Realmente eu não sei o que esperar de Anne essa ruivinha é uma caixinha de surpresas, assim que cheguei em sua casa a encontrei com um fofo macacão vermelho e o cabelo preso em duas maria chiquinhas, mas o que me surpreendia não era seu visual “não apenas”, mas sim o estado da minha menina , ela tinha lagrimas nos olhos e assim que ela abriu a porta e me viu a doce megera desabou , ela me abraçou e começou a chorar e soluçar , odeio vê-la assim. Fecho a porta e nos levo para um puff grande e azul da sala, sento nele e coloco a cabeça dela em meu colo, deixando ele deitada no tapete.
—Calma minha linda. Acaricio seus cabelos .
—Gabriel ... Ela não consegue terminar então fico com ela até ela despejar tudo e sua respiração normalizar.
Leva um tempo, mas sinto que ela esta pronta, então com ela ainda deitada eu questiono.
—O que aconteceu ?
— Aconteceu que eu sou uma idiota Gabe. Ela funga e continua deitada — Você lembra da festa na sua casa ? Confirmo com um aceno d cabeça —Você percebeu que havia algum segredo sujo entre mim e Cyrill, o que você não sabe é que tem mais coisa nessa história. Ela começa a falar de um jantar em família e como conheceu o elemento, parece que por trás do idiota atlético existe um rapaz bacana, seu jeito de falar sobre ele não é rude, tão pouco desprezível, era carinhoso como se estivesse vivendo aquele momento, entretanto logo a história muda de figura — Eu queria algo sério entende, mas ele é um moleque imbecil, ficou evitando, até que as brigas ficaram recorrentes e colocamos logo um fim.
—Vocês pareciam se amar . Anne suspira —Por que você esta me contando isso minha megerinha ?
—Ele me procurou, na verdade nos esbarramos na saída do ensaio, e em um momento ele estava beijando Carol e no outro quando ela foi ao banheiro me empurrando para o deposito e dizendo que precisávamos conversar.
—E o que você fez menina ?
—Eu lhe disse que não tínhamos nada que conversar, no entanto quando eu estava voltando pra casa ele estava me esperando a um quarteirão do teatro, ele me parou e segurou pelo braço, eu quis dizer pra ele parar, mas então o crápula me beijou e Jesus eu tinha esquecido como ele sabe beijar bem. Rio quando Anne fecha os olhos e põe a mão nos labios – Nós começamos a nos agarrar ali mesmo na calçada, então sem perceber estávamos no banco de trás do seu carro e ele disse "Eu te amo minha ruiva, minha Lizzie, meu amor , eu nunca te esqueci" e foi lindo Gabe , eu juro foi tão lindo que eu quis acreditar entretanto quando estávamos naquele momento seu celular tocou no bolso e eu vi que era Carol, quando ele a ignorou a realidade me bateu, que merda eu estava fazendo, e eu sai do carro e vim correndo pra casa e agora estou nesse estado. Ela se levanta o olhar no meu – Eu sei que não vai dar certo, principalmente agora que ele esta saindo com uma companheira de palco, mas eu não paro de ter saudades do idiota.
— Olha Anne eu não sei o que dizer pra nenhum dos dois, mas querida você não merece ser a outra, ninguém merece "Exceto você Gabriel que topou esse papel de trouxa" penso comigo — Você tá confusa e com raiva agora mas você é uma garota equilibrada e forte e não o tipo que vai ficar aqui e sofre por homem, foque-se na peça ou em qualquer outra coisa até esfriar a cabeça, você vai encontrar um modo de superar essa situação. Digo e aperto seu nariz carinhosamente na ponta.
— Realmente se eu tivesse um pênis eu te pegava, eu te amo. Ela me abraça e nos derruba no chão novamente.
— Eu definitivamente me veria bem sem suas TPMs. Uma voz diz descendo as escadas — Mas realmente eu prefiro evitar a visão de minha irmãzinha com um pênis. Um ruivo, alto, bronzeado, de olhos verdes e sorriso simpático se aproxima de nós.
— Cala a boca . Anne joga uma almofada nele mas o garoto a pega no ar — Ele seria muito maior que o seu , então evite mesmo pensar . Ela ri por fim.
— Então posso saber o que vocês estão fazendo aqui além de desejar um pênis? Ele estreita os olhos – Quem é você?
Anne se encaminha até o irmão e irmão e eu me levanto.
— Caleb esse é o atual homem da minha vida e melhor amigo Gabriel, Gabriel este é meu irmão mais velho e idiota Caleb. Estendo a mão e sinto o aperto firme do homem a minha frente e Jesus ele é sexy e seu sorriso matador.
—Obrigada a apresentação baixinha. Cumprimenta —É um prazer te conhecer Gabriel.
—O que você quer fazer agora ruivinha ? A abraço pelo ombro e ela sorri pra mim.
—Vamos cozinhar . Ela pisca pra mim.
—OK baby , vamos cozinhar. Eu a abraço mais firme .
—Como o bom irmão que sou eu vou supervisionar e garantir a mim um bom almoço. Diz Caleb espalhando o cabelo de Anne, e todos nos gargalha os e nos dirigimos a cozinha .
Estamos os três deitados no carpete da sala, todos cheios de comida e ainda assim devorando uma travessa de marshmallow, Anne esta com a cabeça em minhas pernas e Caleb sentado ao lado dela.
—Gabe você cozinha muito bem. Minha megera fala enquanto põe um brigadeiro na boca.
—E você deveria tomar algumas lições com ele, antes de convida-lo a acompanhar você. Caleb ri da irmã.
—OK eu admito que meus dotes não são os melhores. A ruiva põe um marshmallow na minha boca.
—Você tem sorte que sabe atuar, se não estava perdida. Comento e todos gargalhamos — Você é uma negação.
—Vocês são maus . Ela diz e faz beicinho.
Passamos o tempo falando bobagem, filmes, musica, livros e é descontraído. Descubro que Caleb é um recém formado da faculdade de direito e que voltou pra casa a pouco, com seu retorno os pais saíram numa segunda lua de mel, Anne parece feliz pelo irmão e os pais e parece ter esquecido o atleta otário, gosto de vê-la assim, entretanto esta ficando tarde e preciso ir.
—Não vá agora. Anne faz manha quando já estou na porta.
—Eu preciso linda. A abraço e começo descer a soleira.
— Ei cara quer uma carona. Caleb diz ao meu lado com aquele sorriso lindo e depois decepção com o Sebastian passar um tempo com um gato diplomado não parece ruim.
—Claro . Respondo e ele vai na minha frente para me mostrar uma bela moto que não chega a ser tão incrível quanto minha mas cega bem perto.
—Vamos. Ele me oferece um capacete.
Eu definitivamente amo esse vento e a adrenalina de se estar numa moto, é engraçado pensar em quando aprendi e em como eu tinha medo, mas eu tive alguém que teve paciência comigo para ensinar, entretanto eu não devo pensar nisso agora, balançando a cabeça eu foco na paisagem ao redor e no me caminho pra casa, no entanto Caleb para em frente um café.
_ Desculpe a parada, mas antes de você chegar em casa minha baby estava muito triste e aqui fazem os donuts favoritos dela, então só por via das duvidas prefiro estar abastecido quando voltar. Ele sorri e desce da moto, e eu acho muito fofo a preocupação dele com Anne, e desço junto.
Enquanto Caleb faz o pedido dos donuts eu espero em uma mesa tomando um chá de laranja.
—Então é verdade esse vicio dos britânicos por chá. Ele ri e se senta minha frente.
— Não é vicio é amor. Afirmo e tomo um gole apreciando a bebida quente.
—Obrigada Gabriel. Ele me olha serio — Nossa ruivinha esta mal desde ontem e você a trouxe pra cima e fez sorrir, eu não pude estar muito com ela por causa da faculdade , mas fico feliz que ela tenha encontrado um amigo como você, espero que possamos ser amigos também.
—Eu já te considero Doutor Caleb Donnavan. Brinco e ele sorri, nesse momento o pedido dele chega em uma sacola e eu termino meu chá, ele da umas notas para garçonete e saímos.
Na calçada ele desarruma meu cabelo
— Não brinque com um oficial da lei. Ele finge uma voz seria quase rindo e eu sorrio, Caleb me dá o capacete e voltamos rumo minha casa. Não tive irmãos, mas definitivamente se tivesse queria que fosse assim como Caleb.
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