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História Blame - Capitulo 4


Escrita por: illusionmatt

Notas do Autor


Oiii! Sumi por um tempo, mas eu to aqui de novo!! Boa leitura, amores!

Capítulo 4 - Capitulo 4


– Angel, ela se foi! Não sei viver sem Jenny!

– E nós não sabemos viver sem você! Por favor! Desça daí!

– Não! Ela está morta, entendeu? Morta! Dez palmos a baixo do chão! Eu nunca mais vou vê-la!

– Eu também estou mal, mas se você fizer isso só vai piorar a dor de todos, John! Por favor, desça!

– Eu não quero! Pra mim chega!

– Prometo que vamos passar por isso! Juntos!

– Promete?

– Claro!

– Promete que a dor vai passar?

– Claro que vai!

– Angel... você está mentindo! Isso nunca vai acabar!

– JOHN!

5:45, segunda, 12 de fevereiro de 2016

O despertador tocou alto me tirando do sonho que tive. Abri os olhos suada e com lágrimas nos olhos e olhei pro despertador que ainda tocava, eu logo lhe virei um tapa fazendo o pequeno relógio cor de rosa voar para o outro lado do quarto e se espatifar no chão. Cinco minutos depois meu pai bateu na porta do meu quarto me acordando, já que caí no sono novamente depois do barulho do despertador acabar.

"Vou sair assim que estiver pronto, se você não for comigo vai com Cameron, e vai se atrasar, e você não quer ser mais o centro das atenções ainda" ele sorriu.

"O pior é que se eu entrar por último todos vão saber quem eu sou, afinal ninguém entra numa escola nova uma semana depois que as aulas começam" disse caminhando devagar em direção ao banheiro.

Nos mudamos graças ao acidente, não entendi o porquê de ter que ser no meio do ano, acho que a minha mãe ainda tinha esperanças de que eu sobreviveria naquela cidade, assim ela não teria que se mudar sem ao menos contar ao marido o verdadeiro motivo. E eu já tinha começado a escola, agora vou começar a estudar na segunda semana. Ou seja. Cheguei atrasada "você deve ser Angelina, a aluna nova", me sentei na frente "olha! A aluna nova, Angelina!". Só queria ter posto "Angel" na minha ficha, assim ninguém saberia meu nome de verdade.

Quando terminei o banho, enrolei meu cabelo em uma toalha e o corpo em outra,  parei em frente ao espelho e escovei os dentes. Sai do banheiro e vi que Ashton não estava mais ali. Entrei no meu closet e peguei uma calça preta jeans, calcei minhas amadas botas da sorte — que eu uso todos os dias — e uma blusa de manga longa roxa, fina, mas que esquentava, um roxo bem escuro, com tecido confortável, um pouco parecida com malha. Tirei minha parka preta com pelinhos brancos no capuz do cabide e vesti também. Estava nevando do lado de fora. Não esperava menos, estávamos no fim do inverno. Eu torci mentalmente pra ser a última nevasca do inverno. Peguei minha mochila que estava pronta graças ao Cameron, com o material escolar da minha outra escola na Califórnia. E uma touca preta. Parei na frente da minha penteadeira e passei um pouco de maquiagem pra esconder o roxo debaixo dos meus olhos por ter dormido chorando e pra esconder também a cara de sono, coloquei a touca e sai do meu quarto. No ecrã do meu celular brilhava que eram 6:44. Meu pai possivelmente já tinha saído. Corri pro andar de baixo e olhei pela janela da sala. Só tinham dois carros na garagem. Ele já saiu. Bufei. Subi de novo e entrei no quarto do meu irmão.

Depois que ele acordou, demorou mais dez minutos pra colocar uma calça de moletom saruel preta e uma blusa de moletom cinza. Meu tempo estava acabando. Eu tinha que estar na escola quando sai de casa. A neve tinha bloqueado várias estradas e eu e Cameron ficamos bastante tempo parados.

"Que lindo! Sete e dez! O papai me disse que eu tinha que chegar ás seis e cinquenta, minha aula começa ás oito"

"Exatamente! Você ainda tem cinquenta minutos!"

"Cameron eu tinha que chegar antes! Tinha que passar na diretoria, pegar meu horário, o número dos meus armário, meu uniforme de ginástica, Ashton falou tudo que o diretor disse pra ele no telefone" falei irritada e apoiei o pé no parabrisa.

"Não precisa se irritar! Eu não tenho culpa se atrasou, eu estou fazendo tudo que eu posso!"

"Mas não é o suficiente!" Bufei "Por quê ele precisa trabalhar tão cedo?!"

"Pare de agir como criança"

"Não estou agindo como criança eu só quero chegar nessa droga de escola!"

"Não está agindo como criança? Tem certeza?"

"Para de ser ridículo Cameron! Ele poderia ter esperado mais dez minutos por mim, era o mínimo que ele podia fazer"

"Não! Não era! Ele não te deve nada, Angelina, na verdade ele abandonou o emprego dele por causa dos seus problemas, e mesmo depois de tudo que ele fez por nós você acha que pode exigir que ele fique dez minutos de esperando? Quando o babaca do papai foi embora a única pessoa que ficou do nosso lado foi Ashton, então menos"

"Se falar de novo do meu pai desse jeito eu..."

"Você vai o que? Defender o idiota que abandonou você quando tinha quatro anos? Angelina me poupe, aquele homem foi embora sem mais nem menos e ainda fez você desenvolver uma merda de distúrbio, como você pode ainda defendê-lo?"

"Eu não tenho distúrbio nenhum" falei cerrando os dentes.

"Ah! Não? Lembra daquela vez dois anos atrás quando você tentou se matar, pela quinta vez, quando ficou sozinha em casa, você chama aquilo de que?" Fiquei quieta "Angel não tenha vergonha de ter autofobia, tenha vergonha de defender quem fez isso com você, quem abandonou você desde o começo"

"Eu já estou melhor"

"Da última vez você também estava, e acabou em um hospital"

"Os carros estão andando" falei baixo mudando de assunto.

"Eu vi" ele disse acelerando o carro.

Paramos na frente da escola e eu saltei do carro. Cameron saiu atrás de mim. Segurou meu braço com força encostando a bunda no capô do carro e me puxando pra perto do seu corpo. Ele me abraçou forte e eu o abracei de volta, ele beijou o topo da minha cabeça e sussurrou "desculpa, só quero o seu bem" antes de me soltar. Sorri pra ele em resposta é depositei um beijo em sua bochecha. Senti o olhar de algumas garotas depois disso. Essa é a graça de ter irmão bonito.

Entrei na escola e andei um pouco confusa pelos corredores tentando achar a diretoria, mas acabei no corredor que dava pra porta principal de novo. Quando estava atravessando o corredor para subir a escada do outro lado, vi todos se dispersarem e abrirem espaço pelo corredor. Encostei em um armário vermelho curiosa pra ser o que estava acontecendo e logo entendi.

Um grupo de garotos entrou na escola, olhando sempre pra frente, eles não encaravam ninguém além da porta no fim. O garoto que estava na frente era loiro, estava de boné e tinha algumas pintinhas no rosto, ele estava com o cenho franzido e me parecia muito mais familiar do que deveria, logo atrás dele um menino de cabelos platinados com cara de maluco, um japonês que virou pra um grupo de garotas e sorriu pra uma em especial que lhe mandou um beijo, um tinha os cabelos pretos que batiam no ombro e olhos azuis como piscinas, esse usava uma calça preta justa e rasgada deixando suas pernas finas exprimidas. Tinham dois que andavam lado a lado, um loiro com boné pra trás e o outro moreno com a cabeça extremamente grande, e o mais perto do loiro tinha o cabelo marrom penteado pra cima em um topete e usava uma bandana azul marinho e branca.

Assim que eles atravessaram a porta, o corredor voltou ao normal. Olhei no meu celular as horas e vi que faltavam só trinta minutos pra aula começar, olhei em volta e vi que a porta que os meninos estavam tinha escrito "diretoria" numa plaquinha prateada na mesma. Corri até lá e quando abri a porta dei de cara com o garoto loiro com as mãos enormes apoiadas na mesa e o bando atrás dele.

"Senhor Espinosa você não pode voltar! Vou precisar mostrar você o significado de 'expulso' no dicionário?"

"Se quiser que eu saia vai ter que me tirar a força, Regina"

"Não duvide que eu o faça, senhor Espinosa" ele soltou uma risada sonora e escandalosa. Pelo amor de Deus ele parece uma hiena morrendo essa é a risada dele mesmo?

"Não duvido nada de você, Matthew, mas você não é bem-vindo nessa escola e eu eu não vou repetir, saia" ela apontou com a mão gordinha pra porta.

"Eu não ligo se fui expulso ou não, eu não ligo se sou bem-vindo ou não, eu disse que vou ficar, e que vou assistir às aulas, e eu vou" ele disse em um tom superior e tirou as mãos da mesa "você não sabe do que eu sou capaz de fazer, então se eu fosse você eu não me enfrentaria" a mulher me parecia procurar uma resposta quando senti uma mão no meu ombro.

"Espiar os outros é muito feio"

Tropecei em meus próprios pés pelo susto, o garoto de topete preto foi ágil e me segurou antes que eu caísse e batesse a cabeça na porta de madeira.

"Sou Shawn" ele disse me colocando do outro lado, agora ele estava de costas pra porta e eu de frente pra ela "e você é...?"

"Angelina" falei enquanto ajeitava a touca ", mas pode me chamar de Angel"

"Olha, geralmente as pessoas agradecem, mas isso depende do jeito que você foi educada" ele disse de um jeito divertido me fazendo rir.

"Desculpa, obrigada."

"Você estava só espionando o Espinosa ou queria entrar?"

"Eu sou a aluna nova, preciso falar com o diretor"

"Ah, tudo bem, vamos" ele pegou o meu braço e abriu a porta fazendo a atenção vir toda pra nós.

O garoto de bandana soltou um risada e negou com a cabeça.

"Demorou Mendes"

"Foi mal, Matt, meu pai pegou o carro"

"De boa" ele andou até nós "e quem é a dos olhos azuis?" Ele cruzou os braços na minha frente.

"Essa é a Angel" Shawn falou como se Matt não estivesse sugando toda a felicidade que tem dentro dele. Ou talvez ele não estivesse. Talvez isso só estivesse acontecendo comigo "ela quer falar com o diretor"

"Acho que eu posso ajudar" a mulher na mesa disse se sentando e mexendo no computador "Angelina Eliza?"

"Elize, sim, sou eu" senti minhas bochechas queimarem.

"Pode entrar, mas..." Ela deu uma pausa enquanto olhava em volta "onde estão seus pais?"

"Eu me atrasei, meu pai não me esperou"

"Tudo bem, estou resolvendo um problema no momento, pode entrar" ela sorriu.

Caminhei rápido até a porta ao lado da mesa dela e entrei. Um homem usando uma blusa social branca, calça preta e gravada roxa e amarela levantou a cabeça e me olhou.

"Posso ajudar?"

"Eu sou a aluna nova, Angelina"

"Ah!" Ele pareceu perceber.

Mexeu um pouco no computador e logo uma folha saiu da impressora, ele andou até um pequeno armário preso na parede ao lado de uma grande cômoda de ferro e passou o dedo pelas plaquinhas brancas que estavam em cima de todos os ganchinhos. Ele pegou uma e colocou na minha frente na mesa, pegou a folha de papel e colocou lá também.

"Siga-me." Ele disse.

Começou a andar em direção à porta e eu me apressei pra pegar as coisas e segui-lo.

"O que está havendo aqui?"

"Bom dia Carl, a Regina não quer me deixar assistir às aulas, diga a ela que eu vou assistir"

"Matthew, eu sinto muito mas..."

"Diga à ela, Carl" Matthew olhou pro diretor com cara de bravo e percebi toda a estrutura do diretor despencar.

"Deixe o garoto, senhorita Jill"

Andamos pra fora da diretoria e logo depois os meninos saíram, e foram todos pro andar de cima. O diretor me levou pro ginásio da escola, que era outra construção, do outro lado do pátio. O sinal tinha acabado de tocar e ele estava dizendo coisas que eu já sabia. E que eu não estava prestando muito a atenção.

"... infelizmente não teremos muito tempo, afinal você deveria ter chegado antes, vou apenas lhe dar tudo o que precisa e aposto que, com o tempo, você conhece a escola inteira sozinha."

O diretor entrou no ginásio e encontramos os alunos se aquecendo, correndo em volta da quadra várias vezes, um senhor alto e musculoso, com a pele morena e cabelos pretos se aproximou.

"Bom dia diretor, como vai?"

"Ótimo, senhor Houston, obrigada"

"Veio pelo uniforme da aluna nova?" O diretor assentiu.

O homem correu para uma portinha do outro lado da quarta e voltou com uma caixa de roupas dentro de sacolas transparentes.

"Você deve usar o S" assenti.

Ele tirou o menor tamanho de dentro da caixa e me deu.

"Duas blusas sem mangas, duas blusas de manga curta, duas de manga longa, duas calças de moletom e dois shorts, mais um casaco de moletom" ele disse riscando algo em um papel que estava preso a uma prancheta que estava presa ao lado da caixa.

"Obrigada, senhor Houston" o diretor agradeceu.

Ele me levou novamente até a diretoria e se sentou em sua cadeira.

"Todas as aulas tem cinquenta minutos de duração e tem dez minutos de intervalo entre elas, as aulas tem início às oito em ponto e a pausa para o almoço é sempre ao meio dia, temos seis aulas contando com o almoço e as aulas acabam às duas da tarde, mas os alunos só saem às duas e trinta, nossa escola apoia muito as artes em geral, então você precisa escolher uma 'aula' adicional, música, arte ou teatro" ele disse sorrindo.

"Obrigada"

"Agora são oito e quarenta e cinco, pode esperar cinco minutos no banco que tem perto da mesa da senhorita Jill e depois vá pra sua segunda aula" ditou.

"Tudo bem, obrigada de novo"

Sai da sala e me sentei no grande banco de madeira debaixo da janela que ficava de frente pra mesa da senhorita Jill. Peguei a folha que ele tinha me dado e vi meu horário. A aula que perdi era de geografia, a próxima seria matemática, depois geometria, aí física, o almoço e por ultimo gramática.


Notas Finais


Amores obrigada por lerem, espero que tenham gostado! Digam nos comentários o que acharam e até o proximo capítulo!


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