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História Bleach: Afterlife - Those Who Serve


Escrita por: TheArchFey e Nigaiami_Hotaru

Notas do Autor


Outro capítulo pra fechar bem o dia. Espero que gostem!

Capítulo 11 - Those Who Serve


Aidoh

O palácio Penumbra ficava localizado em um dos lugares mais importantes  do Hueco Mundo. Era um lugar grande e frio. Aidoh gostava daquele lugar, era quase como se o local se adaptasse ao seu humor... Ele gostava de observar os hollows e lembrar-se do seu passado como um simples hollow. Levi-sama o escolhera a dedo para levar ao palácio. Fora um presente de Barragan Luisenbern, uma oferta de paz. Levi o deixaria em paz e vice-versa.

                O palácio era magnífico, construído sobre a areia branca do Hueco Mundo. Seus pilares eram altos, subiam até o glorioso teto de marfim, lembrava bastante o velho Partenon grego, exceto pelo tamanho, que era bem maior. Era projetado simplesmente para mostrar a glória e o poder daquele mundo. Quando vieram, o palácio já estava ali, apenas tomaram conta do local, no entanto, Levi sabia muito sobre aquele lugar, coisas que nem mesmo Barragan sabia... Aidoh respirou

                Naquele dia, Aidoh estava encarregado de cuidar do novo bichinho de estimação de Levi-sama. Era um semi-hollow, meio humano, meio hollow. Aidoh o considerava uma aberração, indigno de viver entre os puros, mas ordens eram ordens, e ele iria cumpri-las, pela honra de seu mestre.

- Não pense que eu gosto de você... – Disse para o espécime na cela – Se eu pudesse, cortaria sua cabeça. Você é um ser que transcendeu os limites de forma ilegal. Mesmo como um experimento de Levi-sama, eu não posso aceitá-lo – Aidoh começou a desembainhar sua zanpakutou, mas então algo inesperado aconteceu.

- P-p-por favor... – A criatura falou, em tom de sofrimento. Aidoh arregalou os olhos, surpreso. Nunca imaginara que isso poderia acontecer – M-m-me ma-ma-mate...

                Aidoh ficou sem reação. Ficou observando durante um tempo. Claro que ele não tem culpa. Não escolheu nascer assim... Aidoh pensou um pouco e guardou a espada. Suspirou.

- Você tem um nome, criatura? – Perguntou secamente.

                A criatura pareceu se encolher. Tinha uma parte de máscara negra no rosto. Em seu peito ainda havia parte da corrente, que permanecera do mesmo jeito desde que chegara. Levi-sama conseguiu fazer com que a alma parasse de evoluir num estado semi-consciente.

- E-eu não me lembro... – Ele disse, lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Aidoh abriu a cela e sentou-se a sua frente, a zanpakutou ao seu lado no chão. O garoto era fraco, Aidoh sabia. Como conseguiu sobreviver a esse peso por tanto tempo? Nenhuma das outras cobaias sobrevivera por tanto tempo assim.

- Um dia você irá se lembrar – Aidoh disse. Estava começando a sentir pena dele – Mas Levi-sama ainda tem planos pra você. Aguente firme, eu prometo que você vai ficar bem.

- Vejo que está se dando bem com o espécime... – Aidoh ouviu a voz de Levi e se ajoelhou em sua direção – Não é necessária tanta formalidade... Hiyo é uma ótima cobaia. Sua reiatsu parece se renovar mais rapidamente que os outros... É por isso que ele não morre tão rápido – Levi fez uma careta – Mas parece que ele sente dor, pois essa recuperação exige demais do corpo dele... Bem, ele só precisa sobreviver por mais algum tempo... Até que eu consiga extrair os dados que eu preciso.

                Aidoh olhou para o rapaz. Estava morto, mas vivo... Suspirou e saiu da cela.

- Prepare-se – disse sem olhar para trás – talvez a gente dê uma volta mais tarde.

                Aidoh conhecia Las Noches como a palma da sua mão. O palácio, existente desde o princípio, sempre fora seu lar. Desde a época em que Barragan habitava ali... No entanto, o grande número de hollows e adjuchas que se aliavam a ele todos os dias tornara impossível que tal local fosse utilizado como um palácio próprio, por isso ele decidiu tornar o Hueco Mundo em seu palácio particular. Levi-sama não se importava com isso, contanto que ele não fosse atrapalhado, ele ficaria bem até em um canto qualquer.

                Aidoh chegou a seus aposentos e olhou para Mira, que o aguardava. Ela parecia confusa e triste.

- Minha princesa – Aidoh a reverenciou, ajoelhando-se – Em que posso ajudá-la?

                Mira sorriu tristemente, Aidoh pôde perceber, mas não disse nada.

- Aidoh-san... – Ele sentiu o peso do seu olhar – Eu estou preocupada... Com Hiyo-kun...

                Com quem? Aidoh levantou os olhos, meio confuso... Ele não conhecia o nome, mas, se a princesa estava preocupada com ele, queria dizer que era alguém bastante importante...

- Quem...quem é esse tal “Hiyo”, milady? – Apertou os punhos.

- A nova cobaia de meu irmão... – Sua voz estava embargada de tristeza e preocupação. Aidoh agora já sabia quem era, e algo no fundo da sua alma o atormentou. Sentiu, pela primeira vez, em anos, a vontade de matar...

- Minha senhora... – Aidoh tentou confortá-la, assim como tentava fazer a si mesmo – Ele é apenas uma cobaia... Um espírito. Já está morto, e é apenas questão de tempo até que desapareça...

                Mira apenas sorriu e aquilo o desconcertou, mais do que qualquer palavra... Naquele sorriso, Aidoh percebeu que ela sentia mis do que apenas compaixão pelo espécime...

- Ele tem mais força de vontade do que qualquer outro que meu irmão já trouxe até aqui – Ela disse – Mas tenho sentido que ele está cada vez mais fraco. No entanto, ele não está desaparecendo, pelo contrário, sua presença está se tornando mais evidente aqui no Hueco Mundo, tornado-se uma parte mais essencial aqui... Eu ainda não sei o porquê.

                Aidoh não suportava saber que uma simples criatura como aquela era importante para sua amada Mira, mas, se isso a deixava feliz cuidaria de seu “bichinho de estimação”, afinal, era só o que ele era.

- Tudo bem – Compreendeu – Se isso a deixa despreocupada, não deixarei que nada de mal aconteça com ele.

                Ela sorriu, e aquilo trouxe certa paz ao seu coração. Ele saiu de seus aposentos e foi novamente caminhar pelo grande palácio que era Las Noches. Próximo à saída do palácio encontrou alguém que esteve evitando por muito tempo...

- Ho... – Cumprimentou Aidoh a contra gosto.

                Ho era alto, cerca de 2,50m, cabelos vermelhos, ninguém sabia ao certo a cor de sua pele, já que estava sempre coberto com roupas pesadas, como se sentisse frio. Sua máscara se assemelhava a uma viseira de elmo fechado, completamente dourado. Sua espada ficava presa à cintura por grandes cintos, por ser de uma grande arma de duas mãos, e pesada.

- Aidoh... – Sua voz era baixa, quase como um sussurro, mas era grave. Ele observava a paisagem, esperando alguém que jamais retornaria, Aidoh sabia, mas decidiu não tocar em sua ferida – O que faz aqui?

- Estive nos aposentos da princesa – Aidoh respondeu – Ela quer que eu cuide do novo bichinho dela...

                Ho fez um barulho que, Aidoh logo adivinhou, era sua risada. Aquele homem era macabro, assustador. No entanto, era gentil e inteligente, consequências de seu passado, como Vasto Lorde. Aidoh juntou-se a ele em observação.

- A princesa apenas tem um coração maior que o mundo, meu caro – Sussurrou ele, calmamente – Ela sabe o que sentimos dentro de nossos corações.

- Eu sei, eu sei – Aidoh começou a ficar impaciente – Mas ela não pode ficar adotando todo experimento que Levi-sama traz para cá... Cada perda para ela se torna um peso a mais que ela carrega.

                O vento soprou forte. Ho se escondeu mais em suas roupas pesadas, enquanto Aidoh apenas protegeu os olhos contra a poeira. Aidoh gostava bastante de Ho, estavam juntos desde o começo, como irmãos gêmeos, no entanto, Ho guardava algo que Aidoh tinha medo de descobrir...

- Aidoh – Ho começou em um tom embargado de tristeza – Logo haverá mais de nós... Levi-sama logo escolherá sua guarda pessoal... Será que nos tornaremos dispensáveis para ele?

Aidoh refletiu por um instante e se levantou. Seus olhos percorreram a vasta extensão do Hueco Mundo. Levantou um dedo, liberando um grande poder, um raio de cor amarelo, que limpou uma enorme distancia, cerca de 60 km de distância... O tão incrível cero.

- Não se preocupe com isso, meu caro – Aidoh deu as costas. A ventania voltou mais forte, afastando o casaco de Aidoh, e os cabelos de Ho. Em seu pescoço, Ho exibia um orgulhoso número “1”, na cor branca em sua máscara dourada. Aidoh, entretanto, possuía um imponente número em suas costas. Um número cujo significado era: “Ninguém acima de mim. Todos abaixo de mim”. Seu número era o “0”.


Notas Finais


Bem, último capítulo por hoje, espero que gostem da história! Se quiserem, deixem seus comentários! Até a próxima, minha gente! ^^


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