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História Black Forest - Story Teller.


Escrita por: unikittycrazy

Notas do Autor


Gente, eu não morri.
Desculpa a demora, eu realmente demorei pakas dessa vez e eu sinto muito.
Eu estava enrolando para escrever esse capítulo e depois acabei tendo que fazer outras coisas que me atrapalharam para não escrever.
Eu juro que vou tentar ser mais presente. É sério!

Tradução das coisas em inglês nas notas finais.

Capítulo 5 - Story Teller.


Fanfic / Fanfiction Black Forest - Story Teller.

O caminho que antes era calmo e fácil de seguir, agora é desafiador. Sem a ajuda de Jeongguk estaria jogado no chão da mata de tanto cansaço. A trilha se mostra como uma verdadeira barreira para alguém machucado, somente aqueles com experiência podem voltar, os que se ferem devem ficar.

Mas como eu posso desistir de seguir, tendo a ajuda de um amigo? Eu não posso deixar de lado também, a questão do meu trabalho. Preciso me curar logo para realizá-lo. Oh céus! Há muito serviço para ser cumprido. Nara, vilarejo e o rei. Como irei conseguir fazer tudo isso em apenas dois meses?  

Obviamente, não é obrigação minha ir até o rei, porém eu não posso quebrar minha promessa com o Jeongguk, ele tem se mostrado realmente útil para mim e eu quero retribuí-lo. Além disso, a Floresta Negra é muito importante para todos.

Eu preciso continuar pelo bem de Shin.

– Estamos quase chegando. – Jeongguk anuncia.

– Ainda bem, já não aguentava mais andar.

– Não fique muito preocupado, você nem vai precisar levar ponto nisso.

– Como não? O machado me perfurou. – Digo grunhindo de dor.

– Não exagere! Ele quase nem te cortou. – Ele diz risonho. – Acalme-se, com alguns remédios isso vai curar rapidinho.

– É melhor você estar certo. – Falo passando a mão no machucado, realmente não era algo muito profundo, mas mesmo assim está doendo horrores enquanto me movimento.

– Você não confia em mim?

– Só um pouco. – Jeongguk se volta para mim com uma cara de desdenho.

– Só um pouco? Como alguém que você não confia, pode sair te ajudando pela floresta, não é mesmo? Acho melhor te deixar aqui.

– Não… – Digo cabisbaixo.

– Você realmente quer que te ajude? Mas você não confia em mim.

– Eu… Eu… – Depois de tudo isso, eu realmente não confio nele? Não! Eu confio! Mas… Mas … Eu não posso admitir isso, seria tão constrangedor.

– Você…? – Ele diz me fitando.

– Eu confio em você – Falo de uma vez só e o mais rápido que posso.

Levanto meu olhar, antes cabisbaixo, para o mar negro de seus olhos, todavia distrai-o me com seu sorriso sincero. Encantador. Sua expressão não era de raiva, como eu estava esperando, mas sim de pura alegria e divertimento.

– Eu já sabia disso, só queria que você confirmasse isso para você mesmo. – Jeongguk dá uma piscadinha para mim e eu instintivamente sorrio.

– Pivete…

– Eu sei. –  Ele ri, extremamente fofo devo acrescentar.

Continuamos o caminho calados. Era meio estranho, não sei, algo estava me incomodando. Eu queria ter algum assunto para falar, mas eu definitivamente não sabia o que dizer naquela situação.

Com passadas mais lentas que o normal, finalmente entre o meio das árvores, eu consigo ver meu humilde casebre. Até que enfim, já estava achando que só iriamos sair de noite dessa floresta.

– Ali! Já estou avistando sua casa. – Jeongguk exclama.

– Como você sabe que eu moro aí? – Pergunto assustado.

– Eu já te disse. Eu conheço todos que adentram a minha casa.

– Como eu ainda sou amigo de alguém tão suspeito como você?

– Ei! – Ele me dá um leve tapa nas costas. – Eu sou maneiro e você precisa de mim, simples assim. – Jeongguk sorri de lado.

– Uau, é impressionante sua humildade. – Digo sendo claramente irônico.

– Obrigado.

 

Juntamente com uma pá, cavo um buraco na frente da minha janela direita. Jeongguk apenas me observa curioso e sem dar qualquer palpite, ou fazer alguma pergunta. Após alguns segundos, avisto o que eu estava procurando, as chaves reservas.

– Achei! – Pego o molho.

– Que lugar estranho para colocar isso, mas eu achei interessante.

–  Ninguém nunca suspeitaria. – Levanto-as com um sorriso, mas logo o quebro ao notar minhas mãos imundas. – Droga, olha que sujeira.

– É… Se você tivesse me deixado buscar sua cesta, não iria ter que fazer isso.

– Eu queria chegar logo em casa. – Reclamo.

– Mas agora até sua arma está lá na floresta. – Arregalo meus olhos. Droga! Eu havia me esquecido dela.

– Você precisa voltar e buscá-la.

– Eu? Vai você. Eu estou extremamente cansado.

– Eu não posso ir lá, estou machucado. Mas e você? Cansou tão facilmente…

– É, cansei. – Ele diz meio irritado. Qual o motivo de ter mudado tão rápido de humor?

Coloco a chave na porta, fingindo ignorar o clima tenso que ficou. Giro a maçaneta e abro lentamente minha casa. Nem passou um dia, mas eu já senti falta deste lugar. Tudo como eu havia deixado e o cheiro do café da manhã ainda no ar. Eu tenho o melhor casebre que alguém poderia querer, tão confortável.

– Lar doce lar. – Respiro fundo sentido o doce aroma invadindo minhas narinas. – Eu voltei mais cedo. – Falo estendendo o braço.

– Aonde você deixa os remédios? – Jeongguk passa por debaixo de meu braço e vai entrando na minha casa.

– No armário perto do banheiro. – Aponto para o local e ele assente quando avista o móvel.

Adentro minha casa, lavo minhas mão na pia do banheiro e sento me na minha poltrona, observando cada passo do Jeongguk com atenção.

Eu ainda não me acostumei do quanto ele é misterioso, mas acho intrigante. – Ele vasculha as gavetas, olha rótulos e mais rótulos atrás do remédio útil para mim. – Jeongguk é um bom amigo, sempre me ajudando, apesar de não confiar em mim para contar quem ele realmente é. Talvez eu devesse pegar menos no pé dele, tenho certeza que se Jeon não quer contar é por conta do peso deste segredo. Não vejo outros motivos, aliás somos bons amigos, não?

– Achei! – Ele exclama.

Calmamente Jeongguk anda em minha direção e nos próximos minutos cuida de meu machucado. Ele é tão cuidadoso comigo.

– Você deve ficar bem logo.

– O-Obrigado. – Agradeço envergonhado.

É estranho isso. Nunca foi cuidado por ninguém durante tanto tempo. Eu sei lá, acho que gostei de receber conforto novamente. Sinto falta de receber algum carinho. Sempre estou ocupado tomando conta do Shin, não que ele não seja carinhoso comigo, é mais uma questão de eu andar muito preocupado recentemente. Acho que esqueci o que é ser amado.

Sinto falta dos meus pais.

– Não precisa agradecer, eu estava te devendo uma. – Ele sorri.

– Devendo uma? – Pergunto confuso.

– Na floresta, quando nos conhecemos. Você não era obrigado a me ajudar lá. Até por que eu pus uma faca no seu pescoço. – Jeon desmancha o sorriso e me fita tristonho. – Desculpe-me.

– Tudo bem, não precisa disso tudo. Eu te perdoo. – Ele volta a sorrir e eu retribuo com sinceridade.

Queria poder guardar este momento. Parar o tempo e desfrutar dessa visão, desse sentimento que invade meu coração. Oh amigo, você me faz sentir coisas estranhas na sua presença, um nó na barriga, uma chama no meu coração. Sua amizade me fortalece. Porém por algum motivo eu não estou feliz só com isso. O que eu tenho de errado?

Eu quero que nossa relação cresça ainda mais… Mas será isso necessário para esse vazio?

– E então… O que vamos fazer por aqui enquanto você se recupera? – Eu até esqueci do tempo, devo ter ficado um tempo pensando sem comentar nada.

– Podemos ir buscar meu filho. – Digo contente. Aposto que Shin está louco para ir embora daquela casa.

– Seu filho? – Jeon pergunta e eu assinto com a cabeça. – Enfim… Você vai ir para o vilarejo assim? – Ele aponta para mim fazendo cara de desgostoso. – Não acha que esse sangue vai assustar alguém?

– Realmente… Será que devo tomar um banho? – Ele nega.

– Acabei de fazer um curativo em você, não quero que molhe ele. Relaxa, ele vai ficar bem.

– Não tenho certeza, ele já fugiu uma vez, não quero que isso aconteça de novo.

Lembro me de ter chegado de noite em casa, ia apenas colocar minhas coisas nela e buscar o Shin com a Choi. As luzes acesas, uma janela aberta, por um momento pensei que era algum ladrão. Peguei meu machado, ergui ele e segui em direção ao casebre. Abrindo a porta lentamente, um rangido da madeira é soado. Xingo de tudo quanto é nome a porta e me condeno por ter alertado o invasor. Todavia tudo que avisto é Shin dormindo como um anjo na cama. Mais tarde, briguei com ele por ter fugido e a Choi havia conversado comigo, pedindo milhares de desculpa. Eu a perdoei, ela era muito cuidadosa com tudo, tenho certeza que foi apenas um acidente este dia.

– Pelo menos só até amanhã, sairemos cedinho em busca dele. – Jeongguk me afastou das minhas antigas lembranças.

– Tudo bem, amanhã cedinho. – Falo convencido.

– Mas então, você não me respondeu...

– Respondi o que? – Corto suas palavras, mas ele parece não se importar com isso.

– O que iremos fazer agora? – Jeon pergunta e meus pensamentos ficam totalmente brancos. Eu não consigo pensar em nada.

– N-Não sei.

– O que você costuma fazer aqui?

– Eu trabalho, ensino algumas coisas para o Shin, cuido dele e por fim leio algum livro para ele dormir. – Suspiro. Minha vida se resumi a isso. Nenhuma aventura grandiosa.

– Você parece um pai muito atencioso. – Ele comenta.

– Na verdade não sou o pai dele, Shin que costuma me chamar assim.

– Conte me mais. – Jeon diz, aparentemente intrigado com a história.

Ficamos ali. Sentados na poltrona. Olhando um para o outro. Conversando sobre minha vida, explico exatamente detalhes não só sobre o Shin, como também do que aconteceu com os meus pais. O que resumi eu morar com uma criança e ter que bancar nos dois sozinho.

Jeongguk apenas ouve atentamente minha história. Não opina e nem reclama por eu ter fugido de casa. De certa forma, ele parece concordar com minhas palavras, como se ele estivesse apoiando minha jornada.

– E você? Não vai me falar nada? – Pergunto curioso. Será que finalmente ele irá me dizer algo?

– Eu fugi de casa, meus pais não me queriam mais, então eu fiz o que eu tinha que fazer. Poupar o serviço deles de me abandonarem. – Jeongguk finalmente me disse algo sobre ele e agora eu me sinto culpado. Eu já sabia que ia ser algo pesado, mas não tinha ideia do quanto.

– Desculpe-me.

– Não se preocupa, sua história é tão triste quanto a minha, por isso quando você me contou, preferi falar algo. Você parece sofrer tanto enquanto conta a sua, foi uma perda tremenda para você. Já a minha, eu sinto apenas raiva. Eu que deveria pedir desculpas afinal.

– Por favor, não se incomode. Não tem como mudar o passado, então não vamos julgá-lo, não irá adiantar em nada. Ultimamente, eu só quero fazer meu futuro melhor.

– Obrigado por entender Taehyung. Você parece saber mais do que está falando do que eu. – Ele abre um sorriso sincero, um daqueles que faz meu coração parar de bater por alguns segundos.

Um silêncio desconfortável paira entre nós. Estou tão feliz que ele se abriu comigo, mas agora eu não sei como reagir. Uma parte de sua história eu sei, porém isso ainda é tão confuso para mim. Como ele foi parar na floresta? Seus pais não foram buscar ele? Será que realmente o odiavam tanto?

– Hmn… Vamos dormir? Acho que já está tarde. – Jeongguk diz um pouco constrangido.

Verdade, acho que ficamos o final da tarde inteira conversando que nem a vimos passar. Todavia foi tão bom, queria passar mais tempo assim. Contudo é melhor dormimos mesmo, já está tarde e amanhã quero chegar cedo e bem disposto na casa da Choi.

– Só tem um problema. Eu tenho apenas uma cama. – Digo com um sorriso amarelo.

– Sem problemas, irei dormir no sofá. – Jeon se encaminha para o móvel. – Contando que você durma bem. – Ele diz baixinho, eu peço para ele repetir, apenas para ouvir ele novamente, porém ele nega e anda até o sofá.

– Jeon, obrigado por me falar um pouco mais sobre você. – Abraço suas costas.

– O-obrigado. – Ele agradece pausadamente.

Afasto-me por fim dele e noto seu rosto vermelho, embora Jeon tentasse esconder ele com a franja. Despeço-me dele e vou para a cama confuso com aquela atitude. Nunca vi algo do gênero, Jeongguk é sempre tão intenso que esta ação de … Fofura? Fraqueza? Essa coisa que acabou de acontecer, foi totalmente inesperado.

 Adormeço pensando em seu rosto corado.


Notas Finais


Só lembrando que esta fic é em homenagem a minha amiga @KLoover (Bunnyzinhaaaaa), espero que ela esteja gostando. (E claro... Todos vocês tbm <3)
Vocês são incríveis. Obrigada por não desistirem de mim. Eu prometo tentar trazer o próximo capítulo mais rápido possível.
Ah, e enquanto eu enrolava para escrever esse capítulo, eu comecei uma fic nova... É, eu precisava escrever algo enquanto vinha inspiração para esta, mas enfim... Depois estarei postando ela e mando o link no próximo cap de Black Florest, espero que vocês gostem dela tbm. (É vkook tbm, pq né? OTP supremo e será curtinha.)

Tradução das coisas em inglês.
Story teller - Contador de histórias
Black Florest - Floresta Negra
Se eu esqueci algum, pode perguntar nos comentários, ou pesquisar no google ^^


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