Estávamos na base do quartel do 11° esquadrão, indo em direção aos aposentos da tenente Yachiru e, por coincidência, acabamos trombando com a tenente por acaso enquanto ela corria pelos corredores cantando alegremente, parecendo alheia.
Como andávamos depressa e ela corria, acabou bateu de frente com Ikkaku com força, fazendo os dois se embolarem ao cair, rolando pelo chão.
-Ai! Mas que porcar...Yachiru fukutaichou! Você está bem?—Ikkaku muda de expressão ao ver quem era, e corre até a menina parecendo amedrontado com sua reação ou que tivesse se machucado.
Ao ver sua fisionomia, entendi o porquê.
Ela caíra de bunda e piscou, inicialmente confusa, mas logo depois se pôs a rir.
-Carequinha! Carequinha! Você trombou direto comigo! Seu desastrado!—Ela aponta para ele debochando como uma criança.
Sua voz e atitudes eram infantis, tais como suas feições. A observei bem, curiosa. Ela devia ter algo bem especial para dar medo em todos mesmo tendo essa aparência fofa e delicada.
E mesmo eu sendo péssima em questão de sentir e controlar poder espiritual, sentia o dela bem presente também.
-Ei! Eu não sou careca! Eu raspei por conta própria!—Ele grita irritado, a fazendo se divertir ainda mais.
-Carequinha! Carequinha! Carequinha! Sua cabeça é tão lisinha! Carequinha! Carequinha!
Ela começa a cantarolar fazendo Ikkaku grunhir de raiva.
-Pare já com isso! Sua pestinha! Eu vou te matar!
Yumichika observava a cena com tédio, e se aproximou chamando a atenção da menina:
-Vamos, parem com isso! Temos visita!
Eu nunca me esqueceria da sensação de quando a pequena menina de cabelo rosa me fitou, com aqueles olhinhos castanhos inocentes.
Eles pareceram brilhar de animação ao me ver, e ela se virou abrindo um sorriso e apontou para mim:
-É ela? A garota que pegou fogo?—Ela pergunta piscando rapidamente, falando sem filtros como uma criança.
Aliás, tudo que ela fazia lembrava uma criança.
Yumichika cruza os braços, assentindo.
-Hai, fukutaichou, ela se chama Mina Takahashi.
A olho tentando não transparecer nervosismo e lhe faço uma reverência educada.
-É um prazer conhecê-la, fukutaichou!—Falo firme.
A menina me fita abrindo a boca e Ikkaku bufa menosprezando minha fala.
-Humpf. Que pose toda é essa? Você não é educada assim de verdade, garota. Não tente impressionar a fukutaichou, não vai funcionar!
Levanto o olhar para Ikkaku, cerrando os olhos.
-Você fica na sua, seu careca imbecil! Ninguém te perguntou nada!—Grito irritada.
-Ora sua...
Yachiru pisca os olhinhos, observando a cena com um dedo na boca, sorrindo.
-Carequinha! Você tem uma namorada?—Ela pergunta a Ikkaku, que arregala os olhos corando no mesmo momento.
-C-como? Absolutamente não! Ainda mais com essa magrela mal educada! Eu não tenho tanto mau gosto!
-...
-Mas você estava a irritando porque gosta dela, não é, carequinha?
-Esse saco de ossos nunca seria minha namorada! Preferia namorar um hollow!
-Ora, mas que coisa feia de se dizer, Ikkaku.—Yumichika desaprova balançando a cabeça.
-Não importa! Só a ideia de essa garota insolente perto de mim já me dá enjoo!
-Hadou n°4: Byakurai!
Ikkaku grita sendo atirado para longe pelo raio branco, e travo a mandíbula me acalmando.
-Esse careca atrevido...
Yumichika leva a mão até a ponte do nariz, estressado.
-Ai, minha nossa, estava demorando...
A tenente faz um “o” com a boca, batendo palminhas, feliz.
-Eba! Você é a minha nova amiga! Você também gosta de brincar com o carequinha!—Ela exclama animada, correndo até mim e me puxando pela mão.
-O-oe! Para onde vamos?—Pergunto assustada, olhando para Yumichika.
Ele balança a cabeça, sorrindo.
-Vamos pregar algumas peças! Vai ser divertido! Depois podemos comer alguns doces com o Byakuy-chan!
Byakuy...? Não seria esse o capitão Kuchiki?
-Não a machuque, Yachiru fukutaichou, ela acabou de se curar! Se divirtam, meninas!
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Como resumir meu dia com a tenente Yachiru? Não havia palavras para descrever tudo que fizemos.
Em primeiro lugar, corremos pelos corredores do esquadrão enquanto Yachiru inventava apelidos para os oficiais e pulava em suas cabeças.
Dependia da aparência e do jeito. Por exemplo, se alguém tinha muito cabelo ela o chamava de “peludão”, ou um nariz avantajado de “bicudo”, ou também uma fisionomia pouco atraente de “bonitão”; se a pessoa andava meio torta era “sr.robô”, se era mal-encarada seria “cara de bunda”, e por aí vai. O que obviamente irritou muito os shinigamis do 11° esquadrão.
Apesar de os provocar, nenhum deles se atreveu a fazer nada além de ficar de cara feia com a tenente.
Parecia que estavam acostumados com aquilo, e eu deduzia que tinham medo do capitão Zaraki.
Eu não os culpava.
Eu tinha que correr muito para a acompanhar e pedia desculpas aos gritos aos shinigamis que deixávamos para trás, pois não podia a deixar sozinha.
Com a mentalidade de uma criança arteira, tinha medo que ela fizesse algo muito ruim e acabasse sobrando para mim depois.
Se o capitão quis que brincasse com ela, com certeza era para que tomasse conta e a protegesse das reações às suas “brincadeiras”.
Yumichika e Ikkaku me contaram que Zaraki tinha “adotado” a tenente desde pequena antes de virar Capitão, então eles deviam ter laços fortes.
Depois de se cansar de irritar os que passavam, Yachiru sossegou um pouco e disse que estava com fome. Sugeri que fôssemos comer rámen ali perto, mas ela negou e disse que queria doces, e que sabia quem os tinha.
Seguimos por um caminho subterrâneo que a tenente tinha descoberto até a mansão do capitão Kuchiki, para invadir e pegar os doces.
Você poderia imaginar meu desespero de arriscar ser pega ali, ainda mais pelo capitão de Renji, que metia medo em todo mundo. Mas como eu tinha mais medo de Zaraki, concordei e a segui, mesmo morrendo por dentro.
Conseguimos entrar sem sermos vistas e não é que tinham mesmo doces escondidos ali? Yachiru me explicou que ela tinha um jogo com Byakuya onde ele comprava doces e os escondia, e a tenente tinha que os encontrar.
E não sabia se ela estava mentindo, porque eu não conseguia imaginar Kuchiki Byakuya fazendo tal coisa. Mas pensei que, do jeito que ela contou, era uma forma de distrair a menina.
Mas seria possível que ela “brincasse” com os capitães também? Bom, se ela domou Kenpachi, tudo era possível, não?
Mas, no final, deu tudo certo e resolvemos voltar ao 11° esquadrão, enquanto ela comia os doces pelo caminho me fazendo algumas perguntas aleatórias, do tipo: “Mi-chan, como eram os doces no mundo real?” ou “Mi-chan, qual é a sua cor favorita?”.
Apesar dela ser uma pestinha com os outros, ela me lembrara dos meus irmãos mais novos de quando era viva, e fiquei feliz em constatar essa semelhança.
Ela também perguntara sobre a minha história, de como fora minha vida humana, já que ela não lembrava a dela. Acabou que voltamos ao esquadrão à tempo de eu terminar de contar.
-Ahhh...Mi-chan, que história mais triste!—Ela exclama piscando parecendo aborrecida.—Não gostei!
Sorrio mordendo uma de suas balas, que ela me oferecera.
-Eu também não gosto dela, queria que tivesse um final feliz.—Comento melancólica.
Não parecia mais a minha vida. Quanto mais tempo eu passava ali, na Soul Society, mais minha vida passada parecia ir se apagando.
Era como se o tempo fosse me transformando em outra coisa, como se me moldasse à seu bel-prazer.
Ela se vira e sorri.
-Mi-chan! Você vai ter um! Eu sei disso!
A olho tocada com sua fofura.
Como alguém podia ter medo ou não gostar dela?
-Obrigado, Yachiru fukutaichou!—Faço uma reverência respeitosa.
-Oh...Bola-Q!—Ela grita apontando para trás, e vejo Ikkaku junta a Yumichika e...Renji? O que ele fazia ali?
Ikkaku suspira se acalmando.
-Yachiru fukutaichou....mais um apelido?—Ele pergunta travando o maxilar.
-Renji? O que faz aqui?—Pergunto me virando e o vendo ficar tenso ao notar a tenente.
-Er...vim te buscar para irmos comer rámen!—Ele inventa nervosamente.
Os olhinhos de Yachiru brilham ao ver Abarai, e ela aponta para seu cabelo:
-Tomate! Tomate! Aby-chan!
-Aby...?—Ikkaku olha para Renji e então imediatamente começa a rir de sua expressão corada de irritação.
-Aby parece nome de menina.—Reparo pensativa e levo um olhar irritado de Abarai em resposta, fazendo Ikkaku rir mais, parecendo satisfeito de não ser o único com apelido ruim.
Devia ser por isso que Renji não queria vir. Imaginava como seria estar no mesmo esquadrão que ele.
Yumichika revira os olhos e me fita.
-Pelo visto conseguiu sobreviver um dia inteiro com a fukutaichou. E sem nenhum osso quebrado ou machucado.—Ele observa assentindo.
-A fukutaichou conhece lugares legais.—Respondo lembrando da casa de Byakuya sorrindo, anotando à mim mesma de contar a história a Renji mais tarde.
Yachiru olha para eles.
-Por que disse isso? Eu nunca machucaria a Mi-chan!
Os três homens me fitam incrédulos.
-O-o quê...?
-Ela tem um apelido normal?—Ikkaku acusa apontando para mim com incredulidade.—Por quê?
Os olho sorrindo satisfeita.
-Isso mesmo, eu e a fukutaichou nos divertimos muito brincando, né?—Me viro para ela feliz e ela sorri.
-Hai! Vou contar ao Ken-chan! Até Mi-chan! Tchau Bola-Q, Tomate! Tchau Yumi-chan!
A menina acena sorridente e desaparece de vista num segundo.
Enquanto eu e Yumichika estávamos satisfeitos, Ikkaku e Renji me fitavam ainda surpresos.
-Quê foi? Vocês são uns franguinhas, ela é uma criança adorável!—Comento passando por eles para ir embora.
-Impossível! Como ela gostou de você?—Ikkaku reclama ainda sem acreditar.
-Não sei, Bola-Q, pergunte à ela. Quem sabe se você deixasse ela polir sua bola...quer dizer, cabeça!
-Ora sua...
-Vamos, Renji! Estou morrendo de fome!—Chamo Abarai, que acorda e assente me seguindo.—Até Yumichika! E até Carequinha!
Antes que Ikkaku tivesse tempo de correr, eu e Renji fugimos do 11° esquadrão.
Enquanto Abarai e eu corríamos com shunpo pelo labirinto, me virei para ele, sorrindo:
-Renji.
-Oe?
-Você não vai acreditar no que eu fiz hoje com a tenente.
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Narrador on/off
Durante os treze anos seguintes, Mina continuou sendo parte do 11° esquadrão, chegando a ser promovida como 4° responsável, atrás de Ikkaku.
Ela continuou treinando com Renji, Yumichika e Ikkaku, além de, às vezes, seu capitão pedir para lhe acertar de novo, o que era sempre um desafio que ela fugia.
O que realmente lhe custou nos anos seguintes fora dominar a habilidade de usar sua Zanpakutou ao libertar sua shikai.
Toda vez que a usava acabava com sérias queimaduras, ferindo também quem estivesse perto. Izanami exigia um preço caro por quem queria usá-la, e o de Mina foram várias marcas de queimadura e idas ao 4° esquadrão.
Além do “colar” que ela tinha que usar para sugar parte de seu poder espiritual, o capitão Kurotsuchi achou uma forma de a ajudar com esse problema, em troca de “materiais” para pesquisa; mechas de cabelo, amostras de sangue e mais coisas estranhas que Mina não gostaria de lembrar.
Ele criou especialmente para ela luvas à prova de fogo que iam até os cotovelos, o que acabou virando mais uma característica pela qual ela ficou conhecida em Seireitei como a “fênix de fogo”—pelo fato de sempre se curar das queimaduras rapidamente—, e a sua espada como a “Zanpakutou Ardente”.
Mina odiava esse apelido, pois não era nada divertido quando ela tirava as luvas e algumas pessoas se assustavam pensando que suas mãos iriam as queimar se a tocassem.
Porém ela adquirira respeito dentro de seu esquadrão, e, mesmo sendo a única mulher oficial, ninguém a subestimava.
E fora dele, no gotei 13, ela era admirada como uma mulher dura na queda, digna de estar no 11° esquadrão. Simplesmente porque haviam motivos para ser a única do gênero feminino ali; os oficiais eram todos brutos, insensíveis e porcos, e não havia mulher que se arriscasse a ir para lá e conferir se era verdade.
Boatos também se espalhavam toda vez que ela lutava contra outro shinigami e o derrotava. O que sempre acontecia por sua personalidade esquentada, o que, ironicamente, combinava com sua reputação.
Todos diziam que ela queimava o oponente até a morte, por causa dos ferimentos horríveis que ela inevitavelmente deixava após a luta—pois se Izanami a machucava apenas por estar a manuseando, imagine contra quem ela lutava—, e adquiriu a fama de implacável.
Porém ela sempre os deixava vivos, visto que seu objetivo era o de exterminar hollows, e não sentia prazer em lutar como esporte, diferente de seus colegas oficiais.
Mas com os boatos, sempre apareciam outros dispostos à provar sua veracidade e a desafiavam, e, sendo membro do 11° esquadrão, não negava um duelo. O que acabou virando demais para ela.
Tudo isso somado acabou por dar um fim aos dias de 4°oficial no 11° esquadrão; apesar de ser apegada à Yumichika e até mesmo Ikkaku como companheiros, ela teve que deixar o time, mas não sem antes algo acontecer.
Kenpachi, ao receber à notícia, disse à ela que só aceitaria sua decisão de ir para outro esquadrão caso lutasse uma última vez com ele.
Sem escolha, Mina teve que aceitar, pois Zaraki não a deixaria escapar após todos os anos fugindo dos duelos.
Além disso, da primeira vez que lutaram a diferença era gigantesca; ela mal sabia manusear uma Zanpakutou ou usar seu shunpo num nível razoável. Era compreensível que Zaraki quisesse testar a diferença outra vez, talvez para ver se tomara a decisão certa ao deixá-la viver naquele dia.
Durante todos aqueles anos treinando, ela se desenvolvera o suficiente para aprender seu Bankai. E sendo seu oponente ninguém menos que o Kenpachi, ela sabia que nada além daquilo seria suficiente para conseguir lutar contra ele.
Seu shikai era perigoso até para si mesma, então para treinar seu Bankai, ela tivera que se esconder numa caverna subterrânea e treinar sozinha por anos à fio. Não podia pedir ajuda à Renji ou seus companheiros de esquadrão, pois sabia que era perigoso demais.
Houvera ocasiões em que, por falta de cuidado, quase acabara se matando, mas, depois de muito tempo, conseguiu o controlar.
Ao liberar seu Bankai, a fênix de fogo que a salvou em sua primeira visão com Izanami aparecia, e, numa extensão gigantesca, ela sobrevoava ao seu redor em chamas ardentes.
Seguindo seu comando, a fênix—a própria Izanami encarnada—, fechava suas asas em volta do oponente e nada podia apagar suas chamas ou as dissipar—nem vento, nem água ou qualquer material, pois ela os transformava em cinzas. Era também muito rápida, e servia de escudo contra ataques inimigos.
O problema era que seus ataques feriam não só o oponente, mas ela própria, apesar de instintivamente a ave procurar ser cuidadosa com ela, Mina outra vez se viu na porta do 12° esquadrão. Kurotsuchi ficou interessadíssimo pela sua nova descoberta, e pediu para assistir sua Bankai em troca da ajuda.
Ao fazer alguns ajustes em seu “colar”—apesar de Mina ter o sentimento pejorativo de uma coleira—, Mayuri o configurou para que quando sua Bankai saísse, seu colar canalizasse parte da energia espiritual de Mina num escudo potente, que a protegeria das chamas.
Ela ainda não dominara totalmente sua Bankai, mas a primeira vez que a usou contra alguém fora seu capitão. E não havia oponente mais seguro para testá-lo.
Na luta contra Kenpachi, bom, para encurtar a história, no final, ambos terminaram caídos inconscientes após tirarem seus inibidores de reiatsu e lutarem ferozmente, sem terminarem um com o outro.
A luta ecoou em toda Seireitei, causando danos imensos ao lugar, muito barulho e perturbação espiritual; graças à impulsividade do capitão, que não quisera ir para outro lugar para lutar ao encontrá-la no meio da cidade.
Como em todas as suas lutas, Mina terminou à beira da morte no 4° esquadrão, recebendo socorro dessa vez das mãos da própria capitã, Unohana Retsu.
Quando ela acordou, Unohana encantou Mina com sua dedicação e gentileza; elas conversaram muito, e a capitã acabou lhe contou a sua história. Desde quando fora uma criminosa em Rukongai muito tempo atrás e depois se tornou a primeira Kenpachi, fundando então o 11° esquadrão, até se tornar a capitã do 4° esquadrão, contando como perdera a paixão por lutar.
Mina se identificou com a história da mulher, e a capitã, sabendo de sua situação, a convidou para ser parte de seu esquadrão, oferta que ela aceitou com serenidade.
Desde aquele dia em diante, Mina começou a aprender as técnicas de cura e várias outras coisas com a capitã, rapidamente ganhando amor pelo esquadrão e se identificando com seu propósito de ajudar quem precisasse.
Os boatos sobre sua luta com Kenpachi se espalharam como fogo, e eles só pararam de ser comentados quando deram lugar à sua mudança drástica do temido 11° esquadrão para o subestimado 4° esquadrão.
Todos acharam um desperdício tremendo a “fênix de fogo”—o apelido agora mais verossímil graças ao seu Bankai—, ser membro de um esquadrão de cura e suporte.
Até mesmo Renji estranhara a mudança súbita, e Yumichika e Ikkaku—apesar de se sentirem de certa forma traídos—, compreenderam sua decisão e continuaram a ser amigos. Yachiru ficou vários dias sem falar com ela, magoada por ter sido deixada, mas um tempo depois acabou aceitando sua saída e voltaram a serem amigas e brincarem juntas por Seireitei.
Até mesmo o temido capitão, de quem Mina esperava a pior reação depois da luta, parecia manter Mina em alto conceito; por tê-lo dado um bom último combate, provando sua força dentro do esquadrão. Então sua resposta quando questionado sobre o assunto, era sempre um sorriso e a frase “a garota merece um pouco respeito”.
Em todo esse tempo, Mina continuou morando com Renji, apesar de ter seu próprio dormitório no 4° esquadrão e também no antigo, no 11° esquadrão. Ela se acostumada com a presença dele, e Abarai sentia o mesmo, então nenhum deles tocava no assunto de mudança.
A sua amizade cresceu e se tornou um laço forte, e, por várias vezes, Mina se perguntou se não sentia algo a mais por ele.
Porém toda vez que se fazia esse questionamento, ela lembrava de Raye, não sendo capaz de apagar as memórias que juntara com ele.
Renji muitas vezes se parecia muito com seu falecido namorado, desde a carranca mal humorada até em seu jeito preocupado e protetor.
Não importava o quanto ela se esforçasse, depois de tanto tempo a sua vida anterior ia se apagando, a fazendo se esquecer da família, dos amigos e de como era; mas ela nunca se esquecia de Raye. Era o único pedaço existente de sua antiga vida que remanescia vividamente em sua memória.
Narrador on/off
Um ano depois...
Eu estava andando para casa depois de um dia cheio no esquadrão, quando avisto Kira junto à tenente Matsumoto conversando vindo na mesma direção; assim que me notaram, ambos deram um aceno e nos aproximamos para conversar:
-Olá professor Kira, Rangiku-san.—Faço uma reverência educada.
Matsumoto dispensa a reverência com a mão.
-Mina-san! Você é tão formal! Nem parece que somos seus amigos!—Ela comenta fingindo estar ofendida.
-E eu não sou seu professor há muito tempo, não precisa me chamar assim, Mina-san.—Kira me repreende suavemente.
Sorrio me desculpando.
-Força do hábito. A Unohana taichou faz isso o tempo todo e eu peguei a mania.—Explico balançando a cabeça.—Ai, caramba, eu vou virar uma quadrada!—Percebo fazendo uma careta.
Os dois riem.
-Ela faz isso mesmo! Mesmo sendo capitã.—Rangiku concorda pensativa.—Queria que meu capitão fosse assim também!—Ela suspira.
-O meu capitão é assim também. Bom, mas não tanto quanto à Unohana taichou...
-Mas o meu é realmente um saco! Ele nem me deixa beber!—Rangiku reclama manhosa.
Eu já tinha sentido no ar, mas mordi o lábio segurando um sorriso.
-Mesmo, Rangiku-san? Que coisa terrível! Durante as horas de trabalho?—Pergunto interessada.
-Hai! Ele é um chato!...
Uma brisa joga seu cabelo para o lado e o capitão Hitsugaya coça a garganta atrás dela:
-O que dizia, Matsumoto?—Ele pergunta cruzando os braços, franzindo o cenho.
A mulher cora e ri, coçando a nuca.
-Nada, nada, taichou! Você é tão silencioso que nem te percebi chegando!
-Hitsugaya taichou!—Eu e Kira fazemos uma reverência respeitosa, da qual ele apenas assente.
-Kira, Mina.
-Como vai capitão?—Kira pergunta educado.
Hitsugaya suspira.
-Graças à alguém, não vou bem. Era para os relatórios na minha mesa estarem prontos.—Ele responde fitando Rangiku com raiva.
A mesma sorri se desculpando.
-Eu me esqueci, taichou!...E-eu ia terminar eles! Eu juro!
-ENTÃO PARE DE PAPEAR E VÁ AGORA MATSUMOTO!
-Hai, taichou!
Rangiku desaparece num piscar de olhos, mas eu duvidava que ela fosse realmente terminar aqueles relatórios. Apesar de ser uma ótima shinigami, ela era lamentavelmente preguiçosa.
-Essa Matsumoto...
-Ah...então...—Kira tenta preencher o vazio constrangedor causado pela bronca, mas não parecia saber sobre o que falar.
Achei bom dar uma ajudinha.
-Hitsugaya taichou, como andam as suas rondas no mundo dos humanos?—Pergunto com ar profissional.
O capitão desamarra sua carranca causada por Matsumoto e me fita se distraindo.
-Ah...não andam muito bem. Há muitos novos shinigamis que entraram da academia que precisam de treinamento, então meus oficiais ficam ocupados e não podem ir patrulhar. E os novos são muito inexperientes para arriscar.—Ele explica parecendo frustrado com mais uma de suas preocupações de capitão de esquadrão. Toushirou suspira e me fita novamente.—E você? Como está indo no 4° esquadrão? Vocês também patrulham? Tem alguma divisão para isso?
Foi a minha vez de suspirar, estressada.
-Eu vou indo bem, ou estava...bom, na verdade eu descobri que o meu esquadrão mal sabe se defender. É realmente focado em suporte e cura. Eu tentei conversar com a Unohana taichou para que criássemos uma vertente encarregada de patrulhar no mundo real, mas ela se negou dizendo que o 4° esquadrão não é para esse fim.—Conto decepcionada.
Kira me fita parecendo triste.
-Mesmo? Deve ser difícil para você, Mina-san. Tinha saído do 11° esquadrão porque queria mais liberdade, e descobre que no 4° esquadrão também deve seguir só um caminho.—Ele comenta pensativo.
Assinto suspirando.
-É o meu dilema existencial; não fazer nada no 4° esquadrão ou fazer demais no 11° esquadrão. Eis a questão.—Gesticulo imitando uma balança com as mãos e Kira sorri.
-Zaraki era mesmo tão restrito? Seu esquadrão sempre me pareceu bem libertino.—Toushirou comenta parecendo curioso.
-Bom, nem tanto. Os oficiais podiam ficar bebendo saquê e cochilar na maioria do tempo, eram obrigados só a treinar e a brigarem feito uns beberrões e em duelos estúpidos até a morte. Mas eles adoravam isso. Eu gostava de ter liberdade de patrulhar no mundo real e salvar as pessoas dos hollows, mas logo meu capitão me disse que eu iria acabar com o equilíbrio das almas se matasse todos os hollows que existem, então fui limitada nas minhas idas. Eles riam da minha preocupação com o bem-estar dos humanos e das almas, só o que queriam era lutar e ficarem bêbados.—Explico frustrada, lembrando dos anos lidando com esse problema.
-O 11° esquadrão sempre foi assim, mas piorou com o Zaraki.—Toushirou responde sério.
-Mas isso explica por que saiu de lá e foi para um mais calmo.—Kira fala levantando as sobrancelhas, impressionado.
-Na verdade, Zaraki e eu tínhamos mais motivos para nos desentender...
-Mesmo? Quais?—Kira pergunta curioso.
-No meu esquadrão é normal que quem perca uma luta deva morrer com sua derrota. É considerado uma desonra se manter vivo após perder, muitos preferiam mesmo à morte. Eu não concordava com essa ideia, sempre deixava meus oponentes vivos, me recusava à matá-los, e isso enfurecia os oficiais pois “manchava” o nome do 11° esquadrão.
Toushirou me fita pensativo.
-Takahashi, se quiser, ainda será bem vinda no meu esquadrão. Alguém com a sua habilidade não deveria se esconder no 4° esquadrão; poderia se tornar capitã facilmente se quisesse. E como meu esquadrão não é específico numa só área como os outros, poderá agir livremente.—Hitsugaya oferece.
Kira também me fita, parecendo esperar minha resposta.
Pisco surpresa, não esperando por essa.
Renji havia me contado há muito tempo que o capitão se interessara pelo meu talento, mas após tanto tempo havia me esquecido disso, e achei que ele também.
Faço uma reverência imediatamente.
-Obrigado, eu fico muito lisonjeada em saber disso Hitsugaya taichou!
-E então...?—Ele pressiona interessado.
Me endireito hesitando.
-Bom, eu ainda não tenho certeza do que decidir. Com todo o respeito, eu preciso pensar no que fazer, taichou.—Respondo séria.
Toushirou assente, parecendo prestes a sair.
-Pense bem e depois me diga o que decidir, Takahashi. Estarei esperando, mas não por muito tempo.—Ele anuncia nos dando um último olhar e desaparecendo.
-Hai, taichou!
Kira e eu nos fitamos e ele expira parecendo aliviado.
-Ele é tão sério. Entendo por que Matsumoto reclama.—Ele comenta categoricamente.
-Sim, mas ele tem muitas responsabilidades mesmo sendo novo assim. É normal que seja mais rígido; as pessoas esperam muito dele, e se ele não atinge as expectativas não é levado à sério.—Explico soturna.
Kira me fita pensativo.
-Parece saber do que está falando. Isso se resume à você também?—Ele pergunta observativo, sorrindo.
Sorrio de volta, balançando a cabeça e mudando de assunto.
-Por acaso viu Renji por aí? Ele disse que voltaria logo do mundo dos humanos, mas não senti seu poder espiritual ainda.—Pergunto casualmente.
-Ah ele foi com o capitão Kuchiki, não é? Eu fiquei feliz que ele finalmente foi promovido à tenente.—Ele comenta estusiasmado.
Sorrio confirmando.
-Eu também, ele merece. Trabalhou duro para isso por muito tempo.
-Sim...mas respondendo sua pergunta, não, não vi também. É estranho, porque...
Kira é interrompido quando Ikkaku aparece junto a Yumichika. Os dois me fitavam parecendo urgentes.
-O que aconteceu?—Pergunto pressentindo algo ruim por suas expressões.
-Cruzamos com Abarai.—Yumichika conta.
-E o Kuchiki taichou.—Ikkaku completa.
-Eles trouxeram a irmã do capitão?—Pergunto curiosa, pensando que talvez não fosse Renji a má notícia.
-Hai, mas Renji...—Ikkaku hesita irritantemente.
-Diga logo! O que houve com ele?—Pergunto gritando impaciente.
Meu peito parecia se afundar ao lembrar de Abarai, imaginando milhões de coisas que poderiam ter acontecido com ele.
-Abarai fukutaichou está gravemente ferido. Quase foi morto pelo shinigami-daiko que tomou os poderes da Kuchiki-san. Ele acabou de ir para o 4° esquadrão.—Yumichika explica, tenso.
Os fito piscando e digerindo a informação.
Só porque eu acabei de sair daquela porcaria!
-Eu vou lá. Obrigado!—Falo os deixando para trás sem esperar resposta.
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Ao chegar no quarto em que Renji estava, o fitei no batente da porta silenciosamente; ele estava cheio de faixas pelo corpo e com alguns hematomas roxos, e seus olhos estavam fechados pesados como os de um doente.
Pela prévia experiência que tinha, presumi que deviam tê-lo botado para dormir por causa da dor.
Não que Renji ligasse para isso; ele sempre quisera transparecer ser mais durão do que realmente era.
Andei até seu leito e o observei de perto, suspirando ao ver o estrago.
Sentia meu sangue ferver ao pensar na pessoa que fizera aquilo com ele, sentindo vontade de bater sua cabeça na parede. E de Kuchiki também; Renji nunca se esqueceu dela, mas a shinigami mal parecia se importar com ele, não o dando o merecido valor.
Isso me irritava também.
Seus olhos se mexiam por baixo das pálpebras, agitado. Devia estar tendo pesadelos.
-Ah, Renji...—Levo uma das mãos até sua testa e pouso os dedos nela delicadamente, o fazendo se acalmar e desfranzir o cenho.
Sorrio ao ver seu rosto sem a carranca habitual. De repente, notando certa inocência em sua expressão, o que me intrigou.
Me sentei na beirada de sua cama com cuidado, o fitando para ter certeza de que dormia profundamente.
Levo a outra mão até seu rosto, roçando delicadamente a estrutura angulosa de sua têmpora e o maxilar, e me aproximo lentamente, aproveitando e experimentando a sensação já que ele estava inconsciente.
Era um teste, era o que eu precisava para tirar minha dúvida de uma vez por todas.
Cheguei perto o suficiente para sentir sua respiração ritmada e calma batendo em meu rosto, a centímetros de encostar em seus lábios, entreabrindo os meus e suspirando.
Cerrei os olhos para meu gesto.
O que eu estava fazendo? Por que sentia meu coração doer tanto assim?
-Mina...—Renji sussurra com a voz seca, entreabrindo os olhos.
Tiro minhas mãos e coro, disfarçando.
-O-oi, Renji! Você precisa dormir pra descansar! Vai, dorme!—Tampo seus olhos ordenando, mas ele segura minha mão a afastando com delicadeza.
-O que está fazendo aqui?—Ele pergunta me olhando de um jeito estranho.
Retiro minha mão fazendo uma careta.
-Visitando você, idiota. Não sou sua amiga?—Pergunto retórica, lhe dando um tapa para acordar.
-Ai! Oe! Não pode bater em mim, eu estou machucado!—Ele acusa carrancudo.
Fico em silêncio, me sentindo culpada vendo seus machucados; não tinha como negar, pelo menos não enquanto via seu estado indefeso daquele jeito.
-...desculpa.
Abarai suspira e ficamos em silêncio, e percebo que ele estava corado apesar do mal humor.
Ele...seria possível que estivesse acordado o tempo todo?
Antes que pudesse inventar uma desculpa e sair correndo, ele virou o rosto e perguntou:
-V-você ia...mebeijaraquelahora?—Ele questiona de uma vez, atropelando as palavras, envergonhado.
Arregalo os olhos e coro, pensando no que responder.
Sentia meu rosto queimar de vergonha, e imediatamente canalizei para uma reação.
-ABARAI RENJI!
-O-oe? O quê...
Renji se vira para me fitar e começo a lhe dar tapas, ao que ele gritou:
-O QUE EU FIZ?
-VOCÊ...COMO...OUSA...SEU...CANALHA...INSINUAR...ALGO...ASSIM!—Lhe bato gritando pausadamente.
-OK! OK! AGORA PARE DE ME BATER!
Bufo me recompondo e engulo em seco, respirando fundo.
-...ok. Perdoado então!—Grito apontando para ele ameaçadora, tentando disfarçar meu eu interior morrendo lentamente.
-...
Ao me virar, vejo vários shinigamis oficiais e a tenente Kotetsu Isane, nos fitando com uma expressão de medo.
Renji fica sem graça corando novamente e eu dou um sorriso à eles.
-Isane fukutaichou, desculpe pelo barulho! Eu estava só brincando com o Abarai! Somos amigos muito próximos!—Explico rindo beliscando Renji, que estava em silêncio.
-H-hai! É isso mesmo fukutaichou!
A tenente estava com a expressão preocupada, mas assentiu dando uma checada em Renji.
-Mina-san, eu acho que o melhor era deixar o Abarai-kun descansar agora, não?—Ela comenta educadamente dando a indireta.
-Excelente ideia, Isane fukutaichou!—Renji responde aliviado.
Fito Renji com um sorriso simpático, não querendo o dar esse gostinho.
-Domo, fukutaichou! Mas eu conheço bem o tenente Abarai e sei que ele morre de medo de enfermarias, mas ele é orgulhoso demais para admitir. Com sua licença, vou levá-lo para casa e cuidar de sua saúde eu mesma!—Falo me aproximando da cama de Renji dando tapinhas carinhosos em seu braço.
-Mas, Mina-san...!—Isane hesita nervosa, observando enquanto eu levantava Renji, que me fitava com irritação.
-O que está fazendo? Me deixe aqui sua doida!
-Obrigado de novo! Até amanhã!
Dito isso, peguei Abarai no colo sob seus protestos e passei pelos oficiais e a tenente, o levando para fora como se fosse uma donzela.
-Eu ainda te mato. Se eu não estivesse tão machucado não teria feito isso!—Renji resmunga zangado.
Sorrio satisfeita.
-Não faria não, eu te dou uma surra e você sabe disso, Renji. Além do mais, te paguei a vez que me resgatou. Agora estamos quites.
Abarai me fita cerrando os olhos e bufa.
-Uma ova que estamos.
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Alguns dias depois da recuperação de Renji, o mesmo voltou à seu posto de tenente do 6° esquadrão e tudo parecia estar normal. Foi quando soube por Hanatarou que Kuchiki Rukia tinha sido sentenciada ao corredor da morte com direito ao final duplo, e que fora transferida para uma cela em Senzaikyu, o dia de sua execução sendo adiantado para 14 dias dali em diante.
Ao saber disso, pensei em como Renji não teria ficado. Kuchiki até então estava na cela do 6° esquadrão, e ele me dissera que provavelmente o capitão Kuchiki resolveria a situação, sendo a sua irmã mais nova. A sua frieza fora surpreendente, e não conseguia imaginar irmão que fizesse tal coisa.
Estava caminhando com Hanatarou pelos corredores do nosso esquadrão calmamente quando fomos interrompidos por um pronunciamento:
- Aviso de emergência! Aviso de emergência! Intrusos detectados dentro da Seireitei! Reportem aos seus postos! Repito...
Eu e ele nos entreolhamos estranhando.
-O que está acontecendo...?—Pergunto confusa.
-Ahn...a-acho que estão tentando passar por um dos guardiões.—Hanatarou chuta parecendo receoso.
-O que? Está brincando? Aqueles caras são uma montanha!—Respondo cética.
O garoto faz cara de preocupado e depois balança a cabeça, sorrindo.
-Não deve ser nada! Vamos nos preocupar com nossas tarefas, Mina-san!
Assinto concordando e voltamos a andar de volta aos nossos postos, com uma sensação de inquietude por dentro.
No outro dia, solicitaram uma reunião de emergência entre os capitães, para discutir sobre a situação dos ryokas. Ao que parecia, o capitão Gin Ichimaru do 5° esquadrão enfrentara um dos ryokas mas o deixara vivo, escapando de Seireitei em direção à Rukongai.
Nesse dia eu estava de folga do meu esquadrão, e aproveitei para dar um passeio pelas ruas de Seireitei e relaxar.
Foi quando de repente eu vi no céu: uma bola vindo em direção do centro, brilhante como uma estrela cadente, batendo contra a redoma protetora de Sehkiseki—uma rocha que bloqueia poder espiritual e impedia intrusos de adentrar à cidade.
Ao que parecia, ela não era tão invencível como diziam.
Rachando aos poucos, ela acabou cedendo ao impacto da bola de energia, que se fragmentou e se dividiu em quatro antes de se chocar no solo.
Eu não conseguia acreditar no que via; e eu vira muita coisa estranha desde que me tornara uma shinigami.
No mesmo instante pensara no que deveria fazer, mas como não era mais do 11° esquadrão, não deveria lutar contra os ryokas. Ou deveria? Sendo do 4° esquadrão, deveria ir até lá e esperar as ordens da capitã Unohana e da tenente Isane.
O que faria?
Enquanto eu pensava no meu dilema, a energia espiritual do ar mudou; estava agitada e cheia de novas vibrações. Duas delas eu reconhecia muito bem.
Yumichika e Ikkaku.
Apesar de não ser mais do mesmo esquadrão que eles, sentia uma imensa e repentina vontade de lutar junto aos meus velhos companheiros.
Mordendo os lábios de indecisão, finalmente cheguei à uma resposta: eu iria até eles.
Mas qual?
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