História Black Demigod - Tortura

- Achou que ia escapar de mim? – A voz tenebrosa soou irônica. – Se pensou você é uma estúpida.

- Me deixe em paz, por favor. – Eu implorei chorando.

- E como eu faria isso... – Suas garras sangrentas passaram pelo meu rosto. – Você mesma diz que sou apenas um sonho.

- Me deixe ir! – Voltei a suplicar quando o mostro agarrou meu braço o fazendo arder em chamas.

- VOCÊ É A CULPA POR ISSO! – A voz voltou a berrar comigo. – VOCÊ IRÁ PAGAR POR TODOS OS MONTROS QUE MATOU!

- Então me mate. – Eu disse me engasgando com meu próprio sangue. – Só acabe com isso.

- MATAR VOCÊ SERIA MUITO FACIL! – A voz voltou a gargalhar e atrás dele apareceu uma horda de monstros do Tártaro. – VOCÊ BLACK IRÁ SOFRER. IRÁ PAGAR COM DOR E SOFRIMENTO POR TODA A ETERNIDADE!

- Já sai desse lugar... – Fechei meus olhos tentando acreditar em mim mesma. – Isso não é real...

- PODE APOSTAR QUE É BEM REAL! – A voz riu e pude sentir minhas costas serem chicoteadas. – ISSO BERRE DE DOR. – Pude sentir minha pele queimar e ser mordida dúzias de vezes. – A SUA DOR NÃO VAI TER FIM!

Senti que minha cabeça iria explodir e eu não conseguia respirar enquanto me afogava em meu próprio sangue. O pior era saber que isso não acabaria eu continuaria assim pra sempre.

Dorian

- Acorda! – Senti alguém bater em minhas costas.

- O que é?! – Me sentei na cama. – Sabe que horas são?!

- Não faço ideia, mas tem umas meninas procurando nosso dormitório. – Nico se levantou esfregando os olhos.

- Mas eu não vou transar com ninguém hoje. – Eu disse confuso vendo Draco na porta do dormitório através do escuro. – Se ligar essa luz eu mato você.

- Mas não enxergamos nada! – Zabini reclamou batendo seu pé na cama.

- Mas eu sim, azar o seu. – Dei os ombros vendo Pansy invadir o quarto. – O que você quer aqui garota?

- Não tenho tempo pras suas gracinhas, Dorian. – Ela disse brava ligando a luz que me acertou como um soco. – E levanta desse chão que eu estou ocupada.

- Eu estou cego! – Eu disse estirado no chão sem exagero.

- Minha retina ta queimando. – Nico soltou um muxoxo de dor.

- A irmã de vocês esta gritando no quarto. – Ela disse apressada.

- O que tem Carrie? – Me sentei no chão tentando abrir os olhos.

- Eu não sei, fomos dormir e agora ela esta chorando e gritando enquanto dorme. – Ela disse apressada. – Já tentamos acordar ela, mas nada adianta.

- Não podemos subir no dormitório feminino. – Draco disse preocupado.

Não perdi mais o meu tempo e usei as sombras pra chegar a seu quarto. Suas colegas de quarto estavam em volta de sua cama, talvez preocupadas ou com raiva por estarem acordadas, me levantei do chão e as meninas se afastaram surpresas por ter um garoto ali e sem camisa, não dei importância e comecei a balançar seus ombros pra que ela acordasse.

- Carrie acorda! – Eu disse alto tentando a acordar, mas só recebi lagrimas como resposta. – Me escute isso é só um sonho, você precisa acordar!

- Já tentamos até mesmo enfeitiça-la, mas nada funciona. – Astoria disse chorando.

- Ela vai acorda, fique calma! – Eu disse, mesmo que eu estivesse desesperado. – Se eu prender a respiração dela ela o cérebro dela vai forçar ela a acordar.

- E como vai prender a respiração dela?! – Uma menina negra perguntou receosa.

- Uma de vocês pode beijar ela. – Dei ombros, mas por seus olhares elas não iriam fazer. – Frescas.

Carrie havia começado gritar, mas eu tapei sua boca com a minha e tapei seu nariz a forçando a prender a respiração. Fiquei desse jeito pelo menos dez segundos antes que ela abrisse os olhos, mas apesar de acordada ela estava dando um leve ataque de histeria, seja lá o que ela tenha visto, foi horrível.

- Carrie olhe pra mim, sou eu Dorian! – Eu disse segurando seus ombros. – Esta tudo bem agora, só precisa se acalmar.

- Você não é real... – Ela disse chorando compulsivamente.

- Vá avisar a Pansy que ela acordou. – Eu disse pras outras três assustadas que me obedeceram. – Esta errada, eu sou real, você é real e estamos em Hogwarts a mais de um mês.

- Não... Isso é o que eles querem que eu pense. – Ela chorou se encolhendo da cama e se afastando de mim. – Querem que eu tenha esperanças que sai pra me prender lá outra vez!

- Carrie você tem que se acalmar. – Fiz menção a segurar suas mãos, mas ela recuou. – Sou eu Dorian, seu irmão e você esta aqui comigo.

- Sinto muito, mas se você esta comigo, você esta no Tártaro. – Ela tremia de medo ou frio. – Isso tudo é só um fingimento, querem que eu pense que esta tudo bem e quando eu vou dormir eles me matam novamente, e de novo e de novo até se cansarem.

- Quem faz isso? – Ela estava alucinado com o Tártaro.

- Os monstros. – Ela soluçou com o choro. – Eles me falam coisas e me mostram coisas, eles dizem que todos que eu amo vão morrer e me mostram mentiras. – Carrie balançou a cabeça freneticamente. – Eles disseram que você é um homem horrível que é tão ruim quanto eles, mas eu sei que é mentira.

- Carrie me escute. – Eu disse baixo e devagar. – Não pode acreditar neles, você esta viva e em Hogwarts, precisa se acalmar você esta aqui comigo no seu dormitório.

- Eu duvido. – Ela deu um sorriso triste pelas lagrimas. – Eu me digo isso todas as noites. – Ela abriu seu criado mudo pegando uma gilete.

- Carrie largue isso. – Eu disse com cuidado, mas ela me ignorou abrindo um corte na própria coxa.

- Me corto todas as noites pra provar que estou viva, mas no final é tudo a mesma coisa. – Ela chorou olhando o sangue escorrer entre outros cortes recentes. – O que esta fazendo?

- Vou ajudar você. – Eu disse a enrolando em um cobertor e pagando no colo. – Você ama o Ayd, certo?

- Mais que tudo. – Ela disse voltando a chorar.

- Então vai ficar viva nem que seja por ele. – Eu disse firme descendo as escadas. – Me prometa que vai tentar.

- Mas isso não tem fim. – Ela chorou em meus ombros.

- Dorian o que houve?! – Nico perguntou levantando do sofá junto com Draco.

- Vou levar ela pra enfermaria, vocês acordam os professores e o Teller. – Eu disse saindo pela porta.