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História Black Water - Que Tem Saudade


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 34 - Que Tem Saudade


34— Que tem saudades

 Harry Pov

Eu estava no meio da aula de herbologia quando a Professora McGonagal apareceu para me chamar, com grande urgência.

Eu me senti nervoso, porque não entendia o que poderia estar acontecendo, e foi com muita preocupação que a segui pelo corredor.

Ela se quer precisou dizer a razão para ter me chamado, porque eu consegui ver.

As três figuras estavam em pé, próximos a um banco, todos de braços cruzados.

Senti grande vontade de sair correndo para longe, mas apenas continuei caminhando automaticamente até eles, sentindo minha respiração falhar.

— Pai! Padrinhos — Bradei forçando um sorriso, vendo a professora se afastar, seguindo pelas escadas, e engoli seco ao me ver sozinho com eles — Sabe, é uma grande coincidência estarem aqui, porque eu tenho uma história muito, muito engraçada para contar...

Meu pai apenas apontou o banco diante deles, e eu me sentei, ainda sentindo todo meu corpo tremer de nervoso.

Porque quando era para dar uma bronca, geralmente apenas ele bastava.

Mas ele havia trazido Sirius e Remus, e isso provavelmente não significava uma boa coisa.

Ele sempre trazia Remus quando estava tão bravo, que sentia que poderia ser injusto comigo. Remus ali era sinal de que meu pai poderia perder o controle.

E Sirius... bem, Sirius sempre ia a qualquer lugar que o padrinho fosse.

— Cadê a mamãe? — Questionei antes que começassem a dizer qualquer coisa, porque minha mãe sempre era minha defensora, minha advogada particular.

Ela nunca perdia nenhum caso.

— Estava em tribunal — Remus foi quem respondeu, e eu assenti, ainda me sentindo muito nervoso — Então, quer nos contar?

— Er.. — Comecei, incerto — Eu juro que ia contar para vocês! Eu... estava esperando o final de semana em Hogsmeade, que a gente combinou de se encontrar. Eu não queria que soubessem por uma advertência da escola, eu queria poder ter dito pessoalmente. É só que... tanta coisa aconteceu nos últimos dias, e eu... Fiquei um pouco assustado no começo, e... —  Me atrapalhei todo ao disparar em dizer o que pensava.

Parei, abaixando os olhos para minhas próprias mãos, que eu movia impaciente.

— É muito estranho... Perceber que é... vocês sabem, gay — A ultima palavra veio muito baixa, carregada de timidez — E ter que assumir isso para mim mesmo, e para todo mundo... Eu...

— Ei, ei — Ergui o rosto quando meu pai me interrompeu, vendo ele descruzar os braços para fazer um gesto confuso — Essa enrolação toda que está dizendo...

— Harry, querido, você está se assumindo? — Remus questionou com grande confusão, como meu pai.

— Algo errado nisso? —  Franzi o cenho, sem entender.

— Então... quer dizer que você já não era... gay? —  Meu pai questionou, com uma grande naturalidade.

— O que? — Questionei confuso com a reação deles.

— Nós achamos que não precisasse dessa ladainha toda de se assumir — Sirius finalmente falou, e eu pisquei surpreso.

— Como assim não precisaria?

— Bem, eu nunca precisei dizer aos meus pais que gosto de garotas. Não funciona do mesmo jeito? — Meu pai questionou por fim — Nós só achamos que... bem, você é gay. Pensamos que estava tudo ok sobre isso.

— Vocês estão querendo dizer que sabiam?! — Bradei abismado, vendo eles darem de ombros — E... nunca me disseram nada?

— Achamos que soubesse. Você não sabia? — Meu pai coçou a cabeça com visível falta de jeito.

— NÃO! — Bradei com indignação, porque aparentemente todo mundo, sem exceções havia descoberto aquilo antes de mim, e ninguém além de Hermione havia tido a delicadeza de me contar.

— Hã... você lembra quando eu disse que um colega meu, tem um filho que você adoraria conhecer... — Remus comentou por fim, e eu arregalei os olhos.

— PADRINHO!

— Luke é ótimo — Ele insistiu — Achei que iam se dar bem.

— Eu achei que... era como um amigo — Murmurei, vendo ele sorrir.

— Tão fofo, Harry —  Esticou o braço para beliscar minha bochecha —  Não sabíamos que você ainda não havia se assumido.

— Mas se não estão bravos por eu ser... gay, então porque vieram até aqui com essas caras?

— Harry, nós somos sua família. Sempre o criamos e educamos com tanto carinho, tentamos dar o melhor para você — Meu pai falou, com o cenho fechado em seriedade — E você nos faz passar pela vergonha de receber uma carta dizendo que foi pego pelo 88?

— Sério? Até vocês sabem desse código?

— Não mude de assunto, afilhado — Sirius rugiu, com o cenho fechado.

— Eu só...

— Você faz nos sentirmos um bando de idiotas. Porque passamos anos nessa escola, dando tão duro para criar um mapa, porque foi que eu te dei uma capa da invisibilidade?

— O... que? — Questionei sem entender, vendo os três parecerem mesmo desapontados.

— Você é a segunda geração dos marotos, Harry. Não pode ser pego, está entendendo? Porque foi que te demos o mapa e a capa se você simplesmente vai ser pego por professores?

Pisquei, surpreso.

Aquela definitivamente não era a bronca que eu pensava que iria levar.

— Agora nos conte imediatamente quem é o bastardo, para que eu possa arrancar as bolas dele — Sirius finamente falou, e Remus fechou a expressão para ele.

— Nós já conversamos sobre isso, Pad — O advertiu em tom de seriedade.

— Sim, nós conversamos que tudo bem Harry ser pego uma vez fazendo travessuras. Mas eu não vou deixar nenhum garoto tocar um dedo no meu afilhado. Ele é... só uma criança!

— Ei, Pad, com a idade do Harry você já tinha rodado metade da escola — Meu pai veio em minha defesa — E já estava começando a correr atrás de Moony como o pulguento que é.

— Isso não tem nada a ver! Harry é uma criança, e eu vou proteger a integridade e a inocência dele, custe o que custar — Definiu com grande seriedade, e eu contive a vontade de rir.

Se ele soubesse o que Draco andava fazendo com a minha inocência e integridade, iria pirar.

— Mas então... o tal garoto... Foram só beijos?

— Nós estamos namorando — Falei, me sentindo muito aliviado por finalmente conseguir expor aquilo.

— Namorando?! — Sirius falou, levando uma mão até o coração, com o rosto cheio de choque — Quem é esse garoto?!

— Harry!

Ah, não.

Por favor, não.

Eu rezei para todas as entidades possíveis para que estivesse enganado, mas ali estava ele.

Draco, durante o dia inteiro, parecia simplesmente brotar em qualquer lugar onde estivessem falando sobre nosso relacionamento, para poder contar sua versão estendida da história, com direito a milhares de detalhes.

Ele tinha ficado ocupado por todo o dia, e eu havia descoberto por Luna, uma garota Corvinal, que ele parou a aula de Herbologia, que fazia conjunta com a casa azul, para contar nossa história com vários detalhes, de uma maneira que até mesma professora Sprout parou para ouvir.

Mas ali estava ele.

Com a camisa que o intitulava meu namorado, e um sorriso radiante.

— Ah, não brinca! — Ele pareceu finalmente prestar atenção nas pessoas ao meu redor, se aproximando muito descarado — Vocês são... — Ele se virou para mim, ainda com animação — São eles, não são?

Tentei como pude indicar com meu olhar de terror que ele sumisse dali imediatamente, mas Draco realmente tinha grande habilidade em me ignorar quando queria.

— Hã... Uau, você é a cara do seu pai — Indicou para a figura na minha frente — E vocês devem ser Sirius e Remus.

— E quem é esse garoto? — Remus questionou por fim, enquanto os três miravam a figura animada, e eu quis mesmo desaparecer quando Draco fez um gesto empolgado com as mãos, indicando a camisa que vestia.

— Eu sou o namorado do Harry! Caramba, vocês são geniais! Harry sempre fala tanto sobre as coisas fantásticas que criaram! Você deve ser o Moony? — Olhou para Remus, muito animado por conhecer minha família, e eu queria mesmo socar a cara dele. Como podia não estar sentindo o perigo? — Prongs? — Adivinhou ao se virar para meu pai, e por fim seus olhos pousaram em Sirius, que nesse exato momento parecia ter sangue nos olhos.

Ele respirava de maneira agressiva, com as narinas dilatadas, e seus braços haviam se fechado em punho.

— E você deve ser Padfoot. O cara de quem eu devo fugir — Ele finalmente parece perceber a expressão de Pad, se virando para mim, e eu assenti, vendo ele dar um risinho nervoso, se afastando alguns passos — Eu vou deixar vocês conversarem a sós.

— Esse é o Draco — Falei finalmente, ainda com os olhos no meu padrinho, sabendo que a qualquer instante ele voaria no loiro bonito — Draco Malfoy.

E sim, foi o que bastou.

Ele avançou contra o loiro, que de maneira extremamente ágil passou a correr.

— Ei! O Harry certamente esqueceu de mencionar que eu estou ajudando ele a estudar poções! — Ele berrou enquanto corria, e mesmo com receio, eu consegui rir.

— Isso é alguma gíria pervertida  para coisas que faz com meu afilhado? — Sirius rugiu, parecendo fora de controle.

— Eu não fiz nada que ele não quisesse! — Gritou, me fazendo ficar extremamente vermelho, vendo eles passarem pela porta principal correndo.

Finalmente me virei para os outros dois, que também olhavam naquela direção.

— Pai?

— Sim?

— Você não vai ir lá segurar o padrinho? — Era sempre ele a ir conter o padrinho, porque naqueles rompantes Remus não tinha paciência para lidar.

— Eu vou — Ele concordou, mas continuou parado.

— O que está esperando, James? — O padrinho questionou, e meu pai sorriu de lado.

— Dando uma dianteira para o Pad conseguir lançar uma ou duas azarações — Deu de ombros, e eu fechei a expressão.

— Vou contar para a mamãe! — Ameacei, vendo ele revirar os olhos.

— Ok, Ok. Estou indo ajudar — Começou a caminhar extremamente lento, e eu suspirei.

— A mamãe...

— Ok, estou indo — Acelerou o passo, seguindo na direção onde os outros haviam desaparecido.

— James, é para ajudar o garoto! Não é para ajudar Sirius! — Remus gritou, mas foi tarde demais, porque meu pai já havia ido.

Finalmente, ao nos vermos sozinhos, ele se sentou ao meu lado.

— Acha que estão bravos comigo?

— Ninguém está bravo com você, Harry.

— Mas... eles estão lá fora perseguindo o Draco — Insisti, sem saber o que pensar.

— Eles estão bravos com o garoto. Mas não com você. Sabe que aqueles dois te veem como uma criança. Eles apenas surtaram de saber que você namora.

— A mamãe... Ela também sabe? Como vocês?

— Ela foi a primeira a perceber, Harry.

— É... sério? — Questionei surpreso, vendo ele assentir.

— Quando você tinha treze, estávamos na sua casa, jantando juntos, conversando sobre uma detenção que levou na aula de Snape. E eu disse que seria engraçado quando você começasse a levar detenções por estar namorando, ou aos beijos com alguma garota. Sirius disse que preferia morrer ao ver você com qualquer garota, e foi quando sua mãe disse ‘Isso é ótimo, porque o Harry é gay’. Levamos quase quarenta minutos para acordar Sirius, porque ele desmaiou.

Rimos juntos, e eu conseguia imaginar perfeitamente Sirius desmaiando com a possibilidade, porque ele tendia a ser extremamente dramático.

— Nunca foi um choque, uma surpresa ou qualquer coisa do tipo. Só... Sirius não sabia que você ia crescer. Mas fora isso, estamos bem, e vamos te apoiar. Pode ficar calmo, certo?

— Tudo bem.

— Agora... tem algo que preciso falar com você antes que eles retornem.

— O que? — Questionei confuso, vendo ele sorrir com aquela calma de sempre.

— Quando fez quinze, fizemos uma votação, e eu fui escolhido para esse momento — Tocou meu ombro, ainda parecendo muito gentil — Você é um rapaz, e está namorando. Se foram pegos no corredor, é porque estão aos beijos por ai, e eu não sou bobo de pensar que não usa a capa e o mapa para ver esse garoto, se até então esse relacionamento era secreto.

— Onde quer chegar? — Questionei confuso, vendo ele sorrir com calma, e percebi que aquele sorriso era o sorriso do padrinho para ‘não surte, fique calmo, tenho tudo sobre controle’.

— Até onde vocês foram?

— O que quer dizer com isso?

— Sexo, Harry. Até onde você e Draco foram? — Insistiu com calma, e eu me senti momentaneamente sem voz, tão vermelho que sentia que poderia ser confundido com a bandeira da Grifinória.

— Padrinho... — Choraminguei, vendo ele continuar com aquela calma e serenidade.

Ele me deixava sempre confortável, e eu sabia que em algum momento algum deles iria querer ter essa conversa, então agradecia por ser Moony ali. Mas ainda era muito constrangedor!

— Até o fim? — Questionou e eu neguei com a cabeça, começando a olhar para o chão, incapaz de olhar para Remus — Mas já fizeram algo?

Um aceno positivo muito rápido.

— O quanto chegaram perto do fim?

— Muito perto — Murmurei ainda sem olhar para ele, e minha voz soou incrivelmente baixa.

— Tudo bem, não precisa ser tímido. Não é melhor falar comigo sobre, do que falar com Sirius ou seu pai?

— Muito melhor — Concordei, vendo ele rir minimamente.

— Como estamos no corredor da escola, vamos apenas fazer um trato. Qualquer coisa que precisar saber, qualquer duvida ou pergunta, me procure. Pode mandar cartas, tudo bem?

— Sim... — Murmurei, ansioso para que aquela conversa terminar depressa.

— E eu prometo — Segurou meu rosto, me fazendo olhar para si — Que nunca vou dizer nada para nenhum deles. Vai ser nosso trato. Pode confiar em mim.

— Obrigado, padrinho.

— Eu vou mandar uma carta, com algumas coisas importantes. Promete que vai ler tudo? Não precisa responder se não quiser. Mas quero que leia.

— Tudo bem — Concordei, vendo ele sorrir satisfeito.

— E, por sorte consegui trazer isso sem Sirius ver. Eu já tinha preparado há algum tempo para quando esse momento aparecesse — Tirou das vestes uma caixa, extremamente pequena, e colocou na minha mão — Está reduzida para não chamar atenção. Abra apenas quando estiver sozinho, tudo bem?

— O que tem aqui?

— Coisas que vai precisar, e que vão te ajudar.

Assenti, guardando a caixa dentro do bolso, sorrindo ao ver meu pai aparecer, adentrando pela porta principal.

— Meu garotos estão de volta — Remus comentou com um sorriso terno, vendo Sirius desmaiado jogado sobre o ombro do meu pai.

Não era novidade.

As vezes, com uma grande frequência, Sirius precisava ser apagado para parar de dar trabalho.

— Essa é minha deixa. Se cuide, Harry. Não volte a ser pego, e tenha juízo — Remus falou se inclinando para beijar minha testa, o que me fez sorrir.

— Obrigado padrinho.

Ele pegou Sirius desmaiado nos braços, olhando com grande indignação.

— Eu realmente não sei o que foi que me fez casar com esse grande idiota — Murmurou, nos fazendo rir — Até mais, afilhado.

E seguiu na direção da sala de Dumbledore, provavelmente para usar a lareira para ir embora.

Finalmente meu pai se sentou ao meu lado, bagunçando meu cabelo como sempre fazia.

— Draco?

— Sem nenhum arranhão — Garantiu sorrindo.

— Pai... Está tudo bem?

— É claro que está. Obviamente eu preferia que você começasse a namorar após os 30, mas imaginei que as chances disso acontecer eram muito pequenas.

Rimos os dois juntos, e eu deitei a cabeça contra seu ombro, me sentindo aliviado.

— Estou feliz que está tudo bem. Eu... estava com medo.

— Não deveria. Somos seus pais. Que tipo de pessoas seríamos se não amassemos você incondicionalmente?

— Então... não tem mesmo problema?

— Não, Harry. Somos uma família. Sempre estaremos aqui por você. Agora... sobre o tal garoto...

Ergui o rosto para olhar para ele, indeciso.

— Você gosta dele?

— Eu...

— Harry — Insistiu, e eu assenti.

— Eu gosto — Desviei os olhos, envergonhado — O que... achou dele?

— O garoto corre bem. É uma ótima qualidade para um namorado seu ter, visto o padrinho louco que tem — Falou me fazendo rir — Um sonserino... É, eu jamais esperava por isso. Esse garoto, o Malfoy... Achei que se odiassem.

— Acho que... não era ódio.

— Eu sei o que quer dizer. Eu e sua mãe nos odiávamos. E aqui estamos. Casados! Com um filho que resolveu namorar um sonserino.

— Pai!

— Eu só estou comentando! — Falou, com aquele tom descontraído para me fazer rir.

— Mamãe disse que assim que puder vai te escrever para conversarem. Ela pediu para não desrespeitar o regulamento da escola, o que eu particularmente acho uma idiotice. Desrespeite a vontade, só não seja pego, tudo bem? Isso me deixa envergonhado.

Ri, sem me conter.

Eu nem sabia a razão para ter ficado tão assustado.

Tinha uma família maravilhosa, e nunca mais voltaria a me esquecer disso.

— Agora eu preciso ir. Só... passamos aqui para entender se era um namoro ou não. Eu apostei que não era, Remus disse que sim, e Sirius disse que não importava, porque mataria o garoto. Odeio a maneira como Moony sempre está certo.

— Obrigado, pai. Hã... significa muito para mim. Isso tudo.

— Não tem que nos agradecer por amar você, garoto — Bagunçou meu cabelo novamente, se erguendo do banco e eu fiz o mesmo — Agora eu preciso ir.

Me deu um breve abraço, e estava quase caminhando para a direção onde Remus tinha ido, quando se virou novamente.

— Antes que me esqueça, alguém precisa ir tirar o seu namorado daquela árvore.

— Árvore? — Questionei confuso.

— Precisávamos que ele parasse de correr para podermos fazer nossas ameaças de pai e padrinho preocupados — Deu de ombros, e eu arregalei os olhos.

— Você colocou ele em uma árvore? —  Me exasperei, indignado.

— Eu só coloquei ele no galho. Ele ficou se mexendo, e eu não tenho culpa de que tenha ficado de cabeça para baixo.

— PAI! — Repreendi — Mas... ele tem a varinha. Porque não saiu de lá?

— Ah, bem lembrado! — Puxou uma varinha do bolso, estendendo para mim — Eu desarmei ele.

— Eu vou contar par a mamãe! — Bradei com indignação, vendo ele dar de ombros.

— Você é realmente um filho muito chato ás vezes, Harry — Disse cômico, me fazendo revirar os olhos, ainda divertido — É sério, vá tirar o garoto de lá. Ele deve estar bem tonto, porque Sirius pode ter chacoalhado a árvore enquanto ele estava pendurado — Insistiu, e eu arregalei os olhos, saindo correndo na direção do jardim da escola, conseguindo achar Draco realmente pendurado de cabeça para baixo em uma árvore.

Com cuidado, ajudei ele a se soltar, usando um feitiço para que ele pousasse no chão com cuidado.

— Me desculpe — Já me adiante, começando a tirar as folhas e galhos do cabelo dele — Minha família é maluca —  Avisei, devolvendo sua varinha, e ele a guardou rapidamente —  Eu prometo que não deixo mais chegarem perto de você...

— Está brincando?! — Ele sorriu com animação —  Eles me adoraram!

— O ... que?

— Seu pai e seu padrinho me adoraram!

— Draco, eles te amarraram em uma arvore, e te desarmaram.

— Pff... Foi só uma brincadeira. Eles são os marotos! Mas eu sei que me adoraram. Apenas sinto muito de ter começado a ficar zonzo por estar pendurado... Nem tive a oportunidade de agradecer seu pai por ter feito você e seu traseiro magnífico.

— Eu devia ter deixado você pendurado mais um pouco — Ponderei, vendo ele rir —  Não ficou assustado?

—  No começo, quando seu padrinho estava dizendo algo sobre arrancar meu pau, foi um pouco assustador —  Ponderou, mas deu de ombros —  Só que então eu percebi que ele nunca faria isso com você.

—  Comigo? —  Arqueei o cenho, e ele assentiu como se fosse algo muito óbvio.

—  Harry, você realmente o ama. Ficaria arrasado se alguém o tirasse de você. É obvio que seria uma crueldade maior com você do que comigo.

—  Você é realmente um imbecil —  Belisquei seu braço, vendo ele rir ao fugir do soco que viria em seguida.

— Não seja cruel — Se esticou, me abraçando pela cintura, e por não ver muitas pessoas ali fora, deixei ele me cercar, porque adorava seus abraços.

— Você está bem?

— Sim — Concordou com um sorriso, se esticando para me dar um beijo breve sobre os lábios — Eu senti falta de te beijar. Não vejo o sentido de nosso relacionamento ser público se não posso te agarrar quando quiser.

— Os beijos ainda vão continuar sendo escondidos — Resmunguei, vendo ele suspirar.

— Acho que posso sobreviver. De qualquer forma, agora todos sabem que sou seu namorado. Eu posso falar com você quando quiser. Isso já faz tudo ser muito legal. Era muito chato ter que estar no mesmo lugar que você, e fingir que não estava perto da pessoa que eu amo —  Deu de ombros.

Sorri com a doçura da animação dele, sem me conter ao me inclinar para deixar um beijo breve sobre os lábios dele.

Simplesmente não conseguia lidar com o nível de sua fofura as vezes.

— Vem, vamos voltar para dentro. E... aproveitar para você se livrar dessa camisa. Eu não vou repetir isso — O avisei, vendo ele rir, puxando minha mão para entrelaçarmos nossos dedos, e passamos a caminhar daquela maneira.

E eu me senti aliviado, pela primeira vez em muito tempo.

Agora todos sabiam.

Mesmo que Ron não tivesse aceitado muito bem, ainda assim era um alívio não ter segredos com mais ninguém.

Pisquei surpreso quando, enquanto caminhávamos para dentro da escola, senti ele deslizar o braço livre para trás, apertando o meu traseiro com grande vontade, e pisquei, corado.

— Que merda está fazendo?

— Foi para dar sorte — Murmurou, e seu estranho tom de voz me fez erguer a cabeça para frente.

— Sorte? — Questionei, acompanhando o gesto que ele fez, apontando para o final do corredor.

Ali estavam, parados como dois aristocratas ricos e nojentos, Lucius e Narcisa Malfoy.

E toda a minha calma havia acabado de desaparecer.


Notas Finais


Capítulo bem fofinho para fazer o dia de todos feliz ok? Finalmente tivemos esse momento SiriusxDraco, e eu sei que estavam morrendo de ansiedade por isso hahahaha
Se divertiram?! Eu espero que sim!
E qual será a reação dos Malfoy diante desse namoro?!
BW é uma caixinha de surpresas e putaria, e eu sei que vocês adoram kkkk
Boa prova a todos amanhã! Tia K torce por cada um de vocês <3


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