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História Blame society - Set it on fire


Escrita por: mygforgive

Notas do Autor


oi

Capítulo 37 - Set it on fire


Senti duas batidas em minha cabeça não foram tão fortes, mas a terceira senti minha cabeça pesar e abri os olhos irritada. Muito irritada. Yoongi estava segurando um dos travesseiros e pronto pra me bater de novo.

– Se bater esse troço mais uma vez em mim eu corto seu pau Yoongi. – disse brava voltando a fechar o olho para tentar pegar no sono de novo.

– Você quem sabe. – ele deu de ombros. – Afinal o brinquedo é seu. – e sem hesitar ele bateu o travesseiro de novo na minha cara.

– E tem como ser mais idiota?– disse com a voz um pouco embolada me levantando enfurecida.– Porque me acordou tão cedo? – estava colocando os chinelos.

–O roubo irá ser hoje.– ele fala despreocupado.

–Eu sei. Mas tão cedo assim?

–Mudanças de planos, meu amor. As cargas iram chegar pela manhã.– ele tentou me puxar mas eu me afastei.–Nossa como você está chatinha.

–Falou o bem humorado.– Taquei o travesseiro nele com força e andei de pressa pro banheiro, me trancando lá dentro. Tomei banho, fiz minha higiene matinal, esfoliei a pele, hidratei a pele do rosto. Assim que saio do banheiro Yoongi passa por mim entrando no mesmo.

Quando Yoongi saiu do banheiro já estava trocada e estava passando rímel e um pouco de maquiagem.

– Agora deu. – ele disse me olhando.

– Que foi? – estava passando delineador.

– Vai ficar usando meus bonés?

– Não! Só esse… Meu cabelo não está de bem comigo.

– Vai com a barriga de fora? – ele disse me olhando.

– Vai ficar implicando com a minha roupa agora? – fui colocar o tênis.

– Mas é que… – o cortei e ele bufou nervoso.

– Mas é que nada. Vou comer alguma coisa e tô te esperando lá em baixo. – passei mais um pouco do perfume e desci.

Comi um pouco de cereal e uns iogurte com mel,estava realmente com fome. Sabia que o mané ia querer comer algo, mas ele era pior que donzelas pra se arrumar então sabia que ele iria demorar pra descer.

– Yoongi você vai comer? – gritei bem alto do pé da escada.

– Vou. – ele veio descendo as escadas.

– Que milagre é esse que a princesa se arrumou rápido? – o perfume dele estava forte e meus olhos reviraram assim que ele passou por mim.

– O que você fez pra eu comer? – ele pegou uma garrafinha de água na geladeira e acabou com ela em três tempos. Não perdi tempo e fiz o mesmo, estava com uma ressaca do caralho.

– Nada. – Ele riu e pegou um pacote de ramem.

Enquanto Yoongi comia eu fiquei mexendo no celular.

Estava com um frio na barriga enorme, não era a primeira vez que fazia algumas coisas pra ele, mas é que hoje a operação era tão grande, e eu realmente estava ansiosa. Quando ele terminou foi para o escritório e depois de um tempo me chamou. Ele estava com aquela sala secreta aberta e colocando coisas dentro de duas malas.

– Vou ter que usar isso?

– Sim. – ele colocou as roupas pretas nas malas. – Escolhe as luvas. – ele disse abrindo uma prateleira cheia de luvas penduradas.

– Tem que escolher? – disse confusa.

– Se estiver a fim de deixar suas digitais por ai. – peguei uma pequena preta de coro com um velcro para ficar apertada. Ele colocou a arma nova dele na mala que seria a dele e pegou um monte de coisas que não sabia o que era na minha mala, não sei se precisaria de tudo aquilo, mas já que ele insistia…

Quando Namjoon ligou já estávamos na garagem. Yoongi recusou a ligação e entramos no carro.

Pra cada ação que eles fazem, há um lugar diferente para se reunir e dessa vez não foi diferente, quando Yoongi começou a entrar no meio do mato sabia que era mais um lugar escondido das vistas da cidade. Quando ele parou o carro nos fundos de um galpão velho e abandonado, vi ao lado do galpão, o carro dos meninos. Dei um sorriso e sai do carro. Enquanto caminhava com cuidado para dentro do galpão, Yoongi estava pegando as malas no carro. Abaixei a aba do boné e empurrei a porta entrando no galpão. Namjoon e Jin estavam nos computadores enquanto o resto estavam conversavam nos fundos do galpão.

– Oi gente. – disse me aproximando de Namjoon e Jin e os cumprimentando com um beijo no rosto depois fazendo o mesmo em Jimin e Jungkook. – Tae. – dei um pulo no colo dele o apertando em meus braços, e ele beijou minha testa.

Não tinha visto mas Hoseok entrou acompanhado do Yoongi que, me olhou sorrindo e piscou um olho para mim.

–Jade, não queria que você fizesse isso.

– E porque não?

– Por que é perigoso.– Tae sempre com seu instinto protetor.

– Eu sei. Mas vai ficar tudo bem.

–respondi com insegurança.

–E se der errado eu dizer aquela típica frase."eu avisei".–falamos juntos e eu caí na gargalhada.

Yoongi estava conversando com o Jin e eu me encostei-me à mesa do lado deles prestando a atenção em tudo o que eles diziam.

– As cargas acabaram de se separar agora. – Jin apontou os pontinhos vermelhos na tela do computador. – Isso é uma estratégia para não serem pegas, cada uma vai entrar por um lugar diferente, mas todas vão para o mesmo lugar.

– Quantos homens têm? – Yoongi perguntou sem tirar os olhos da tela do computador.

– Para receber a carga tirando os motoristas uns 30. – Jin disse um pouco frustrado.

– São poucos perto do que imaginei. – Yoongi cruzou os braços e estufou o peito soltando o ar de forma alta.

– Isso é só uma suposição, não é um número exato. – Jin disse.

– Disso eu sei. Mas e você Jade, vai dar conta disso tudo? – Yoongi, me encarou e eu engoli em seco, do que ele estava falando?

– O que? – disse sem entender

– Você vai se livrar deles. – ele estava com os olhos fixos em mim. Pra falar a verdade, todos estavam, até Jimin e Hoseok que não estavam por perto estavam me olhando.

– Acho que posso fazer isso. – forcei o meu melhor sorriso. Não estávamos falando de um ou cinco homens eram trinta, trinta mafiosos esperando uma carga e eles iriam deixar tudo àquilo pra mim? Tá, mais eu não iria demonstrar medo; iria agir com naturalidade, muita naturalidade.

– São trinta homens e você vai ter que ser rápida, se não… – Yoongi estava querendo me amedrontar aquilo era um psicológico, jogo, queriam me fazer desistir, mas eu não iria cair assim, não tão fácil.

– Até parece que não me conhece. Isso é pareô pra mim. – sorri com os dentes serrados, mas a verdade é que estava me tremendo toda.

– Até que é simples o que você vai fazer Jade. – Hoseok se intrometeu, Yoongi olhou tão feio pra ele que até eu fiquei sem graça. Mas aquela foi as únicas palavras de apoio que recebi.

– E o que eu vou fazer? – Yoongi e Jin se olharam então com um olhar Yoongi permitiu que Jin falasse.

– Os homens do Taeyang estão reunidos em um galpão esperando a carga chegar, para depois distribuir para o resto do país. E pra gente poder entrar lá precisamos que esses caras estejam fora dos nossos caminhos.

– Vocês querem que eu meta bala em todo mundo? – disse confusa.

– Claro que não. – Yoongi disse ainda fechado.

– Até porque se você tivesse que usar uma arma seria perigoso demais! Iríamos estar arriscando sua vida mesmo com um uso de uma silenciadora, você poderia ser pega. – Jin dizia e eu prestava a atenção em cada detalhe do que ele dizia. – Vamos usar um gás. Esse gás pode matar cem pessoas de uma vez só, ele é altamente letal quando inalado, o galpão vai estar todo fechado, então, acho que em cinco sete minutos quando o gás for liberado, a maioria dos homens lá dentro estarão desmaiados e logo após morrerão. A ventilação lá dentro não é das melhores e as portas de saída estarão trancadas.

– Então ao invés de uma arma eu vou usar um gás, que nem naquelas câmeras de gás onde era feito torturas?

– É isso mesmo. – Jin sorriu. – Ácido cianídrico altamente sufocante apenas em pequenas doses já pode ter os objetivos alcançados. – fiquei assustada com aquilo tudo, de onde aqueles meninos tiraram toda aquela ideia? Só poderiam ser um bando de loucos mesmo.

– Depois que todo mundo lá dentro estiver apagado, o que vai acontecer? – estava querendo entender.

– É ai que vamos agir. Você vai abrir às portas e ao invés dos capangas do Taeyang nós vamos receber as cargas.

– Então eu vou me livrar de todos esses homens e depois colocar vocês pra dentro?

– É isso mesmo meu amor. – Yoongi sorriu desafiador.

– Eu topo… Já estou dentro. – eles trocaram olhares, nada mudaria minha opinião, nem eu desistiria de fazer aquilo. Era isso que eu queria, era isso que eu iria fazer.

–Tudo certo. Vamos começar a agir.–os meninos começaram a agilizar as coisas enquanto eu estava sentada no sofá.

Estava entediante ficar ali sem fazer nada, tínhamos que esperar as cargas cruzarem as fronteiras de Coreia, todos os caminhões estavam sendo rastreados. Yoongi, Jungkook e Jimin estavam vidrados nas telas dos computadores, acompanhando o percurso das cargas e eu estava procurando algo que me tirasse daquele tédio. Sentei-me no colo do Yoongi.

– Está bravo? – passei meus braços em volta do pescoço dele enquanto ele repousava uma de suas mãos em minha coxa.

– Não. – ele disse com os dentes serrados.

– Se é por causa de hoje, nem adianta esquentar a cabeça… Não vou mudar de ideia, estou nessa junto com vocês.

– Porque você tem que ser tão teimosa? – ele balançou a cabeça. – É impressionante! Sua teimosia vai além do que eu posso imaginar.

– Se sabe que é assim porque ainda insisti em ficar nervoso se sabe que não vou mudar? – ele soltou o ar fazendo barulho. Os olhos dele estavam mergulhados nos meus e eu me perguntava: em que ele estava pensando? – Sabe por que nada vai acontecer comigo? – disse bem próximo a ele. – Porque tudo o que eu aprendi foi com você então não tem como falhar. – ele estava se segurando, mas não conseguiu ficar sem sorrir.

– Quem foi que te disse isso?

– Nesse tempo que estamos juntos aprendi uma coisa. Se você aprende com o melhor, tudo que fará sairá perfeito.

– Então quer dizer que sou o melhor? – ele se ajeitou na cadeira e eu me levantei depois sentei novamente em seu colo só que de frente para seu corpo encaixada junto a ele.

– Ao que tudo indica sim. – beijei seus lábios devagar, minhas mãos entrelaçaram-se em volta de seu pescoço e suas mãos apertaram minha cintura. Eu não me cansava daquele beijo nunca, nem em um milhão de anos… Era como se quando ele tocasse meus lábios eu perdesse completamente a razão, perdesse completamente o chão! Fosse para um lugar que somente ele pudesse me levar. Nem vi quando ele desceu o zíper da minha jaqueta, mas quando ele quebrou o beijo rindo parei.

– Que foi? – disse confusa.

– Você pode estar querendo me provocar. – ele encarava meus seios.

– Por quê? – disse inocente.

– Nada em baixo da jaqueta e esse sutiã pouco provocante… Olha meu estado. – ele abaixou o olha observando seu membro.

– Não mandei você abaixar o zíper da minha jaqueta. – subi o zíper e voltei a beija-lo. Minhas mãos puxaram os cabelos loiros de sua nuca dando um beijo ritmado.

– O casal.– Jimin nos atrapalhou.– As cargas acabaram de cruzar a fronteira. As cargas já estão na Coreia.

Já estava completamente vestida; Calça justa preta, com uma blusa de mangas compridas preta e uma bota antiderrapante com o solado baixo e confortável. Yoongi e eu nos trocamos em uma das salas que tinham naquele lugar e quando voltamos a nos juntar aos meninos todos já estavam trocados menos o Jin que ficaria para poder nos dar instruções de tudo.

– Jade aqui está seu microfone. – Jimin disse e eu sorri. Estava arrumando meu cabelo, prendi só a franja pra trás deixando o resto do cabelo solto. – Quer que eu coloque em você? – Jimin sorriu malicioso e eu fiquei sem graça pra dizer não.

– Pode ser. – disse sem graça. Ele veio cheio de charme pro meu lado, mas Yoongi acabou com as gracinhas dele.

– Que porra de colocar o microfone na minha mulher o que! – Yoongi pegou o microfone da mão dele o afastando. – Deixa que eu faço isso. – ele segurou meu cotovelo, empurrando-me para frente de volta pra sala que nos trocamos. – Tira a blusa. – franzi o cenho não entendo pra que eu precisaria tirar a blusa. – Jade eu preciso prender isso no seu sutiã.

– Tá bom, não precisa se estressar. – me livrei da blusa e ele ficou parado me olhando ao invés de colocar o microfone em mim.

– Vai ficar ai me olhando ou vai colocar o microfone em mim? – mordi os lábios de forma provocante e coloquei a mão na cintura.

– Vou colocar o microfone. – ele disse baixo e se aproximou de mim, fiquei de costas para ele passar o fio pelo meu corpo. Arrepiei-me quando as mãos dele tocaram minhas costas. Controla-se. Isso que minha cabeça me mandava fazer, mesmo estando difícil de fazer isso.Virei de frente para encaixa o fio na parte da frente do meu sutiã ele parecia concentrado, mas eu não estava nem um pouco concentrada. Beijei os lábios dele, mas por um tempo senti que ele relutava com aquilo.

– Vai fugir de mim? – disse com a voz um pouco sexy.

– Eu nunca fujo de você.

–Então vem neném. – o puxei com força. Bateram na porta com força e eu dei um pulo de susto, mas foi tão grande.

– Yoongi eu não queria interromper, mas o microfone tá aberto. – a Voz do Namjoon gritou. E eu senti minhas bochechas queimarem em vergonha.

– Podia ter me avisado. – esbravejei.

– E você me deu tempo? – ele terminou de colocar o microfone em mim.

– Idiota. – coloquei a blusa novamente e cassei minha cara pra sair daquela sala e encarar os meninos, rodei a maçaneta e era tudo da minha cabeça. Eles estavam normais, nem ligaram pro que aconteceu.

Yoongi me guiou até um Porsche 911gt3 prata e me entregou a chaves, seus olhos estavam perdidos.

De repente senti meu coração acelerar, minhas mãos suarem e as pernas bambearem.

– Confia em mim? – disse olhando dentro dos olhos dele.

– Muito. – ele sussurrou e eu o beijei.

– Vou te deixar orgulhoso. – ele riu pelo nariz balançando a cabeça e eu abri a porta entrando no carro. Yoongi se curvou ficando na altura da janela assim que fechei a porta.

– Sua arma. – ele me entregou um revolver. – Silenciadora, só use em ultimo caso. – balancei a cabeça assentindo. – Turbo. – ele apontou um botão. – Caso precise de velocidade. – até parece que não sabia, conhecia cada parte daqueles carros; já havia aprendido muita coisa. – O computador está em baixo do banco ao lado só aperta este botão e você pode ficar conectada de outra forma com o Jin. Os equipamentos que vai precisar estão na mala. Ali estão as luvas e o capuz. Assim que sair da vista da cidade os coloque… Boa sorte. E tome muito cuidado. – sorri.

– Sim senhor. – ele me deu um selinho. – Boa sorte pra você também. – sussurrei.

– Te amo. – ele disse sorrindo.

– Também te amo. – disse e ele foi tomar seu lugar em seu carro.

Saímos da sequencia que estávamos e os carros costuravam na avenida desviando e fazendo ultrapassagem que se julgavam perigosas. Tinha a completa visão do carro do Yoongi, mas só via os meninos pelo retrovisor, Yoongi me deu passagem e eu cruzei na frente dele. Ouvi pneus cantando no asfalto atrás de nós e sirenes, conseguimos chamar a atenção. Os policiais estavam na nossa cola.

– Jade você tem que sair da estrada no quilômetro 40. – Jin disse e na sequencia pude ver uma placa indicando o quilômetro 40 a poucos metros. Os carros dos meninos encostaram junto ao meu eles iriam me dar cobertura, percebi que era a hora quando eles rodaram na pista fazendo uma barreira bloqueando a passagem das viaturas, acelerei mais e sumi saindo pelo quilômetro 40.

Segui as instruções do Jin e do GPS e não foi difícil de achar o galpão do Taeyang. Estacionei o automóvel a alguns quarteirões de onde teria que ir coloquei as luvas e o capuz assim que sai do carro. O cenário era assustador, uma parte do subúrbio da cidade muito abandonada, janelas escuras e prédios abandonados por todo canto, as lâmpadas dos postes estavam quebradas e o barulho da noite era a única coisa que se ouvia. Jin me informou que o galpão estava protegido, que havia alguns homens do lado de fora, então teria que seguir pelos fundos para poder entrar. Contornei o galpão e me escondi atrás de uma lixeira assim que escutei passos e vozes. Foi tudo muito rápido, parecia que dois homens só estavam passando por aquele lugar. Havia uma escada de incêndio que eu usaria a meu favor. Seria bem melhor do que escalar aquela parede gigante. As escadas rangeram um pouco, mas parei. Fiquei estática esperando a aproximação de alguém, mas, parece que ninguém notou aquele barulho diferente.

Os primeiros andares foram fáceis de subir, mas confesso que ao olhar lá pra baixo já sentia um frio na barriga, então me concentrei em só olhar para cima e terminar de subir aquilo tudo. Terceiro andar, quarto, quinto, sexto, sétimo e oitavo. Finalmente cheguei onde queria e com muito cuidado carregando aquela mala. Todas as janelas estavam fechadas então eu teria que quebrar uma delas, faria um barulho e eu teria que me apressar e me esconder na saída de ar, não seria muito difícil porque logo a minha frente já tinha uma entrada de ar aberta. Minha mão estava coberta por luvas então não teria nenhum dano, soquei uma das janelas e os vidros se espedaçaram entrei pra dentro do galpão de pressa e quando consegui chegar até a passagem de ar pude escutar passos, tive que ficar de quatro, pois a saída de ar só dava para ficar assim. Gatinhei empurrando a mala até um lugar que achei seguro, podia escutar os passos e vozes dos homens, mas não entendia muito o que eles estavam falando. Quando tudo se acalmou chamei por Jin.

– Jin… Já estou dentro da saída de ar. – disse baixo quase que em um sussurrou.

– Ótimo Jade… Estou vendo sua localização. Foi difícil chegar ai?

– Pouco. – disse relaxando.

– Agora você tem que chegar ao centro do galpão. – ele disse em um tom alegre. Respirei fundo e virei à esquerda como ele me mandou, gatinhei mais um pouco e realmente estava no centro do galpão, por algumas frestas da ventilação podia enxergar o lugar inteiro. De um lado tinha uns homens jogando carta e do outro uns armados conversando, eles estavam todos espalhados. Abri a mala pegando a máscara e a prendendo em meu rosto. Livrei os compartimentos com os gases da mala os deixando e uma posição estratégica para preencher o ambiente.

– Eai Jade? – a voz de Jin me fez assustar estava tão concentrada.

– Agora a diversão vai começar. – disse rindo, liberando a primeira tampa depois na sequencia fazendo isso com todos. Quando terminei gatinhei pra longe e fiquei só observando. Fiquei em um lugar onde via tudo parecia que aquele gás nunca ia fazer efeito até que vi dois homens começarem a tossir sem parar com as mãos na garganta. Isso foi acontecendo com todos, uns já estrebuchavam no chão outros ainda lutavam tentando respirar. Depois de quinze minutos o silêncio reinava, havia vários corpos caídos no chão daquele lugar. Comecei a procurar um lugar para sair da saída de ar, com muito cuidado achei um lugar onde pude sair dali.

Corri ate as portas e deixei-as abertas. Escutei a voz dos homens que estavam fazendo a guarda do local. Lembrei-me do Yoongi se referindo à arma “Silenciadora, só use em ultimo caso.” Aquilo era ultimo caso pelo menos para mim, os homens ficaram em minha mira, os acertei bem na cabeça e o único barulho foi o corpo deles caindo no chão. Tive que arrastar o corpo dos dois para dentro do galpão, vai que aparecesse alguém e achasse aquilo estranho, deixei as portas encostadas e procurei um lugar pra me esconder.

– Jin. – o chamei na escuta. – Serviço completo por aqui. – disse um pouco ofegante.

– Parabéns Jade. Se esconda que daqui a pouco os meninos chegam ai. – ele disse e assim eu fiz encontrei um lugar seguro para me esconder.

POV.Yoongi

Estava a 200k/h. O ponteiro do velocímetro parecia que ia estourar, não tinha mais o que acelerar. Jungkook vinha logo ao meu lado e via quando ele fazia gracinhas com o carro. Umas cinco viaturas já tinha capotado com a nossa fuga, mas quando Jin avisou que minha garota já tinha terminado tudo já estava na hora de dar um fim naquilo. Separamo-nos. Foi cada um pra um lado, os policiais ficaram perdidos, duas viaturas continuou me seguindo, mas não aguentaram a velocidade do meu carro e me perderam de vista. PANACAS!

Jade fez tudo direitinho à porta estava aberta, mas notei que tinha um rastro de sangue que seguia até dentro do galpão. Entrei com cuidado com a arma na mão, ela estava escondida em algum lugar, me deparei com a cena de vários presuntos estirados no chão. Já fazia um tempo então não tinha nem mais vestígios do gás pelo aquele local. Vasculhei tudo para ver se tinha mais alguém por ali, mas não estava todo mundo apagado do jeitinho que ensinamos a ela.

– Jade. – chamei uma vez a procurando. Ela apareceu não vi de onde, mas estava segurando a máscara na mão tirou o capuz e sorriu assim que a vi.

– Não disse que isso era pareô pra mim?! – ela veio até mim levantou meu capuz e me deu um beijo. – Tive que usar a arma. – ela disse ainda pendurada em mim. – Foi de ultimo caso. – ela apontou o corpo de dois homens no chão. – Eles estavam fazendo a guarda do lugar então os gases não chegariam até eles. – mordi os lábios dela e achei graça, ela me dar explicação de o porquê usou a arma.

– Achei que seria o ultimo a chegar aqui. – disse a soltando. – Odeio ter que limpar as coisas. – ia ter que recolher os cadáveres até os imprestáveis chegar.

– Não está sozinho. – Jade disse me olhando.

– Não acredito que vai arrastar cadáver?

– E porque não? – ela pegou um dos homens pelas mãos e saiu arrastando levando para os fundos do galpão fazendo o mesmo que eu.

O dinheiro que pagaria toda aquela droga estava coberto por uma lona no meio do galpão, deixei tudo livre ali deveria ter toneladas de verdinhas, não sabia quanto tinha ali e também não tinha ninguém pra me contar.

POV.Jade

Aquilo era nojento, principalmente quando pensava que estava pegando os mortos, se eles viessem puxar meu pé à noite a culpa ia ser do mole do Yoongi que reclama de tudo. Quando estávamos acabando, os meninos chegaram acompanhados do Jin.

–As cargas chegaram.–fala Namjoon ofegante.

–Vamos buscar.–Yoongi pega sua arma apressado e me olha.

–Jade, não sai daqui.– concordo com a cabeça e não sei por que fiquei um pouco tonta, acho que era muita adrenalina sendo liberada no meu sangue, ou deveria ter resíduos do gás ainda por ali.

Escutei o barulho do motor do caminhão próximo e escutei também a voz firme do Yoongi ao render o motorista. Alguns minutos se passaram e meu coração batia descompensado no peito. Ouvi a voz grave dos meninos comemorando e Yoongi me chamar e sem pé dar duas vezes corri para seus braços.

–Esta tudo certo. Você foi maravilhosa meu amor.– ele sussurrou em meu ouvido.

–Você fez bem Jade.–Jin sorriu e eu o abracei menso que, ele não fosse acostumado com isso.

–Quem sabe eu posso entrar para o bonde de vocês.–falei sorrindo e Yoongi ergueu a sobrancelha.

–Você já é do nosso bonde.–Jungkook falou me abraçando.

–Mas sabe, participar dos roubos com vocês.–Hoseok gargalhou.

–Não mesmo.–Yoongi fala e eu revirei os olhos.

–A cara do Yoongi foi a melhor.–Hoseok fala ainda rindo.

Caminhamos todos juntos e um ao lado do outro, se gravassem aquela cena iria parecer daqueles filmes ou até mesmo daquelas histórias que as pessoas caminhavam um ao lado do outro enquanto tudo pegava fogo atrás. Estava me sentindo uma traficante. Sorri com meus pensamentos idiotas.

–Eu vou te matar Min.–Uma voz gritou e eu me assustei ao ver Taeyang ali.

Yoongi me puxou me colocando atrás do seu corpo. Os meninos engatilharam as armas. Foi tudo muito rápido, estava perdida.

– E agora onde estão seus homens? Cadê a sua proteção? – Yoongi o olhava com superioridade e eu podia ver que seus olhos transbordavam em vitória. – Eu disse que ia te pegar… Disse que não adiantava nada você ter aquele exercito e ser quem você é que um dia eu ia te pegar. E esse dia chegou.

– Qual é seu preço? – Taeyang não tirava aquele sorriso nojento dos lábios.

– Meu preço é ver você acabado.

– Sabe que isso não tem como. – ele disse limpando o canto da boca que sangrava.

– Tem e eu vou mostrar que tem. – Yoongi batia nele com tanta brutalidade seus olhos estavam perdidos e ele estava louco em ódio.

– Yoongi mais cinco minutos. – Jin alertou.

– Cadê as notas? –Yoongi pediu e Hoseok trouxe e entregou pra ele. – Tá vendo isso daqui? – ele mostrou pro Taeyang. – Isso foi seu fim e minha vitória.

– O que é isso? – Taeyang estava todo arrebentado.

– Isso daqui é a prova do quanto você é burro e do quanto eu sou melhor que você. – ele jogou as notas em cima dele. Taeyang analisava tudo com muita cautela.

– Nunca assinei essas notas. – ele disse confuso. – Nunca assinei nota nenhuma pelas minhas cargas.

– Você vai ter que dizer isso pra policia. – Taeyang gargalhou.

– Quando eles virem essas pilhas de dinheiro vão mudar de ideia rapidinho. – ele disse sarcástico.

– Será mesmo? – Yoongi disse e Jungkook e Tae apareceram segurando duas tochas de fogo na mão me afastei e eles atearam fogo naquilo tudo. – Acho que você vai ter que ter outra forma de pagamento, porque com esse dinheiro não vai dar pra pagar propina. – em poucos segundo as chamas tomou conta daquela grana toda.

– Filho da puta. – Taeyang gritou vendo seu dinheiro queimar.

– Já que o chefe da máfia da Coréia caiu, a partir de agora eu me assumo dono disso tudo. Esse território é meu, e quem manda agora sou eu.

– Acha mesmo que roubando carga vai ter alguma moral, para ser chefe de alguma coisa?

– Não, claro que não. Mas derrubando você garanto que ganho moral até demais.

– Eu vou acabar com a sua vida moleque. Você vai pagar caro por isso. – Taeyang dizia furioso, a cara de deboche tinha sumido e a fúria tinha tomado conta dele.

– Podem chamar a impressa, isso seria o maior furo de reportagem. Um magnata de grande porte envolvido no tráfico e sendo preso com toneladas de pó. Amanhã não perco o noticiário por nada. – Yoongj disse rindo.

– Eu vou te matar. – Taeyang serrou os dentes.

– Quantos anos de cadeia isso deve render… Acho que muitos, em camarada?! Melhor se preparar! Pelo que ouço por ai, a comida do governo não é tão boa quanto parece.

– Eu vou matar você Min Yoongi… Vou matar você e comer muito a vagabunda da sua mulher. – Taeyang dizia desesperado tentando se levantar. Senti meu corpo estremecer ao ouvi aquilo do Taeyang. Minhas mãos soavam apertando minha cabeça contra as costas do Yoongi.

– Não tem como fugir. Já era. A casa caiu patrão e quem venceu foi eu. – Yoongi deu o último chute nele depois pegou em minha mão indo para o carro. Começamos a correr junto com os meninos. Estava atordoada, as palavras do Taeyang me puseram medo, meu coração parecia que iria sair pela boca, minhas mãos soavam contra as de Yoongi.

–Jade.– ele me puxou pela cintura, chocando meu corpo com o dele. –Eu te amo e não vou deixar nada acontecer com você.– ele aperta meus lábios contra o dele.

–A gente também.– posso escutar Tae gritar e paro o beijo rindo.

–Vamos beber para comemorar! –Escuto os berros do Hoseok e depois os dos outros meninos.


Notas Finais


espero que vocês tenham gostado.

TCHAU.


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