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História Bleeding Love - Dois corações


Escrita por: vamofarosella

Notas do Autor


❤️❤️ coração cheio de amor por vocês que acompanham, comentam e não desiste daqui..

Itálico - Flashback
Negrito - música

Capítulo 10 - Dois corações


“Eu era apenas eu
Nada demais
Chorava enquanto meu coração escondido
Ia seguindo os teus sinais”
Dois corações - Melim



Henrique estacionou seu carro em frente ao Sal e se direcionou ao mesmo em passos largos. Cumprimentou o rapaz que varria a frente do estabelecimento e entrou, notando que estava ainda com poucos funcionários. Também desejou bom dia aos que estavam presentes e seguiu para seu escritório. O tempo que restava seria bom para adiantar as papeladas que faltava organizar.


Jogou a mochila no pequeno sofá e assim que sentou na cadeira frente a mesa, ouviu duas batidas na porta e a mesma se abrindo em seguida.


- Desculpa chefe. - Mocotó, um de seus funcionários, disse assim que colocou a cabeça no ambiente.


- Fala aí meu! - Se encostou na cadeira e arqueou as sobrancelhas.


- O Rodrigo já tá aí. - Apontou para atrás de si com o polegar. - Quer que ele suba agora... como cê quer?


- Manda ele subir. Só quero descer agora na hora do rouge, beleza? - Voltou o corpo para frente e colocou as duas mãos sobre a mesa.


- Beleza chef! - Deu um jóia com uma das mãos e fechou a porta.


Não esperou muito e duas batidas na porta foram ouvidas.


- Entra! - Falou em tom alto.

O homem de estatura não muito alta adentrou na sala e fechou a porta atrás de si, deu alguns passos em direção ao tatuado e o cumprimentou.


- Fala meu irmão! - Fogaça se levantou e apertou a mão dele de um jeito camarada e apontou para a cadeira vazia que estava próximo do colega. - Senta aí pow.


- Valeu. - Rodrigo se sentou. - Então..vim combinar a gravação pro canal. Certamente, pro teu aniversário.


- Caralho. - Passou a mão na barba. - Já tava esquecido! - Riu.


- Pow mano, isso é medo de envelhecer? - Riu fazendo o chef rir também. - Mas e ai, pensou em alguma coisa?


- Foda. Pior que não. - Mordeu a ponta do seu dedo. - Se bem que...me veio uma ideia agora - Se inclinou para frente - to afinzaço de saltar de paraquedas.


- Da hora! Por mim já tá fechado.


- Então fechou. Só vou falar com a Juliana.


*******


- Quando nos veremos de novo?


- Huuum - Colocou o dedo indicador na bochecha e balançou a cabeça levemente. - Quando a saudade for tão grande, mas tão grande que já no aguentaremos ficar distantes, carino.


- Porra - Segurou firme a cintura da argentina por trás, fazendo os corpos se chocarem. - já estou morrendo de saudade. - Sussurrou perto do ouvido dela e mordiscou em seguida.


- Ainda estamos aqui, si? - Se virou para ele e envolveu seu pescoço com os braços. - No morra de véspera igual um peru, Henrique. Me ame, apenas me ame. - Investiu seu melhor sorriso. Irresistível.


“Você era você
Tão especial
Me olhava  igual sorriso de criança
Esperando o presente de natal”


Passou o polegar pela bochecha ruborizada dela. Pelo ato, a morena fechou os olhos e soltou o ar que sem perceber havia prendido por alguns segundos. A mão masculina chegou no queixo e segurou, levantando em seguida.


- Tu é linda pra caralho, sabia? - Ela abriu os olhos semicerrados. - Se eu pudesse...ah se eu pudesse, - Suspirou. - ficava o resto da noite aqui só te olhando. Te admirando. Te tocando…- Desceu uma mão até a bunda dela e apertou o local que a fez soltar um leve gemido. E ele sorriu.


- Desgraçado!


- Que foi meu?! - Perguntou surpreso.


- Maldita hora que eu me apaixonei por esse sorriso. - Bufou e deixou de olhá-lo.


“Vi que era amor
quando te achei em mim
E me perdi em você.”


A puxou mais para si, diminuindo ainda mais o espaço entre eles. Desceu o rosto até o vão do pescoço dela e trilhou um caminho de beijos, alternados com leves chupões.


- Eso é uma covardia. - Virou-se para ele, face a face, podendo sentir o hálito quente. Sem pensar muito, o tomou com um beijo. Os lábios se encostando, logo dando espaço para as línguas brigarem por domínio. Nada nunca havia sido tão quente e encantador, era sempre a mesma sensação desde o primeiro beijo. O corpo esquentava que chegava a, com certeza, altas temperaturas. Em algum momento, aquele toque havia se tornado uma necessidade. Não era mais sobre controle ou a perca dele. Precisavam daquilo, assim como precisavam do ar que respiravam. E por centímetros se separaram.


- No, acabamos de hacer sexo aqui nessa mesa. Vá, coloque a camisa, a calça...antes que eu tire essa cueca de novo. - Tocou sutilmente os lábios dele com selinho e o empurrou pelos ombros.


- Olha que isso não é problema. - Ameaçou a tirar a única peça de roupa que ainda vestia.


- Fo-fogaça! No, no..daqui a pouco batem aí na porta procurando por mim. Estamos no meu restaurante, caramba!


- Ok! - Fez sinal de rendição e começou a se vestir.


“Somos verso e poesia
Outono e ventania
Praia e carioca
Somos pão e padaria
Piano e melodia
Filme e pipoca”


Paola estava frente ao pequeno espelho ajeitando os fios de cabelo, quando pelo reflexo, viu Fogaça sentado no sofá mexendo no celular.


- O que tem de tão bom aí?! - Se aproximou e ele recostou no sofá dando espaço para que ela sentasse em seu colo.


- Começou a chegar um monte de mensagem aqui e tudo por causa da foto que a Lindalva postou. - Colocou uma mão na cintura dela.


- Que? A Lindalva daqui? - Ele assentiu. - Nem sabia que vocês tinham tirado uma foto juntos. - Fez uma careta.


- Deixa de birra. Foi só quando cheguei que ela pediu pra tirar uma selfie comigo e achei nada de mais.. - Deu de ombros. - Problema é essas tuas fãs malucas que já tão imaginando mil coisas aí, aposto. Cêélouco.- Riu e recebeu um tapa no ombro da morena.


- Mas nada que elas estão imaginando aí deixa de ser mentira, vai! - Mordeu o lábio inferior e riu em seguida.



….



Era fim de noite no Arturito. Paola preferiu deixar o comando com Mariu e seguiu para seu escritório. Tirou suas sandálias, sentou na cadeira giratória e colocou os pés sobre a mesa. Entrelaçou seus dedos sobre a barriga e descansou a cabeça no encosto.

Em três dias e sua vida virou de cabeça para baixo. Três dias e se viu dando um tempo na relação com Jason. Parando para ponderar isso, sua cabeça estava a mil por hora. Será se foi o momento certo? Será se demorou muito pra tudo isso acontecer? E agora, como ficaria sua vida dali em diante?

Martelava, martelava seus pensamentos e nada chegava a uma conclusão.

Seus olhos se prendiam na janela que dara um cenário de clima ameno, com uma leve brisa movimentando as folhas da árvore e no silêncio que o cômodo lhe proporciona. Seus silêncios nunca mais haviam sido tão silenciosos. Sua mente lhe traia e a levava para ele, aos tantos dias e momentos juntos, aqueles toques, beijos, prazeres…



- Me diz então o que não é mentira? - Colocou a mão na coxa dela por dentro da saia e começou a dedilhar a pele alva. - O que hein? - A segurou firme com a outra mão e passou a mordiscar a pele exposta do colo dela e cada vez mais ele ia subindo a mão sobre a perna dela.


- Que…- Arfou e fechou os olhos quando sentiu a mão perto de sua virilha. - que Farosella é real, por exemplo. - Riu. - Ah se soubessem tudo é tão...aaaah


- Perdeu a calcinha? Porra.. - Gemeu perto do ouvido dela..- Já tá molhadinha. Delícia. - Começou a movimentar lentamente os dedos na entrada do sexo feminino.


- Parece que perdi…- Colocou uma perna do lado da dele, ficando assim de costas se apoiando no peitoral de Fogaça. - E você já devia ter saído. - Virou o rosto para olhá-lo e puxou o lábio dele com os dentes.


Fogaça puxou os fios de cabelo dela para trás e continuou os movimentos, subindo e descendo. As respirações já estavam descompassada e a boca da guapa formava um “o”, enquanto ele chupava seu pescoço.


Arrastava os dedos pelo couro cabeludo, escorrendo pelos fios negros em seguida, puxando firme. Assim como excitava cada vez nos pontos G da Argentina. Passando pelo clitóris, pequenos e grandes lábios e clitóris novamente.


Paola subiu as mãos até seus seios e passou a tocá-los sensualmente. Tentava cada vez mais puxar o ar que acabava faltando.


- Puta que pariu! - Falou rouco aumentando seus movimentos. - Você é minha. Tão minha.


….



As sandálias se chocavam contra o piso do corredor do prédio, levando-se para longe de tudo que estava atormentando sua cabeça. Seu corpo a levava, sem que pudesse reagir ou pensar sobre as ações que estava tomando ou para onde estava indo, simplesmente ia. Seu corpo parou de frente a porta de madeira escura e a fitou. Não era a primeira vez que estava ali, mas se sentia tão desnorteada quanto. Uma sensação sem tamanho começara a invadir…


Mas afinal, o que agora teria a perder? Nada.


Antes que pudesse se dar conta, batia inconsciente e apressada em busca de algo que ainda não sabia o quê. Mas de qualquer coisa que ele pudesse lhe dar.


A porta se abriu instantemente, e o primeiro tiro veio. O oxigênio lhe fugiu e tudo em volta havia se paralisado. Fitou seu corpo bem definido e coberto de tatuagens era tudo que ansiava no momento. A garganta seca e a boca semi aberta era sinal de seu nervosismo e ansiedade.


- Paola!


Levantou o olhar até encontrar o dele. Temia o que vinha pela frente.


- Oi Fogaça.


O silêncio se fez presente e a troca de olhares cada vez mais intensa.


- Sabia que você ia aparecer…


- Relutei, mas vim parar aqui. Talvez inconsciente, procurando qualquer coisa que me tirasse de tantos pensamentos. E que ironia...cheguei no meus caos. - Seu corpo se aproximou aos poucos, ao dele.


As mãos tatuadas encontraram o rosto dela e a sentiu suspirar. Deslizou até o queixo, depois subiu para os finos lábios, que estavam entreabertos.


- Vem. Entra!


A porta se fechou atrás dele e ela caminhou pela sala, virando-se para ele. -  Três dias. Três dias se passaram e… - Suspirou. - No sei o que está acontecendo comigo. Estou preocupada, receosa, - Finalmente o olhou com os olhos marejados. - com raiva de mim mesma por ter deixado toda essa situação chegar nessa bola de neve. - Apertou os olhos e algumas lágrimas escorreram pelo seu rosto.


Fogaça se aproximou aos poucos a fitando em silêncio. Deslizou os dedos pelo rosto dela e enxugou uma lágrima com o polegar.


- Eu terminei com Jason. - Jogou as palavras rapidamente e Fogaça ficou paralisado por alguns segundos com uma expressão séria. - Quer dizer… estamos dando um tempo.- Disse em tom baixo como se estivesse reprimindo a si mesma. Passou a fitá-lo esperando que ele falasse alguma coisa. - Um dia antes da festa tivemos uma conversa e então decidimos isso. Mas há tanta coisa em jogo. Me desculpa. - Sussurrou as últimas palavras.


- Queria tanto que tudo tivesse sido diferente. Esse teu medo, argentina… nos privou de tanta coisa. Privou você. - Disse em um fio de voz. - Porra, cê sabe - olhou para o objeto de ouro em seu dedo e o retirou. - que isso aqui também foi teu medo.- Jogou a aliança sobre a mesa que fez barulho contra o vidro. Paola olhou para o objeto e comprimiu os lábios com força tentando segurar as lágrimas em vão. Poucas palavras. Mas que devastaram o coração de ambos em segundos.


Aproximou-se cada vez mais seu rosto ao dela. Encostou a ponta do nariz na bochecha rosada, inspirando o perfume que exalava. - Você é minha. Tão minha. Deixa eu ser teu porto seguro? Pelo menos dessa vez.



“De dois corações um só se fez
O que vale mais que dois ou três.”
Dois Corações - Banda Melim





Notas Finais


Fiz diferente e coloquei a música toda dessa vez. E aí...agora vai? Haha até a próxima ❤️


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