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História Black Cat - Ressentimento


Escrita por: NemesisXlll

Capítulo 45 - Ressentimento


Fanfic / Fanfiction Black Cat - Ressentimento

A arraia pousou no terraço do prédio. Todos saímos, mas Lisa saiu bem antes de mim pisando forte no chão. A segui para o loft de onde ela observava as várias pessoas que trabalhavam monitorando os setores globais. Ela estava em minha frente, de costas e braços cruzados. Imagino que sua expressão não fosse de felicidade. Tentei dialogar...

- Não vai falar nada?

- E o que eu tenho pra dizer depois disso?

- Eu não sei... obrigado?

Ela se virou fazendo uma expressão de completo desgosto.

- Você... é inacreditável Gabriel! Matou aquelas pessoas sem um motivo justo.

- Isso não é verdade Lisa... elas estavam te machucando e nos atacando. 

- Somos imortais... eles não podem nos machucar. Admita Gabriel... você os atacou porque queria. Você não se importa em protege-los. Assim como a Sophia, você só quer ver tudo queimar. 

Fiquei em silêncio por um instante. Olhei para baixo.

- Todos aqui só me vêem como um demônio. Alguém que se fortalece com o Caos, e deseja ele mais que qualquer outra coisa. Mas eu achava que dentre todas elas, você me via de uma forma diferente. Mas não... não passo de um demônio para você.

- Eu não te via assim. Mas agora...

Me virei para sair. 

- Eu entendo... vou deixar que trabalhe em paz.

Sai de lá e me dirigia ao elevador quando encontrei Sophia com uma mala nas mãos, vestindo roupas normais e um casaco do exército por cima. Ela sorriu ao me ver.

- Oiii querido. A quanto tempo.

- Oi Sophia. Como foi na África?

- Ahhh... em dois meses os conflitos cessaram. Em três, os humanos já estavam comendo em minhas mãos.

- Nossa... que eficiente.

- Bom... era isso, ou não iriam comer mais nada. 

- Eu deveria ter ido com você. Teria sido divertido.

Entrei no elevador junto a ela. Apertei o número quatro e ela olhou para mim.

- Está indo pro seu quarto?

- Sim... vou descansar e meditar um pouco.

Ela sorriu.

- Alguma coisa o incomoda, não é?

- É só que... a Lisa está brava comigo pelo que aconteceu hoje no protesto. 

- Aquilo de você queimar as pessoas?

- Já ficou sabendo?

- Cara... está em todos os canais. Os jornalistas estão te atacando como lobos.

- Merda...

- Relaxa... eu fiz coisa muito pior na África, e você não está me vendo chorar.

- Isso porque você adora caos e morte.

A porta do elevador abriu. Sorri para ela.

- Bom papo... nos vemos depois então.

Eu já ia saindo quando ela segurou a porta do elevador antes que fechasse.

- Filho de Amon... não se esqueça de quem você é. Não se esqueça do que foi criado para ser.

Parei no meio do corredor.

- Eu não estou fazendo isso porque gosto de machucar e matar pessoas.

- Então o que te motiva?

Fiquei em silêncio. Ela começou a rir.

- Foi o que eu pensei... Não se esqueça que foi criado para ser um general. E generais não tem um coração fraco suscetível a remorso. Estamos em guerra... e na guerra não existe tempo para lamentações ou misericórdia.

Me virei.

- Não estou em guerra contra a humanidade.

Ela soltou a porta.

- Bom... eles estão em guerra contra você.

O elevador começou a subir. Me virei e fui até meu quarto. Parei em frente a porta.

- Usuário ômega 004.

Uma voz feminina disse:

- Usuário reconhecido. Bem vindo Gabriel.

A porta de metal se abriu, revelando um quarto escuro. Algumas velas se ascenderam sozinhas exibindo labaredas púrpuras. Entrei no quarto e me sentei aos pés da cama. Comecei a remover minhas botas até que faregei um cheiro estranho de enchofre no ar.

- Eu sei que está aí. Não me insulte se escondendo no escuro.

Uma figura alta saiu das sombras no canto da sala. Um homem alto, vestido de vermelho, com longos cabelos negros, pele pálida como um cadáver e olhos púrpuras. Ele sorriu para mim.

- Parece que foi ontem que eu e sua mãe o esculpidos das cinzas e lhe demos uma forma.

- Oi pai...

Me levantei e fui até meu guarda roupa enquanto tirava minha camisa.

- Eu me pergunto porque se prontificou a vir até aqui.

- Um pai não pode ver seu filho?

- Corta essa... se está aqui é porque tem um bom motivo. Te conheço o suficiente para saber que nunca da um ponto sem nó.

- Eu vou ser bem direto... sua mãe está aqui, nesse mundo. 



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