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História Black Demigod - Voltando Para Casa


Escrita por: HyeJi

Capítulo 45 - Voltando Para Casa


 

 

Se um dia alguém de dissesse que eu viajaria com Draco Malfoy de ônibus por 7 dias inteiros para Califórnia eu diria que esta pessoa esta comprando a maconha barata dos cubanos. Eu ia deixar ele no Acampamento Meio-Sangue, mas ele insistiu que eu o levasse para o Acampamento de Júpiter e foi o que eu fiz. Ele teria que cortar aquele moicano ridículo e receberia treinamento militar e com certeza pegariam mais pesado com ele por ser primo da Cônsul, mas ele poderia usar isso pra conseguir ótimas alianças e todas essas besteiras políticas que não me interessam, em todo o caso eu tinha dado pra ele um IPhone e o ensinado a fazer ligações, o que significava que se ele estivesse muito na merda ele iria ligar pra mim e eu pensaria se valia a pena ir ajuda-lo.

Caminhar pelas ruas da minha cidade natal era sempre desconfortável, aqui como em todos os lugares eu era conhecido com um delinquente sem escrúpulos, mas aqui a reputação era um pouco pior. Nenhum motoclube era conhecido por coisas boas, mas aqui a coisa ia muito além de concertos e brigas de bar. Eram brigas de gangues, guerra com os mexicanos pra não ter trafico de drogas, trafico de armas com os irlandeses, tiroteio com a galera do gueto e o FBI em nossa cola, eu mesmo já tinha quase sido preso por várias vezes e as pessoas me olhavam com um olhar diferente só pelo símbolo que eu carregava nas costas, por várias vezes mulheres davam em cima de mim, mas sempre tive olhos pra uma garota e por mais que eu era o próximo a ter que ser o chefe de toda essa bagunça eu achava a minha vida nessa cidade um inferno. O inferno que perseguiria pelo resto da minha vida e eu simplesmente nunca iria me livrar dele.

Eu gostava de todos, ou pelo menos da maioria. Eu tinha um irmão mais velho que se importava comigo, uma mãe maluca, mas que zelava pelo meu bem e o de meu irmão e um padrasto que apesar de ser o meu primeiro suspeito, não era assim tão ruim. Os outros do clube eram como se fosse minha família também, mas aquilo não era pra mim. O senso heroico sempre falava mais alto e eu queria fazer mais da minha vida além de traficar armas e imaginar quando será que vou morrer em um desses tiroteios ou quando eu acabarei na prisão. 

- Ayd garoto! – Clay Morrow, meu padrasto arreganha os braços no pátio da oficina.

- E ai Clay! – Demos um abraço rápido. – O que tem para o almoço?

- Você não vai comer nada até me explicar por que demorou mais de três meses pra voltar em casa! – Minha querida mãe estava parada na porta do nosso bar com os braços cruzados fazendo os músculos motoqueiros ficarem em silencio.

- Eu tive imprevistos, mãe, não sei se a senhora sabe, mas faço o ensino médio em outro continente. – Eu disse forçando um pouco mais o meu sotaque britânico. – E sou herói nas minhas horas vagas, o que gera muito mais inimigos do que ser parte de um motoclube. – Eu disse sarcástico apontando para o sangue que escorria na minha testa e a espada banhada em icor. – Mas também estou feliz em ver que esta bem e sim eu quero um pedaço bem grande de lasanha, obrigado por perguntar.

- Quer uma cerveja também irmãozinho? – Jax perguntou animado se apoiando em meu ombro.

- Uma sutura na testa também não iria nada mal. – Eu fiz o resto do povo rir, incluindo minha mãe o que significava que nem tudo estava tão fudido.

Apesar de detestar essa cidade, era bom estar de volta em casa. Estávamos na sala de jantar da casa da minha mãe, uma típica casa americana de classe média, pateticamente normal e isso pra alguém com a vida como a minha era reconfortante. Empanturram-me de carne assada e purê de batatas enquanto eu conhecia o meu sobrinho de seis meses. O garoto era parecido com meu irmão, mas não me preocupei muito com isso já que Tara o criaria então com sorte ele não teria o mesmo temperamento que o pai.

Tara era minha cunhada e minha amiga ou cúmplice, como minha mãe gostava de chamar. Tara tinha um namoro ioiô com Jax desde que tinha 16 anos, seu pai fazia parte do clube e ela além de bruxa era filha de Afrodite, Tara já salvou minha vida mais vezes do que posso contar, por isso quando seu pai me morreu me senti na obrigação de ajuda-la a fugir. Eu tinha uns 12 anos e ela seus 19, nos saímos de madrugada e eu a escoltei até o Canadá e depois segui meu caminho para o acampamento, meu irmão não gostou muito de saber disso e minha mãe muito menos, mas eu sei que ela teria feito o mesmo por mim. Agora ela tinha voltado com um diploma de medicina e estava em um pseudo casamento com meu irmão e criava seu filho, fora o fato que ela era a pessoa que neste exato momento suturava a minha testa enquanto eu comia mais purê.

- Então Ayd, como foi o ano letivo dessa vez? – Minha mãe perguntou como quem não queria nada.

- Normal tedioso como sempre. – Eu respondi normalmente brincando com a criança no meu colo. – Os outros alunos são tão tediosos que me fazem focar nos estudos.

- Focar em seus estudos. – Ela estava me escondendo alguma coisa. – Quem diria, não é? Mesmo com tantos estrangeiros na escola você ainda não fez nenhuma amizade ou algo de interessante.

Eu parei de comer e olhei pra minha mãe que colou não só a sua varinha na mesa, mas também diversas edições do Profeta Diário e cartas sobre a mesa, o que significava que agora eu estava fudido. Apesar de minha mãe cagar pra minha vida acadêmica, ela detestava quando escondíamos algo dela. E Carrie era algo que eu protegia por mais de 12 anos.

- O que você quer mãe? – Eu a olhei serio. – A senhora não costuma se meter muita na minha vida escolar.

- E isso não realmente o ponto aqui. – Ela também ficou séria enquanto meu irmão, minha cunhada e meu padrasto se calavam para observar. – Mas não acho que seja aconselhável que você fique na primeira pagina dos jornais em nossa situação.

- Não acho que os policias trouxas possam me mandar de volta para o reformatório por ter aparecido em um jornal bruxo da Europa. – Eu disse frio. – O que quer que esteja escrito nesse jornal esqueça e não volte a comentar isso no clube.

- Esta com medo de que não te vejam mais como uma ameaça? – Ela riu quando eu levantei uma sobrancelha. – “Jovem da Grifinória se atira no Lago Negro”. – Eu olhei surpreso para o jornal que amostrava a minha foto com Carrie no colo.

- Já falei que tenho senso heroico e nada mais. – Eu disse frio sem precisar olhar pra Jax pra o manter calado. – Gemma se não acabou com o seu interrogatório ridículo eu vou dormir por que eu fiquei meses viajando por ai e estou um caco. - Eu me levantei entregando o garoto para a madrasta caminhando até a porta de casa.

- Não vai dormir aqui? – Gemma perguntou já sabendo a resposta.

- Vou dormir no clube. – Ela sabia que tinha me irritado.

Antes que eu pudesse sair de casa o meu bolso começou a vibrar com o irritante toque, ninguém me ligava o que fez todos estranharem. Tirei o aparelho do bolso e na tela estava escrito o nome Draco aparecia em meu display me fazendo pensar em que merda ele já tinha se metido se só fazia uma semana que não nos víamos.

- O que foi Black? - Eu perguntei abrindo a porta de casa vendo meu irmão pegar sua jaqueta pra me acompanhar antes que o interrogatório sobrasse pra ele.

- Ayd, estamos fudidos! – Ele disse apressado me deixando surpreso enquanto eu andava de pressas às quadras até o bar. – Nico esta aqui com dois de seus irmãos...

- Carrie voltou?! – Eu parei onde eu estava.

- Não e esse é o problema! – Ele disse exasperado.

Antes que eu pudesse ter alguma reação uma explosão de sombras negras aconteceu no meio da estrada entre os carros. Poucas coisas no mundo podiam fazer o que acabou de passar nos meus olhos e o que eu vi me fez largar o telefone e ver o que há semanas me fazia falta.

- Ayd... – Eu pude ver seus lábios murmurarem cansados meu nome.

Aquilo só podia ser uma ilusão ou um pesadelo. Carrie estava acabada, suja, machucada e mal se aguentava em pé, podíamos ver mais fuligem e sangue do que sua própria pele, seu rosto pálido estava molhado de lagrimas e seus lábios secos com manchas de sangue.

- SAI DA RUA GAROTA! – Alguém gritou me fazendo despertar.

- CARRIE! – Eu gritei seu nome correndo atrás dela.

Quando eu a alcancei ela desmaiou em meus braços totalmente desacordada, mas não tive muito tempo pra isso. Virei-me de costas protegendo seu corpo da caminhonete que corria até nos dois.



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