1. Spirit Fanfics >
  2. Bleeding Love >
  3. Capitulo 28

História Bleeding Love - Capitulo 28


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


PRIMEIRAMENTE VÃO AO LINK LA EMBAIXO E ABRAM O VIDEO NO MOMENTO CERTO DEEM PLAY

Vamos ao glossário
Rom = forma que os romanos antigos chamavam os ciganos
Gitanos = Como se diz Cigano em espanhol catalão

Espero que gostem <3

Capítulo 28 - Capitulo 28


Sevilla – Espanha – Século XVII

Finalmente chegamos a província espanhola, sair daquele continente que estava vivendo seus piores dias, vendo irmão vender irmão aos europeus para servirem de escravos, deveria ser doloroso, ainda mais para Normani, aquele era seu povo, mesmo sendo princesa de uma tribo apenas. Seviilla, servida de boa música e boa comida, as mulheres espanholas com certeza não economizavam nos decotes, o calor era seu aliado e o bronzeado era sua maior arma, Vero ficava louca toda vez que estávamos na Espanha, era como um cão no cio. Normani já não era mais uma criança,já tinha mais de um ano, mas ainda possuía o olhar humano, se maltratava internamente por se alimentar de outras pessoas, ao contrario das princesas européias, ela era humilde, bondosa e ingênua, características parecidas em todas as filhas de Ian antes de se tornarem, demônios sugadores de humanidade.

- Ah doce Espanha, senti saudade das suas ruas mal cheirosas e das suas mulheres decotadas – Vero falou abrindo os braços, a rua tinha pouca movimentação, putas pelas ruelas e assaltantes a espreita

- Você disse praticamente a mesma coisa quando estávamos no Marrocos – Normani rebateu

- Mulheres de burca são atraentes, imagine só o que poderia esta por baixo da burca – Vero riu, enquanto observava a movimentação

- Deveria ter mais pudores ao falar, há pessoas na rua e elas podem lhe ouvir – Normani a repreendeu, era engraçado como a mais nova de minha irmã, agia como se fosse a mais velha, nos repreendendo e ensinando a como nos portar, quando eu vivi em meio a corte praticamente toda minha não vida, assim como Vero, talvez seja por isso que deixamos o nosso lado cortês para as pessoas certas

- Eles não entendem nosso idioma, a maioria deles são pessoas analfabetas e pobres – Vero disse enquanto parava para cumprimentar um homem na rua, ele retirou seu chapéu e deu um sorriso galante

- Buenas noches señorita – o homem falou

- Buenas noches, eu gostaria de levá-lo para aquele beco e beber todo seu sangue – Vero apontou para o beco e o homem sorriu assentindo, ele realmente não entendia o que ela dizia, tirando o boa noite dado em espanhol

- Não chame atenção Veronica – me pronunciei pela primeira vez

- Não vai me acompanhar? – apenas neguei com a cabeça – E você Normani?

- Vá, faz dias que não se alimenta – falei firme

- Mas...

- Apenas vá. Veronica certifique-se que ela vai se alimentar direito, me encontrem na praça da cidade – elas assentiram e deram o braço para homem que ria enquanto Vero o chamava de idiota e Normani estava calada.

Segui para a praça da cidade, eu não estava com fome, queria algo novo, algo diferente de tudo que já provei, mas todos pareciam iguais, fui andando para praça, mas um local um pouco afastado me chamou atenção, havia uma enorme fogueira e pessoas dançando e cantando, enquanto batiam palmas, aquilo me chamou atenção, fui me aproximando, vi pessoas com roupas coloridas, homens e mulheres dançavam ao redor da fogueira com suas roupas coloridas, eles eram Roms, nunca vi esse povo de perto, mas muito ouvi falarem deles e de sua cultura, eram nômades, não se prendiam a um local, mas deixavam sua marca. Movida pela curiosidade fui chegando cada vez mais perto, era como se estivesse sendo hipnotizada por seus movimentos, uma dança que nunca vi antes, me esgueirei por trás das árvores ali presentes e fiquei observando.

- ¿por qué estás aqui? – uma voz feminina saiu de trás de mim, me virei lentamente e a vi, uma mulher por volta de seus dezoito anos, com uma blusa de seda branca com um lenço verde no cabeça, deixando apenas a parte de baixo dos seus longos cabelos negros caídos, sua saia era vermelha com detalhes dourados e nos pés tinha botas, muitas bijuterias e itens dourados – ¡ respóndeme!

- Sólo estoy viendo – respondi calma, a beleza daquela mulher era única e era o que eu estava procurando

- Você é Inglesa? – ela perguntou em inglês

- Sim, sou de Londres – vi receio em seus olhos, na época de caça as bruxas qualquer povo com uma cultura diferente se sentia ameaçado na Europa – Eu estava passando e a dança do seu povo me chamou atenção, apenas decidi observar de longe para não atrapalhar

- Não consigo vê seus olhos pra dizer se está mentindo – ela falou se aproximando um pouco mais – mas vou lhe mostrar mais de perto, venha – ela saiu das árvores e eu a segui, quando chegamos eles me encararam, ela puxou minha mão e nos sentamos num dos troncos ali – Papa, esta chica parece querer aprender sobre nosotros. Usted permite que se quede? – ela se virou para falar com um homem de idade avançada

- Entonces mostrarle como una verdad danza gitana – O homem falou e a jovem mulher parecia animada

- Meu pai permitiu que participasse da nossa comemoração – ela falou se virando pra mim, apenas assenti, ainda estava perdida naquele show de cores e gingados – Agora posso vê seus olhos – ela puxou meu rosto – Esmeraldas, primeira vez que vejo alguém com olhos assim, eles são tão bonitos, pena que vejo apenas vazio e escuridão neles

- Então consegue vê a minha alma através dos meus olhos Rom? – a mulher franziu o cenho

- Você sabe como os antigos nos chamavam, já conheceu meu povo antes? – apenas dei um meio sorriso e neguei

- Poucos são os que nos chamam de Rom – ela falou desconfiada

- Conheci alguns desses poucos, como posso chamar vocês sem ser atacada? – ela sorriu

- Gitanos – num sotaque espanhol maravilhoso ela falou, quando a música parou, ela se levantou – Vou lhe mostrar como uma Gitana de corpo e alma dança

(Play – link notas finais)

Seus olhos escureceram e um vento fez a fogueira balançar, todos que estavam em pé ao redor da fogueira saíram, a voz do homem soava pelo ambiente e todos permaneciam quietos, ela estava parada quando o som do instrumento de corda soou ela começou a se mexer, as pessoas ao redor batiam palmas enquanto ela se movia sensualmente, enquanto sacudia sua saia, era possível vê como as chamas se moviam de acordo com seus movimentos, a cada vez que ela batia os pés no chão a chama da fogueira aumentava, um dos homens entrou no meio da dança para conduzi-la, mas ela era quem ditava os passos e ele parecia perdido ao olhar nos seus olhos, ela o dominava sem nem a menos tocá-lo, que tipo de feitiçaria era essa? Porque eu me sentia tão atraída por ela? Não conseguia tirar minha atenção da mulher que dançava, quando seus olhos se encontraram com os meus foi como se eu a pertencesse, como se ela tivesse todo domínio sobre mim, aquilo era assustadoramente incrível, mesmo depois de desviar o olhar me sentia presa a ela, quando a música chegou ao fim, ela deixou o homem lá que parecia tão perdido quanto eu naquele momento, o que era aquela mulher? Nunca vi nada igual antes

- Então já viu algo igual pelas ruas de Londres – ela se sentou ao meu lado novamente, seus olhos ainda estavam curiosamente escuros

- Nunca vi nada igual antes – ela deu um sorriso presunçoso

Passamos boa parte da noite ali entre eles, mas eu precisava tê-la, ela era diferente e aquilo me instigava ainda mais a querê-la, quando ela me convidou para ir até o rio pegar água, aquela seria a chance perfeita, quando lhe entreguei o cantil que estava em minhas mãos ela pegou a direita para vi e abriu

- Sua linha da vida é tão espessa, longa pode-se assim dizer, diferente de todas as outras que já vi, sem contar que vejo, morte, dor e traições no seu passado – puxei minha mão rapidamente

- O passado é algo para se ficar para trás, o presente é o que me interessa, afinal ele é uma dádiva – a mulher sorriu de canto pra mim – Eu deveria me preocupar por estar estranhamente atraída por você – a mulher parou o que estava fazendo e levantou o olhar, parecia não acreditar no que eu dizia

- Atraida como? – ela largou os cantis a beira do rio e se aproximou de mim

- Como muitos diriam que não é certo esta – seus olhos estavam escuros novamente, mas ela tinha um sorriso nos lábios

- Isso nunca aconteceu antes – ela então acariciou meu rosto – Não com uma mulher

- O que? – falei me aproximando mais dela, que não recuou nenhum passo

- Meu poder de sedução – nossas bocas estavam bem próximas – Mas devo admitir que estou estranhamente atraída por você também – ela então avançou um passo e nos beijamos ferozmente, eu a queria, não só sexualmente, eu queria seu sangue, queria sentir seu gosto, ela estava escorada na árvore com as pernas levantada enquanto nos beijamos, sua veia pulsante me chamava, eu queria seu sangue, não agüentava mais esperar, então na primeira oportunidade cravei minhas presas ali, tapei sua boca e segurei seu corpo com força, era delicioso, um sabor único, sabor o qual nunca havia provado antes, seus braços golpeavam minhas costas, até que algo me queimou e eu tive que me afastar, ela usava um bracelete de prata. Ela levou as mãos ao pescoço, ela poderia correr ou gritar, mas estávamos afastadas demais para alguém ouvir, então quando ela fez menção de correr a peguei novamente, agora a agarrava por trás – Me deixe ir demônio

- Eu só quero me deliciar mais um pouco com o sabor do seu sangue, bruxa e se for boazinha ainda te faço sentir coisas que nunca sentiu antes – ela lutava e eu consegui depois de me machucar retirar seu bracelete de prata, ela parou de lutar e foi mais fácil de tê-la de todas as formas. No fim estávamos uma de frente para outra, eu pensei que ela fosse correr, mas ela estava agarrada a mim com as unhas encravadas nas minhas costas e ofegante, sua blusa estava aberta, ela resistiu na primeira, mas na segunda vez ela queria tanto quanto eu. Suas mãos saíram das minhas costas e subiram até meu rosto

- Eu posso saber seu nome pelo menos? – a mulher falou me olhando nos olhos

- Lauren e o seu? – era impossível não ter um sorriso vitorioso nos lábios, consegui tudo o que queria aquela noite

- Alba – ela sussurrou em meu ouvido, logo depois disso meu corpo parecia petrificado – Você achou mesmo que eu deixaria você ir sem pagar pelo que fez – ela passou a mão pelo meu pescoço até o inicio do meu busto

- No fundo eu sei que você gostou, por isso estava gemendo Lou... – ela fez um movimento com a mão e eu não conseguia mais mover minha boca como todo meu corpo

- Foi bom, mi amor – ela se aproximou de mim e me deu um selinho – Eu conheci outros como você, eles me queriam da mesma forma que você, mas você me desarmou quando ficou de costas pra mim, então eu tive que permiti, mas agora eu irei me vingar – eu estava indefesa, tentava me mexer, mas não conseguia parecia que mil cordas me amarravam – Talvez minha magia seja o que vocês denominam de bruxaria, mas o que importa agora, você irá pagar demônio, irá pagar por todas as vezes que tocou em alguém e tirou sua vida, não irei me vingar só por mim, mas por todas essas vidas que você tirou injustamente – ela se abaixou e pegou o bracelete no chão – A prata é a sua fraqueza – ela passou aquele bracelete lentamente pelo meu rosto, fazendo com que queimasse minha pele, trazendo uma dor agonizante, ela ficou bem próxima do meu rosto, seus olhos escureceram ainda mais – Você irá sofrer, todos os dias sentirá as dores de ser queimada por esse objeto, esta será sua maldição Lauren, a maldição por ter tocado uma gitana verdadeira e se as forças superiores decidirem te deixar continuar vivendo, pensarás duas vezes antes de ser meter com os gitanos novamente – os ventos se agitaram, o medo tomou conta de mim, o que era aquilo que parecia subir pelas minhas veias, a mulher selou nossos labios uma ultima vez e sua risada ecoou assustadoramente pela floresta, então ela sumiu e com isso a dor agonizante tomou conta de mim, era como se houvesse prata por dentro das minhas veias, queimando e me matando lentamente, eu iria morrer, lenta e dolorosamente, maldita seja aquela bruxa, se eu sobrevivesse a caçaria e a mataria.

Eu consegui me enterrar ali para me esconder do sol e apenas em quanto eu dormia a dor cessava, mas quando me levantava a dor voltava, depois de dias ela se tornou costumeira e consegui voltar para cidade, encontrando minhas irmãs, que disseram ter procurado por mim e que já estavam imaginando o pior. Quando elas me mostraram meu reflexo, pude vê as veias negras que saltavam das partes descobertas do meu corpo, iam do meu pescoço aos meus olhos, tomavam completamente meu corpo

- Vamos matá-los, todos eles  - esbravejei acertando a mesa

- Não sabemos para onde eles foram – Normani falou

- Portugal e de lá eles devem ir para uma das colônias espanholas, a caça as bruxas lá é menos que aqui – Veronica disse

- Vamos matá-los, todos eles, mas minha querida Alba será minha, eu teria o prazer de matá-la lenta e dolorosamente – minhas palavras frias e meu instinto de vingança gritavam dentro de mim

- Acha certo matar todas aquelas pessoas apenas pra se vingar de uma delas? – Normani falou

- Você mandou matar toda uma tribo só porque mataram seu amado – eu gritei e ela se encolheu – Eu serei o carrasco deles, com ou sem ajuda de vocês, queimarei todos eles na fogueira como bruxos e ela vai assistir – foram minhas ultimas palavras antes de partir para Portugal, Veronica e Normani me acompanharam, descobri que eles iam pra uma ilha que havia sido colonizada por espanhóis, pegamos uma embarcação, seriam dias de viagem, levamos caixões para as manhãs, fingimos estar velando parentes que gostariam de ser enterrados naquela ilha, ninguém perguntou mais nada, apenas deixaram eles bem isolados no navio, para os marinheiros trazia má sorte, eu quase não ficava a vista, além da dor agonizante e das veias negras, eu acumulava um sentimento de vingança sem tamanho contra aquela mulher. Quando chegamos a ilha minha vingança foi concluída, os religiosos cegos por escrituras manipulativas, foram até eles e durante uma de suas festas enquanto Alba manipulava a fogueira enquanto dançava eles os prenderam, todos eles foram queimados, a mulher chorava histericamente deixada para vê-los queimar, tudo estava saindo como planejado, ela estava chorando presa aquele tronco, via algumas pessoas ali sentirem pena, mas eu não sentia isso, eu não tinha emoções, eu não era fraca como essas bolsas de sangue, peguei a tocha e caminhei para perto dela, eu vestia um capuz não queria e nem podia deixar ninguém vê aquelas veias. Olhei pra cima e ela pode me vê, naquele momento a tristeza abandonou seu olhar e deu lugar a ódio e raiva, talvez as mesmas coisas que eu estava passando com meu, mas o sorriso irônico e debochado surgiu nos meus lábios quando eu joguei a tocha e o fogaréu se acendeu. Os gritos da mulher eram assustadores aos outros, mas eram música para os meus ouvidos

- Meus irmãos irão me vingar. ¡Nos vemos en el infierno Lauren! – foi o ultimo grito que ela deu provavelmente antes de morrer, aos poucos fui sentindo o alivio, a maldição já não tinha mais efeito e aquele sentimento de satisfação me deixou com um bom humor invejável a qualquer um

- Isso tudo foi meio dramático – Veronica falou rindo - Digno de Shakespeare

- Não, Shakespeare escreve sobre amor e não havia nem um pingo de amor aqui – Normani falou

- Exato, aprendam minhas queridas irmãs, amor é uma fraqueza, essa era a fraqueza dela, eu fiz ela sentir por algumas horas as dores que senti por semanas até encontrá-la – falei caminhando para um beco escuro

- Olho por olho e o...

- Mundo acabará cego!? – interrompi Normani, enquanto terminava um dito popular chulo  – Esse é meu desejo, assim podemos andar pelas sombras sem sermos importunadas. Você ainda guarda traços humanos, mas a humanidade te deixou, entenda isso, você nunca mais voltará a ser o que era, agora você é um demônio que suga a vida das pessoas para manter a sua, aja como tal a minha presença, é ofensivo ouvir alguém de nossa raça falar como uma bolsa de sangue, então porte-se porque iremos para o Elisio e eles não serão tão complacentes como eu – falei firme a repreendo

- Sim Lauren – ela abaixou a cabeça

- Lauren, ela ainda é nova, diferente de nós vive em outra época, deveria ser mais paciente com ela – Veronica tentou intervir

- Mais paciente que já sou? Se for mais paciente ela irá começar a se alimentar de sangue de animais, o que seria um ultraje – falei ríspida caminhando pelas ruelas da pequena cidade

- Se assim ela quiser, ela deve fazer – Veronica falou e eu virei para ela indignada

- Como pode dizer uma coisa dessas? É você quem coloca essas idéias inaceitáveis na cabeça dela, deveria contar a ela sua experiência com sangue de ovelhas, talvez ela pare de ser tão teimosa – esbravejei, havia um homem de frente a um posto, deveria está fazendo suas necessidades ali, esperei ele acabar e sem muita calma o arrastei para um beco, tampava sua boca para ele não gritar – Normani como é a mais nova fique com a jugular, Vero e eu ficamos com os pulsos – a mão dela substituiu a minha que tapava a boca do homem – Não beba a ultima gota se não seu corpo apodrece

- Sim Lauren – ela o mordeu fazendo um pouco de sangue espirrar, Vero e eu atacamos seus pulsos e em menos de dois minutos o homem estava morto e minha fome parecia ter aumentado ainda mais...


Notas Finais


>> https://www.youtube.com/watch?v=GK6H4mZK9Rw <<

Ahhh a Lolo é um amor gente <3 HAUHAUHAUHAUHUAAUHAUHAAUHAUHAU


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...