20 de Julho do ano 3000 – 21h35min da Noite – Mansão Other Side.
Lótus, Sun, Sing e Ricardo haviam acabado de jantar e todos estavam descansando na sala de estar. Ricardo lia um livro sentado numa poltrona. Lótus estava sentada no sofá e Sun estava deitada com a cabeça em cima de seu colo.
- Erandi ainda não saiu do quarto hoje. – Disse Lótus.
- Ele deve estar bem empenhado nos seus experimentos. – Disse Sun.
- Você sabe o que ele anda fazendo Sing? – Perguntou Lótus.
- Na verdade não... – Respondeu Sing.
- Hum... Vocês parecem tão próximos. Achei que saberia o que ele estivesse fazendo. – Disse Lótus desconfiada.
- Não acho que somos tão próximos quanto você pensa. Erandi e eu somos da mesma classe na Academia Killer e moramos juntos, apenas isso. – Disse Sing desanimado.
- E eu achando que vocês dois já estavam trocando confidências. – Disse Sun num tom irônico.
- O que quer dizer com isso? - Perguntou Sing.
- De qualquer modo. Ainda me preocupo com o Erandi. Desde que ele perdeu o controle e lutou contra o Fenrir não paro de pensar nos motivos no qual o fizeram vir para cá.
- E que motivos são esses Lótus? – Perguntou Sun curiosa.
- Ele quer se vingar. Se vingar do killer que matou seu mestre. – Respondeu Lótus num tom sério.
- Vingança? Que idiotice. – Disse Sun.
- Idiotice? Só quem nuca perdeu nada como uma princesinha como você pode dizer isso. Aqueles que tiveram tudo tomado de si, você nunca entenderá a dor deles. – Disse Sing num tom irritado.
Ricardo e Lótus ficaram em silêncio e Sun não sabia o que dizer. Sing se levantou e foi em direção a porta.
- Sing onde você vai? – Perguntou Lótus.
- Vou tomar um pouco de ar. – Respondeu ele antes de bater a porta.
- Ele é muito dramático. – Disse Sun.
- Ele tem razão Sun. Aqueles que tiveram tudo tomado de si por outro killer. Herdeiras como nós não podemos entender a dor deles, por isso não podemos julgá-los. – Disse Lótus num tom melancólico.
Sing colocou as mãos nos bolsos da calça jeans que usava e caminhava pelas ruas da Babilônia. Havia pouco movimento há essa hora e poucas pessoas passavam pelas ruas. Sing caminhou até avistar um pequeno parque onde ele avistou um balanço e resolveu se sentar nele. Sing olhava para o céu estrelado e cantarolava uma canção. Era a mesma canção que ele havia cantarolado para Leon na primeira vez que os dois se conheceram em Hel’ls Gate.
- É uma bela música. – Disse um homem se aproximando de Sing.
- Quem é você? – Perguntou Sing enquanto se levantava do balanço.
- Meu nome é Vali Aesir, é um prazer conhecê-lo. – Disse Vali sorrindo.
- Vali... Aesir!! – Disse Sing surpreso.
Sing abriu seu gate, sacou sua pistola prateada e logo apontou para Vali.
- Calma, só vim aqui para conversarmos. – Disse Vali levantando as mãos para cima.
- Conversar? – Disse Sing nervoso.
- Sim. Desejo fazer uma proposta para você.- Respondeu Vali.
- Proposta? Seja lá o que for não creio que seja do meu interesse. – Respondeu Sing enquanto colocava o dedo no gatilho.
- Na verdade acho que é sim do seu interesse. – Disse Vali enquanto abaixava lentamente a sua mão direita e a colocava dentro do bolso de seu terno branco.
Vali tirou um foto de dentro do bolso de seu terno e jogou em direção a Sing. A foto flutuou até pousar em seus pés. Sing mantinha posição da arma apontada para Vali e se abaixava lentamente para pegar a foto. Assim que a pegou a imagem esculpida ali fez seus olhos se arregalarem e ele finalmente baixou sua arma.
- É... Ele... O homem que estou procurando!! – Disse Sing surpreso.
- E então está disposto a me ouvir? – Perguntou Vali com um sorriso.
Sing se levantou e apertou o punho amassando a foto. Olhando para Vali com um olhar ameaçador ele disse:
- O que você quer?
Algums minutos depois Sing voltou para casa e Lótus foi a primeira a cumprimentá-lo.
- Bem vindo de volta. Como foi o passeio?
- Foi bom... – Respondeu Sing enquanto subia as escadas indo direto ao seu quarto.
‘’O que deu nele?’’ – Pensou Lótus ao perceber que Sing parecia ainda mais irritado que antes de sair.
Sing entrou em seu quarto e fechou a porta a trancando. Ele tirou a foto do bolso e a desamassou. Ele colocou a foto em cima do piano e sacou uma faca de sua cintura e enfiou no meio do rosto da pessoa da foto.
- Eu vou te matar! Nem que seja a ultima coisa que eu faça! – Disse Sing irado.
Na mesma noite Leon que estava dormindo resolveu se levantar. Tanto ele como Aqua estavam dormindo dentro do templo abandonado e para andar nele tinha que ter cuidado, já que muitas partes do piso estavam soltas. Leon pegou uma lanterna e ia em direção a saída para urinar. Enquanto caminhava ele acabou tomando uma topada numa viga de madeira que estava caída no chão e com a dor ele ficou pulando de um pé só.
- Droga! Isso dói! – Disse ele segurando o grito.
Enquanto pulava Leon deixou a lanterna cai e assim que a dor em seu pé passou. Ele se abaixou para pegar a lanterna caída no chão. Foi quando o piso em baixo dele cedeu o fazendo cair dentro do porão do templo.
- Leon será que pode fazer menos barulho enquanto caga... – Disse Aqua ainda dormindo.
Leon se levantou lentamente e pegou a lanterna que havia caído junto a ele.
- Que lugar é esse? – Se perguntava ele enquanto passava a luz da lanterna de um lado para o outro.
O lugar estava muito escuro e havia muitas caixas com livros, pergaminhos e até bebidas nesse porão. Leon então apontou a lanterna para a sua frente e se assustou com a estátua de uma quimera bem na sua frente.
Ele aproximou para ver de perto a estátua. Ela era feita de bronze e na boca do leão uma katana japonesa estava presa.
- Uma espada? – Disse Leon ao avistá-la.
Leon retirou a katana da boca do leão e a encarou bastante admirado com a sua beleza.
A bainha era azul e o cabo preto e havia várias penas que pareciam de pássaros desenhados nela. Ele colocou a lanterna em cima de uma caixa e sacou a katana. A lâmina era toda vermelha e nela estava escrita ‘’Blood Way’’.
- Linda. – Disse Leon admirado.
Leon não conseguia mais segurar a vontade de urinar então correu de volta para cima levando a espada consigo.
- Droga, vou acabar me mijando. – Dizia ele enquanto corria pelas escadas.
Na manhã seguinte ele levantou cedo e treinava com a katana que havia encontrado. Aqua que acabava de acordar coçava o olho enquanto observava Leon treinar no pátio do templo. Quando ela viu a lâmina vermelha ela se assustou e seus olhos se arregalaram.
‘’Não pode ser! Aquela katana é... ’’ – Pensava ela enquanto andava na direção de Leon.
- Bom dia Aqua, dormiu bem? – Perguntou Leon sorrindo assim que viu ela se aproximando.
Aqua agarrou Leon pelo pulso direito no qual segurava a katana e perguntou:
- Onde você encontrou essa katana?
- Eu encontrei ontem no porão do templo. – Respondeu Leon confuso.
- No porão do templo? – Disse Aqua confusa.
‘’Coincidência? Não pode ser... Essa katana pertencia a... ’’ – Pensava Aqua
- Aqua algum problema? – Perguntou Leon confuso
- Não. É uma bela katana. – Disse Aqua fingindo um sorriso.
- Também a achei linda. Ela se chama: Blood Way. – Disse Leon admirado.
- Vou preparar o café da manhã. Treine um pouco, quando estiver pronto eu te chamo. – Disse Aqua.
- Tudo bem.
Aqua deixou Leon e enquanto caminhava o sorriso falso de seu rosto desapareceu.
‘’Blood Way na tradução literal: caminho de sangue. A katana que pertencia ao assassino das mil almas. O que essa arma fazia aqui?’’ - Pensava Aqua enquanto andava.
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