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História Blankness - Thirteen


Escrita por: dearvengenz

Notas do Autor


Oi gente! Depois de uma semana cá estou eu. E me perdoem por não estar respondendo todos os comentários, na semana passada eu viajei para apresentar TCC do meu curso então foi uma correria só!
Enfim, espero que gostem do capítulo. Tô sem tempo pra criar novos capítulos mas pretendo correr e faze-los o quanto antes.
Boa leitura, meus musos e musas. ❤

Capítulo 13 - Thirteen


UM MÊS DEPOIS

Huntington Beach, 21 de dezembro de 2016.

A cidade fria e gélida, esbranquiçada e com poucos indícios de neve estava tão mais bela que o normal. Por mais que vivêssemos no litoral e que seja mais caloroso e intenso aqui, o clima frio e o inverno caíram como uma luva - Literalmente, somente elas eram capazes para que eu não me tornasse a Killer Frost. – já que o outono foi tão abafado. Já eram tempos para que garoas e chuviscos respingassem na janela e deixassem acentuados o ar de saudade da cama.

A nevasca de uma semana atrás invadiu todo térreo do prédio onde eu e Brian moramos. Ficamos presos por quase dois dias sem poder sair de casa e isso causou um grande prejuízo. Todo nosso estoque de jogos de tabuleiro e comida acabaram após as vinte e três horas sem luz. Sobrevivemos a base de macarrão instantâneo e uno nas horas seguintes.

Se eu ficasse confinada no mesmo apartamento que Brian Haner novamente eu optava o suicídio.

Como se não bastasse o prejuízo da comida, nossos trabalhos também foram prejudicados. Devido ao maravilhoso ato da natureza eu obrigatoriamente deveria fazer três contra-turnos para suprir toda minha falta naquela digníssima escola.

Era quase Natal, vocês acham mesmo que alguém iria para a sala de aula me ouvir falar durante toda manhã e toda tarde?

- Não se esqueçam, trabalhos para depois do feriado – Os dez alunos presentes saíram como raios antes que eu concluísse minha fala. – com o tema de justiça e verdade.

Santa licenciatura, faça-me ter mais paciência. Juro que se não for hoje eu matarei alguém amanhã.

Massageei as têmporas e respirei fundo. Muniz gostava tanto do meu ensinamento que escalou-me para mais quatro turmas no próximo ano letivo. O trimestre já se encerrava e eu precisava de um alívio o mais rápido possível.

Falando em alívio e sossego isso era algo impossível de se ter quando com Letícia me ligando duas vezes consecutivas.

- Quantas vezes terei que falar que não atendo quando não posso, Letícia! – respondi grossa. A pressão do trabalho estava me deixando um tanto quanto louca.

- Ótima tarde, aliás, noite. Não posso nem saber se você está bem? Não falo contigo há dias, Valentine.

Após o episódio do apartamento a presença de Let tem sido bastante importante para me reerguer das ruínas e do restante da frustração que ainda restava em mim. Em um mês viramos tão amigas que saímos para comer no meio da madrugada três vezes na semana e ainda fomos à praia umas sete. Ela além de ser meio maluca e com uns parafusos a menos era uma das poucas pessoas com paciência para minha grosseria e meu mau humor.

- Noite. – Respondi.

- Você tem sorte que estou de bom humor e estou com saudades. Relevarei seus malditos contra-turnos.

- Nem me fale. – Bufei. – É o primeiro e é está me deixando doida. Estou deixando a escola agora.

- Estou na loja de instrumentos, que tal vir aqui?

- Não quero esbarrar com Brian. Quanto menos ele estiver no meu campo de visão melhor.

- Ora, para que tanto ódio no coração? O que houve para isso?

- Eu fiquei presa com ele dentro de um apartamento por dois dias, Letícia. Não pude sair de casa e só tive ele, suas ligações e algumas pilhas de trabalho para minha bela distração. Você sabe que quando nós ficamos muito tempo juntos sempre dá a famigerada merda.

- Você faz tempestade num copo d'água, V. Já fiquei confinada na mesma casa que ele por uma semana quando viajamos para Flórida e não reclamei.

- Você o atura por anos e eu há meses, ponha um pouco de inexperiência na balança.

- Por isso mesmo! Eu sei que tem sido árduo engolir tudo que aconteceu em um mês, digerir essa relação louca de vocês – Ponha louca nisso. – e lidar com a mudança repentina, mas Valentine do céu, o Brian não tem culpa do seu mau humor. Tu fala que como ficar sozinha com ele disse o oitavo pecado capital.

- E é, Letícia! – Alterei tanto a voz que não sei como a saída de som do celular não explodiu – Você não sabe como é me segurar perto dele. É... AAAAAAAAA! – Dei o gritinho mais agudo que eu tinha.

- Isso só acontece porque você é trouxa. – Amo sua sinceridade. Dói até o rim. – Não vejo problemas. É um beijo, uma transa, nada demais Valentine. Tu tá estressada por falta de sexo.

- Letícia, eu juro que quando te ver...

- Você irá enfiar dois conjuntos de facas na minha cabeça e um de churrasco na minha bunda. – Interrompeu-me. Menina inteligente ela. – Tu sempre diz isso, linda. Tá na hora de tu recompensar essa paciência que as pessoas têm com você.

Parei para refletir e até que ela tinha uma parcela de razão. Meu estresse pós mudança, a desorganização pura que estava minha cabeça e no meu coração deixavam-me com os nervos a flor da pele. Eu tinha tanto medo de acabar me apaixonando e do nada vinha a ideia de Jemery fazer algum mal para Brian... Era tanta aflição que eu não me dava conta da arrogância que eu acaba tendo com as pessoas ao meu redor.

- Você acha que estou sendo rude? – Perguntei receosa.

- Lógico que está. Somos amigas há pouco tempo, mas tento lhe conhecer cada vez mais. Esse teu escudo é tão desnecessário para Brian que ao invés de você usar com quem realmente te faz mal, você usa com ele. Logo ele.

Oxalá, Odin e Zeus... Acendam uma luz para que eu possa me redimir de tal coisa.

- Céus... Não aguento mais ser burra.

- Isso não é burrice amiga, eu te entendo. Você é exagerada demais. Tenho que desligar, os caras estão precisando da minha ajuda. Chegou finalmente aquele item raro lá. Beijo!

- Let, Let, não desligue! Me ajuda, o que eu faço?

- O que o Brian gosta mais de além de você e encher a paciência dos outros? Cabe você a descobrir.

- Caral...

- Começa com “C”. Boa sorte.

As vezes, só repentinamente eu amo ter Letícia em minha vida. Hoje seria dia de por meus dotes culinários em prática.

xxx

Comprar algumas batatas e carne foram mais difíceis que eu imaginava. O mercadinho perto do trabalho estava tão cheio que parecia uma Black Friday – Que a propósito a última causou-me alguns hematomas para poder comprar a última peça de calça que custava cinco pratas -. Fazer uma massa italiana foi a coisa mais gostosa e apetitosa que passou na minha cabeça.

Afinal, Brian Haner comeria até pedra ao molho branco.

Quem sabe eu até pegaria alguns de seus bonecos temáticos da Marvel para fazer a decoração. Eu realmente estava entusiasmada para fazer um bom jantar para ele, merecia até demais por conta das coisas que viveu por minha causa.

Certifiquei-me de mandar uma mensagem para Letícia sabendo se ele ainda estava na loja. Eu gostaria de fazer uma surpresa e daria até um “tchan” no pedido de desculpas. A mesma respondeu-me que já tinha saído da loja, mas que Haner ainda estava lá para resolver compromissos.

Perfeito. Agora podem me chamar de Chefe V.

Dentre tropeços, escorregões e dificuldades pelo piso úmido consegui chegar em casa. Foram cenas patéticas e que eu gostaria de ter deletado para sempre da minha cabeça. A falta de um veículo fazia mais falta do que minha vida de antigamente.

E quem diria, né? A menina quatro rodas hoje em dia caindo na rua com sacos de batatas por não ter um carro. Quanta falta minha baby fazia.

Cantarolando, minimamente nostálgica e animada, adentrei o apartamento tão distraída que mal deu tempo de soltar o resmungo.

- MAS QUE PORRA É ESSA!? – Falei alto. Meus olhos arregalados ao ver a exuberante cena quase pegaram fogo. Até as compras foram para o chão nessa hora.

Ok, vamos por partes.

Uma mulher. Seminua. Calcinha e sutiã. Meu sofá. Minha casa.

Vamos anular a morte de amanhã, pois irei matar dois hoje.

Brian saiu do banheiro só de toalha enrolada na cintura, ficou branco como papel ao me ver na porta. Tenho em mente que ele gostaria de ver Hades na frente dele menos eu.

- Não, não é isso – Ele gaguejava. Vamos ensinar o ditado que se gaguejar fodeu para ele!? -, não é exatamente nada que você está pensando, V.

- E eu tenho que pensar o que, Brian? Que porra é essa aqui?

- Prazer, Melanie. - A mulher de cabelo verde mascava chiclete como um camelo. Nojo. – É isso que você está pensando sim. Muito gostosinho ele.

Gostosinho? Gostosinho vai ser o soco que eu vou dar no seu olho.

- Melanie, eu pedi para você se trocar no quarto. Não complique as coisas. – Brian respondeu a moça ríspido.

A única coisa que foi embora depois disso foi o restante da minha dignidade.

- Quem vai embora sou eu. – Respondi imediatamente. – Podem ficar a vontade pois irei dormir em outro lugar.

- Você não vai nada! – Ouvi Brian dizer de longe, pois a esta altura eu já estava trancada no quarto. – Você está de brincadeira comigo, Melanie!? Quem você acha que é quem para fazer isso? Você está em horário de trabalho e isso é inadmissível! Amanhã conversaremos. Agora vá embora. – Brian quando queria brigar com alguém falava mais alto do que Letícia.

Enfiei algumas mudas de roupas dentro da grande mochila com tanto rancor e raiva que as alças quase rasgaram. Se não fosse o tecido seria a cara dele.

O sentimento era tão complexo de ser explicado que só rondava uma única coisa na minha cabeça: Eu não acreditava que estava sentindo ciúmes de Brian Haner.

Andei rapidamente até a sala onde a moça já estava fechando a porta. Fui surpreendida pelo aperto forte que Brian deu em meu braço para me segurar.

- O que você quer? Me deixa, inferno! – Tentei desvincular-me em vão do troglodita.

- Para de fantasiar as coisas, Valentine. Já disse que não foi nada que você pensou! – Ele ainda estava só de toalha. Meu Deus, me ajuda a afastar esse cálice.

- O que é fantasiar uma coisa quando a gente vê a coisa!? Para de se fazer de vítima!

- Vítima!? Eu sou a vítima aqui sim! – Gritou. – Deixe eu explicar!

- O que precisa de explicação quando há uma mulher semi nua contigo dentro de casa? Não há explicação nenhuma. Agora me deixa ir embora.

- Você sempre tira conclusões precipitadas, sempre! Nunca me deixa explicar nada.

- Isso é um desrespeito, Haner! Um desrespeito dos grandes comigo.

- Foi você quem disse...

- Não, não é isso! – O cortei. – É um desrespeito pois eu moro aqui, pago as contas também e imagine o quanto é bom você chegar do trabalho e ver uma cena dessa! Se a situação fosse reversa e se tivesse um homem com um pirocão de fora você iria odiar. – Vamos contornar a situação, não quero ninguém aqui tirando conclusões que eu estou enciumada (e estou mesmo). – Não venha misturar as coisas.

Brian bufou e passou as mãos pelo rosto, em seguida pelo cabelo. Ele encarou-me de forma decidida e veio andando em minha na direção.

- E se você deixasse eu explicar que essa louca é minha funcionária, - Ele me encurralou na parede, colocando seus braços apoiados na mesma impedindo-me de fugir – e que nós estávamos indo buscar uma encomenda quando um caminhão passou por cima duma poça e nos sujou, foi bem perto daqui a propósito. Tive a ideia de emprestar uma roupa limpa já que o expediente não acabaria depois daquilo. Eu emprestei as roupas e fui tomar um banho quando ouvi você gritar. Simples.

Revirei os olhos. Queria acreditar no coelhinho da Páscoa menos naquilo.

- E eu sei que você não vai acreditar nisso, e nem eu estou acreditando como ela maldou as coisas. Nunca tive segundas intenções com funcionários.

- Vai contar desculpa para outro, Brian. Você não é nada meu para se justificar, só achei horrível porque eu moro aqui.

- Não é justificativa – Aproximou do meu ouvido e mordeu o lóbulo – quando eu só tenho segundas e terceiras intenções em você.

Meus ciúmes e raiva entraram em combustão com meu desejo e malícia. Nos beijávamos com ferocidade, fome e luxúria. Brian puxa-me mais para si enquanto meus braços já envolviam seu pescoço, sem muita demora minhas bolsas já estavam jogadas no chão que nem minha vergonha na cara.

A partir daquele momento eu só queria estar na cama com ele.

Seus toques e apertões em diversas partes do meu corpo era o ingresso expresso para perdição. Brian explorava cada curva minha e cada espaço com precisão, com rapidez e agilidade. Meus suspiros não podiam ser contidos quando ele resolveu apertar meus seios por cima da roupa. Gemi baixo porém sua audição era ótima.

- Seus gemidos são músicas para o meus ouvidos. – Senti sua ereção quando colou nossos corpos. Em resposta arranhei suas costas e o moreno grunhiu. – Você não sabe o quanto eu adoro quando você faz isso.

Entrelacei minhas pernas em seu quadril e na mesma hora sua toalha caiu. Brian levou-me até seu quarto e nem sequer um minuto paramos de nos beijar. Sem muita delonga ele me jogou em sua cama e já começou a tirar minha blusa.

Seus beijos desceram até minha clavícula e suas mãos já trabalhavam intensamente nos meus seios. Aquilo era tanta covardia que eu não via a hora de tê-lo dentro de mim.

- Não farei nada que não quiser. – Disse enquanto massageava o seio esquerdo e apertava o mamilo do direito.

- Você... – Pausa. Era difícil responder perguntas diante do meu maior ponto fraco. – Você ainda pergunta!? Faça o que quiser comigo.

Ligeiramente se livrou do meu sutiã e senti sua língua quente em um dos meus mamilos. Suas mãos já tentavam abrir a calça enquanto no restante de sanidade que ainda restava em mim tirei os sapatos com os próprios pés.

Minha calça e calcinha já estavam jogadas no chão enquanto minhas mãos apertavam forte o colchão. Haner era tão rápido seus dedos dentro de mim enquanto sua língua trabalhava de forma urgente em meu clitóris. Fui à lua e voltei em questão de instantes com cada vez que meu ponto g foi atingido.

O quarto abafado e a temperatura colaboravam com que tudo fosse mais intenso. Senti meu êxtase chegando quando ao invés de dois, Brian penetrou mais um dedo. Meus gemidos estavam tão altos que ele percebeu o que havia acontecido.

- Mas já? Nem nos divertimos direito. – Brian sorriu irônico.

Vai Valentine, respira e tira força de onde você não tem. Mostre para esse homem que ele nunca irá gozar tanto como gozará com você.

- Agora é minha vez de brincar com você.

Fiquei de joelhos na cama e puxei Brian para cima do meu corpo. Beijei seu pescoço e mordi, ali deixando um chupão que não sairia tão rápido. Quando ele pensava em colocar seu pênis dentro de mim, girei nossos corpos na cama e fiquei por cima dele. Dei uma rebolada que o fez gemer alto, assim descendo para sua intimidade.

- Ninguém vai te chupar tão bem como eu vou te chupar agora.

Segurei seu membro e suguei a cabeça, sem muita demora coloquei-o todo em minha boca. Com movimentos de vai e vem e a velocidade aumentando aos poucos, intercalei com lambidas desde da base à glande. Vi o quanto ele gostava quando suas mãos seguravam meu cabelo e ajudavam nos movimentos.

Oh, querido Brian, duvido que alguém tenha feito isso tão bem quanto estou fazendo.

- Eu vou... Valentine, eu vou gozar.

Dei uma última lambida e estiquei-me até a mesa de canto para pegar uma camisinha. Meio complicado foi concentrar-me na pesquisa enquanto Brian já atacava meus seios novamente.

Abri o pacotinho e o ajudei a por. Segundos depois eu já cavalgava em cima dele. Minha agilidade mesclou com todos nossos desejos e vontades naquele instante e convenhamos, nós já queríamos aquilo faz tempo.

- Rebola, vai, rebola para mim. – Pediu dentre suspiros.

Seu pedido foi uma ordem. Rebolei, quiquei, rebolei de novo e nossos gritos de satisfação já ecoavam pela casa há tempos. Brian inverteu as posições, ficando em cima de mim. Deu um tapa estalado em minha coxa direta e penetrou forte.

Ajoelhado, me segurou pelos joelhos e estocou forte. Haner parecia um brutamonte querendo me devorar e me foder tão forte que não há palavras para descrever o quão bom estava sendo ficar de pernas abertas para aquele homem.

Ele curvou-se e colou nossos lábios, buscando chupar minha língua de forma perigosa. As estocadas foram ficando mais intensas, decidi ajudar nosso prazer rebolando da mesma forma que ele penetrava-me forte. Meu orgasmo chegou e me deliciei em ver que ele gozou junto comigo.

O corpo amolecido e ainda com o pênis dentro de mim, Brian respirava ofegante e pesava mais de uma tonelada quando ficava cansado. Ele jogou-se para o lado, abrindo o braço esquerdo para eu deitar em seu peito. Aceitei o pedido e me aconcheguei ali.

- Devo admitir que você é bem melhor quando está sóbria.

- Cale a boca. – Brian me beijou. Ótimo, agora sou um calador de bocas ambulante. – Não disse dessa forma. – ri.

- Veja só... Olha onde paramos.

- O que quer dizer com isso? – Olhei para cima para poder encontrar sua expressão.

- Nós, deitados nus na minha cama. Eu nunca imaginei isso.

- Isso é uma coisa ruim?

- Me sinto um pouco idiota – ele carinhosamente acariciou minhas bochechas – em estar deitado com a primeira mulher que eu gosto de verdade depois de tudo que aconteceu.

Eu ouvi bem isso?

- Você... Você gosta de mim!? – Perguntei surpresa.

- Gosto e muito. Sei que é meio tolo dizer isso depois de transarmos, mas eu gosto de você. Entenderei se não quiser levar nossa relação para outros patamares. Só de ficar deitado com você depois de um dia cansativo me recompensa e aquece meu coração.

- Eu também gosto de você – sorri. – e muito. Eu gosto da companhia e por mim nossa relação deve ficar assim. Não quero te acorrentar e nem te prender, só de te ter assim é maravilhoso.

- Percebi que você gosta de mim depois daquele ataque de ciúmes. – Riu alto. Vai, ria mais uma vez que você vai rir no inferno. – Até as batatas caíram no chão, coitadas.

- Eu ia fazer um jantar para você como... Como desculpa. Ver aquela cena botou todos meus planos por água abaixo. – Encarei a parede à nossa frente. – E isso que aconteceu não estava no plano.

- Jantar de desculpa!?

- Percebi que tenho sido bem mais dura contigo ultimamente. Esse meu escudo de auto proteção fode com todas as coisas boas ao meu redor. Queria fazer algo para você como pedido de desculpas por toda grosseria que tenho feito para ti por esses tempos.

- Você não precisa me pedir desculpas, V. Você não tem culpa por ter tanta pressão nos ombros e na sua realidade. Estou aqui para ajudar e tenho o dever de cuidar de você, seja com você agindo como um chuchu estragado as vezes.

Sorri como resposta, depois dando um longo e demorado selinho nele. Era confortante saber que ele estava ali comigo para recomeçar.

- Mas ainda quero um jantar como resposta, menina. Você acha que não irá se livrar o jantar?

- Vá tomar um banho enquanto ponho uma blusa para ir cozinhar. Não se acostume.

Vesti uma blusa dele jogada pelo chão do quarto e o deixei lá. Já que a primeira etapa das desculpas fora feita, já era hora de partir para a segunda.

xxx

Brian's on.

Tão linda e tão animada, Valentine foi para cozinha. Meu sorriso de Coringa era tão mais estampado no meu rosto que eu jamais achei que poderia sentir aquela sensação novamente. HáHá males que vêm para o bem.

O telefone começou a tocar tirando-me da minha alegria repentina. Maldito seja Matt e nossos assuntos.

- Caralho, é a sexta ligação que eu faço para você. Está com o pinto no ouvido para não escutar? – reclamou. – Tu não foi pegar a encomenda e eu tive que ir buscar sozinho.

- Eu estava fazendo coisas melhores, Sanders. Coisas bem melhores.

- Não foi com a vendedora, pelo amor de Odin né?

- Você sabe quem. – suspirei.

- Quando penso que você não pode ser mais idiota, você é. Você é doido!?

- E por qual motivo eu sou idiota e doido? Eu gosto dela, ué.

- Haner, se você gosta tanto dela como diz você deverá ser franco. Viver numa mentira é burrice e engana-la por tanto tempo fará ela te odiar.

- Ela irá saber na hora certa, relaxe.

- Me promete que irá contar?

- Prometo, Matt, prometo. Só não agora. Preciso descobrir mais coisas.

- Como quiser.

Desliguei a ligação e permaneci encarando o teto. Eu precisava de mais alguns minutos de paz e mais alguns instantes sem saber que o mundo é um lugar tão cruel. Eu precisava esquecer pelo menos por alguns segundos que eu não precisava enganar a mulher que eu gosto.

Brian's off.


Notas Finais


Twitter: @wolfiepilots


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