldeirão, a espada havia sido fincada ao chão representando os antigos juramentos feitos pela família aos Deuses antigos. A frente dela uma almofada grande e vermelha havia sido colocada.

Guinevere estava vestida a caráter com sua túnica lilás decorada com os antigos símbolos celtas de proteção e poder. Tinha sido ela a realizar os rituais de passagem de Kate e Dana, e não poderia deixar de realizar o de Maeve em homenagem a Inima e Pecky. Seria algo mais do que especial. Era a primeira vez que alguém daquela família tinha sido consagrado a uma Deusa em específico, e logo a responsabilidade ali era bem maior.

Dana e Kate esperavam de costas para o altar e para Guinevere que havia se posicionado a frente do caldeirão à espera da morena. Ambas vestidas com as típicas vestes de comemoração roxas. Assim como todos ali estavam ansiosas. Tinham preparado tudo com Hermione, Gina, Luna e principalmente Narcissa que havia orquestrado tudo com precisão e maestria. A loira tinha preparado os mínimos detalhes, desde escolha de roupa, manto e posição de mesas. Ela e Luna trabalharam sorrateiramente com as outras para que nenhum detalhe fosse percebido antes do combinado. Tudo havia dado certo.

Professores e alunos convidados de todas as casas esperavam sentados em seus devidos lugares. Dumbledore parecia radiante com suas vestes prateadas, assim como Minerva que havia deixado seu típico chapéu de lado e deixado o cabelo solto como uma cortina prateada. Fazia muito tempo que os dois haviam presenciado acontecimentos daquele tipo e aquilo realmente traria mais calma e confiança perante acontecimentos futuros. Rony e Harry assim como Hermione e Gina haviam transfigurado roupas que combinassem com aquele clima mais antigo, os quatro pareciam aflitos segurando seus presentes e de vez em quando cochichando sobre o que aconteceria. Sirius e Lupin apreensivos, remexiam-se em seus lugares. Sabiam que haviam feito besteira com ela, e que nem mesmo os presentes a faria vê-los novamente com outros olhos, mas não podiam negar que ainda continuariam tentando contra ela para que se afastasse de Snape.

Snape por sua vez assim como Maeve, havia ganhado um manto verde, que estava usando a contragosto depois de muito ter sido aborrecido por Narcissa com suas mensagens pelas corujas para que não fizesse desfeita e realmente participasse como deveria. Ainda parecia formal em demasia usando um smoking bem cortado e ajustado ao seu corpo. Sentado a ponta da mesa, parecia de fato um rei. Um rei irritado e ansioso. Os olhos negros esquadrinhavam o lugar e fixavam-se sempre na entrada, esperando pelo momento que voltaria a vê-la.

Um momento de silêncio reinou quando Narcissa e Luna passaram pelas pesadas portas. Atrás dela Maeve apareceu sendo trazida por Draco e Maddie ambos muito felizes. Todo o salão pareceu ficar de boca aberta. Principalmente os que eram próximos de Maeve. Ela não parecia a mesma, mas outra que havia surgido em seu lugar de última hora, mais linda, esbelta, altiva e emanando um poder de atração caloroso.

Assim como Draco quase todos ficaram sem palavras. Guinevere e suas primas se movimentaram. Maeve mesmo encantada com a decoração toda, entendeu bem ao olhar em direção as três e ver tudo como havia sido preparado. Elas iriam fazer o papel das suas tias naquela noite, e aquilo era realmente um ato de coragem em memória delas. Ela respirou fundo, e sendo deixada por Draco e as outras duas loiras que procurarem seu lugar, ela caminhou lentamente como sabia que deveria fazer. Kate e Dana deram passagem para ela depois de lhe darem um abraço rápido.

Maeve parou em frente a almofada, e dando uma última olhada para Guinevere, ajoelhou-se e levou as mãos ao punho da espada, que brilhou ao reconhece-la. E ali fechou os olhos, concentrando-se. A maioria sabia o que antigamente aquele gesto significava. Lealdade e compromisso perante a aquele ou aquela que lhe era fiel.

- Agradeço a todos que se fazem presentes aqui. É um momento único, e por mais que as verdadeiras sacerdotisas deste dia não esteja aqui, não poderíamos deixar de realizar este rito de passagem. – Guinevere começou olhando para todos ali. – Maeve. Há exatamente vinte um anos atrás, nos foi dada a benção de tê-la recebido em nossa família. Seu nome em nenhuma geração foi usado e lhe foi dado por um motivo muito especial, que somente sua mãe sabia. Ao longo dos anos, sempre se mostrou realmente digna e agraciada por ter o nome de uma das Deusas mais importantes a qual cultuamos. – Ela fez uma pausa enquanto Kate e Dana acendia os bastões de defumação e iam para o lado da morena, viradas para o altar de olhos fechados. A fumaça aos poucos ia deixando seu rastro de cheiro pelo recinto enquanto enroscava-se ao redor de Maeve.  ­– Maeve, Deusa filha de Eochardh Feidhleach, rei de Connacht, rainha e soberana da terra, aquela que assim como a Deusa Morrigan, também rege as batalhas e as guerras. Deusa criada e talhada pelas habilidades formidáveis e estratégicas em batalha. Aquela que corre entre os campos anunciando que mais um período de combate se anuncia, que conversa com os pássaros e de tal beleza que com simples olhares levavam homens a caírem em guerra apenas pelo desejo de tê-la. Aquela que inicia e finda guerras e carrega dentro de si o calor da vida e o frio da morte.

Todos ouviam silenciosos e pasmos. Principalmente Snape, que parecia perturbado ao descobrir os por quês de não só ele, mas vários outros caírem de amores por ela. Não era Veela. Era uma essência viva da Deusa a qual ganhou o nome.

- Neste dia, eu quero que se lembre de onde você veio, das suas origens, de tudo o que passou. Em momento algum você deixou de ser agraciada pela Deusa com a capacidade de persistir. Sempre reinventando de maneiras diversas uma forma de continuar seguindo em frente. E prevendo o que virá, ressalto o quanto é importante que você procure essa essência dada ao seu espírito, que procure ver que o quanto se torna importante encarar as suas responsabilidades e problemas de frente. Sem culpa e sem remorsos. O seu passado definiu o seu presente, e esse presente se torna necessário cuidar para que o futuro possa vir.

Guinevere virou-se para o altar e se ajoelhou também, gesto imitado por Kate e Dana que ainda mantinham os bastões perto de Maeve. A ruiva ergueu o cálice de bronze e recitou as palavras tão vívidas em sua mente naquele momento.

“Por ti, ó Deusa que caminha entre os homens,

Oferecemos este dia com eterna gratidão.

Por que tu nos deste a graça de perseverar,

Por que sempre estivestes conosco em nossas lutas,

Sempre nos nutrindo com sua coragem.

Nesta passagem tão esperada,

Pedimos a ti que nos ilumine,

Pedirmos a ti que nos guie pelo sangue

Não nos deixe cair. ”

- Levantaram-se e Guinevere levou o cálice para Maeve que ainda permanecia de olhos fechados, com as mãos cruzadas segurando a espada. Ela apenas abriu os lábios e sorveu o liquido da taça fria que desceu pela sua garganta doce e quente lhe trazendo ânimo.

A ruiva voltou e deixou o cálice no altar. Maeve terminou rapidamente suas preces e abriu os olhos que refletiram as chamas a sua frente criando um tom alaranjado em seus olhos. Guinevere virou-se com o Athame e a morena se levantou de onde estava puxando a espada que saiu facilmente. Ela andou até ficar onde a outra estava, de frente para o caldeirão e virada para os que estavam presentes. Com o Athame dado pela ruiva, Maeve estendeu a espada em cima do caldeirão apoiando-se nas bordas enquanto fogo crepitava dentro. Cortou a palma da mão esquerda deixando o sangue escorrer e cair em cima da espada e dentro do fogo, que se agitou enquanto recitava a prece necessária.

“Com meu sangue eu batizo esta espada.

O oferto ao fogo das divindades,

Que nos guie perante ao que irá acontecer,

Nos fortaleça quando pensarmos em desistir,

Que mantenham o fogo da fúria,

Que permaneça a vontade de vencer.

Maeve, Mãe e Deusa das batalhas,

Guie esta filha em seus propósitos.

Banindo todo o Mal.

Nos protegendo das ameaças.

E mantendo os nossos inimigos abaixo de nossos pés. ”

Maeve virou a mão e apertou o corte que sangrou mais rápido. As ervas foram jogadas com a outra mão a cada pedido correspondente.

“Que assim seja. E assim será. ”

 Ela retirou a espada e a jogou em direção as portas de entrada. Ela girou no ar várias vezes percorrendo o caminho até parar de súbito e flutuar para cima, como se fosse um guarda das entradas.

- A vitória, será nossa.

Aquela convicção foi mais do que suficiente para que todos ali se levantassem e aplaudissem o momento. Maeve sorriu relaxada pela primeira vez no dia e depois de ter a mão enfaixada caminhou até a mesa, em direção a Snape e aos outros. Uma música alegre iniciou-se as bebidas começaram a rolar livremente, muitos foram puxados para dançar com Dana e Kate. Nada convencional já que elas pareciam ensinar aos que tinham se levantado as danças típicas do festejo.

Snape se levantou para recebe-la a mesa. Ainda não sabia bem como reagir diante dela e do que havia acontecido. Mas somente quando reencontrou novamente aqueles olhos verdes que brilhavam ao encontrar o seu olhar pareceu perceber que estava realmente perdidamente apaixonado por ela, e que levantaria guerras para tê-la ao seu lado sem nem pensar.

Maeve sorriu achando diferente, ele estar de smoking e usando cor por cima do negro habitual pela primeira vez.

- Boa noite! – Sorriu para a mesa que respondeu em coro. – Olha só quem está de verde hoje. – Brincou em um tom que só ele e os mais próximos escutariam. – Eu aprovo.

Enquanto puxava ela para mais perto ignorando os presentes, uma ideia maldosa lhe ocorreu na mente. Ele olhou rapidamente para o lado apenas para constatar que tanto Sirius como Lupin estavam prestando atenção, e a beijou tranquilamente. Gina e Hermione começaram a bater palmas, Draco e Luna começaram a bater na mesa gerando barulho e logo todos gritavam e aplaudiam, alguns assustados e outro felizes por aquele momento. Dumbledore dava gargalhadas enquanto tomava sua caneca de cerveja amanteigada, já imaginava que Snape não iria perder tempo em assumir logo aquilo antes que as coisas piorassem. Minerva sorria feito criança enquanto aplaudia de pé, sendo seguida por Narcissa e vários alunos da Sonserina.

Maeve ficou perplexa. Feliz, contudo, perplexa.

- Achei que não gostava de expor sua vida. – Sorriu acariciando o rosto dele.

- Estou apenas deixando claro para a concorrência que você é minha. E somente minha. – Ele sorriu maldoso ao ver a expressão de fúria do Sirius. – Nada paga ver a cara de tacho desses dois cachorros sarnentos.

- Malvado.

Os dois se sentaram sendo servidos com uísque de fogo.

- Vamos aos presentes. – Dumbledore sorriu estendendo uma caixa pequena e bem embrulhada em um papel verde escuro. – Aqui está o meu. Espero que goste.

Maeve abriu com cuidado a caixa, e deu de cara com um relógio de bolso de cristal azul claro, os ponteiros delicados marcavam a hora exata em que se olhava para ele e sumiam depois ficando apenas os números.

- É lindo, não sei nem como agradecer, obrigada. – Ela o abraçou por estar mais perto dela.

- Já me agradece de várias maneiras. Não se preocupe. – Riu.

- O meu agora. – Minerva sorriu estendendo o seu.

O pequeno embrulho continha um broxe delicado com a letra M envolta de pequenas pedras de rubi que cintilavam a luz das velas.

- Lindo, obrigada Minerva. – Maeve sorriu recebendo um piscar de olho como resposta.

- Os nossos agora! – Gina falou mais alto fazendo o trio de ouro sorrir e piscar para a morena.

Hermione lhe dera um exemplar muito grosso e bem ilustrado de A Aritmância e Sua Aplicação na Vida. Gina lhe dera junto com Harry um cachecol da Sonserina com os dizeres, “Mas eu amo a Grifinória”. Maeve riu da brincadeira, enquanto Snape franziu a testa em reprovação. Rony lhe dera um dos famosos suéteres de Molly. Era verde com a sua inicial em linha prateada, a cor da sua casa.

- Amei, todos! Sério, eu vou usar esse suéter para o resto da vida junto com meu cachecol. E esse livro vai me ajudar muito! – O quarteto sorriu.

- Falta o meu. – Kate vinha correndo na direção da mesa com uma cara maliciosa.

Maeve riu.

- Não me diga que...

- Sim, eu consegui isso. E você vai beber até o fim. – Os cabelos rosas antes tão bem arrumados pareciam revoltos e rebeldes por ela ter estado dançando feito louca.

Maeve abriu o pacote e encontrou uma garrafa com uma bebida incolor com um rótulo bem arrumado no vidro. “Bebida da Alma”. Ela aproveitou que o copo dela estava vazio e despejou grande parte do conteúdo em seu copo.

- Vamos ver o que você está sentindo dentro desse seu coração. – Kate alfinetou.

- Como assim? – Draco perguntou curioso.

- Mostre a eles. – Kate riu.

Maeve colocou apenas a ponta do dedo mindinho dentro da bebida e ela de incolor logo ficou em um vermelho vívido.

- A bebida revela o que a pessoa sente a partir da cor que ela assume ao entrar em contato com os dedos. Temos alguém apaixonada aqui. – Ela piscou maliciosa escapando de um tapa no braço enquanto corria de volta para a dança.

- Novidade essa. – Riu e bebeu a bebida com cuidado. Era adocicada e forte.

Snape sorriu convencido.

- Quer tentar? – Ela olhou para ele.

Ele pegou a garrafa e colocou no seu copo. Fez o mesmo gesto de colocar o dedo, e a bebida ficou preta. Entretanto aos poucos parecia ficar mais vermelha do que preta.

Foi a vez de ela sorrir. Ele tomou tudo em um gole só, sentindo a garganta arder e um calor bom adentrar em seu corpo. A bebida tinha um gosto agridoce.

Ao fundo uma música calma começou, e todos aproveitaram para ir dançar um pouco. Snape a levou ficando os dois mais afastados. Os mantos arrastavam no chão os deixando em um ritmo mais lento. Ele tomava a cintura dela de forma possessiva, mas tranquila, enquanto ela segurava seu ombro.

- Não se perguntou por que eu não lhe dei seu presente? – Ele sorriu torto enquanto sussurrava no seu ouvido palavra por palavra.

- Você já é um presente. – Murmurou ficando quase colada a ele.

- É mesmo? – Caçoou.

- Obviamente. – Ela riu ao usar uma das palavras favoritas dele.

- Mas vou lhe dar do mesmo modo.

Ele soltou a cintura dela enquanto paravam de dançar e retirando de dentro do bolso do smoking, colocou um colar prateado no pescoço dela fechando sem pressa. Duas letras pendiam da corrente fina delicada, o M dela e o seu S.

- É lindo. – Ela sorriu olhando para o próprio colo.

- Não mais do que você. – Beijou-a segurando seu rosto.

Maeve se arrepiou. Havia algo diferente na forma como ele beijava ela, não apenas mais desejoso, e possessivo, mas havia algo mais profundo que ela não percebeu de imediato. Puxou-o para mais perto dela passando os braços pelos seus ombros enquanto ele segurava a sua cintura a apertando.

Ouviram sons de fogos no ar mas parecia algo distante.

Uma dupla de ruivos chegava com suas vassouras felizes.

Infelizmente um trio seguiu atrás adentrando o salão.

Não pareciam nem um pouco contentes com a festa.

 


Notas Finais


:3 Sei de nada SAHUSHAUHSAU'


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