História Black Demigod - Influencia

- Draco, o que houve? – Perguntei quando vi o menino sorrindo de orelha a orelha.

- Estou namorando com a Hermione. – Ele disse de supetão.

- E ela sabe disso? – Ergui uma sobrancelha confusa.

- Só falta cair à ficha. – Ele deu os ombros de forma animada. – E você Carrie, esta melhor?

- Estou sim. – Sorri mentindo pra ele. – Estou procurando o Dorian, viu ele por ai?

- Na verdade eu não o vejo desde ontem. – Ele disse sério me fazendo ficar preocupada. – Mas não se preocupe ele só deve estar tirando um cochilo por ai.

- Preciso falar com ele. – Eu disse incomodada. – Eu não sei, mas eu senti um calafrio ontem, sabe quando tem um mau pressentimento.

- Na verdade eu não faço ideia. – Ele falou tentando me fazer rir. – Talvez devesse falar com Hazel, ela ficou preocupada com você.

- Mas e Dorian? – Perguntei baixo.

- Ele esta bem! – Draco riu bagunçando meus cabelos. – Vou procurar o Dorian, até porque Mione pediu pra começarmos a avisar sobre as aulas.

- Entendi. – Balancei a cabeça confirmando. – Te vejo mais tarde então.

- Até mais tarde. – Draco me deu um sorriso gentil antes de sair.

Draco

Eu fiquei tão feliz com Hermione que me esqueci de procurar o Dorian. Eu não o via desde ontem, era normal sumir, mas não era normal que ele sumisse depois uma noite como aquela e isso só me faz suspeitar ainda mais de que ele esta me escondendo alguma coisa, bom é obvio que ele me escondia muitas coisas, mas algo me dizia que era algo importante demais pra ser ignorado. E não existia nada que eu mais odiasse que um problema que não posso ignorar.

- Onde esse idiota se meteu? – Murmurei sozinho subindo o sétimo andar.

Procurei por ele por literalmente todo o castelo e nem um sinal de Dorian, o único lugar que faltava era a torre de astronomia e todo o tipo de pensamento passava quando eu pensava em alguém sozinho naquele lugar e algum tipo de sentido de semideus ou de sobrinho me gritava suicídio. Mesmo torcendo pra estar errado eu corri até o final da torre onde dava na sala de aula destruída. O lugar estava uma bagunça completa, tudo estava quebrado e jogado pelo chão e as paredes tinham marcas e buracos. Dorian estava largado no chão de bruços apenas de calças como se tivesse de ressaca ou levado uma surra, suas costas tinham duas enormes cicatrizes como se tivessem sido queimadas.

- Doria! – Eu corri até o idiota. – Acorda!

Eu bati em seu rosto, mas não tive resposta. Dorian estava inerte ao chão, seu corpo estava pálido e gelado como de costume, mas não era normal ver ele largado pela escola deste jeito. Virei seu corpo pra cima e pude sentir sangue em meus dedos, as mãos de Dorian estavam sujas de sangue, as palmas de suas mãos estavam com marcas fundas de unhas e o dorso de sua mão estava machucado como se tivesse socado concreto.

- Filho da puta... – Eu disse olhando as paredes com pequenos buracos. – Vai ficar me devendo essa.

Dorian ainda respirava, ele parecia ter desmaiado de exaustão ou algo parecido e não parecia que iria acordar tão cedo. Larguei o corpo de Dorian em cima de uma mesa que era a única coisa que ainda não havia quebrado na sala, e comecei a arrumar a bagunça com feitiços de reparos, a maioria dos alunos deveria estar terminando de almoçar, mas na madrugada de hoje haverá aula de astronomia pro primeiro ano e se alguém descobrir essa bagunça já era.

- Até que você é leve. – Eu disse jogando o corpo de Dorian por cima do meu ombro.

Carreguei Dorian pelo corredor sem que ninguém me visse e consegui descer as escadas sem cair o que foi um milagre já que eu estava carregando setenta e cinco quilos mortos nos ombros. A Sala Precisa apareceu e dentro dela tinha uma maca onde pude jogar o corpo de Dorian, enfaixei suas mãos e por sorte não demorou muito pra que ele acordasse.

- Que merda é essa? – Ele murmurou atordoado.

- Eu que pergunto que merda é essa! – Eu atirei a atadura contra seu rosto. – Que porra foi aquilo Dorian, você destruiu a Torre de Astronomia!

- Cassete... – Ele murmurou tentando se sentar, mas parou como se as costas doessem.

- Eu sei que esta escondendo alguma coisa e depois da sua bagunça que eu limpei eu não vou mais poder ignorar, Dorian. – Eu disse sério tentando fazer com que ele me escutasse.

- Não use seu charme comigo, é esquisito. – Ele se referiu ao poder de Afrodite fazendo uma careta.

- Pare de brincadeiras, seu babaca! – Eu disse com raiva tacando mais curativos em seu rosto. – Eu carreguei você até aqui sem que ninguém nos visse, você me deve uma explicação!

- Explicação do que? – Ele se fez de desentendido me dando mais vontade de soca-lo.

- Do porque você destruiu sozinho a sala de astronomia e esta com sangue fresco pelo corpo. – Eu disse sério. – Os únicos motivos que um estudante tem pra ir lá além de estudar é transar ou cometer suicídio.

- Não seja tão literal. – Ele rolou os olhos tentando se levantar.

- Dorian eu estou tentando ajudar você, diz logo o que é! – Eu disse forçando o meu tom de voz. – Me diga de uma vez!

- Sou a reencarnação de Thanatos! – Ele foi obrigado a dizer de supetão e com raiva. – Filho da puta, quando aprendeu a usar a influencia desse jeito?!

- Carrie tem alguma coisa haver com isso não tem? – Eu aproveitei que ele estava cansado pra obriga-lo a falar mais.

- Tem! – Ele confirmou contra gosto, tentando parar de me obedecer. – Pare com isso!

-Tem uma lenda sobre Thanatos... – Eu disse tentando me lembrar de livros antigos. – Com uma filha de Hades...

- Draco pare! – Ele disse mais alto quase como se implorasse.

- Thanatos e Macária. – Eu disse me lembrando da lenda e ligando os pontos. – Puta merda, você e Carrie... Ela esta despertando, não é?

- É. – Os olhos de Dorian brilhavam e ele ainda se esforçava pra não dizer nada.

- Está apaixonado por ela. – Eu liguei os pontos o olhando surpreso.

- Draco, por favor, pare com isso. – Pude ver uma lágrima escorrer de seu rosto. – Estou te pedindo, pare.