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História Black Swan - Markhyuck - O Resgate


Escrita por: JKooJun

Notas do Autor


Quem mais odeia a Marinha Real, levanta a mãozinha :)))

Capítulo 19 - O Resgate


                                🏴‍☠️


O galeão da Marinha seguia seu curso a toda a velocidade, de volta à Coréia. Os marinheiros trabalhavam no convés alheios ao que acontecia nos compartimentos inferiores. Enquanto isso, Donghyuck seguia sorrateiro, segurando a pistola do Comodoro. Ele caminhava pé ante pé, sabendo que se algum oficial percebesse o que estava tentando fazer, ele não teria chance sozinho contra todos. Afinal, Mark lhe assegurou que aquelas pistolas só carregavam munição suficiente para cinco disparos.


Haviam muitas portas, as quais o Ômega não sabia o que iria encontrar do outro lado. Com bastante cautela, ele tentou ouvir algum ruído por trás da madeira de cada uma, à medida que seguia procurando pelo capitão. Lembrou do tempo em que permaneceu como prisioneiro do Black Swan, logo imaginando que Mark seria levado para o mesmo compartimento em que ficou preso. Ele abriu uma escotilha e desceu a escada que dava acesso ao porão de carga. Havia uma espécie de cela de metal, acoplada à madeira da embarcação. Logo ele viu o capitão dentro, preso a correntes e com o rosto machucado, coberto por sangue. Seu coração se encheu de angústia quando o viu com os olhos fechados.


— O que faz aqui? — Ouviu a voz de um alfa que mantinha guarda — O Comodoro Choi não vai ficar satisfeito em vê-lo aqui, senhor. Por favor, volte para o seu quarto.


Donghyuck sacou a arma e apontou diretamente para o alfa. Ele segurava firme, tentando não tremer, e mantinha um olhar ameaçador, esperando que o oficial o levasse a sério.


— Segure no cabo da sua arma com dois dedos, e a jogue com cuidado na minha direção. — O Ômega impôs.


Ele mantinha as costas eretas e os olhos atentos a cada movimento do alfa. Como Mark havia lhe ensinado na ilha.


— Senhor, abaixe essa arma com cuidado, vai acabar se machucando… — O alfa tentou distrair Donghyuck, levando a mão vagarosamente até seu coldre, mas o Ômega percebeu seu movimento e pressionou o dedo no gatilho.


— Pare agora mesmo, alfa! Não me faça atirar em você.


O guarda parou, mas ainda manteve sua mão próxima da pistola.


— Sr. Jung, não vai querer fazer isso…


— Não me chame assim. A partir de hoje meu nome é Lee Donghyuck, um dos piratas da tripulação do Black Swan — Ele avançou dois passos. — E você será um homem morto se não fizer o que estou mandando imediatamente.


O alfa negou com a cabeça arquitetando um plano para tomar a pistola dele. Donghyuck nunca havia disparado uma arma antes, mas sabia que seria impossível de errar aquela distância tão curta.


Ignorando suas ordens, o oficial levou a mão ao cabo de sua pistola, mas o Ômega estava atento a todos os seus movimentos e apertou o gatilho. O sangue espirrou forte quando a mão do alfa foi atingida, deixando um buraco no lugar.


— Arghh!! — O guarda rosnou segurando a mão ferida — Seu pequeno maldito!


Outro disparo foi efetuado, e o corpo do alfa foi levado ao chão. Sem perder tempo, Donghyuck correu até a cela e passou a chave na fechadura, em seguida ele libertou o capitão das correntes.


— Donghyuck? — Capitão Lee ergueu a cabeça com dificuldade.


— Estou aqui, vim salvar você. — Um sorriso desenhou a face do alfa, cheio de orgulho.


Donghyuck passou a o braço do alfa em seu próprio ombro, e o apoiou segurando firme em sua cintura.


— Precisamos-...


— Não tão rápido. — Alguns marinheiros que haviam escutado os disparos, surgiram através do buraco da escotilha. Todos empunhando suas armas apontadas diretamente para os outros dois.


A alegria dos marujos durou apenas alguns segundos, até a embarcação balançar fortemente e todos serem lançados ao chão. Ao lado do galeão, estava o Black Swan e seus vinte canhões apontados em sua direção.


— Fogo! — Jaemin, o atirador da tripulação, rugiu e uma nova saraivada de canhões foi lançada contra a embarcação da Marinha.


— Onde está o Comodoro?! — O tenente Jo questionou com fúria para si mesmo, ao ver que os marinheiros manuseavam os poucos canhões que a embarcação dispunha. Eram apenas dez.


— Se o capitão e Donghyuck estiverem aí podemos acertar eles. — Renjun alertou o médico.


Luhan comprimiu os lábios com medo e voltou-se ao atirador.


— Jaemin?


— Donghyuck deve estar nos camarotes superiores e o capitão com certeza no porão. — Ele sorriu convencido e piscou para o médico — Sei o que estou fazendo.


O navio da Marinha tentou inutilmente atacar de volta, mas os canhões estavam mal posicionados e apenas alguns acertaram o Black Swan, causando pouco estrago. Ao contrário do galeão, que seguia com diversas avarias graves, principalmente na popa.


Enquanto isso, no porão da embarcação da Marinha, os oficiais, Donghyuck e o capitão Lee trocavam disparos. Mark pegou a arma do sentinela jogado no chão, e conseguiu derrubar dois.


Mais dois oficiais desceram pelas escadas, e logo atrás deles uma katana surgiu, e transpassou o corpo de ambos. Jeno passou seus olhos pelo porão e sorriu quando viu Donghyuck ajudando seu capitão a ficar de pé. Eles seguiram subindo até chegar no piso superior, onde piratas e marinheiros lutavam com suas espadas, adagas e machados.


— Estamos com eles! — Jeno gritou para os bucaneiros — Podemos voltar!


Os piratas assentiram. Luhan foi claro quando ordenou que, assim que resgatassem Donghyuck e o capitão, retornassem ao Black Swan imediatamente. Assim que o último alfa atravessou as pranchas dispostas entre as embarcações, o Comodoro Choi surgiu através da porta de um dos camarotes. Ela mantinha uma mão na cabeça, exatamente onde Donghyuck o acertou com o objeto de porcelana.


— Quais suas ordens, capitão? — Jaemin questionou.


Antes que o alfa respondesse, Choi disparou com sua pistola e um bucaneiro foi atingido, tendo o corpo lançado para trás.


— Jaehyun! — O médico correu ao seu socorro — Seulgi, Renjun, me ajudem!


Ambos os Betas seguiram para auxiliá-lo.


— Afundem o galeão! — O capitão Lee rosnou, encarando o Comodoro diretamente nos olhos.


Mais quarenta tiros de canhões foram disparados, criando mais buracos e destruindo a armação do galeão. Os marinheiros desesperados diante do naufrágio iminente, baixavam os botes para tentar salvar suas vidas.


O Comodoro Choi rosnava de ódio, boiando em seu pequeno barquinho, enquanto observava o navio pirata se afastar gradativamente. Naquele dia, ele descobriu pessoalmente que atacar o Black Swan não era tão fácil quanto pensava.


Após estabilizar o bucaneiro atingido pela arma de fogo, o médico se colocou a cuidar dos ferimentos do capitão. Ele fez um breve resumo sobre tudo o que se passou em sua ausência, a pedido do próprio alfa.


— Você vai matá-lo? — Luhan perguntou a respeito das atitudes tomadas pelo contramestre.


— Eu devia fazê-lo andar na prancha! — O Beta não disse nada, mas seu irmão percebeu a preocupação em suas feições — Mas ainda estou pensando no que fazer com ele.


Luhan não conteve um suspiro de alívio. O contramestre estava agindo de maneira egoísta nos últimos dias, mas o beta possuía sentimentos fortes por ele, e sabia que, de fato, Minseok não era essa pessoa na qual estava se comportando.


                         

                                🏴‍☠️



Donghyuck abriu a pequena porta que dava acesso ao porão de carga e desceu a escada com cuidado. Ouvira alguns membros da tripulação comentarem que o imediato estava preso há vários dias no porão. E no último deles, ninguém ainda tinha ido lá para alimentá-lo.


Donghyuck levou consigo uma caneca com água. Ele se aproximou lentamente, sendo acompanhado pelo olhar severo do alfa.


— Eu trouxe para você. — Donghyuck mostrou o copo de longe, com receio de se aproximar.


— Então você sobreviveu. — Minseok falou com amargura, ignorando o gesto bondoso do Ômega.


— Sim. — Donghyuck respondeu firme — E voltei para ficar.


O alfa franziu o cenho.


— O que disse?


— Você ouviu — Arriscou um outro passo. — Mark e eu estamos juntos.


Minseok balançou a cabeça em negação.


— Não acredito que ele fez isso.


— O que eu fiz para você? — Minseok não respondeu, ele parecia refletir sobre alguma coisa — Você se apaixonou por ele?


— Não fale bobagens!


— Então me diz por que você me odeia tanto?


— Eu não odeio você! — O alfa bufou irritado — Inferno… você acha que foi o primeiro Ômega por quem ele se apaixonou?


— Eu… — Donghyuck não soube responder.


Minseok moveu os braços e o barulho do metal batendo um no outro chamou a atenção do Ômega.


— Claro que não sabe. Ficou na ilha brincando de casinha, pensa que conhece ele e agora quer brincar de pirata. Quando se cansar, vai voltar correndo para o papai e trair o capitão.


— Eu não sei de quem você está falando, mas eu não sou assim.


— O inferno que não!


— Você não me conhece. Não pode me condenar sem que eu tenha cometido crime algum. Eu não sei o que esse Ômega fez à ele-...


— Traição. — Minseok o interrompeu — Todos sabem que trazer um Ômega a bordo trás má sorte. Está no próprio código pirata. Mas, mesmo assim, ele o trouxe para a tripulação. O resultado disso? O capitão quase foi morto.


— O que o Ômega fez exatamente?


Minseok suspirou movendo os braços outra vez.


— Ele o traiu. Armou uma emboscada para ele, e o entregou à Marinha. Fui eu quem o salvou. Eu quem ficou ao seu lado, enquanto ele passava dias bebendo sem ligar para nada. Eu quem o trouxe de volta.


Saber disso realmente foi um choque para Donghyuck. Nunca imaginou que Mark havia se apaixonado, e pior, traído pelo Ômega que amava. Agora ele entendia a preocupação do contramestre. Entretanto, Donghyuck não deu motivos para que desconfiasse dele.


— Então ele não o amava. — Donghyuck afirmou, se referindo ao Ômega — Eu ataquei o Comodoro, atirei contra um oficial da Marinha para salvar a vida do Mark. Agora com certeza serei considerado um traidor da Coroa. Eu abdiquei do meu nome, da minha vida com a minha família para ficar ao lado dele, e em troca disso tudo você acha que eu simplesmente o trairia?


— Minseok o fitou mas não respondeu. Donghyuck então continuou:


Não pensei que fosse tão burro. Sinceramente? Lu merece bem mais…


— O que disse?! — Rosnou furioso usando sua voz de comando, e é claro, não fez efeito algum sobre o Ômega. Minseok respirou fundo — Maldito lúpus…


— Essas correntes realmente machucam muito. — Donghyuck articulou enquanto se afastava e logo em seguida, trazia consigo um pequeno caixote — Se eu te soltar, você vai tentar me machucar?


— Não usaria minha força contra você. Não sou covarde.


Donghyuck colocou o pequeno caixote de madeira na frente do alfa e o usou para poder alcançar as correntes que prendiam os pulsos de Minseok, em um lugar mais alto. Quando sentou-se livre, o alfa o fitou surpreso e ao mesmo tempo desconfiado. Ele esticou o corpo sentindo as mesmas dores que o Ômega sentiu quando ficou em seu lugar.


— Obrigado. — Minseok massageou os pulsos e sentou em um canto do porão. Ele pegou a caneca que Donghyuck trouxe e bebeu toda a água. Ele realmente estava com sede. — Não precisa se preocupar se vou fazer alguma coisa contra você. O capitão vai me expulsar da tripulação, tenho certeza disso.


Donghyuck pensou em dizer alguma coisa, mas não encontrou nada que pudesse falar. Ele apenas achou melhor deixá-lo sozinho com seus pensamentos.


— Quem o libertou? — Assustou-se ao ouvir a voz de Mark repentinamente.


O capitão se aproximou devagar, com uma expressão desconfiada no rosto, à espera de uma explicação.


— Foi eu. — Donghyuck confessou — Desculpa…eu só…


— Tudo bem. — Mark lançou-lhe um sorriso — Renjun está esperando para decifrar o terceiro fragmento.


Donghyuck assentiu subindo à procura do Beta. Deixando ambos os alfas para conversarem a sós.









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