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História Blended - Jeon Jungkook - Vampiro - Devaneios dos 17's


Escrita por: lisse_0426

Notas do Autor


Oie, voltei 1 ou 2 dias atrasada, mas vcs vão me perdoar.

Prometo que o próximo teremos mais revelações e interações interessantes, afinal, a escola é sempre um poço de babados, né? KkkkKKK

Perdoem os erros e boa leitura...

Capítulo 8 - Devaneios dos 17's


Fanfic / Fanfiction Blended - Jeon Jungkook - Vampiro - Devaneios dos 17's

Eu gritei e bati nos travesseiros, e quase quebrei a janela. Eu tremia e as lágrimas escorriam por meus olhos. Foi a pior sensação que tive desde o acidente. Enganada e traída, idiota, ingênua, patética, esses eram os adjetivos que chamei de meus naquele momento de intensidade.

Em meio a um surto de adrenalina, abri as janelas, peguei impulso e pulei dali... Caindo quase que de imediato no chão, chocando todo meu corpo contra a terra esverdeada pela grama. A dor física não era relevante, apenas me levantei e corri em direção a floresta, sem me importar se alguém ficaria preocupado ou se me perderia ali.

Eu era novamente a garotinha que havia perdido tudo. Que se escondia ao se deparar com fortes emoções e que se excluía do mundo quando acreditava que ele não fazia mais sentido. Era quase que uma reação ensaiada, eu sempre corria pra floresta quando alguém me decepcionava. Mas dessa vez fui mais fundo adentro pelas árvores sem seguir um caminho certo ou pensando em como iria voltar.

Quando minhas pernas não tinham mais forças, apenas diminuí o ritmo e me encostei atrás de uma larga e escura árvore, assim como todas as ali próximas. Não tinha ideia do quanto tinha percorrido, mas percebi meu corpo exausto pelo esforço anormal. Minha respiração desregulada não era suficiente para encher meus pulmões de ar. Meu coração acelerado, mas eu não sentia nada. Talvez meu corpo estivesse mais resistente do que das outras vezes, pois passei bons minutos correndo, na verdade, muito mais que minutos, o sol estava em um ângulo mediano, diria que eram dez da manhã se não soubesse que havia acordado a pouco tempo. Não seria possível que eu tivesse corrido por duas horas e apenas me cansei agora.

Talvez tenha sido um delírio meu, ou talvez fosse verdade, afinal, tudo tem sido estranho nesse lugar, sinto que ele desperta algo em mim, algo assustadoramente forte.

“-É completamente sem sentido pensar nisso, Alicia.” - pensei respirando fundo e acreditando ser apenas um de meus delírios frequentes.

Observei os arredores e senti que o reconhecia, nunca estive nesse lugar, mas talvez minha alma sim…

“- Está a cada dia mais patética, Alicia.”

Continuei a observar a paisagem e era tão verde, a brisa fresca arrastava meus cabelos e as folhas que começavam a cair, o ar tinha um aroma amadeirado e adocicado, os raios de sol que invadiam a floresta por entre as rachaduras das copas das árvores traziam um ar divino, sentia-me no próprio Monte Olimpo.

Imaginava meu rosto naquele instante, os raios dourados tocando meu rosto provavelmente avermelhado pelo recente esforço físico, meus cabelos amarelados brilhando com o sol e o contraste com meus olhos esverdeados e as folhas do mesmo tom. Daria uma linda fotografia, apesar de não gostar de protagonizar minhas obras, mas vez outra eu abria uma exceção. Essa com certeza seria uma delas se eu tivesse minha câmera aqui.


Decidi caminhar e explorar o lugar, e, vagarosamente, caminhei sobre a grama irregular e aproveitar a calma que aquele lugar trazia. Brinquei em meus passos, passando sobre troncos ou pulando por pedras. Respirando o ar fresco daquele lugar.

Percebi que estava próximo de algumas colinas, então tive a brilhante ideia de subir ali para ter uma vista do lugar. Comecei a subir devagar as colinas que linha menos árvores que o resto da paisagem. O sol estava quente mas a ventania de fim de verão ajudava.

Subi até o topo e observei o lugar. Era realmente muito bonito. Mas... Eu não via a fazendo daqui... Céus, onde eu vim parar?

Comecei a caminhar tentando ir ao outro lado da colina para tentar enxergar a fazenda.

Percebi que no outro lado as árvores eram mais abundantes e o solo mais úmido, caminhei  cuidadosamente para não escorregar, mas foi exatamente o que aconteceu, um passo em falso e escorreguei por toda a coluna de forma tão rápida quanto um piscar de olhos e então... Tudo apagou.



Não sei quanto tempo se passou, mas acordei em um lugar semelhante a um hospital, estava deitada sobre a maca com um soro em meu braço, não sabia quando nem como havia chegado aqui.

Alguns segundos se passaram e minha avó e entrou no cômodo unicolor com uma feição preocupada.

- Ainda bem que está acordada. - veio até mim e segurou meu braço. - Como se sente?

- Confusa. Como vim parar aqui? Quanto tempo fiquei desacordada? - perguntei tentando encaixar as coisas na minha mente.

- Estamos na manhã de dia seguinte. Eu te trouxe aqui no fim da tarde de ontem. Nunca fiquei tão preocupada em toda minha vida. Te procuramos em todos os lugares possíveis. - desabafou, parecia cansada, não deve ter dormink esta noite.

- Mas como me encontraram? Eu estava muito longe da Fazenda, passei horas correndo. - ela parecia nervosa.

- Horas correndo? Querida vamos ter que te dar mais soro, ninguém normal passa horas correndo. Talvez o sol e a falta de nutrientes tenham te feito delirar. - não me convenceu.


De repente me veio um flash à cabeça. Eu estava na floresta jogada ao chão, meu corpo doía e o céu estava quase escuro, ouvi um uivo, olhei na direção com cautela pela dor, ouvi vários outros uivos e um deles se aproximava, logo ao longe vi um enorme lobo com seus pelos acizentados e olhos amarelos, ele se aproximava cada vez mais, como se me examinasse, e então estava tão perto do meu corpo que podia sentir seu calor, ele me cheirava, mas não pude tirar muitas conclusões, já que a última coisa que lembro ter visto foi o mesmo uivando, até eu adormecer novamente.

- Eu vi lobos na floresta, como se me procurassem... Eu estava a quilômetros da nossa casa. Nunca havia visto aquela parte da floresta... Eu... - ela me interrompeu.

- Querida se acalme. Você bateu a cabeça muito forte naquela árvore, deve repousar.

- O que? Eu cai de uma colina. - expliquei e ela negou.

- Você correu, tropeçou e bateu de cara com uma árvore. Estava próximo a fazenda, menos de dois quilômetros. - alisou meus cabelos devagar. - Agira né diga, sente alguma dor? - neguei, talvez tenha tomado analgésicos demais. - Ótimo... E sobre a Atena...

- Não fale este nome nunca mais. - a interrompi de forma rispida. - Não quero que ela seja assunto de nossas conversas nunca mais.

- Só queria dizer que ela estava tão preocupada quanto eu. Nunca vi alguém chorar tanto em toda minha vida.

- Pelo visto ela atua melhor do que eu pensava.


...

Não demorou muito para eu sair do hospital, fiquei com alguns curativos que logo foram curados, em apenas um dia, aparentemente minhas células estavam saudáveis.

É claro que não esqueci tudo o que aconteceu, mas percebi que não teria muitas respostas por minha avó, então seria melhor aproveitar o último fim de semana de férias e me distrair um pouco.

Chamei as meninas para ir ao lago brilhante e elas aceitaram, diceram que amavam o lugar e que hoje estaria vazio pois já estava esfriando.

Dahyun dirigia o carro em que estávamos indo. O lago ficava dentro de uma reserva nacional de preservação que era muito bem cuidado por todos e por isso era permitida a entrada no lago.

Estávamos ouvindo uma música qualquer no rádio enquanto conversamos sobre o lugar. Nada muito interessante, apenas a parte que jihyo contava agora:

- Dizem que as águas desse lago foram abençoadas pelos grandes Deuses durante a criação da Terra e que as bruxas usavam pra se purificar antes de diversos rituais. Além de que ele tem o poder de enfraquecer maldições... - olhei para Jihyo.

- Sério? - ela concordou sorrindo, parece que tínhamos outra amante de história, apesar que essas fantasiosas não me chamavam muita atenção, mas eu gostava de pensar no porque dessas lendas serem popularizadas. - Bem, então sairemos todas purificadas de lá. - eu disse sorrindo.

- Chegamos. Agora é só andar até o lago. - Day disse e logo descemos. Caminhamos poucos metros até o nosso destino e assim como todas as paisagens da cidade: era belíssimo.

- O que achou? - Jihyo perguntou ao ver minha expressão impressionada.

- Uau... É lindo demais.

- Talvez hoje possamos ter sorte e conseguir passar pela gruta. - Dahyun disse e me deixou confusa.

- É que atrás da cachoeira tem uma gruta entre as pedras, mas só da pra passar quando o nível da água está mais baixo. - explicou e com isso deixou tudo mais interessante.

- Vamos entrar? - Day perguntou.

- Posso fotografar vocês antes? - elas se entreolharam ecincordaram. Fotografei tudo ali e logo Dahyun empurrou Jihyo pra água. Eu ri e Ji ficou com uma feição irritada.

- A próxima vai ser você se não entrar logo. - ergui minhas mãos em rendição, guardei a câmera e pulei no lago. A água estava extremamente gelada o que fez meus músculos contraírem levemente e minha pele se arrepiar.

Day pulou espirrando água em todas nós. A água era cristalina e a queda pela cachoeira deixava algumas gotas no ar que formavam um lindo arco-íris. Era possível ver as pedras no fundo do lago, mas era muito mais fundo do que parecia, agradeço por saber nadar muito bem.

Ficamos algum tempo brincando com a água, era divertido estar com elas, me faziam esquecer por segundos os meus problemas.

- Podemos tentar entrar nessa tal gruta? - Day sorriu e concordou. Nadou para perto da queda d'água e nós a seguimos.

- Seguinte: temos que prender o fôlego aqui, nadar o mais fundo que pudermos e então vamos ver a entrada da gruta, não é muito grande mas da tranquilamente pra passar uma por vez, e então nadamos um metro e meio e podemos subir pra dentro. - concordei. - Levam 45 segundos de forma mais lenta, 35 pra mim e pra Ji que já sabemos como fazer. Acha que consegue? - me olhou e eu sorri.

- Claro que sim.

- Ótimo. Então eu vou na frente e você espera alguns segundos e me segue, certo? A Ji vai depois se caso algo der errado. Tudo bem meninas? - concordamos.

Day mergulhou, contei sete segundos e fiz o mesmo, ainda vendo o resquício de suas pernas brancas e cheinhas batendo em minha frente, a segui e logo a entrada, de fato não era possível que duas pessoas entrassem ao mesmo tempo, mas dava razoavelmente para uma entrar, continuei a seguindo e rapidamente ela nadou até começar a subir e novamente repeti seus atos, subindo à superfície, onde puxei o ar para recuperá-lo.

Estamos de fato ali. Era bem escuro, apenas alguns raios de luz do sol entravam por entre as frestas da Rocha que cobria o lugar. Haviam bancos de areia ali onde podíamos ficar.

Jihyo chegou poucos segundos depois de nós.

- Isso realmente é um tesouro... Todos sabem sobre esse lugar? - perguntei curiosa.

- Nem todos. Um biólogo descobriu quando éramos crianças, e como eram os amigas da família dele, ele nos mostrou. Nossos irmãos também sabem, nossos pais também, mas não acredito que esse segredo correu muito além disso. - jihyo explicou se juntando a nós duas na areia. O lugar era um pouco mais frio pela falta da presença do sol.

- Parece que tudo nessa cidade tem história.

- Sim... Dizem que esse é o real berço da sociedade vampírica. - Dahyun disse brincando e fazendo sons de terror, eu ri.

- Então essa é a real Transilvânia? Onde o castelo do Conde Drácula está? Será que ele vem e encanta moças para beber seu sangue? - brincamos.

- Ao menos o Conde Drácula tem algum interesse em mim... - Jihyo disse.

- Qual é, deixa esse garoto idiota pra trás, agora estamos em uma nova fase das nossas vidas. Ja passou muitos anos apaixonada por alguém muito impossível, talvez devêssemos ir atrás de alguém mais próximo. - aconselhei e ela suspirou.

- É o que eu venho dize do Há algum tempo, nunca adiantou. - Day disse como se já estivesse cansada do assunto.

- Talvez possamos fazê-la olhar pra alguém que nunca sequer olhou antes. Quais os garotos solteiros e acessíveis da cidade? - Dahyun pensou por um tempo.

- Na verdade não temos muitos homens solteiros na cidade. Na verdade mau temos homens. Temos o Yugyeom, JB, Jinyoung, Mark.... - citou. - Tem o BamBam e o Youngjae também... Você tem sete escolhas...

- Mas eu não consigo tirar o Taehyung da minha cabeça... Ele sempre esta em meus sonhos, pesadelos, desejos, tudo... Ele sempre é o personagem principal dos livros de fantasia que eu leio... - deitou-se sobre  a areia.

- Bem... Você disse que essas águas são sagradas, certo? - ela me olhou confusa e então assentiu. - E que eram usadas para grandes rituais antigos, correto? - concordou novamente. - Então podemos criar nosso próprio ritual pra tentar fazer você se desapaixonar por ele. - ela me olhou confusa. - Talvez tenha algum tipo de ritual que lhe tire o vínculo com alguém, não sei... Temos que pensar. Eu já estudei muito sobre civilizações antigas e seus rituais...

- Na verdade... Talvez eu possa ajudar com isso... Minha vida toda eu estudei bruxas e seus rituais. Descobri que ainda há uma religião presenta na atualidade cultua deuses antigos... Na verdade... Podemos fazer uma oração em simples a mãe natureza, se a cativarmos, ela se fará presente em nós e levará consigo tudo de ruim que está em nossos corações, mas você precisa acreditar. - Jihyo avisou e Dahyun a encarava com uma feição estranha. - A água vai intensificar tudo. Mas é importante lembrar que isso não é permanente, a grande mãe lhe ajuda no início, mas é seu trabalho prosseguir no caminho. - avisou. - Eu vou fazer a oração e ao fim dela, devemos entrar na água e permitir que ela lave nossa alma. - concordamos. - Fechem os olhos... - demorou alguns segundos para jihyo começar a falar...

-

"Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente ódio.


Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.


Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.


Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.


Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.


Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.


Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.


Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.


Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.


Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.


Que nos teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa...


E QUE A DEUSA TE GUARDE NA PALMA DE SUA MÃO ATÉ NOSSO PRÓXIMO ENCONTRO." - prestei atenção em cada uma de suas palavras. Apesar de ter pedido apenas pra descontrair, ela parecia levar a sério, apesar de eu ser cética quanto a isto. Assim que ela acabou de falar, pulamos na água novamente. Mergulhei por alguns segundos assim como ela sugeriu e então subi as olhando. Jihyo estava de costas pra mim.

- Ji, seu colar. - sussurrou Day e a morena foi rapidamente à areia e colocou seu colar de volta. Virando-se para nós, tenho certeza que a pedra era transparente e então tomou uma coloração roxa ao ser colocado em seu pescoço.

Pisquei algumaa vezes, deve ser a luz.

- Meninas como se sentem? - Ji perguntou.

- Revigorada. - eu sorri, de fato era essa a sensação.

- Estou pronta pra aguentar mais um ano com aquelas pessoas. - rimos...

Espero que eu me lembre desses momentos quando estiver velha, espero lembrar deles como os devaneios dos 17 anos...


Notas Finais


Obrigada por lerem e espero que tenham gostado.

Até o próximo.

Te amo vcs ❤❤❤


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