1. Spirit Fanfics >
  2. Blandet (Em Hiatus) >
  3. Arco (I) - Hell's Gate - Não Há Diferenças Entre Nós

História Blandet (Em Hiatus) - Arco (I) - Hell's Gate - Não Há Diferenças Entre Nós


Escrita por: ishionatsume123

Capítulo 7 - Arco (I) - Hell's Gate - Não Há Diferenças Entre Nós


29 de Dezembro de 2999 – 08h12min da Manhã – Porto da Costa da Antártida.

 

Sofiel desceu dos céus até a localização de Rubi. Ele estava parado de braços cruzados e olhava para o pacote com um olhar pensativo.

- Você demorou! – Disse ele assim que viu Sofiel.

- Tive alguns imprevistos haha – Sofiel respondeu fingindo uma risada.

- Precisamos andar logo com isso. Atrasos não serão permitidos – Disse Rubi.

Ele se aproximou do pacote e estendeu seus dois braços enquanto juntava e matinha os dedos retos  de ambas as mãos.

- Skin Kill: Ruby Coating

Ao dizer isso a pele de Rubi se cristalizou como se pequenas pedras de rubis tivessem revestido seus braços. Não dava muito para ver por causa de seu uniforme. Mas como ele estava sem luvas dava pra perceber que suas mãos aviam ficadas avermelhadas como o famoso minério de qual ele leva o nome.

Rubi seguiu em frente e arrancou as placas de metal que revestiam o gelo e desativou sua técnica deixando seus braços normais novamente.

- Não sabia que você já dominava o Skin Kill! É uma técnica especial do Aesir não é? – Perguntou Sofiel.

- Nem todos os Aesir podem usar. Apenas aqueles que fazem parte da família principal e os anões de Nivadellir. – Respondeu Rubi.

- Hum, mas até onde eu sei o senhor não faz parte da família principal – Disse Sofiel confusa.

- De fato. Mas minha mãe era um anão é meu pai um gigante. Por isso minha altura se manteve no mesmo padrão dos outros killers. – Disse Rubi.

- Sua mãe era um anão?  E seu pai um gigante? Agora fiquei curiosa para saber como que eles conseguiram conceber você. – Disse Sofiel sorrindo.

Rubi ignorou as ultimas palavras de Sofiel e pegou um frasco de vidro com um conteúdo vermelho de dentro do bolso de seu fraque e despejou sobre o gelo.

O gelo começou a derreter e a se quebrar em pedaços. E lentamente o corpo dentro dele começou a se revelar. Primeiros os braços, depois as pernas, o torço e por fim a cabeça.

O corpo era de um garoto na faixa etária dos quinze anos de idade de pele bronzeada e com cabelos vermelhos. Seu corpo estava completamente nu e tudo que ele carregava contigo era um anel prateado com uma pedra azul no dedo anelar de sua mão direita.

- Nossa! Ele tem cabelos vermelhos! – Disse Sofiel surpresa.

- Os blandets geralmente têm cabelos vermelhos. Afinal sempre andam banhando em sague. – Disse Rubi.

- Sofiel pegue um lençol para cobri-lo. – Ordenou Rubi.

- Eu?

- Sim você! Não há terra por aqui. Não posso abrir o meu ‘’Gate’’ nesse monte de gelo. – Respondeu Rubi.

- Bom não sei se tenho um lençol no meu ‘’Gate’’- Resmungou Sofiel

Gate. Uma técnica especial onde killers geralmente guardam objetos no qual não podem carregar. O Gate funciona como uma ‘’bolsa mágica’’. Porém o Gate só pode ser aberto dependendo das habilidades do killer. E como abrir o Gate varia de killer pra killer.

Por exemplo, o Rubi. Por pertencer ao clã em que controla a terra. Rubi não pode abrir seu Gate em lugares congelados ou inundados. Já Sofiel por ter habilidades do clã que controla o ar pode abrir o seu Gate em quase todo o lugar.

Resumindo os Gates é quase como uma dimensão paralela onde se podem guardar objetos. Killers não podem cruzar os Gates. Nunca ouve um caso registrado antes.

Sofiel então estendeu a mão sobre o ar e disse:

- Gate Wind: Open

Com suas palavras um pequeno buraco s abriu no ar e Sofiel colocou sua mão dentro como se tivesse procurando algo dentro de uma bolsa.

Sofiel então puxou um lençol branco de dentro do seu ‘’Gate’’ e deu para Rubi.

- Isso serve?

- Obrigado – Disse Rubi pegando o lençol

Rubi usou o lençol para cobrir o corpo do garoto e logo em seguida o pegou no colo.

- Vamos! A porta já vai se abrir – Disse Rubi

Em seguida uma porta de madeira artesanal com lindos detalhes feito a mão apareceu bem na frente deles.

- O mestre realmente não é de perder tempo! – Disse Sofiel com um sorriso.

A porta se abriu e os dois passaram por ela. Assim que a porta se fechou ela simplesmente desapareceu.

 

Depois da partida de Sofiel e Rubi. Ricardo que segurava o corpo de Amanda ainda desacordada começou a nadar de volta pra costa.

Era difícil. Ricardo estava prestes a perder a consciência e nadava usando todas as forças que ainda lhe restava. Ao chegar à costa ele jogou o corpo de Amanda primeiro e depois subiu.

Ricardo tentava recuperar o fôlego, pois sentia muito frio. O seu traje estava danificado por causa do corte causado pela lança de Sofiel, Já Amanda estava com sorte seu traje estava em perfeita condições dificilmente ela sentiria muito frio mesmo depois de ter sido jogada no oceano gelado.

Usando suas ultimas forças Ricardo pegou um comunicador em seu bolso e ativou o sinal de emergência. Ao terminar de fazer isso ele perdeu a consciência.

 

 

30 de Dezembro de 2999 – 06h12min da Manhã – Porto da Costa da Antártida.

 

Quando Ricardo começou a acordar tudo que ele ouvia era o som e o cheiro de carvão queimando. Uma tenda estava estendida sobre ele e cobertores cobriam o seu corpo. Ricardo sentia cheiro de café sendo preparado. Ele imaginava que estava tendo alucinações por causa da perda de sangue.

Mas então ele arregalou os olhos e se levantou assustado. Porém assim que se mexeu ele caiu sentado no chão. Pois acabou sentindo seu ferimento. Que mesmo tratado ainda doía.

- É melhor não se mexer muito – Disse uma mulher coberta por um capuz azul marinho, sentada em volta da pequena fogueira, segurando uma caneca de café.

Ricardo olhou de um lado para o outro como se estivesse procurando por alguma coisa. A mulher então pegou sua arma e perguntou:

- Tá procurando isso?

Ricardo estava nervoso ele temia que isso fosse mais uma armadilha. Ele já sabia que aquela mulher provavelmente não era da equipe de resgate. Ele não tinha a visto no laboratório e a equipe da UDU não chegaria tão rápido aqui.

A mulher então jogou a arma na direção dele que acabou caindo perto o suficiente para ele pegar. Mas ao invés de pegar Ricardo continuou a encarando assutado.

- Não se preocupe! Não vou matar vocês – Disse ela.

‘’Vocês?’’ – Pensou Ricardo que acabou lembrando-se de Amanda.

Ao olhar pro seu lado Amanda estava lá ainda dormindo. Ricardo sentou sobre os lençóis e suspirou aliviado.

- Ela vai ficar bem. Diferente de você ela não perdeu sangue – Disse a mulher se aproximando.

- Porque nos salvou? – Perguntou Ricardo.

- Pesaria minha consciência se deixassem vocês aqui pra morrer – Respondeu ela.

- E quem é você? O que faz aqui? – Perguntou Ricardo curioso.

A mulher então abaixou o capuz revelando seu rosto. Seu cabelo azul estava preso sobre um broxe de tridente, seus olhos também tinham um azul profundo como oceano e sua pele era branca como a neve.

- Meu nome é Aqua Alfeu. Estou procurando um garoto de cabelos vermelhos. – Respondeu Aqua com pequeno sorriso.

- Aqua Alfeu... Você não é humana... Não é? – Questionou Ricardo desconfiado.

- Está tão obvio assim? – Respondeu Aqua com um sorriso.

- Desculpe a pergunta indiscreta. Mas tenho motivos pra desconfiar dos killers – Disse Ricardo.

- Não precisa se desculpar. É de a natureza humana temer o desconhecido.

- Você disse que está procurando um garoto de cabelos vermelhos?

- Sim! Ele estava congelado dentro de um bloco de gelo. Procurei por ele há dias, mas não o encontrei – Respondeu Aqua num tom decepção.

 

- Bloco de gelo?... Sinto muito. O que você procurava estava com a gente. Porém foi roubado por outros dois killers.

- Entendo. Pode me dar a descrição desses dois killers?

- Claro! Um deles vestia roupa de mordomo um homem idoso e a outra era como um anjo com asas brancas e carregava uma lança em mãos.

- Acho que sei quem são... - Respondeu Aqua com uma expressão pensativa.

- Senhorita Aqua obrigado por ter nos salvado.

- Bem no fim salva-los não foi um desperdício de tempo já que consegui boas informações. – Disse Aqua sorrindo.

Ricardo então começou a sorrir pra Aqua e ela um pouco curiosa perguntou o motivo de seu sorriso.

- Porque está tão sorridente?

- Estou feliz!

- Feliz? Por ter sobrevivido?

- Não! Porque no final eu tinha razão. Existem killers bons e ruins por ai. Assim como os humanos. Não há diferenças entre nós.

A resposta de Ricardo deixou Aqua surpresa. Ela nunca tinha escutado isso vindo da boca de alguém antes.

- É melhor você descansar. Sua ferida não vai se curar se não mantiver repouso

- Sim. Vou me deitar um pouco. Obrigado.

‘’Humanos. Cada dia mais me surpreendo com eles’’ – Pensou Aqua enquanto apagava as lanternas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...