Os garotos chegaram ao quarto em seguida:
- Pode sair daí, agora é a nossa vez de abraçar a Kat. – Kai falou empurrando Sehun para o lado, e me abraçando, os outros meninos fizeram o mesmo.
- Obrigada gente. – falei sorrindo, Sehun que estava no canto até então, bufou.
- Posso nem mais ficar com a minha namorada. – Xiumin deu um tapa nele.
- Já ficou tempo o suficiente, todos nós queremos falar com ela também. – ele olhou pra mim e arqueou as sobrancelhas. – Como a senhorita está depois de virar um zumbi? – os outros olharam pra ele de cara feia. – Desculpe.
- Tá tudo bem. – eu ri um pouco, fazendo o clima ficar mais leve. – Eu me sinto bem, só tenho uma dor na onde a bala perfurou, mas fora isso estou 100%.
- Kat, você sabe que o que fez foi bem arriscado. Graças a Deus você está sã e salva. – Kyung disse afagando minha cabeça.
- Graças a Deus mesmo, Sehun fez um chilique quando acordou, saiu pelo hospital correndo feito um louco, quase quebrou a ala cirúrgica, assustou as enfermeiras falando coisas de lunáticos, e por fim chorou feito uma criança e dormiu no meio do corredor. – Chany falou, fazendo Sehun corar bruscamente, segurei sua mão que estava perto da minha e a apertei.
- Não tire sarro dele. Quando chegamos aqui você quase desmaiou também. – Kai lembrou rindo um pouco.
- Vamos te contar as novas. – Kyung se sentou na poltrona de frente para mim.- Chany não desmaiou mas a Bia sim, agora ela está dormindo em algum quarto desse hospital de qual não me recordo. Ligamos para os seus pais e eles pegaram um voo para cá. – fiz uma careta. – É melhor vocês conversarem e se entenderem, a final eles estão preocupados. E o Alex ele está...
- Morto. – o interrompi. – Eu sei, eu vi ele morrer com os meus próprios olhos. – falei, lembrando da cena horrenda.
- Eu sei que não é o momento, mas, como você conseguiu escapar dele? – Xiumin perguntou.
- Eu o acertei com um pedaço de vidro, e quando ele se esquivou eu peguei a sua arma, depois de uma briga pelo objeto, aconteceu um disparo e ele caiu no chão. Não tenho certeza de quem atirou na primeira vez, mas em seguida antes de morrer ele atirou em mim. – contei, os meninos me olharam chocados, os olhos de Sehun ficaram mais vermelhos.
- Por isso você está com um corte na mão? Por causa do vidro. – dessa vez foi Kai.
- Sim, eu peguei ele do carro estraçalhado, cortei um pedaço do meu vestido e fiz um curativo na cabeça de Sehun para estancar o sangue.
- Uau! Você é incrível Kat, como conseguiu fazer tudo isso? – Chany falou.
- Eu sei lá, acho que foi a adrenalina. – dei de ombros. - E como ficou meu vestido?
- Ficou horrível, tiveram que jogar fora. – Sehun disse aliviado por termos mudado de assunto.
- Que pena, eu achei ele perfeito. – De repente uma garota descabelada entrou no quarto e se jogou em cima de mim.
- AMIGA, SUA LOCA, SE VOCÊ MORRESE EU TE MATAVA! – Bia berrou entre o choro.
- Me desculpa, mas Bia você está me machucando. – no mesmo instante ela se levantou limpando as lágrimas, um bico se formando no rosto.
- Eu te odeio, eu disse pra você não bancar a heroína, eu avisei! – ela falou segurando o choro.
- Eu também te amo amiga. – falei sorrindo. – porque você demorou tanto para chegar? – ela olhou para Kyung brava, e puxou a sua orelha fazendo o garoto gritar.
- Me larga! – ele disse, ela continuou apertando.
- Esse capeta anão, me disse que ia ver se você tinha acordado e depois ia voltar pra me avisar. Mas ele não voltou, e eu me perdi nesse lugar enorme, até que encontrei uma boa alma (enfermeira) que me guiou até aqui. – ela falou finalmente largando a orelha do menino, que já estava vermelha.
- Louca varrida, eu não ia voltar mesmo, ninguém merece ficar vendo você roncar que nem um porco por uma hora. – Kyung disse, mas logo saiu correndo para fora do quarto com Bia atrás, um tamanco em sua mão.
- Volta aqui seu zolhudo! – ela falou antes de sair. Todos começaram a rir no quarto.
E assim, o tempo da minha recuperação passou rápido na companhia de todo mundo. O local em que a bala entrou não ficou com nenhuma cicatriz, e consegui me entender com os meus pais. Os quatro anos da nossa faculdade se passaram também, e mesmo os garotos terem que voltar para fazerem uma turnê, eu fui junto com eles afinal o meu trabalho poderia ser feito de qualquer lugar do mundo (jornalismo). No final dessa turnê, quando estávamos pegando um avião para a Coréia, aconteceu uma coisa surpreendente:
- Kat, acorda você vai perder o final do filme. – Sehun me cutucou da cadeira ao lado.
- Me deixa dormir mais um pouquinho. – falei tentando me apoiar no seu ombro, mas o infeliz puxou o corpo e fez eu bater a cabeça no apoio do banco.
- Ai, droga. – reclamei abrindo os olhos.
- Acordou? – ele perguntou rindo um pouco. – Ótimo agora coloca isso aqui. – ele me deu um par de fones.
- Não quero! – falei, me reencostando na cadeira, as luzes do avião estavam completamente apagadas.
- Coloca logo. – ele enfiou os fones no meu ouvido, bufei e comecei a prestar atenção na tela da cadeira da frente.
Em vez de eu ver o fim de Os Vingadores, começou a passar um vídeo. Um vídeo familiar na verdade, eu reconheci a sala e a televisão no canto, no sofá tinha uma garota grudada em quanto roncava baixinho no braço de um garoto. Esfreguei os olhos e soltei um gritinho, era eu, na primeira vez que eu fui ao apartamento dos meninos (a noite que eles me levaram para casa, e acabaram ficando por lá). Uma mensagem apareceu em seguida na tela:
“Aposto que você está confusa Katherine”
Olhei para o lado, mas Sehun já não estava mais lá. Voltei a prestar atenção no vídeo, e as cenas que tínhamos vivido passaram uma por uma, o tombo no parque de diversões, à noite no bar, a praia, entre outras coisas; no fundo Black Pearl tocava. Quando a música acabou, a ultima mensagem apareceu na tela:
“Agora se levante e vá até o corredor do avião”
Tirei os fones um pouco confusa e me levantei, imediatamente as luzes acenderam e uma aeromoça apareceu com uma bandeja, em cima havia uma garrafa de champagne e duas taças. Ela sorriu e falou:
- Senhora queira me acompanhar. – segui a moça até o fim do corredor, os passageiros começaram a aplaudir e eu avistei Sehun. Ele sorriu e se ajoelhou.
- Katherine, você aceita se casar comigo? – ele falou segurando uma caixinha preta com um anel brilhante dentro. Meus olhos se encheram de lagrimas.
- Eu ace... – fui interrompida por um sacolejo, em seguida as luzes se apagaram e eu tateei o escuro. – Amor, isso também é planejado?
- É turbulência! – a aeromoça falou alto, nos empurrando de volta aos acentos, as palmas sendo substituídas por gritos. Sentamos nos bancos e abotoamos os cintos.
- Eu não acredito que no pedido mais importante da minha vida vai acabar com a nossa morte na queda desse avião.
- Calma Sehun. – falei segurando a mão dele. – Daqui a pouco vai passar.
- Você ainda não respondeu minha pergunta. – ele disse apertando minha mão.
- Que pergunta? – provoquei.
- Você quer se casar comigo? – eu ri um pouco.
- Claro que eu quero. – falei, e no meio daquele caos nos beijamos. Depois de 5 minutos a turbulência passou.
- Droga! – Sehun disse se levantando do acento.
- O que foi? – perguntei confusa.
- Perdi o anel no meio dessa confusão. – ele falou engatinhando, pelo corredor.
- Perfeito pra casar comigo. – falei rindo da situação.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.