1. Spirit Fanfics >
  2. Blandet (Em Hiatus) >
  3. Arco (II) - Red Zone - Perdidos no Deserto

História Blandet (Em Hiatus) - Arco (II) - Red Zone - Perdidos no Deserto


Escrita por: ishionatsume123

Capítulo 21 - Arco (II) - Red Zone - Perdidos no Deserto


20 de Janeiro do ano 3000 – 07h25min da Manhã – Red Zone – Deserto Vermelho

 

O avião já havia atravessado o mar e chegado a Red Zone sem problemas. Mas Ricardo não encontrava um lugar para pousar o bimotor. Sem contar que a aeronave já estava quase sem gasolina.

(Sentem-se e apertem o cinto. Segurem bem firme nas cadeiras. Terei que fazer um pouso forçado).

Disse Ricardo pelo microfone.

Sing e Leon se prepararam e Ricardo iniciou o pouso enquanto desacelerava a aeronave.   Ricardo tentava manter o equilíbrio enquanto as rodas tocavam a areia, mas uma delas acabou afundando já que o terreno não é firme. Com isso Ricardo perdeu o controle do bimotor que começou a arrastar sua parte de baixo na areia. Os motores e as hélices acabaram pifando e se despedaçando no processo de pouso. Porém Ricardo conseguiu pousar sem causar uma explosão.

Ele suspirou aliviado e desprendeu seu cinto de segurança. Assim que deixou a cabine de comando ele olhou pra Sing e Leon que estavam abraçados e assustados e disse:

- Muito bem garotos. A partir daqui nós vamos andando.

Sing, Leon e Ricardo estavam prontos para partir.

Cada um carregava uma mochila de cores diferentes.

As mochilas foram achadas em baixo dos bancos da aeronave. E preenchidas com algumas coisas que eles encontraram no bimotor. Como comida enlatada, colete salva vidas, capa de chuva, lanternas e até mesmo algumas munições.

Os três começaram a andar pelo deserto enquanto olhavam ao redor. Ricardo ia à frente segurando um mapa que Aqua havia lhe emprestado quando os dois falavam sobre a Red Zone.

- Estou completamente perdido. Mesmo seguindo esse mapa não tenho certeza se chegaremos a Helheim.

- Não se preocupe. Sei muito bem onde estamos. – Disse Sing.

- Sing você conhece esse lugar? – Perguntou Leon.

- Conheço. Já estive aqui antes. Esse lugar é o deserto branco. Helheim com certeza fica por aqui.

O deserto branco é de longe o lugar mais quente da Red Zone. Seu ambiente é seco e muito desagradável durante o dia e congelante durante a noite. A poucas chuvas durante o ano. Também é considerado um lugar perigoso por conter muitas ‘’armadilhas’’ da natureza. Esse lugar é chamado de deserto branco por causa de sua areia branca e cristalina que lembra muito a neve. Até mesmo os cactos e os animais apresentam uma cor branca fora do padrão.

- Você sabe como chegar a Helheim? – Perguntou Ricardo.

- É fácil! Vamos caminhar até ver a o tronco gigante da árvore dos mortos. Helheim é uma cidade subterrânea abaixo dessa árvore. – Respondeu Sing.

- Árvore dos mortos? Isso me dá arrepios. – Disse Leon nervoso.

- Não tem ninguém morto lá. Só a chamam assim porque ela está seca há anos. Mas dizem algumas lendas antigas que os primeiros killers nasceram daquela árvore. – Respondeu Sing sorrindo.

- Interessante. Agora estou mais curioso ainda para chegar lá. – Disse Ricardo.

 

O grupo continuou caminhando por algumas horas, mas o sol forte e a alta temperatura logo começaram a mostrar efeitos em seus corpos.

Os três já estavam completamente cansados. A água que haviam pegado do bimotor se esgotou e seus lábios já estavam secos e rachados de tanta sede. O primeiro a cair foi o Leon. Sing parou e tentou ajuda-lo a levantar, mas Leon não conseguia mais mover um músculo.

- Leon nós precisamos continuar...

- Desculpe Sing, mas acho que cheguei ao meu limite.

- Não pode fraquejar depois de fazer aquele discurso no avião.

- Acho que fui muito ingênuo achando que ia sobreviver aqui...

- Vamos descansar um pouco. – Disse Ricardo que estava banhando em suor.

Enquanto descansavam debaixo da sombra de um cacto gigante Sing começou a escutar algo vindo em direção a eles.

Percebendo a movimentação estranha de Sing. Leon perguntou:

- Sing algum problema?

- Tem algo vindo em nossa direção.

- Um inimigo? – Perguntou Ricardo

- Não... Parece ser... Barulho de uma carruagem.

- Uma carruagem? Não acho que cavalos conseguiriam sobreviver num lugar como esse. – Disse Ricardo.

- Está bem perto. – Disse Sing seguindo o som.

Ricardo e Leon correram atrás de Sing até que o viu parado.

- Não pode correr assim... – Reclamou Ricardo.

- Ali! – Disse Sing apontando pra horizonte.

Ricardo pegou um binoculo de sua mochila e olhou para direção em que Sing mostrava. Ao ver que realmente Sing estava certo sua expressão mudou. Ele estava surpreso e feliz ao mesmo tempo.

- Realmente tem uma carruagem vindo em nossa direção.

- Será que eles dariam uma carona pra nós? – Perguntou Leon sorrindo.

- Bom ao menos vamos tentar. – Disse Sing.

Não demorou muito para a carruagem encontrar com Ricardo e seu grupo. Ricardo estava surpreso por ver seis camelos puxando aquela carruagem de madeira e se aproximou dos animais para vê-los de perto.

- São incríveis! – Disse ele com um sorriso no rosto.

- Ricardo você nunca viu um camelo antes? – Perguntou Sing.

- Já tinha visto apenas empalhados. A UDU havia divulgado os camelos na lista de animais extintos. – Respondeu Ricardo.

O cocheiro da carruagem desceu vestindo uma capa com capuz de cor marrom que cobria todo seu corpo da cabeça aos pés. E ficou de pé na frente de Ricardo que foi direto com o seu pedido.

- Primeiro peço desculpas por atrapalhar sua viagem. Mas nós precisamos de uma carona até Helheim. Será que pode nos ajudar?

Após ouvir o pedido de Ricardo o cocheiro se afastou caminhando até a porta da carruagem e deu duas batidas. Alguém havia respondido provavelmente o dono dessa carruagem. Mas Sing, Leon e Ricardo não conseguiam entender o que aquelas pessoas falavam já que era numa língua totalmente diferente.

Com o fim da conversa entre o cocheiro e seu mestre. O mestre resolveu descer da carroça ao se revelar os olhos de Ricardo e Leon se arregalaram.

- Olá. Será um prazer ajuda-los em sua viagem.

O mestre em questão era um anão que tinha no máximo um metro e quarenta de altura. Com uma barba longa um monóculo no olho esquerdo e usando um cachimbo longo e vestindo roupas de couro.

Ele acabou chamando atenção. Porém Sing não parecia tão surpreso assim.

- Meu nome é Alvis Aesir.

- Ele é um anão?! – Perguntou Ricardo confuso.

- Sim eu sou. Porque está tão surpreso? – Respondeu Alvis

- Desculpe... Só estou tentando compreender a situação. – Disse Ricardo tentando disfarçar

- Lay abaixe logo esse capuz. Está assustando nossos convidados. – Ordenou Alvis

- Desculpe senhor... – Disse Lay abaixando o capuz de sua capa.

- Peço desculpas Lay é muito tímida com desconhecidos.

- Eu sou Lay Aesir é um prazer conhece-los.  Disse Lay com um sorriso gentil.

Lay Aesir é uma elfa negra. Sua pele negra e seus cabelos brancos, seus olhos verdes e suas orelhas pontudas eram suas principais características físicas. Lay tinha uma personalidade um pouco tímida por isso vivia escondendo seu rosto por trás do capuz. Mas sua personalidade também é marcada por sua gentileza.

- Por favor, entrem. Tenho certeza que estão cansados por causa do calor. – Disse Alvis.

Ricardo, Sing e Leon entraram na carruagem acompanhados apenas por Alvis. Lay ficou para conduzir.

A carruagem tinha lugar o bastante para todos eles. Afinal era grande como um ônibus, ainda assim seis camelos conseguiam puxar ela facilmente. Isso deixou Ricardo um pouco intrigado.

 

- Incrível. E pensar que apenas seis camelos puxam tudo isso.

- Não seja idiota. Acha mesmo que seis camelos podem puxar tudo isso? É obvio que não. – Disse Alvis

- Então como?

- Lay usa um pouco de suas habilidades de controle da madeira para fazer carruagem não só ficar mais leve. Mas também a se movimentar no mesmo ritmo que os camelos.

- Os elfos tem uma forte ligação com natureza senhor Ricardo. – Disse Sing.

- Entendi... Mas uma vez quero agradece-lo senhor Alvis.

- Não se preocupe com isso. Eu também estou voltando para Helheim. Preciso me abastecer antes da próxima exploração.

- Exploração?

- Sim. Eu sou arqueólogo. Estou buscando por artefatos relacionados aos primeiros killers.

- Os primeiros killers? O que isso deveria significar?

- Os primeiros killers foram aqueles que vieram antes de nós. Aquele que nos criaram aqueles que nos deu a vida. – Disse Alvis soprando a fumaça de seu cachimbo.

- O senhor descobriu alguma coisa?

- Muito pouca. A principal é que foi aqui no deserto branco que a primeira civilização killer nasceu. Há rumores que dizem que esse deserto já foi um lugar prospero e cheio de vida.

- A árvore dos mortos... - Sussurrou Ricardo sem pensar.

- Parece que o senhor sabe um pouco. Está certo a árvore dos mortos é principal prova que comprova esses rumores.

- Realmente interessante. – Disse Ricardo com um sorriso.

- A proposito senhor...

- Meu nome é Ricardo. Desculpe-me minha falta de modos.

- Sem problema. Eu queria lhe perguntar uma coisa.

- Claro! Responderei se tiver ao meu alcance.

- O que um humano e dois foragidos da cadeia querem em Helheim? – Perguntou Alvis num tom sério.

Os olhos de Ricardo se arregalaram e as expressões assustadas de Sing e Leon ficaram nítidas em seus rostos. Ricardo ficou confuso, não sabia o que dizer. Ele pressentia que estava em perigo, mas a situação não era favorável pra ele.

- Como o senhor sabe disso? – Perguntou Ricardo gaguejando.

- Podemos não ter tecnologias avançadas como os humanos. Mas temos uma ótima rede de informação senhor Ricardo. Se você entrou aqui nos subestimando é melhor voltar de onde veio. – Respondeu Alvis.

- Pretende nos entregar as autoridades?

- Eu? Não. Estou bastante interessado na história de vocês. Só isso. – Respondeu Alvis com um sorriso.

- Muito bem... Então me deixe explicar nossa situação. - Disse Ricardo ainda nervoso.

Ricardo contou toda a história tanto a dele como dos acontecimentos em Hell’s Gate até chegarem aqui e seus objetivos. Alvis ouviu tudo atentamente enquanto fumava em seu cachimbo.

- Entendo. Uma história fascinante. Nunca tinha visto um grupo tão estranho como o de vocês.

- O senhor realmente acredita em tudo que eu disse?

- Não vejo motivos para duvidas. Mas você está cliente dos perigos que vai enfrentar aqui?

- Estou preparado pra isso senhor Alvis.

- Vejo determinação em seu olhar. Nunca pensei que um humano seria idiota o bastante para por os pés aqui por vontade própria. – Disse Alvis rindo alto.

Ouvindo a risada de Alvis, Ricardo, Leon e Sing ficaram mais tranquilos e o clima pesado despareceu.

 

20 de Janeiro do ano 3000 – 15h34min da Tarde – Monte Olimpo – Capital do Clã Alfeu

 

No salão do palácio real Hermes estava ao lado da rainha que estava sentada em seu trono usando sua coroa dourada e segurando um tridente de ouro.

Ajoelhados em sua frente e de cabeça baixa estavam os dois heróis que ela havia requisitado. Aquiles Alfeu e Ártemis Alfeu. Killers de alto escalão do exercito do clã.

Ártemis Alfeu ainda era jovem. Com dezenove anos de idade herdou o nome de um herói e entrou pro alto escalão do exercito do clã Alfeu. Ela não gostava de usar vestidos. Estava sempre com roupas colocadas e curtas. Ela também não gostava de ter o cabelo longo. Por isso sempre o mantinha o mais curto possível. Apesar de ser uma mulher Ártemis tinha uma personalidade um pouco masculina demais e isso afastava os homens de aproximarem dela. Porém ela nunca se importou com isso.

Aquiles Alfeu diferente de Ártemis. Era um homem muito vaidoso e sua aparência jovem e bela deixava todas as mulheres sem ar. Suas vestimentas era a de mais alto nível e suas técnicas eram bastante conhecidas no coliseu. Sua personalidade afeminada também era uma de suas principais características.

- Minha rainha como havia pedido. Chamei Aquiles e Ártemis para receberem suas ordens pessoalmente. – Disse Hermes.

- Ártemis e Aquiles. Os dois viajaram até Helheim e destruíram uma futura ameaça que pode se cair contra nós. Encontrem o blandet chamando Leonteu Alfeu e traga-me a cabeça dele. É uma ordem! – Ordenou a rainha.

- Como desejar minha rainha!! – Os dois responderam ao mesmo tempo.

Os dois deixaram a sala do trono logo em seguida e caminhava um do lado do outro. Enquanto andavam os dois conversavam sobre a missão.

- Aquiles você parece muito feliz com essa missão. – Disse Ártemis desconfiada.

- Um blandet! Isso me chamou atenção. Por isso estou tão empolgado. – Disse Aquiles sorrindo.

- Hum... Mas estamos em desvantagem. Uma missão em Helheim... É o pior cenário para nós. – Disse Ártemis pensativa.

- Acha que vamos falhar? – Perguntou Aquiles.

- Nem pensar. Aquele blandet já está morto. Ele só ainda não sabe disso! – Disse Artemis num tom ameaçador.

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                        



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...