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História Bleach Fic - Definitivo


Escrita por: LuciditySilent43

Notas do Autor


Então gente...
Me desculpem pelo sumiço. Problemas e trabalho. Afinal, não podemos ficar de férias para sempre.
Mas voltei.
E com um capítulo fresquinho...

Capítulo 17 - Definitivo


Um mês havia se passado desde que Aizen e Orihime começaram a namorar. Era um namoro ainda muito discreto de modo que apenas Rangiku sabia, e, embora desconfiasse, Ichigo preferia não tocar no assunto, pois tinha medo de ouvir a resposta.

Desde a cena no consultório, Ichigo e Orihime se distanciaram ainda mais, se falando somente quando as circunstâncias obrigavam e faziam o máximo de esforço para não deixarem nenhum ressentimento que houvesse entre ambos afetasse o pequeno Kazui. Outra preocupação para a cabecinha de Orihime: Kazui. Como ela iria contar para o filho que estava namorando outra pessoa que não era o pai?

- Orihime, está tudo bem? – perguntou Aizen durante um almoço dos dois.

- Hm... – ela concordou com um sorriso amarelo.

- Sabe, eu não sou telepata. Não ainda.

Ela sorriu com o comentário dele.

- Me desculpe. Não foi minha intenção esconder nada. Só estava pensando em algumas coisas.

- Tipo?

- Faz um mês que estamos namorando...

- Vai fazer e eu pretendo comemorar.

- Co-comemorar!?

- Claro!

- Acho que não precisamos disso tudo...

- Precisamos sim. Quase não temos tempo para nós então decidi fazer uma coisa... especial daqui a três dias.

- Mas... eu não bolei nada... na verdade, ando preocupada.

- Com o quê?

- Kazui. Me sinto péssima por estar escondendo essa situação do meu filho.

- Simples: então vamos contar para ele.

- Mas, em contrapartida, sinto que ainda é muito cedo para falar a verdade para ele. Estou em um impasse! – ela desabafou.

Aizen pegou nas duas mãos dela.

- Orihime, olhe para mim. – ele pediu – Respire. Você está muito tensa. Precisa se acalmar. Você está com uma aparência cansada... está dormindo direito?

- Mais ou menos...

Ele fez uma expressão mais séria.

- Não. – ela revelou, embora para ele não fosse nenhuma surpresa.

- Preste atenção: não estamos namorando para que você fique tensa ou estressada. Minha intenção é exatamente o oposto. Essa situação na qual nos encontramos é passageira, então na faça dela um momento crucial. – ele sorriu – Se não quer contar para o Kazui, ótimo. A gente espera. De fato, é muito cedo para contar para ele que ainda é uma criança. – ele acariciou os dedos dela – Mas algo me diz que tem mais uma coisa que te perturba...

- Ichigo... – ela disse hesitante.

- O que tem ele? – perguntou, soltando as mãos dela – Ele te perturbou de novo?

- Não. Não é isso. Na verdade, estou pensando em conversar com ele.

- Conversar?

- É. Nossa situação ficou insustentável e ao mesmo tempo inacabada. Pelo menos é o que eu sinto. Quero conversar com ele para dar um fim de vez em tudo.

- Um basta definitivo?

- Isso. - ela respondeu, esperando ele dizer o que pensava.

- Eu não concordo com isso. Na verdade, não gosto. Acho que se nós assumirmos nosso namoro, ele vai entender tudo, assim como todo mundo. - ele olhou para ela que desviou o olhar em dúvida - Mas... – Aizen suspirou – se isso vai te fazer se sentir melhor, não vou me opor.

- Sério?! – Os olhos de Orihime brilharam.

- Orihime, eu não sou seu dono. Você é livre para fazer o que quiser. Só espero que se lembre do carinho que tenho por você.

- Eu me lembro o tempo todo. – ela disse timidamente.

 

No final daquele dia, depois de sair do trabalho, Orihime ligou para Ichigo.

- Alô! Ichigo?

- Fala.

- Er... preciso conversar com você. Teria como passar aqui em casa?

Ele suspirou.

- Não dá para falar por telefone?

- Não. É importante.

- Ok. Passo lá assim que acabar meu expediente.

Do outro lado da linha, um Ichigo envergonhado encarava o celular. Ichigo havia passado dos limites com Orihime e sabia disso e agora havia dado o empurrão necessário para que ela e Aizen ficassem juntos, e, embora não tivesse certeza, suspeitava, pois cada vez que ia ver Kazui, Orihime evitava olhá-lo nos olhos e ficava envergonhada sem motivo aparente. E outra coisa era o celular, pois quando ela atendia, procurava ficar longe dele e de Kazui.

- Ichigo, tudo bem? – perguntou Rukia ao ver o colega perdido em pensamentos.

- Mais ou menos...

- Era a Inoue? Como ela está?

- Bem, eu acho.

- Acha?

- Eu vacilei com ela e estamos ainda mais afastados.

- Você não aprende, não é?

- Não. Eu sou um idiota.

- Isso eu sei.

 - Ela quer conversar comigo...

- Conversar? Isso não é bom?

- Se for o que estou imaginando, não vai ser nem um pouco.

 

Lá estava Ichigo, parado diante da porta de Orihime, sentindo a mão pesar uma tonelada para tocar uma simples campainha. Ele o fez e esperou, torcendo profundamente para que ela não estivesse em casa e que ele não precisasse encará-la depois do papelão no hospital. Na verdade, não era só esse o motivo. Ele estava envergonhado, e muito pelo que fizera, mas era outra coisa que o fazia hesitar e não querer estar ali: era o medo. Medo de confirmar o que seu coração já sabia.

Ele ia tocar de novo, mas não foi necessário, pois a porta foi destrancada e ao abri-la, Ichigo e Orihime se depararam um com o outro e um silêncio nunca foi mais constrangedor que aquele. Os dois se encararam e desviaram o olhar.

- Entra. – Pediu Orihime abrindo caminho.

- Obrigado. – disse Ichigo tomando passagem.

- Pode sentar.

Ichigo se sentou no sofá enquanto Orihime se sentou ao seu lado.

- Por que me chamou aqui? – ele perguntou nervoso – Pensei que não quisesse me ver mais.

- Bem... o que aconteceu no hospital me deixou triste e com raiva. Na verdade, fiquei com mais raiva que tristeza.

- Eu... sinto muito. – ele disse pesaroso – Eu disse aquilo porque estava nervoso e com medo.

- Medo?

- Medo de perder você. Me atrapalhei e disse aquelas coisas horríveis. Não penso nada daquilo de você. Só que imaginar você com... com outro...

- É sobre isso que quero falar...

- Sobre...

- Outra pessoa.

- Aizen.

Embora ele não tivesse perguntado, Orihime confirmou.

- Vocês...

Ela confirmou em silêncio de novo, evitando olhá-lo ao máximo.

- Entendo. Ele conseguiu, não é? A chance que ele tanto esperou... eu já imaginava. Só tinha medo de confirmar.

- Acabou. – ela disse com um fio de voz.

- Eu sei. Por minha causa... por minha culpa. Não vai adiantar se eu disser que vou consertar as coisas não é?

Ela negou sem dizer nada.

- Eu não consigo acreditar em você. Me desculpe. - ela explicou.

- Não precisa se desculpar. Você tentou. Você sempre tentou por nós dois, eu é que era burro demais e não percebi isso. Só percebi agora, depois que te perdi. – Ichigo suspirou. Queria sumir dali. Seus olhos queimavam e seu peito estava pesado – E Kazui? Sabe?

- Ainda não. Acho que é muito cedo.

- Você está certa.

- Você não vai...

- Ficar contra você? Colocá-lo contra você? Tentar tirá-lo de você? – Ichigo se levantou passando as mãos no cabelo enquanto um sorriso amargo se desenhava em seus lábios – Me pergunto que tipo de homem eu me tornei para que você pense esse tipo de coisa a meu respeito... mudei tanto assim?

Orihime não respondeu.

- Devo ter mudado. Afinal, o Ichigo de anos atrás jamais teria te perdido. Fico me perguntando em que momento eu deixei de ser aquele cara... mas fique tranqüila. Eu não vou fazer nada. Você é a mãe dele e tem feito um ótimo trabalho com o nosso filho.

Orihime levantou os olhos para ele, surpresa.

- Ichigo, eu... gosto de você. Mas tenho medo. Amor não pode existir com medo.

- Não. Não pode. E é por isso que estamos aqui. Dessa vez é definitivo, não é?

- Sim.

- Então... acabou.

- Acabou.

Orihime queria chorar, mas tinha que ser forte. mas por mais forte que quisesse ser ou parecer, as lágrimas fugiam.

- Não chore. Você tentou. Sempre. Quem deve se sentir mal sou eu.

- Mas eu não quero que você se sinta mal. Quero te ver bem!

- Eu vou ficar bem. – ele a abraçou – Seja feliz.


Notas Finais


Espero que gostem.
Bjks!!!!!!!!


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