Ele parou de nos encarar e começou a tocar o próprio corpo, não de forma pervertida, mas definitivamente esquisita. Suas mãos enormes eram como aranhas branquelas, o cara era tão pálido quanto eu e eu era muito branca. Ele passou a mão no peito, braços e no crânio liso. Era bizarro e eu já estava de saco cheio. Eu já tinha enfrentado titãs e nem eles eram tão esquisitos e sinistros como esse cara maluco. Até a própria varinha ele ficou apalpando, ele passou pelo homem que cortou a própria mão e cagou pra ele.
- Milorde... - Disse o maneta com a voz embargada. - Milorde... O senhor prometeu... O senhor prometeu...
- Estique o braço. - Disse o homem cobra indolentemente.
- Ah, meu amo... Obrigado, meu amo...- O cara esticou o toco sangrento, mas o branquelo deu uma gargalhada. - O outro braço, Rabicho.
- Meu amo, por favor... Por favor... – O tal Rabicho choramingou pateticamente.
O homem cobra sinistra se curvou e puxou o braço esquerdo de Rabicho, empurrou a manga das vestes do servo acima do cotovelo revelando uma tatuagem ridícula de um crânio com uma cobra saindo da boca, mas que me fez ficar inquieta.
- Reapareceu... – Ele comentou baixinho. - Todos deverão ter notado... E agora, veremos... Agora saberemos...
Ele cutucou com o seu dedo nodoso a tatuagem do cara patético fazendo Harry berrar de dor junto com Rabicho e minha tatuagem do acampamento de Júpiter arder em brasas como no dia que eu tinha a feito e ela só ficava assim quando eu estava prestes a me fuder. O homem cobra começou a rir maleficamente como se ele fosse o Hitler da nova era.
- Quantos terão suficiente coragem para voltar quando sentirem isso? - Sussurrou ele, fixando seus olhos vermelhos e brilhantes nas estrelas. - E quantos serão bastante tolos para ficar longe de mim?
Ele começou a andar teatralmente entre nós olhando por todo o cemitério de um jeito irritante e por mais que eu me debatesse eu não conseguia sair e o jeito que Harry só olhava tudo de um jeito apaziguado já estava me irritando. Ele ficou vagando por pouco mais de um minuto antes de virar o rosto feio e cruel pra nós.
- Fico realmente impressionado Carina, de como é parecida com sua mãe. – Eu parei de me mexer e o olhei fixamente. – Claro que é diferente dela obviamente se minhas fontes estiverem certas, você de certo é muito mais corajosa e inteligente que sua mãe. – Eu não podia acreditar nos meus ouvidos. – Não sei se sabe, mas sua mãe foi realmente uma tola em recusar a se juntar a nossa causa. Porém seu irmão mais novo, Regulo, foi inteligente o bastante em concordar, mas infelizmente era tão covarde quanto ela por isso tivemos a infelicidade. – Ele disse isso sem um pingo de arrependimento. – De executa-lo o que fez sua mãe fugir. – Antes que ele pudesse escrever seu nome mais uma vez na minha lista negra um bando de pessoas encapuzadas aparataram para o cemitério. – Ora, ora vejamos se não são os meus “fiéis” seguidores...
- Se não se importa pode parar de fazer seus discursos inúteis e dizer o porquê de estarmos aqui?! – O meu maior defeito era ter boca grande. – Já entendi que Harry estava aqui pra terminar a sua seção de voodoo, mas o que porra eu e Cedrico tínhamos haver com isso?! – Eu disse de um jeito não muito doce fazendo que todos me olhassem como a insana que eu era. – Não vai me responder?! Uma cobra comeu a sua língua?!
- Cala a boca sua maluca. – Harry sussurrou como se já estivesse abraçando a morte.
- Vai me dizer que agora você esta com medo de morrer, só agora?! – Eu virei a minha cabeça pra ele. – Olha aqui o senhor do vestido preto se for nos matar faça isso de uma vez por que eu não tenho tempo pra vilão que gosta de fazer discursos.
- Além de corajosa é insolente o que a torna um bom... Divertimento. – Confesso que não esperava ouvir isso. – Minha intenção foi somente reunir a senhorita e o senhor Potter para somente dois simples motivos, terminar o que comecei com Potter o matando e fazer a senhorita minha nova seguidora. – Aquele cara era mais maluco que eu. – Os Black são ótimos seguidores e nada como um espião em Hogwarts com suas habilidades. Sua prima ainda esta em Azkaban, mas já termos você e assim que descobrirmos o paradeiro de Dorian iremos ficar ainda mais fortes. – Quando ele disse isso pude sentir um arrepio na minha espinha que eu sabia exatamente o porquê e o que fazer.
- Esta certo. – Eu comecei a atuar seguindo a vozinha do diabinho no pé da minha orelha. – Vou ajudar você.
- Eu estava certo de que você era a mais inteligente. – Ele se gabou.
- Mas com uma condição. – Eles pararam de se vangloriar e eu pude ver o sorriso do diabinho aumentar. – Duele comigo, eu sei que parece tolice, mas só quero ver se sou digna de segui-lo. – Tenho certeza que só eu ouvia a sua gargalhada. – Não sei se sabe, mas não segui nem mesmo ao meu avô que era um poderoso titã e estava no corpo de uma pessoa que era querida por mim, então tenho que escolher bem meus lados, se é que me entende. – Eu fazia de conta que estava desinteressada enquanto ele mal sabia o que o aguardava. – Não quero ofender, mas não posso seguir alguém que é mais fraco que uma garotinha magricela como eu. – Eu tombei a cabeça pro lado, já que o comentário não o agradou. – Se o senhor ganhar eu me junto a sua causa e digo aonde pode achar Dorian.
- E como posso ter certeza de que realmente sabe onde ele esta? – Apesar da falta de sobrancelhas ele tinha um ar irônico e não muito agradável.
- Vai por mim eu sei exatamente onde ele esta. – Eu sabia ser mais irônica, claro que não tanto quanto o meu diabinho pessoal é claro. – O que tem a perder?
- Além da dignidade dele? – Dorian, meu diabinho parecia estar se divertindo demais com toda essa palhaçada. – O nariz já esta fora de jogo.
- Espero que a senhorita goste de tatuagens. – Voldemort era de certo idiota e desatento.
- Tenho duas. – Eu abri um pequeno sorriso.
Senti as amarras nos soltarem e aposto que nem notaram que Harry caiu no chão também. Eu me levante e limpei a terra do meu corpo fazendo presença pra não notarem que Harry já se arrastava para trás da pilastra. Alonguei meu corpo comicamente enquanto Rabicho vinha correndo com minha varinha.
- Obrigado. – Eu respondi pegando a minha varinha, mas não deixei que ele saísse sem levar um chute bem no meio da cara. – Cuzão.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.