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História .blemish - .sentimentos


Escrita por: atzpoetc e eijisyj

Notas do Autor


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAa

leiam as notas finais depois, por favor, por favor

Capítulo 4 - .sentimentos


Fanfic / Fanfiction .blemish - .sentimentos

 JongIn

Desde que ouvi falar de Do KyungSoo, eu tive um mal pressentimento. Ele não era só alguém que meu irmão havia acabado de conhecer, ele era uma ameaça. Uma ameaça à minha relação com LuHan. Então, passei a querer conhecer a pessoa de quem meu irmão enchia o peito para falar, e, quando finalmente o conheci, a impressão que eu tive inicialmente foi totalmente contrária. Caramba, se eu soubesse que ficaria de quatro por ele, eu não teria implicado tanto. E, nesse exato momento, se pegarem um termômetro para medir a temperatura do meu sangue, é capaz dele explodir.

Primeiramente, beijei seus lábios de forma suave, e a cada selar os beijos iam se intensificando. Eu já tinha minhas mãos por dentro da sua blusa, e ele tinha suas mãos frenéticas em meus cabelos. Sem separar nossas bocas, desci minhas mãos por seu corpo, colocando uma de cada lado de suas pernas, cravando os meus dedos em suas coxas, o levantando e colocando-o sentado na pia. Me posicionei entre suas pernas, e ele logo as fechou em minha cintura. Segurei suas nádegas com força, fazendo com que ele se esfregasse contra o meu membro, que já estava rígido e dolorido por debaixo da calça. Quando KyungSoo sentiu meu pênis pulsar, automaticamente ele acelerou os movimentos.

— Jongin... e-eu nunca fiz... — KyungSoo falou de repente enquanto eu acariciava suas costas. Imediatamente tirei minhas mãos de onde estavam. Com certeza eu não iria forçar nada, e ver sua expressão adorável de vergonha me fez sorrir um pouco.

Não vou mentir. Sempre quis ser o primeiro de alguém. O primeiro que iria lhe proporcionar um tipo de prazer que só o sexo é capaz de dar. Contudo, não só o prazer, é claro. Na minha opinião, o sexo não precisa ser algo banal, com brutalidade, cheio de masoquismos. Claro que existem pessoas que gostam desse tipo de coisa, mas, para mim, esse ato precisa ser feito também com carinho, atenção e, sobretudo, amor. Entregar o seu corpo para alguém não é fácil, e a minha última intenção nesse momento é causar desconforto para KyungSoo. Afinal, eu gostando ou não, sinto algo por ele que ainda sou incapaz de descrever.

— Tudo bem... respeito sua decisão de não querer isso agora e... — fui calado com mais um beijo quente e eufórico, que me deixou totalmente sem ar.

— Eu quero. — ele falou após cessar o beijo. Eu pude ver em seus olhos o tamanho desejo. O mesmo desejo que o meu. KyungSoo queria que eu fosse o seu primeiro. — Eu estou pronto.

Mais uma vez eu não pude deixar de sorrir um pouco, o que fez ele sorrir também.

Com toda a paciência do mundo, comecei a tirar a sua jaqueta e depois a joguei em um canto qualquer do banheiro. Olhei mais uma vez para os seus olhos, e eles brilhavam. Brilhavam tanto que eu fiquei hipnotizado por alguns breves segundos. Como é possível alguém ter olhos tão bonitos?

Levei minhas mãos até a barra da sua camisa, a levantando minimamente. Antes de prosseguir o meu ato, lhe encarei, como se pedisse permissão para aquilo. KyungSoo levou seus lábios aos meus, depositando um selar singelo neles, então, eu entendi que ele estava totalmente entregue para mim.

Continuei tirando a sua camisa, e assim que me desfiz dela, pude ter a completa visão do seu peitoral branquinho, totalmente intocado e exposto. Com os meus dedos, tracei um lento caminho por sua pele macia, me controlando para não senti-la com a minha língua. Eu precisava ser cauteloso.

Tudo no seu devido momento.

Para deixá-lo mais a vontade com o meu corpo, o desci da pia e peguei em suas mãos, as colocando perto da minha camisa, pedindo para que ele a tirasse como eu tirei a dele. KyungSoo não hesitou nem por um segundo, logo já havia se livrado daquela peça de roupa, e eu pude notar que ele sorria com aquilo. Decidimos que aquele seria o nosso joguinho do momento. Cada um ia se desfazer de uma peça de roupa do outro. Eu tirava uma dele, logo depois ele tirava uma minha. Sem pressa, sem correria.

Parecia até que tínhamos todo o tempo do universo ali, só para nós.

Minutos depois, já estávamos os dois sem roupa alguma, encarando com desejo e ternura um ao outro. Eu só conseguia pensar no quanto que o corpo dele é lindo e perfeito. Sua pele alva e com alguns sinais de nascença tão bem distribuídos por sua tez, como se dançassem por ela. Toquei em alguns deles, sentindo sua pele esquentar a cada mínimo contato.

— Do KyungSoo... você quer que seja especial? — perguntei enquanto passava minhas mãos por sua face, vendo ele soltar alguns gemidos arrastados.

— Eu quero... quero muito. — ele respondeu num tom baixo, quase sussurrando.

Peguei em sua mão e o puxei para dentro do box. Liguei a ducha, que jorrava uma água morna e agradável o suficiente para aquele momento. Coloquei nossos corpos embaixo da água, um de frente para o outro, e percebi que KyungSoo estava muito, muito vermelhinho — acho que devido a vergonha de estar tomando banho com outra pessoa. Acariciei sua bochecha, o que ele fez ele estremecer um pouco. Sorri ao perceber que eu tinha uma espécie de controle sobre o controle dele. Acariciei mais uma vez a sua bochecha, e desci minha mão até a sua nuca, onde comecei a brincar com alguns fios de cabelo que ele possuía ali. O vi fechar os olhos, então, aproveitei para selar meus lábios ao dele, mais uma vez. Iniciei com um beijo lento, cheio de mordidas em seu lábio inferior, ouvindo-o soltar pequenos gemidos toda vez que eu sugava sua língua com vontade e puxava seus fios. Sem parar o beijo, o empurrei com rapidez até a parede, prensando seu corpo com o meu. Transformei o beijo calmo em um beijo veloz, necessitado e quente.

As mãos de KyungSoo não paravam de tatear o meu corpo, sentindo cada centímetro ao seu alcance. Aquilo estava me deixando extasiado, pronto para qualquer coisa, qualquer sensação que o menor pudesse me proporcionar. E, céus... eu já estava muito duro e só estávamos nos beijando. Como isso é possível? Qual o poder que Do KyungSoo tem sobre o meu corpo? Acabei percebendo que nós dois estamos submetidos um ao controle do outro, jamais tendo a total noção de como vamos nos comportar diante de um simples toque.

— Jongin... — KyungSoo praticamente gemeu meu nome.

Puta que pariu, eu sinto que posso gozar só com isso.

— Sim? — abri um dos meus olhos para fitá-lo.

— Vamos pra cama...

— Acho que você leu meus pensamentos... — falei sorrindo para ele.

Fechei a torneira do chuveiro, e deixei ele me guiar até a cama, nem me importando de nos enxugar. KyungSoo me pôs sentado na ponta da cama e parou à minha frente. Aproveitei para deixar alguns beijos estalados em sua barriga, enquanto passava minhas mãos por suas coxas. Isso não durou muito tempo, pois ele me empurrou contra a cama, fazendo eu deitar.

— Acho que o álcool está me fazendo ser mais solto... — ele falou enquanto engatinhava sobre meu corpo, e tinha um sorriso travesso nos lábios.

— Eu devo temer isso? — perguntei enquanto sorria, em admiração aquele lado libertino dele.

— Hm... talvez. — sorriu mais uma vez e mordeu os lábios, o que quase me fez perder o restante de controle que eu estava lutando para preservar.

— KyungSoo, você-

Não consegui terminar a frase, pois ele capturou os meus lábios, e, mais uma vez, eu fui dominado; mas agora me sentia completamente diferente de quando estava dentro do banheiro. Não era apenas tesão que me movia, era um sentimento a mais, e, quando KyungSoo desceu seu corpo e levou meu pênis até sua boca, chupando a glande, eu me senti completo, como se só ele fosse capaz de me proporcionar tal sensação.

Enquanto ele masturbava e chupava meu pênis, eu a todo momento dava espasmos e segurava seus cabelos com força, movimentando meu quadril ainda mais, parando apenas quando ele se engasgava.

Eu já estava chegando no meu limite, precisava sentir muito mais que só a sua boca envolvendo meu membro. Eu precisava me sentir inteiramente dentro dele, e ele percebeu. Retirou sua boca do meu pênis e trouxe seu rosto para perto do meu. Ele não parava de sorrir, enquanto passava sua língua pelos lábios, lambendo cada resquício de gozo.

— Você não disse que nunca tinha feito isso antes? — perguntei e ele deu uma risadinha.

— Eu disse que nunca tinha feito sexo, e não que nunca chupei alguém... — ele respondeu com sua voz grossa perto do meu ouvido, me fazendo estremecer mais uma vez.

Uma parte de mim ficou com um sentimento estranho. Não sei bem dizer qual, mas ele me fez ter inveja de quem quer que tenha sido o primeiro que ele chupou.

Será que foi daquela mesma forma? Será que ele gostou mais do sabor da outra pessoa? Ou será que...?

Acho que estou ficando louco, mesmo.

Troquei nossas posições rapidamente, fazendo ele ficar vermelho de vergonha novamente, como se o efeito do álcool não fosse o suficiente para afugentar toda a timidez que possuía perante aquele momento. Eu achei tão lindo e pornográfico ao mesmo tempo. Me inclinei sobre ele, para beijá-lo e espantar um pouco a sua timidez, o que deu muito certo, porque em poucos segundos a sua mão boba desceu até uma de minhas nádegas e saiu arranhando minha pele até o topo da minha costa.

KyungSoo estava completamente molhado. Não houve dificuldade alguma quando eu enfiei o primeiro dedo pra que ele se acostumasse, e quando enfiei o segundo, e passei a movimentar, ele fez uma careta. Eu me preocupei logo em parar, mas fui impedido por ele.

— Eu não quero te machucar, Soo...

— Não precisa se preocupar, eu só preciso de uns segundos para me acostumar.

— Tudo bem, mas se doer muito me avise, hm? Eu paro na mesma hora.

Ele concordou, então continuei com os movimentos. KyungSoo levou uns segundos para se acostumar, e, quando ficou pronto, ele mesmo se arreganhou, me dando a visão de sua entrada. Aos poucos ele passou a se movimentar.

— E-Eu quero mais... por favor... — pediu com a voz arrastada e de forma suplicante.

Peguei a camisinha, que sempre deixo de reserva no meu bolso da calça, e revesti devidamente meu pênis. Após isso, rapidamente voltei a me encaixar entre as pernas dele.

— Vou colocar... — avisei, e ele assentiu. Me posicionei entre suas pernas, o puxando um pouco pra mim, e aproximei meu pênis de sua entrada — Se doer muito você me fala.

Quando KyungSoo assentiu mais um vez com a cabeça, segurei firmemente a sua cintura e pressionei a minha glande em sua entrada. Ele se retraiu todo e eu não continuei. Esperei até que e recuperasse o fôlego. Ele respirou fundo e ordenou que eu continuasse. Mais uma vez eu segurei firme sua cintura e pressionei minha glande em sua entrada, conseguindo penetrar um pouco em seu interior super apertado. KyungSoo era tão quente e, devido a ele estar perdendo sua virgindade comigo, o seu aperto quase me fez enfiar tudo de uma vez, porém me contive. Quando ele autorizou, fui movimentando meu quadril para frente e para trás, podendo ouvindo seus resmungos baixinhos. Quando me coloquei por inteiro dentro dele, senti meu pênis pulsar, eu poderia gozar apenas com o fato de estar totalmente introduzido nele.

KyungSoo envolveu suas pernas na minha cintura, pressionando nossos corpos, e eu consegui acertar sua próstata em pouco tempo.

— Devagar... — ele mais gemeu do que pediu, e assim eu fiz.

No primeiro movimento eu saí por completo dele, e entrei devagar, com um pouco de dificuldade. Fiz esse ato três vezes, até que sua entrada estivesse acostumada com meu tamanho, mas, mesmo assim, ainda era um pouco apertada.

Me afastei um pouco para olhá-lo e percebi que ele tinha seus olhos perdidos nos meus. Retirei alguns fios molhados de suor da sua testa, enquanto intensificava as estocadas. Aproveitei uma das minhas mãos livres e passei a masturbá-lo de acordo com o ritmo das minhas investidas em seu interior.

Não demorou muito para eu acabar gozando, e ele também. Retirei meu membro de sua entrada e fui até o banheiro jogar a camisinha no lixo. Assim que voltei, vi KyungSoo ainda na mesma posição que o deixei, olhando para o teto. Me encostei na porta do banheiro e passei a admirá-lo.

— No que tanto está pensando agora? — perguntei, deixando escapar um sorriso pelos meus lábios.

Lentamente, KyungSoo virou seu olhar para mim, e ele sorriu também.

— Foi incrível... Então é isso que chamam de orgasmo? — perguntou baixinho.

Ri com aquilo e caminhei lentamente até a cama e me deitei ao seu lado. O puxei para me abraçar e iniciei um lento carinho em seus fios lisos de cabelo.

— Acho que o Chanyeol não vai se importar se a gente dormir na cama dele, né?

— Espero que não. — Kyungsoo abraçou a minha cintura, me puxando para ainda mais perto dele. — Está tão bom ficar abraçado assim... eu não quero ter que levantar agora. E você?

— Também não quero levantar daqui tão cedo...

E foi o que fizemos. Nem eu e Kyungsoo tivemos coragem o suficiente para levantar. Eu apenas envolvi sua cintura entre meus braços e o puxei para que ficássemos o mais próximos possível. Conversamos por mais alguns minutos antes do cansaço do sexo se fazer presente e o sono consequentemente chegar.

•••

Acordei no outro dia com os cabelos de KyungSoo fazendo cócegas leves em meu nariz. Me afastei um pouco para coçar o meu nariz, antes de voltar a enfiar o mesmo entre suas madeixas e sentir o cheiro de seu shampoo.

Apertei meus braços em sua cintura, acabando com qualquer mínima distância que havia entre nossos corpos. KyungSoo se mexeu um pouco, mas não acordou, ao contrário de mim que já estava desperto. Me afastei mais uma vez dele para olhar por cima de sua cabeça as horas no relógio de cabeceira do Chanyeol. Eram exatas 5:00 am. Meu Deus, um santo muito forte deve ter baixado em mim, porque para eu acordar nesse horário tinha que ser obra de alguém. Nem em dias normais, mesmo precisando acordar cedo, eu não acordo.

Tentei voltar a dormir, mas não consegui, então me levantei para tomar um banho. Antes abri o guarda-roupa do Chanyeol e peguei uma toalha, uma cueca e um samba calção. A água estava muito gelada e eu sou um cara muito friento. Cadê a água morna de ontem à noite? Acho que que o esquentou a água ontem foi o meu fogo, só pode.

Prontamente sofri os poucos minutos que passei no banho. Saí do banheiro já vestido e enxugando meus cabelos com a toalha, parando em frente à cama para observar KyungSoo dormindo. Ele fazia umas caretas fofas e, como seus lábios eram naturalmente avantajados, tinha sempre um biquinho neles. Lábios estes que foram atacados segundos depois, pois eu não consegui recusar o convite indireto que eles me fizeram.

— Hm... — ele resmungou, escondendo o rosto debaixo do lençol.

— Desculpa, não resisti...

— Por que você tá acordado? — sua voz saiu rouca e embargada de preguiça.

— Acordei e não consegui mais dormir.

— Deita aqui comigo... — uma das mãos saiu de dentro do lençol e começou a procurar por mim do lado de fora. Sorri com aquilo. KyungSoo é muito fofo, e eu só me encantava cada vez mais por ele. Segurei sua mão e a beijei. — Está gelado...

— É que eu tomei banho frio. — falei, já me embrenhando por debaixo do lençol e o empurrando um pouco para poder deitar e abraçá-lo, mas ele fugiu quando sentiu o choque térmico da temperatura de nossos corpos.

— Jongin, você está muito gelado!

— Ah, deixa de coisa, vem aqui. — o puxei e o abracei. Ele relutou um pouco, mas acabou cedendo, e me abraçou de volta.

— Esse sabonete é cheiroso.

— Também achei.

Senti um vento quente contra meu peito, me causando arrepios por todo o corpo quando KyungSoo sorriu soprado da minha resposta.

Ele voltou a dormir, mas eu, mais uma vez, falhei em voltar a dormir e a fome logo se fez presente. Então, com todo cuidado, me desfiz do nosso abraço. O deixei dormindo e fui em direção a cozinha.

A casa estava silenciosa e já era iluminada pela luz do sol que entrava pela janela no final do corredor. Caminhei alguns passos até ouvir a voz de LuHan vinda de um dos quartos. Foi nesse momento que eu lembrei de um dos motivos que me fez vir para a festa de aniversário do Chanyeol.

Me aproximei da porta para escutar melhor o que tanto ele choramingava, mas não consegui ouvir mais nada, e isso me fez abrir a porta automaticamente.

Ao abrir a porta, encontrei meu irmão dormindo serenamente em uma cama abraçado ao Tao. Suspirei aliviado ao ver que ele estava com nosso melhor amigo e não com o Senhor Cara de Jacaré. LuHan se remexeu, reproduzindo alguns resmungos. Tao acertou um tapa leve em sua testa e ele parou de se mexer.

Deixei o quarto e desci as escadas. Assim que entrei na cozinha, encontrei Chanyeol tomando café com um garoto de cabelos castanho mel, e sua aparência era um tanto feminina, assim como a do meu irmão. Seus cabelos estavam em confusão e ele parecia um leãozinho. Ninguém tinha percebido a minha presença até SeHun, que eu só havia notado ali quando ele me desejou ''bom dia'' e tomou um gole de seu café. Não o respondi. Nem a ele e nem a Chanyeol. Respondi somente o garoto, que, agora olhando melhor, ele era o mesmo com quem meu irmão havia saído nos murros até uns dias atrás.

— Bom dia! Baekhyun, né?

— Sim! — ele respondeu com um sorriso e todo tímido.

— Que mal-educado! — Chanyeol começou a falar. — E eu achando que você iria acordar de bom humor. Que foi? A noite não foi boa?

Tentei ignorar o sorriso sugestivo de Chanyeol e passei direto por ele até a mesa onde Baekhyun estava sentado, e me servi de café. Não iria responder até o mais inconveniente se pronunciar.

— É claro que foi! — SeHun falou quase sorrindo. — Olha só essas marcas de unhas nas costas dele!

— Cala a boca! — falei e Chanyeol e SeHun se olharam sorrindo.

— Do que estão falando? — Baekhyun perguntou confuso.

— Nada! — respondi antes que o Cara de Jacaré e o Dumbo revelassem. Não que fosse segredo, mas poderia ser que isso deixasse KyungSoo constrangido.

Tomei café em silêncio, mas Sehun, Chanyeol e o leãozinho conversavam o tempo todo. Já estava terminando de comer as bolachas com geleia de amora, quando meu irmão chegou na cozinha vestindo apenas a calça e com o tronco magro exposto. Assim como Baekhyun, seus cabelos estavam um caos, e ele coçava os olhos e bocejava. Eu pensei que ele viria sentar nas minhas pernas, como fazia quando era mais novo, mas não. Eu havia me esquecido que LuHan agora tinha 15 anos e mais parecia uma vara de pescar do que um bebê, mesmo que seu rosto fosse de um. Como era educado, ele desejou ''bom dia'' a todos e depois foi abraçar SeHun, que envolveu seu corpo como um lençol. Me mordi de ciúmes da cabeça aos pés. Eles deram um selinho rápido e eu virei a cara. O relacionamento deles não me descia. Não sei o porquê, mas tenho a impressão de que SeHun ainda vai magoar muito meu irmão, e quando isso acontecer, LuHan que não venha chorar perto de mim, porque eu vou jogar na sua cara as minhas duras palavras.

Enchi minha xícara de café de novo, mas no intuito de jogar nos dois pombinhos. Quando LuHan e Sehun pararam de se babar, meu irmão veio até a mesa e se sentou ao meu lado. Antes de me dirigir a palavra, ele fez careta para Baekhyun, que também correspondeu e mostrou a língua para ele. LuHan levantou a mão e fez que iria bater nele, mas Baekhyun se levantou correndo para fora da cozinha, sendo seguido por Chanyeol e o SeHun.

Fui deixado a sós com LuHan na cozinha. Ele pegou uma xícara na bandeja que ficava no meio da mesa e depois serviu nela o café da garrafa. Pegou algumas torradas e começou a passar a geleia enquanto eu assistia ele se fazer de desentendido.

Algumas pessoas podem achar estranho, mas toda essa cena e clima resumem no meu irmão e eu tentando fazer as pazes.

— Você dormiu com o Tao? — perguntei como quem não queria nada.

— Sim.

— Hm...

— O que você e o KyungSoo fizeram noite passada?

— Conversamos...

— A noite toda?

— Tínhamos muita coisa pra conversar.

— Jongin, eu fui no quarto do Chanyeol antes de descer. Você conversou com meu amigo a noite inteira e sem roupa?!

— Se você já sabia por que está enrolando tanto?

— Porque eu queria que você me dissesse!

— Você não me diz mais nada! Por que eu teria algo pra te dizer?

— Para com isso! Eu não disse porque você é iria surtar. Você não confia em mim e nem nos seus próprios amigos.

— Isso não é verdade! Eu confio em você. Eu não confio é no SeHun.

— Jongin, vamos parar com isso! Eu sinto falta do meu irmão mais velho, eu sinto falta do meu melhor amigo...

— Mentira! Você só fica de grude com aquele apático.

— Ele não é apático... — ele falou baixinho com um bico nos lábios e depois tomou mais um gole do seu café. Peguei a xícara da sua mão e comecei a beber do seu café. — Ei! Jongin, você tem o seu próprio café!

— Quer voltar a falar comigo ou não? — falei, e ele abaixou a cabeça. — Você gosta mesmo dele? — perguntei, e na mesma hora ele levantou a cabeça.

— Está perguntando isso porque vai deixar eu namorar o SeHun?

— LuHan, eu não posso te proibir de namorar o embuste do SeHun. Se eu pudesse, você nem estaria aqui... e nem eu.

— Que bom, até porque, mesmo você não gostando, eu ia continuar namorando o SeHun e...

— Tchau, LuHan! – tentei levantar, mas ele segurou minha mão, enquanto se acabava de rir.

— Jongin, para com isso! Você sabe que sempre será a pessoa que eu mais amo nesse mundo todinho!

— Não foi isso que pareceu quando o SeHun me bateu e você ficou do lado dele...

— Eu só não queria que a briga ficasse pior! Aff...

— Hm...

— Me perdoa?

— Não.

— Jongin! — reclamou um tanto alto, me fazendo rir.

— Fala baixo, criatura, não estamos na nossa casa!

— Você sabe que não é sempre que eu consigo controlar meu tom de voz. Então, vai me perdoar?

A verdade é que eu também não estava mais suportando ficar sem falar com meu irmão. Porra, eu sempre o protegi durante toda a sua vida. Cumpri o meu papel de irmão mais velho. Mesmo não gostando da ideia de ele começar a namorar, e justamente o SeHun, eu preciso aceitar isso. Eu sei que LuHan vai ficar triste se eu continuar nessa minha teimosia. Não posso deixá-lo se sentir assim.

— Sim, eu te perdoo... — logo que falei isso, LuHan praticamente pulou em mim e começou a me dar vários beijos pelo pescoço enquanto me agradecia. — Credo, para com isso! Você está com um cheiro esquisito!

— Estou? — parou de me abraçar para cheirar seu sovaco. — Eita, é mesmo... vou no banheiro me lavar.

— Eww, o SeHun sentiu isso quando te abraçou?

— Cala bocaaa! — tampou os ouvidos e saiu correndo da cozinha.

Comecei a rir e voltei a tomar meu café. Um alívio estranho e repentino tomou conta de mim. Acho que ter ficado sem falar com meu irmão tinha deixado meu coração pesado. Agora posso respirar com facilidade, sem a sensação de que algo está fora do lugar. Nem me imagino ficando por mais tempo que isso sem falar com LuHan. Certeza que eu não suportaria.

Não mesmo.

 KyungSoo

— Como assim você não vai me contar como foi?! — LuHan me perguntava pela milésima vez enquanto eu pegava alguns livros no meu armário da escola.

— Não vou contar, LuHan, é constrangedor dar detalhes!

— Mas foi com o meu irmão! Eu não vou achar estranho você falar que ele mete fundo e...

— LuHan! Dá pra você falar mais baixo? Daqui a pouco até o porteiro vai saber que eu perdi minha virgindade...

— Desculpa...

Peguei o restante dos meus livros e começamos a andar pra sala.

— Foi... bom. — falei baixinho, para só ele ouvir. LuHan começou a fazer várias outras perguntas, o que fez eu me arrepender de ter dito algo.

Meu dia vai ser bem longo.

•••

Assim que o sinal da última aula tocou, eu e LuHan terminamos de guardar nossas coisas em nossas mochilas e começamos a caminhar para a saída.

— Você vai fazer o quê hoje? — LuHan me perguntou.

— Acho que nada. Por quê?

— Quero sair pra comer espetinhos de peixe, vamos?

— E o SeHun?

— O que tem ele?

— Ele é seu namorado, por que não o chama para sair?

— Você não quer sair comigo ou...? — ele parou de caminhar e me olhou com os olhos semicerrados. Deu um sorrisinho, como se estivesse pensando safadeza. Saquei logo.

— E-Ei! Não é isso! E-Eu e o seu irmão... nós não-

— Calminha, calminha... — passou seu braço por meu pescoço e começou a me puxar para continuarmos caminhando. — Não precisa esconder do seu amigo aqui, okay? Eu não vou ficar com ciúmes, eu juro!

— Para, LuHan! Eu nã-

Parei de falar assim que vi a figura de Jongin parada na porta da escola.

— O que estava dizendo? — LuHan perguntou em tom de deboche e começou a me puxar com mais força, pois eu tentava ir para o lado oposto ao que Jongin estava. — Jongin! O que faz aqui? Pensei que ia ter aula até mais tarde.

— Cancelaram as aulas porque o professor está com hemorroida. — Jongin respondeu enquanto me olhava.

Senti meu rosto esquentar na mesma hora. O que está acontecendo comigo?!! Poxa, ele só está me olhando, então por que eu estou ficando vermelho, quase da cor de um tomate??????????????????

— Hemorroida, hm? Sei... — LuHan falou e me cutucou com seu cotovelo. — Olha, eu lembrei que preciso correr pra casa, sabe? Preciso muito... — ele dizia enquanto se afastava de mim e passava por Jongin.

— Mas você não queria comer espetinhos de peixe? — perguntei, e ao mesmo tempo pensava numa maneira de passar por Jongin sem parecer muito desesperado.

— Espetinhos de peixe? Nem gosto disso! — LuHan falou rindo e começou a andar rápido. — Tchau!

E me deixou sozinho com Jongin.

Comecei a olhar para o chão, na tentativa de tentar espantar a minha vergonha. Vergonha esta que eu nem sabia que tinha!

— Oi... — ouvi a voz baixa de Jongin, e tirei coragem de não sei onde para olhar para ele.

— Oi... — respondi baixo também e ele abriu um sorriso enorme.

Puta merda, puta merda, puta merda!

— Desculpa pelo LuHan, ele age meio estranho às vezes, né?

— Às vezes?

Jongin começou a rir.

— Acho que isso é de família.

— Você não veio aqui para buscá-lo? Vai precisar correr um pouco para alcançá-lo.

— Ah, sim... verdade. — acenou rápido e começou a andar de costas, enquanto me olhava.

— Jongin, você vai acabar caindo se não olhar pra frente!

— Você pediu para eu ir embora, então estou indo, ué!

— Eu não pedi isso!

Ele parou de andar de costas e passou a caminhar rápido na minha direção novamente.

— Então quer que eu fique?

— E-Eu... — caralho, eu odeio gaguejar. — Eu não sei, Jongin!

Passei rápido por ele e comecei a andar rápido em direção ao ponto de ônibus.

— Ei! — ouvi sua voz me chamar, mas não parei de andar.

O que deu em mim?! Eu não sou de fugir assim! A noite anterior foi tão incrível, e Jongin me tratou com tanto carinho. Por que estou fugindo assim? Eu gosto do Chanyeol, certo?

Não, KyungSoo, você não gosta do Chanyeol. Se você gostasse, não tinha transado com o Jongin.

Então...

Não! Eu não estou gostando de uma pessoa só porque transei com ela! Não mesmo! Eu posso muito bem transar com alguém e não sentir algo a mais. Posso sim, sou eu que mando nos meus sentimentos e decidido. Agora eu só preciso parar de fugir do Jongin, simples!

Pernas, parem de andar para longeeeeee!

Senti meu braço ser segurado, e só assim parei de andar.

— Soo, eu só quero me desculpar por ter saído da casa do Chanyeol sem me despedir... é que o meu pai me ligou, perguntando onde estava o LuHan, então eu tive que levá-lo para casa.

Me virei rápido para encará-lo.

— Oh... não precisa se desculpar. O SeHun me avisou sobre isso.

— O SeHun? Pelo menos para isso ele presta. — ele soltou meu braço e passou a coçar a nuca, como se estivesse confuso com algo, e depois apontou na minha direção — Por que estava fugindo de mim?

— Eu?

— Você.

— Não estava não.

— Estava sim.

Santa Mãe.

— Não estava fugindo de você, eu só não queria perder meu ônibus.

Será que saiu convincente?

— Ah...

Acho que não.

— Sobre ontem... você... sabe...

— Quer saber se eu gostei? — ele deu mais um dos seus sorrisos incrivelmente perfeitos. — Se o motivo de você estar fugindo assim de mim, for por achar que eu não gostei de ter transado com você, então já pode parar. Eu gostei, e muito.

Não resisti em sorrir também.

— Eu também gostei, e muito...

Ficamos alguns longos minutos nos encarando.

— Então, quer comer espetinhos de peixe? — perguntou, me fazendo sorrir envergonhado.

— Quero sim!

Ele pegou a minha mão e começou a me puxar.

— E só pra você saber, meu professor não está com hemorroida.

Continua...

 


Notas Finais


OI GENTEEEEEEEEEE

Caramba, que saudades que a gente sentiu de vocês!!1 Bom, primeira notícia: VOLTAMOS VOLTAMOS VOLTAMOS AAAAAAAAAAAAAva

também sentiram nossa falta, né?

segunda notícia: esse é o penultimo cap dessa kaisoo, mais tarde vamos postar o ultimo, e adivinhem quem vem depois??????? A HUNHANNNNN AAAAAAAAAA; bom na vdd a hunhan volta essa semana, só não sabemos o dia certo, mas ela volta com ctz.

enfim, chega de notícias, esperamos que tenham gostado desse nosso comeback

Até depois szszsz!!!


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