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História Blind Love - All Will Be Alright


Escrita por: MaBelleLuna

Notas do Autor


OI MA BELLES!
FINALMENTE APARECI, NÃO É MESMO?
Primeiro, desculpem a demora. A última semana foi meio que MUITO OCUPADA e não tive tempo de escrever nadinha.
Buuuut, agora estou livre e sim, AQUI ESTÁ O CAPÍTULO SAÍDO DO FORNO PARA VOCÊS!

AAAAAAH, CAPÍTULO DEDICADO AO MEU SQUAD MAIS QUE AMADO <3 E também as florzinhas que tem tirado um tempinho para falar sobre a fic comigo no twitter!

Talvez eu tenha divagado um pouco nele, ando meio distraída e pah... Mas foi o que saiu, então...
Aproveitem, belles! E leiam as notas finais!

Capítulo 29 - All Will Be Alright


Os últimos minutos não passavam de um borrão para Camila.

A mais nova ainda estava ao lado de Lauren tentando recordar o que acabara de acontecer. Em questão de segundos Lauren tinha avançado em direção à mãe de Camila, sendo impedida de continuar pela própria latina. A morena ainda estava ofegante e sua expressão aparentava estar sentindo alguma dor, mas não cederia assim tão fácil.

— Lauren, pare... – sussurrou Camila, as mãos nos ombros de Lauren impedindo-a de continuar sua trajetória.

— Me solta Camila, eu preciso... – a mais velha tentou intervir, o ódio era nítido em seu olhar perdido, porém determinado.

Não, não precisa. – disse firme, empurrando-a delicadamente para o mais longe possível de Sinu.

Sinu por outro lado olhava com certa curiosidade para toda a cena que se desenrolava à sua frente, não pode deixar de notar que a garota cega respirava agora com ajuda e um sorriso nasceu em seus lábios diante aquela cena deplorável.

Enquanto as outras meninas tinham a atenção voltada para Lauren e Camila, Dinah viu o sorriso cínico de Sinu e, desvencilhando-se de Sofia, foi até a mulher mais velha para enfrenta-la.

— Eu vou chutar a porcaria do seu traseiro se não sair daqui agora! – falou a polinésia avançando em direção a Sinu, que apenas ergueu uma sobrancelha diante o enfrentamento ousado da mais nova.

— Não foi essa a educação que Milika deu a você, menina insolente. – falou indiferente.

— Minha mãe me ensinou muitas coisas, Sra. Cabello, e uma delas, talvez a mais importante, é que sempre devo defender quem eu amo não importa do que ou de quem for. – Dinah olhava de queixo erguido para a mulher que emanava poder, porém não a intimidava o suficiente. Ou talvez ela estivesse tentando fazer parecer não estar intimidada, mas Deus sabia o quanto Sinuhe Cabello a assustava. – E não vai levar meus sobrinhos a lugar algum, então pode sair pelo mesmo lugar de onde surgiu.

Dessa vez a postura firme de Sinu vacilou, e Dinah viu ódio refletido nos olhos marcantes da mulher que tentava a toda custo não desmontar sua postura.

─ Primeiro, os gêmeos não tem nenhum laço de sangue com você. – disse Sinu fitando furiosamente a mais nova. – E depois, não quero e nem vou discutir isso com uma menininha qualquer. Vim para falar com Camila para tentar colocar um pouco de juízo em sua cabeça e provar que o melhor para os dois é estar com alguém que tem experiência com crianças, e não...

─ Só pode ser brincadeira! – dessa vez fora Lucy quem se pronunciou, surpreendendo a todos com sua explosão repentina. A morena logo saiu de onde estava ao lado da namorada e fora até Dinah, ficando lado a lado com a amiga. Vero estava logo atrás de Lucy, temia o que a garota faria já que nunca tinha visto esse lado da namorada. – Você é a última pessoa no mundo que tem alguma porcaria de experiência com criança! Desde que vim trabalhar aqui vi tudo vindo de você, menos compaixão para com os outros, principalmente com sua própria filha. Eu observei tudo, cada insulto, cada chantagem, cada maldita ordem que forçava a pobre da Camila fazer por puro capricho! Então, Sra. Cabello, sugiro que saia agora antes que eu mesma chame a polícia e sua tão preciosa reputação seja manchada por um escândalo.

O restaurante ficou em um tenso silêncio, Camila e Lauren que estavam agora mais afastadas de toda a confusão, ouviam tudo atentamente. Lauren não entendia o porquê de Camila tê-la impedido de continuar a avançar para cima de Sinu, a mulher merecia tudo, menos proteção.

Principalmente quando vinha de Camila.

Lauren não se importou com seu estado, não ligava se tinha feito uma operação de risco há menos de um mês. O que importava para ela agora era apenas a segurança de Camila e dos filhos da latina, e ninguém faria nada de mal com nenhum deles. Por outro lado, a morena ainda estava confusa com sua reação exasperada, não entendia esse extinto de proteção que tinha com os filhos da latina.

─ Quem diria que a mocinha calada era tão mal criada. – falou Sinu, sua voz nunca entregando seu real estado de humilhação. – Mas admiro sua coragem, nem todos tem a sua determinação. – Lucy bufou, porém Sinu ignorou o ato da mais jovem. Seu olhar agora parou na sobrinha que continuava na mesa onde as outras garotas observavam toda a cena. – Sofia. – continuou, e Sofia fechou a cara fitando a tia com toda a sua coragem. – Sempre soube que você era o elo fraco da família, assim como Camila. – os olhos hábeis de Sinu agora procuraram a filha, encontrando-a em uma mesa afastada ao lado de Lauren e agora Taylor que fazia companhia a irmão. – Tenemos mucho que hablar, Karla.

As duas trocaram olhares por mais alguns segundos, olhares significativos que, as outras podem não ter percebido, mas Dinah viu que algo estava acontecendo e que Camila não a contara. Sua atenção fora desviada quando Sinu girou nos calcanhares e, lançando um último olhar para a porta que levava ao interior do restaurante, saiu raivosamente do lugar que antes a pertencia.

O restaurante tornou a ficar em um completo silêncio, Camila ainda fitava o lugar por onde a mãe acabara de sair e seu coração batia descompassado e assustado diante o que poderia ter acontecido. Só de pensar na possibilidade de perder seus filhos... Camila balançou a cabeça tentando tirar esses pensamentos de si, não podia pensar nisso agora. Voltou-se para Lauren que agora respirava mais calma, porém sua expressão não era nada amigável.

— Bom... – disse Vero quebrando o enlouquecedor silêncio e puxando a namorada para a mesa onde estavam antes. – Isso foi bem interessante.

Normani, preocupada com o estado de Lauren finalmente levantou e foi até onde a morena se encontrava, Keana a acompanhou.

— Está tudo bem, Laur? – quis saber a amiga, hesitante. Lauren não respondeu, seu olhar era perdido. Normani a conhecia muito bem, no entanto, e sabia que a amiga estava se segurando para não explodir ali na frente das outras. – Meninas... – chamou, virando-se para onde as amigas estavam. – Por que não vamos ajudar Lucy a fechar o restaurante agora que finalmente está vazio?

— E por que... – começou Sofia, impedida de continuar por Dinah que puxou seu braço nada discretamente e fez um meneio de cabeça na direção de Lauren e Camila. – Ah! Claro, vamos... Eu preciso checar os gêmeos.

— Vou procurar a parada gay ambulante. – disse Vero se referindo a Carlos que ainda não tinha aparecido, a morena puxou Lucy consigo.

Camila parecia divagar e não percebia o que acontecia a sua volta, apenas quando notou o silêncio repentino se deu conta de que agora restavam apenas ela e Lauren. Teve um vislumbre ao longe de Taylor e Keana arrumando algumas mesas e cadeiras, percebendo também que o casal que antes estava no restaurante já tinha se retirado.

Derrotada e exausta, a latina sentou-se ao lado de Lauren fitando as próprias mãos e mordendo o lábio em sinal de seu nervosismo. Não sabia o motivo de estar assim, ok, na verdade ela sabia... A culpa era de Sinu, sempre era! A mulher não desistiria tão facilmente de destruir a vida de Camila, e isso era óbvio demais. O problema era que, Camila não entendia essa obsessão que Sinu tinha com os filhos da mais nova.

Suspirou, não podia evitar o inevitável, tinha de enfrentar a morena ao seu lado.

— Laur, eu...

— Por que a defendeu, Camila? – Lauren a interrompeu, quebrando seu silêncio. A morena ainda tinha o olhar perdido, porém a raiva e ressentimento eram nítidos em sua voz rouca.

— Eu não a defendi, Lauren. – disse a mais nova, inspirando profundamente.

— Mas me impediu de continuar! É quase a porra da mesma coisa!

— E queria que eu fizesse o que? Que a deixasse avançar para cima da minha mãe? – a latina levantou, sua fachada de resistente e paciente finalmente quebrando aos poucos. – Veja seu estado, Lauren! E não estou me referindo ao fato de você ser cega, mas porra! Você tem a porcaria de um corte enorme no meio do seu peito, sua idiota! Acabou de tirar os pontos e já queria voltar para o hospital?

— O que eu faria não era da sua conta, Camila.

— É quando se trata da minha mãe!

— A porra da mesma mãe que a chantageou por três malditos anos! – Lauren gritou, também levantando e ficando muito próxima a Camila, a morena podia sentir a forte presença da latina à sua frente. As outras garotas que estavam mais afastadas pararam seus afazeres e depositaram a atenção nas duas. – A mesma mãe que a fez omitir a monstruosidade que aconteceu com você no passado! A mesma mãe que agora quer arrancar seus filhos de seus braços!

— Ela nem sempre foi assim, eu já disse a você. – disse a mais nova, dessa vez sua voz era triste e Lauren automaticamente se arrependeu de ter gritado com ela. – Sinu já foi uma mãe de verdade, Lauren. Sei que pode parecer difícil de acreditar, mas ela já foi capaz de amar. – Camila baixou o olhar, sentia as lágrimas ardendo em seus olhos e resistia em deixa-las cair. – É... doloroso vê-la assim, ver a mulher sem coração que ela se tornou quando metade da minha vida eu tive uma pessoa totalmente diferente ao meu lado. Pode não acreditar em mim, principalmente quando você só conheceu essa versão dela, mas mama era humana.

A latina fungou, mordia o lábio com mais força agora tentando em vão conter o soluço preso em sua garganta. O coração de Lauren murchou ao ouvir isso, seus ombros caindo e sua raiva indo embora junto com o que restou de seu autocontrole. Ela cortou o espaço que faltava entre as duas e assim que sentiu o corpo de Camila, puxou-a para seus braços. A latina não resistiu ao aperto, entregando-se ao embalo do calor e segurança que Lauren a transmitia.

Lauren tinha o melhor e mais acolhedor abraço, pensou Camila, era como se ela tentasse fazer com que as pessoas desabafassem sem precisar dizer nada.

— Não quero mais brigar com você, Lo. – sussurrou a latina com o rosto enterrado na curva do pescoço de Lauren.

— Nem eu, sinto muito por isso. – Lauren beijou a bochecha de Camila, ainda embalando em seus braços. – Desculpe pelo o que disse, não queria expor você para as outras garotas.

Camila se deu conta tarde demais do que isso significava. De todas ali, apenas elas, Dinah, Sofia e Taylor sabiam toda a verdade do que tinha acontecido no passado da latina. Lucy tinha alguma noção, Normani já tinha suas suspeitas de que algo de muito grave tinha acontecido, assim como Keana e Vero.

A de olhos cor de chocolate olhou por cima do ombro de Lauren e viu que eram observadas pelas amigas, metade delas boquiabertas com as recentes descobertas soltas sem querer por Lauren em seu momento de explosão.

Ótimo, pensou Camila, mais com o que ela teria de lidar mais tarde.

─ Tudo bem. – murmurou. – Elas teriam de saber em algum momento.

─ Mas não cabia a mim decidir isso. – rebateu a morena, arrependida. Fez uma pausa pensando no que diria a seguir, umedecendo os lábios e tomando coragem em voltar no assunto inicial de toda aquela discussão. – Camz... Como sua mãe sabia que os gêmeos estavam aqui?

─ Ela tem alguém me espionando. – disse a latina, simples. Era como se aquilo fosse a coisa mais natural e não mais uma das maldades de Sinu Cabello. Camila percebeu o corpo de Lauren ficar tenso e logo tentou amenizar o que dissera. – Não se preocupe, eu já vinha desconfiando que algo assim vinha acontecendo mesmo antes da minha viagem para Londres. Só tenho que ficar mais atenta agora.

─ Tem alguém em mente?

─ Sim.

─ E... ?

─ E nada, Laur. – a mais nova afastou-se tendo agora a visão dos olhos cor de esmeralda de Lauren, seu céu particular. – Quando eu tiver certeza você será a primeira pessoa a saber, acredite. – Camila notou a incerteza no olhar da morena, não a culpando por duvidar dela levando em conta todo o histórico que a latina carregava. – Não quero mais segredos entre nós, Laur.

─ Também não, e acredito em você. – mentiu, tentando sorrir e esconder seus reais pensamentos duvidosos. Tocou os lábios da latina, deixando sua mão explorá-los com destreza e logo depois seus dedos passeavam por toda a face de Camila. Lauren notou a expressão cansada da mais nova, o olhar caído e as veias da têmpora de Camila pulsando rapidamente. – Você está cansada, deveria ir para casa e tentar descansar um pouco. Eu também preciso ir, Dinah disse à minha mãe que estávamos indo a farmácia.

─ Ela não acreditou nisso. – não era uma pergunta.

─ Nem eu acreditaria.

Lauren sorriu, dessa vez era um sorriso sincero e verdadeiro. Aos poucos foi aproximando seus lábios aos da latina, dessa vez poderia apreciar mais lentamente o sabor adocicado da boca de Camila. Unindo ainda mais seus corpos o quanto era possível e sem se importar por estarem sendo observadas, Lauren não perdeu nem mais um segundo para saborear os fartos lábios de Camila lenta e prazerosamente. Era um beijo terno, cheio de sentimentos e carregando todas as palavras que Lauren não podia dizer, mas que Camila as compreendia mais do que outra pessoa. Deixou sua língua travar uma batalha silenciosa com a de Lauren, sugando com fervor os lábios rachados da mais velha enquanto uma mão descansava na nuca da morena e a outra na cintura.

Lauren estava tão entregue ao momento que não notou de primeira a dor em seu peito e o fato de que o oxigênio estava faltando em seus pulmões, e não era por causa da intensidade do beijo. Puxando a cânula com a mão livre notou que a mesma estava presa em algum lugar, afastando-se em seguida de Camila, ofegante devido à falta de ar.

─ Qual o problema? – perguntou Camila alarmada, não se afastando totalmente de Lauren. A latina viu a morena ficar vermelha e começar a tossir. – Laur, o que está sentindo? Lauren!

─ A-AR! – tentou falar, as palavras não passando de um guinchado rouco.

─ O que?! – Gritou Camila, os olhos arregalados e o desespero nítido em sua voz. Logo as meninas, notando que algo se passava, correram até as duas com pressa. Camila viu Lauren passar de vermelha para pálida e agora tomando um tom roxo devido à falta de oxigênio em sua circulação. Não sabia o que fazer, permanecendo parada enquanto via Lauren curvar-se inalando em busca de ar. – AÍ MEU DEUS, LAUR! O QUE...

─ Mila, a cânula dela está presa! – gritou Dinah, sendo a primeira a chegar até elas.

Camila logo olhou para o chão procurando a origem do problema, desesperada enquanto ouvia Lauren ofegar agora amparada por Dinah. Quase demais – e quase batendo em si mesma por cometer algo tão estúpido ao ponto de não ter notado antes – percebeu que ela era a causa do problema, para começo de conversa. Em algum momento durante o beijo a latina tinha preso o pé na saída de oxigênio do carrinho com o cilindro, e assim que resolveu isso ouviu Lauren inspirar profundamente inalando todo o ar que conseguia para dentro de seus pulmões.

─ Meu Deus, Chancho! – repreendeu Dinah, ainda amparando Lauren que agora começava a recuperar a cor. Camila olhava envergonhada para as duas, a face tensa diante o que acontecera. – Sei que Lauren deu mancada, mas não precisava tentar matar a pobre coitada da pó de arroz!

─ Do que... Merda... Você está... falando, Dinah? – perguntou Lauren por entre as golfadas de ar, seu olhar era confuso e tinha o cenho franzido.

─ A idiota da sua namorada bunduda prendeu o pé na saída de oxigênio do cilindro. – disse Vero, também entrando na conversa.

Por um momento nada aconteceu, Camila abaixou o olhar evitando encarar as outras garotas e principalmente Lauren. Ela sempre fora desastrada, até mesmo vinha tomando mais cuidado agora devido estar com os filhos, mas seu extinto retardado nunca a abandonara por completo. Bom, pensou, isso quase matou a dona do meu coração... Duas vezes. Porém, quando estava começando a repreender-se mentalmente, um som que não esperava ouvir naquele momento tomou conta de todo o lugar.

Era Lauren.

E ela estava rindo.

─ A falta de oxigênio afetou o cérebro dela. – comentou Taylor, mas a mesma tentava conter o riso.

─ Desculpa! – disse Camila, as bochechas corando quase que instantaneamente.

Lauren ria calorosamente agora que o ar estava de volta aos seus pulmões, e as meninas a acompanhavam. Todas, exceto Camila que permanecia emburrada por ser o motivo de piada – mais uma vez.

─ Ah, Mila! – disse Sofia enquanto ajustava a última mesa da noite. – Admita, você é a pessoa mais desastrada desse planeta!

─ Não sou não! – protestou a latina, cruzando os braços junto ao peito.

─ Ah, é sim! – disse Lauren, sua voz ainda era rouca, mas mais audível agora.

─ Não fui eu quem caiu de bunda na fonte, se me lembro bem.

─ É, mas eu sou cega. – zombou a mais velha, mordendo o lábio para conter outro ataque de risos. – Você, minha menina, não tem desculpas.

─ Cala a boca, Jauregui.

Camila lançou um olhar ameaçador para Lauren, que, mesmo não podendo vê-lo sabia que a latina odiava que falassem de seu péssimo senso de coordenação. Abriu os braços, e Camila sabia muito bem qual era a intenção da mais velha. Bufando e batendo o pé, a latina foi – agora tomando mais cuidado para não cometer a mesma gaf – até Lauren, que fechou os braços em torno de Camila beijando a testa da latina, que sorriu.

─ Vocês são tão melosas, eca. – disse Sofia, revirando os olhos.

─ Diz isso porque é a única solteira da turma, Sofi. – zombou Taylor, indo até a londrina e esbarrando no ombro da mais nova.

─ Isso porque você muda de namorado toda semana, babaca. – rebateu, arqueando uma sobrancelha. Sofia tinha traços que lembravam Camila, isso ninguém podia negar, mas a inglesa também possuía sua beleza única e característica. – E Keana não conta, ela está praticamente noiva.

O QUÊ?! – todas, até mesmo Camila e Lauren, exclamaram surpresas olhando ao mesmo tempo para Keana, que até então tinha sua atenção voltada para os cardápios que tinha juntado de todas as mesas. A garota parou com um dos cardápios no meio do caminho, quase derrubando a pilha com os outros.

─ Como assim noiva? – indagou Lauren, tentando recordar em algum momento se Keana tinha mencionado a existência de algum namorado desde que retomaram a amizade de infância.

─ É... Eu... – gaguejou Keana, suas bochechas coradas e olhos assustados. Conseguiu encarar Sofia, que a olhava envergonhada. – Obrigada por isso, Cabello.

─ Sinto muito, Ke. Eu não...

─ Esqueça. – Keana a dispensou com um gesto, suspirando ao deixar o último cardápio por sobre a pilha. – Meu namorado Vincent está vindo morar em Miami, nós dois meio que tínhamos dado um tempo quando tive de voltar para a América para ajudar minha mãe. Ele mora na França e... – mordeu o lábio, sentia suas bochechas quentes e, agora fitando uma Lauren nada contente por ter sido deixada de lado com esse assunto, suspirou alto. – Não vi necessidade de contar isso antes, já que não éramos exclusivos e tal... Mas ele esteve aqui há duas semanas e... Acho que nos resolvemos.

As outras a encaravam com um olhar chocado, e Keana, não entendo tamanho exagero na reação, franziu o cenho em confusão.

─ Por que estão me encarando assim? – quis saber, cruzando os braços.

─ Talvez pelo fato de você ter escondido um namorado francês... – comentou Taylor.

─ Ou porque pensei que você fosse lésbica. – disse Vero, bufando.

─ Mas eu não sou, na verdade eu...

─ Você já transou com uma mulher. – continuou Vero, enfrentando-a.

─ Era isso que eu ia dizer, eu sou bi. – concluiu Keana, revirando os olhos diante a teimosia da amiga. – Satisfeita?

─ Por enquanto.

Dinah, que observava a troca de farpas das duas, ergueu as mãos tediosamente chamando a atenção das outras.

─ Tudo bem, vadias, está na hora de ir para casa. – disse a loira. – Preciso devolver Lauren e Taylor, e você Mila precisa colocar as crianças na cama.

─ Posso dá um beijo de boa noite neles antes de irmos? – pediu Lauren para Camila, que continuava em seus braços.

─ Claro. – falou a latina, sorrindo e já levando Lauren até o interior do restaurante.

─ Mas sejam rápidas! – advertiu Dinah. – Ou Clara vai arrancar meu precioso cabelo fio por fio pela demora!

Lauren se limitou a revirar os olhos enquanto seguia com Camila a guiando para onde achava estar os gêmeos. Vero, que observava toda a cena com um sorriso, não pode deixar de alfinetar a morena como é de costume.

─ Vocês parecem a porra de um casal indo ver os filhinhos! – gritou, levando um tapa de Lucy em seguida, mas nunca deixando de sorrir. Lauren fez menção de voltar, mas Camila a impediu, e ambas sumiram dentro do restaurante.

— Ainda vai levar uma surra dela por provoca-la tanto, Iglesias. – disse Dinah ao passar por ela.

— Ela é cega, não é como se pudesse fazer alguma coisa contra mim...

— Vai ficar surpresa com o que Lauren pode fazer mesmo não podendo enxergar, Vero. – comentou Taylor rindo da cara que Vero fez, pois se tinha alguém que conhecia o poder de vingança de Lauren, esse alguém era a irmã mais nova.

Enquanto as outras discutiam sobre isso e também sobre a mais nova descoberta da vida amorosa de Keana, Lauren e Camila caminhavam lentamente até o escritório da latina onde uma cama portátil fora improvisada para os gêmeos. Já estavam quase chegando quando esbarraram com Carlos que saia da cozinha ao lado de um dos cozinheiros.

— Lauren! – exclamou, porém algo em sua voz fez parecer que não estava tão surpreso pela presença da morena no restaurante. – Nossa, olha para você! Está fabulosa, mais vampira que o normal, mas ainda fabulosa. Esse ar dark pálido combina com você.

— Oi Carlitos. – disse a morena, um pouco acanhada pela maneira como o Carlos a tratava.

— Por onde esteve, Carlos? – quis saber Camila, mas não estava desconfiada e sim preocupada. – Quer saber, esqueça. Vá terminar de fechar o restaurante com Lucy, e você Ian – se dirigiu ao cozinheiro – Está dispensado, o vejo amanhã. Dê um abraço em Julie e nas crianças por mim.

— Pode deixar. – falou o cozinheiro mais velho, sorrindo para a chefe.

Camila esperou até que os dois estivessem fora de vista para seguir seu caminho com Lauren e, quando finalmente entrou e viu seus dois filhos dormindo agarrados um no outro, não evitou o largo sorriso que nasceu em seus lábios. Levou Lauren o mais perto possível dos gêmeos, ajudando-a a sentar-se ao lado da cama improvisada sem que corressem o perigo de acordar os mais novos.

— Está é Emily e Joshua está ao seu lado. – sussurrou Camila levando a mão de Lauren até um dos filhos. – Eles estão agarrados um no outro, geralmente ficam assim em mim. Não consigo fazer com que durmam em suas próprias camas, mas não me importo com isso, tive tanto tempo longe deles que se eu puder ter cada minuto do meu tempo ao lado dos dois, nunca será o suficiente. – ela estava agachada ao lado de Lauren, sua mão ainda sobre a da mais velha que tocava cuidadosamente os cabelos sedosos de Emily. Lauren, com a mão livre puxou Camila para mais perto de si, a latina agora descansava a cabeça nas pernas da mais velha. Inspirou profundamente ao ver a paz e inocência que seus filhos emitiam, não alheios a batalha que acontecia pela guarda deles na justiça. – Acha que Sinu tem alguma chance de tirá-los de mim?

— Chris não vai deixar isso acontecer. – Lauren tentou tranquiliza-la, seus dedos passeando pelas longas madeixas da latina. – Eu não deixarei isso acontecer, eu amo você e eles são um pedaço seu então não permitirei que nada os faça mal. Principalmente a louca da sua mãe.

Camila sorriu com as palavras da morena, retirando a cabeça do colo de Lauren e fitando a garota mais velha.

— Senti falta de ouvir isso. – murmurou a mais nova, a voz era rouca devido ao baixo nível. Ela não precisava explicar sobre o que se referia, Lauren tinha entendido muito bem.

— Eu amo você Camz, nunca duvide disso. – falou a morena carinhosamente, sorrindo de canto. – Acho que, mesmo depois de tudo o que aconteceu, meu amor por você apenas fortaleceu ainda mais se é que isso é possível. Digo, olhe para o que se tornou! Em tão pouco tempo passou de menina assustada para uma mulher forte e mãe, e eu só sinto orgulho disso.

— Sofi estava dizendo outro dia que era estranha a maneira como você aceitou tudo isso tão facilmente, que outra pessoa teria surtado ou...

— Acho que já conversamos sobre isso, não foi? Eu não me importo com o que aconteceu no passado, mas sim como tudo aconteceu. Você é o mi cielo, Camz.

Y tú eres mi corazón. – sussurrou Camila, erguendo-se para ficar na altura de Lauren. – Te quiero.

A mais nova não hesitou em tomar a boca de Lauren para si, suas mãos apoiadas nas pernas da morena enquanto Lauren a segurava pela cintura. Naquele momento Camila não tinha problemas com a mãe, naquele momento Camila não tinha que lidar com o estresse que era à volta para a faculdade, naquele momento Camila não precisava se preocupar com mercadorias ou nada relacionado ao restaurante. Era apenas a garota que ela amava, seus filhos e ela.

— Desculpe interromper vocês duas, mas precisamos ir Miss Vamp. – falou Dinah parada na soleira da porta, a polinésia também falava baixo para não acordar os pequenos.

— Seu time é ótimo, Jane. – disse a mais velha levantando silenciosamente com a ajuda de Camila. – Vai levar esse carrinho idiota agora.

— Tanto faz. – Dinah revirou os olhos, sorrindo. – Me espere em casa, Mila.

— Ok, mas nos dê mais um minuto, por favor, China? – pediu a latina, dando o seu melhor olhar de cachorrinho para Dinah que não resistiu e saiu murmurando “só mais um maldito minuto, suas taradas”.

Camila deu uma espiada no corredor e assim que viu Dinah entrar na porta que levava a área externa do restaurante virou-se para Lauren agarrando-a contra a porta e tomando os lábios da morena com fervor, sugando-os com vontade. Lauren, que ainda estava surpresa pela investida repentina da latina, correspondeu o beijo mais vagarosamente, mordiscando os fartos lábios de Camila e, ao mesmo tempo que Camila gemeu com o ato Lauren sentiu a porcaria da dor no peito novamente.

— É, Camz... – tentou falar, empurrando-a delicadamente e ouvindo os protestos da mais nova ainda com a boca em seus lábios. – Pequena, não vamos esquecer que tive um pulmão aberto há um mês apenas.

Arr, certo, sinto muito! – disse, não sem antes deixar um último beijo nos convidativos lábios de Lauren. – Agora sim, vejo você no domingo.

Sábado Camila teria o dia cheio, teria de ir à faculdade e quando retornasse ainda tinha que fazer algumas compras para o restaurante. Dinah e Sofia tomariam conta dos gêmeos, e já que Lauren não deveria nem ter saído de casa hoje Camila duvidava que Clara permitisse que a morena saísse novamente amanhã.

Assim, após despedir-se das outras garotas, Lauren fora para casa junto de Taylor e Dinah que, assim que deixou as duas irmãs em casa voltou para o restaurante e ajudou Camila a levar os gêmeos para casa.

Mais tarde já em seu apartamento com os gêmeos dormindo agarrados a ela, Camila repassou todos os acontecimentos de hoje em sua cabeça. Algo a incomodava, aliás, muita coisa a incomodava ultimamente, mas o olhar que trocara com a mãe quando a mesma invadiu o restaurante querendo levar os pequenos, havia alguma coisa no olhar de Sinu que provocou arrepios por todo o corpo de Camila. Ela estava aprontando algo, e Camila temia o que viria a seguir. Ela não recordava em que ponto de seu passado Sinu Cabello tornou-se essa mulher fria que é hoje, tinha poucas lembranças de quando a mãe ainda era sua mãe de verdade.

O que aconteceu, mama? – murmurou para si enquanto fazia leves cafunés nos fios loiros de Emily, os dois não tinham acordado mesmo com toda a movimentação de restaurante-casa-cama. Aparentemente tinham herdado o excesso de sono da latina.

Por algum motivo Camila não conseguiu dormir essa noite.

 

                                                          _____________________________________________

 

— FESTA NA PISCINA! – gritou Benjamin correndo pela casa dos Jauregui’s assim que Taylor abriu a porta onde Ally, Troy e o pequeno aguardavam para entrar e participar do churrasco semanal dos Jauregui’s.

A comemoração tinha dado um tempo desde o acidente com Lauren acontecendo apenas poucas vezes depois, mas o domingo era especial e merecia que isso acontecesse. Por quê? Não por ser alguma data especial ou algo assim, mas hoje fazia um ano desde a explosão que quase tirara a vida de Lauren, e fora um pedido da mesma ao pai para que houvesse um churrasco. Afinal, fazia exatamente um ano que Lauren nascera de novo, um ano que sua vida tinha mudado completamente e que a fizera ter de aprender coisas básicas como atravessar uma rua sozinha. Um ano que sua audição tornou-se sua visão, um ano de escuridão.

Mas Lauren havia evoluído nesse tempo, a morena ainda recordava-se de como fora difícil aceitar o fato de que não poderia mais enxergar, que sua vida se resumiria a bengalas e aquela maldita voz que as pessoas faziam quando descobriam o que tinha acontecido com ela. Hoje era diferente, Lauren ainda odiava quando tinha pena dela, isso não mudara. Mas agora, agora ela encarava sua condição de uma maneira diferente.

E a latina sentada por entre suas pernas na espreguiçadeira no quintal dos pais de Lauren tinha grande participação nessa sua mudança.

— Eles estão demorando. – disse Lauren contra o cabelo de Camila, que cheirava a baunilha. – Você é louca de deixar minha mãe levar os dois para o mercado, Camz. Clara é a pessoa mais sem paciência que conheço.

— Relaxa, Laur. – falou a latina, sorrindo diante a preocupação da namorada para com seus filhos. – E Keana foi com ela, então não se preocupe.

Lauren bufou, mesmo percebendo o carinho repentino que Clara sentia pelos filhos de Camila, e mesmo sendo apenas a segunda vez que ela os via, ainda não conseguia acreditar em como a mulher mais velha mudara assim tão de repente.

— TIA LO, TIA MILA! – gritou Ben ao entrar no quintal usando uma fantasia de Superman, Camila sorriu diante a empolgação do pequeno que não a tinha visto desde que a latina viajara para Londres.

Ben parou apenas quando ouviu a mãe ao longe adverte-lo para ter cuidado com a tia, parou tão rápido que quase esbarrou na espreguiçadeira onde as duas estavam. Camila logo se ajeitou no colo de Lauren dando espaço para que a morena pudesse abraçar o mais novo que se jogou nos braços da tia.

— Nossa, como senti falta disso. - murmurou Lauren ao sentir o pequeno corpo de Ben junto ao seu, o menininho de quatro anos sorria em resposta.

— Eu sou o SUPERMAN! – exclamou animado fazendo questão de que a tia soubesse de suas vestimentas, afastando-se de Lauren quase tão rápido quanto tinha chego. Virou-se para Camila. – Mamãe disse que a senhora trouxe seus filhos, tia Mila. Não sabia que tinha filhos, onde eles estão? Trouxe um montão de brinquedos pra gente!

— Eles saíram com Clara, mas logo estarão aqui e vocês poderão brincar o dia todo, o que acha? – falou Camila piscando para o mais novo.

AWESOME! – gritou animado, mas algo chamou sua atenção em algum lugar e ele saiu correndo deixando-as mais uma vez sozinhas.

Ally veio cumprimentar as duas enquanto Normani, Dinah, Sofia, Lucy e Vero estavam sentadas na borda da piscina e Troy, Mike e Chris conversavam ao lado da churrasqueira. Alguns familiares de Lauren chegariam em breve e a morena começava a ficar cada vez mais ansiosa, apesar de não haver motivos para isso.

Camila, notando o silêncio repentino de Lauren, virou-se ficando de frente para a morena, suas pernas passando em volta da cintura da mais velha tomando o máximo de cuidado para que não prendesse a cânula de oxigênio.

— Qual o problema? – quis saber a de olhos castanhos, levando a mão à face da morena que fechou os olhos com o contato. – Espera, eu sei o que se passa nessa sua cabecinha. Tente não pensar nisso, ok? Você está viva, quase inteira – ambas riram – mas esse seu coração teimoso ainda bate forte, e isso que importa.

— Eu sei, vou ficar bem. – sorriu amarelo, abraçando Camila fortemente enquanto a beijava com carinho. – Tenho você, para mim já é mais que o suficiente. – Lauren pareceu recordar-se de algo. – Ei, tenho consulta essa semana para ver se tudo está realmente bem, se eu tiver sorte me livro dessa coisa mais cedo do que o Dr. Will previu. As dores no peito têm diminuindo, o que já é algo importante.

— Então você voltará a ficar 100% novamente? – quis saber a latina, sua voz não escondia suas segundas intenções provocando um largo sorriso em Lauren, que tornou a beijá-la.

— Acho que nunca serei 100% eu novamente, mas chegarei perto disso.

— Isso é bom. – Camila sussurrou no ouvido de Lauren, mordendo o lóbulo da orelha da morena que tremeu em resposta. – Porque tenho algo planejado para você essa semana.

Não longe de onde estavam, Chris atendia uma ligação importante ao mesmo tempo em que Clara e Keana apareceram no quintal carregando os filhos de Camila. Os gêmeos torceram-se para sair do colo das duas, correndo em seguida animados até onde a mãe e Lauren estavam.

— Mama! – gritaram em uníssono ao pararem ao lado da espreguiçadeira, Camila logo saiu do colo de Lauren ficando com as pernas de lado. Emily usava um vestido floral com um grande laço na cabeça, já Joshua vestia bermudas e uma camisa com uma estampa engraçada – presente de Dinah.

— Lolo! – exclamou Joshua, tentando subir na espreguiçadeira quando viu a irmã já sentada no colo da mãe, Camila então o ajudou a sentar ao lado de Lauren.

— Oi pequeno. – Lauren o cumprimentou com um beijo estalado na bochecha, Emily também se inclinou e Lauren, ao sentir a aproximação da mais nova, também a beijou na bochecha. – Como foi o passeio?

─ Divertido! – disse Emily, sorrindo alegremente.

Clara parou para falar com Camila sobre algo sobre o que tinha visto no mercado e Keana fora se despir para cair na piscina.

─ Mila! – gritou Chris do outro lado do quintal, e a latina virou de lado para ter uma melhor visão do irmão de Lauren. – Pode vir aqui, por favor?

Algo na voz de Chris não parecia certo, e isso fez Lauren ficar em alerta. Camila deu um sorriso amarelo para Clara deixando Emily com a mãe de Lauren e Joshua com a morena, caminhando a passos leves até Chris sem querer parecer assustada, porém tremia por dentro.

Lauren esperou pacientemente a latina conversar com o irmão, e o que pareceu horas depois quando na verdade não passara de cinco minutos, Camila calada retornou para o onde Lauren estava, se aninhando no colo da morena um pouco de lado evitando o local da cirurgia. Camila notou que os filhos brincavam ao longe com Benjamin, seu olhar descansando neles.

─ O que ele queria? – quis saber Lauren, já que Camila não fez menção de se pronunciar.

A latina inspirou, mordendo o lábio pensativa, seus olhos nunca deixando os filhos.

─ A primeira fase do julgamento de guarda foi marcada para daqui a uma semana e meia. – Camilla soltou junto a sua respiração, sua voz era trêmula e apreensiva. Era isso, estava realmente acontecendo. Sua mãe levaria isso para frente, afinal. – O tribunal acabou de ligar para Chris informando tudo.

─ Ei. – Lauren murmurou, beijando o topo da cabeça da latina e apertando os braços ao redor dela. – Vai dá tudo certo, você vai ver.

Camila tentou esboçar um sorriso, mas só conseguiu uma careta mal feita. A única coisa que a mais nova queria no momento era que Lauren estivesse certa.


Notas Finais


NHAI COMO ESTAMOS?
Um capítulo bem morzin, eu sei...
Espero sinceramente que tenham gostado, comentem aqui o que acharam ma belles!

Ah, Blind Love tá no wattpad também! Por que? Porque tem gente que não gosta muito de ler por aqui, fazer o que!
Caso queiram link, estou no tt @jaureguisbig

Bjs de Luz Estelar, e até outro dia!


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