- A verdade se chama Daylight.
Narrador
Alguns anos atrás
Viola foi direcionada ao que parecia um estacionamento, durante o caminho apenas o barulho de seu salto era ouvido, já que o agente a sua frente tinha o passo silencioso. Alguns minutos de caminhada, o ambiente escuro, um foco de luz em mais duas pessoas, um homem branco e alto, diretor da CIA, ela o reconheceu e uma mulher que já havia visto pela televisão.
- Falaram para vir imediatamente. – Viola disse cumprimentando os presentes. – Sou Viola...
- Davis, sei quem és. – Falou o homem. - John Locke...
- Diretor da CIA, é também o conheço.
- Sofia Vergara. – Então a mulher se apresentou.
- Diretora política da Casa Branca. – Viola falou a contragosto.
- Parece que alguém está colecionando agentes. – John tentou ser cômico.
- Eu já te vi na tv, atrás do presidente quando ele cortou o orçamento da operação. – Falou Viola fulminando a mulher bonita e cheia de pose a sua frente.
- Reclame com os programas sociais que pegaram suas reapropriações. – Sofia falou curta e grossa.
- Não acredito que saibam com quem iremos nos encontrar, certo? – John apaziguou o ambiente.
- O chefe de gabinete irá encontra-los. – Informou um dos agentes.
Dias Atuais
Lauren Jauregui POV
- A NSA passou os últimos 10 anos juntando informações sobre os cidadãos americanos. – Viola contava.
- Até Edward Snowden torna-las públicas. – Completei.
- Eles coletavam de tudo, ligações, e-mails, mensagens...
- Tudo obtido ilegalmente. – Ratifiquei.
- Todas informações preciosas. – Ela tentava me convencer que aquela era a maneira certa. – Deram-me uma diretriz não oficial para encontrar maneiras criativas de torna-las legais.
- Quem? – Perguntei incisiva.
- Você não quer saber. – Ela me disse negando, mas claro que eu queria. – Basta dizer que Wagner Moura foi a minha “maneira criativa”.
- Ele era fachada. – Disse irritada. Eu não podia acreditar. – Uma maneira de lavar informações ilegais.
- Se descobríssemos carregamento de drogas, a identidade de um assassino, seja lá o que fosse, na pratica, tinha sido Moura que havia me dado a informação.
- Você sabia que Wagner era intocável. – Falei não crendo em toda a situação. – Mesmo que o pegássemos, ele negaria ser dedo-duro, você contava com isso. – Despejei minha fúria em palavras duras. Você mentiu, uma atrás da outra.
- Deram-me um atalho. – Ela ainda tentava me convencer. – Uma maneira de sair da burocracia, de prender os “bad guys”. Pessoas que nunca condenaríamos.
- Wagner Moura é o líder de uma das piores gangues dessa país e VOCÊ o deixou ficar ativo para esconder seus passos.
- Não sabíamos onde ele estava...
- O arquivo dele está tatuado na Camila por sua culpa. – Suprimi o termo corrupção que estava na ponta da língua. – Você é o caso! Então o que mais não está me contando?
- Nada.... – Seu tom indicava culpa, aceitação da mesma.
- Você entende o que fez? – Perguntei batendo na mesa.
- Certa ou errada, eu entendo.
Eu estava enfurecida, não poderia também ultrapassar limites, resolvi sair antes que desse ruim.
- LAUREN.... – Viola me chamava, mas já era tarde demais.
**
Camila Cabello POV
SALA de Treinamento do FBI
- Beleza, vamos ver o que tem? – Verônica fixava seus olhos mortais em mim.
Ajustei as luvas, colocando-as em posição, então ela começou a me golpear, fui no seu ritmo. Ela era boa, mas previsível, resolver deixar claro, dei um golpe em suas pernas fazendo-a cair.
- Desculpe. – Ofereci a mão para ajudá-la, mas logo estava no chão também, e ela sorrindo.
- HEY, vocês duas, venham aqui. – Sofia interrompeu nosso treino.
**
Sala de apresentação de casos
- Dois policiais mortos, Oficial Jake Schultz e Sam Garrigan. – Dinah apresentava o caso. – Vocês se lembram no outubro passado, um policial atirou em um jovem negro não armado LaMond Green em um estacionamento. Os dois citados faziam parte dos 5 que estavam lá.
- Esse vídeo estava por toda a parte, Theo Becker, o cara que atirou nem foi indiciado. Protestos acabaram com o Brooklyn. – Sofia comentava.
- Ele se safou disso? – Perguntei absorta a tal ato.
- Isso tem acontecido muito. – Sofia falou lamentando a situação da guerra velada do preconceito que acontecia nos EUA ultimamente.
– Becker foi demitido e a 65ª tem trabalhado para arrumar os problemas. – Veronica parecia contra argumentar Sofia.
- É ótimo, a vergonha é que precise de protestos pra isso. – Sofia completou e eu dei de ombro concordando.
- Schultz e Garrigan estavam na cena. – Viola cortou o clima de tensão. – Culpados por associação, talvez seja retaliação.
- Antes de pular pra conclusões, não seria melhor trabalharmos com a possibilidade que não estejam relacionados? – Lauren perguntou chamando a atenção novamente para o caso.
- Eu não acho que esteja. – Dinah concluiu.
- Está relacionado com uma das minhas tatuagens? – Perguntei atônita.
- LaMond Green foi o do último de uma longa lista de incidentes da 65ª delegacia. – Dinah disse. – eu não sabia disso até essa manhã, mas a comunidade tem um apelido para eles. Os matadores de Brooklyn. E isso foi pinchado.
- “Matem os matadores.” – Verônica leu. – Eles vão atrás da 65ª.
- Hey, isso está em mim. – Disse chamando a atenção deles. – A tatuagem da faca do açougueiro.
Então Dinah fez aparecer a imagem da tatuagem na tela.
- E a parte assustadora. – Dinah avisou.
- O número 65 que fica no meio da faca está com uma mira. – Sofi concluiu.
- Como quem fez isso comigo saberia desses assassinatos? – Perguntei assustada
- Eu não sei, mas se está em você há chances desses assassinatos serem só um começo. – Lauren refletiu.
**
Lauren J POV
Chegamos ao local onde o chefe de policia da DP iria se pronunciar e eu ainda não entendia o motivo de Viola conosco. Saímos do carro e ela seguia a passos firmes.
- Não vejo motivo para isso. – Disse chamando sua atenção. – Já passamos por coisas piores.
- Não politicamente. – Ela responde. – Não queremos outro Ferguson ou Baltimore, e a capital fica mais à vontade comigo aqui.
- A DPNY não ficará nada feliz em nos entregar o caso. – Sofi.
- Por que não? – Camila perguntou inocentemente confusa, me fez rir.
- Eles querem pegar os assassinos de policiais. São engraçados assim. – Vero falou sem humor.
- Acho que é melhor para todos se...
- Cansei disso! – Viola me parou. – Quando entrarmos lá, é como uma equipe. Unidos. Entendido? – Ela voltou a usar sua voz de poder. Cedi.
**
DPNY – Pronunciamento
- Schultz e Garrigan eram nossos irmãos, precisamos apoiar suas famílias nesses tempos difíceis... – O capitão da DP falava e quando nos olhou entrando, pareceu não gostar. – A pior chamada que um capitão pode receber é que recebi essa manhã. Espero não receber novamente. – Falou devidamente emocionado, ou queria parecer. – E acredito que esse delinquente possa vir a matar mais de nós, é por isso que nossos amigos FBI estão assumindo a investigação.
Então começou burburinhos e protestos.
- HEY HEY, se acalmem. – O capitão avisou. – Queremos a mesma coisa aqui, agradeço a compreensão. Diretora assistente Davis...
- Não precisamos dos federais, podemos pegar esse filho da puta sozinhos. – Um cara se pronunciou.
- Sargento, já chega!
- Estamos aqui para ajudar, temos recursos. – Viola se pronunciou.
- Você não conhece as ruas como nós. – Uma policial gritou.
- E não temos alvos nas nossas costas como vocês tem. – Viola foi direta. – Eu sei que é difícil, mas um passo errado aqui e todo esforço e trabalho que tiveram para restabelecer uma conexão com a comunidade pode ser perdido. O trabalho de vocês hoje é o mesmo de sempre, ficar seguros e proteger o Brooklyn. Nosso trabalho é capturar o atirador e traze-lo a justiça.
- É, ok. Dispensados. – O capitão se apressou.
Me aproximei da conversa que já rolava entre o Capitão e Viola e eles discordavam em algo.
- Entendo que o Garrigan estava só, mas precisamos falar com o parceiro de Schultz. – Falei parando aquela discussão ridícula.
- Tracey Dunn.
- Ok, vamos encontrá-la. – Disse e me retirei.
**
- Eles não tinham relação alguma com a morte do garoto. – A parceira de Schultz disse. – Becker matou aquela criança antes que pudéssemos reagir.
- Vocês foram filmados, então para a comunidade, culpados por associação. – Disse esclarecendo a visão.
- Então por que não estou morta? – Dunn.
- Você estava na Queensdale Deli. – Veronica trouxe a info. – Está correto?
- Sim.
- Você lembra de algo incomum? – Perguntei forçando-a.
- Isso é uma perda de tempo. – Dunn parecia irritada. – Já falei com nosso pessoal.
- Agora pode falar pra gente. – Viola retrucou. – Quer pegar a pessoa que matou eles?
- Oficial Dunn, eu era da DPNY. 5 anos na 96ª. Eu perdi um parceiro também. Fiscalização de rotina acabou antes de saber o que estava acontecendo. Você tem uma jornada a frente, mas vai ficar bem. – Vero desabafou. – Nós podemos pegar esse cara, Tracey. Precisamos da sua ajuda.
- Não vi nada. – Ela afirmou veementemente. – Quando eu cheguei lá, estava morto já.
- Tinham alguma inimizade nas ruas? – Sofi.
- Não eram esse tipo de policiais. – Tracey falava. – Ele era justo. Ultimamente Schultz estava distraído, não conseguia dormir bem, mas...
- Não foi sua culpa. – Camila se compadeceu.
- Você está usando câmeras... – Constatei analisando seu fardamento.
- Eles nos deram depois do caso do garoto.
- Vou falar com o capitão e recuperar as imagens.
- Deixa isso comigo. – Viola tomou a frente.
**
- São os vídeos o ultimo turno de Schultz e Garrigan. – Dinah já ajustava as imagens na tela.
Então tudo passou novamente e foi demais pra Tracey, Camila acompanhava ela sair correndo pela sala, e eu a impedi.
- Deixe-a. – Disse firme.
- Precisamos analisar isso com mais detalhes.
- Posso fazer isso, mas são muitas horas. – Dinah falou.
- Vou ver se arrumo um pessoal para ajudar. – Sofi saía atrás.
**
Algumas horas e estávamos analisando as imagens tentando achar algum indicio. Eu fui atrás de café para mim e pra Camila, dei uma ultima olhada para Viola que andava de lado a lado do seu escritório. Sentei.
- Somos amigas, né?
- Claro que sim, Camz. – Disse informalmente e ela riu.
- O que está acontecendo... – Ela dizia receosa. – Entre você e a Viola?
Pausei. Respirei. Isso ia além de mim, por mais que eu quisesse compartilhar tudo com ela.
- Não posso falar sobre isso. – Falei com o olhar culpado.
- Ok. – Então ela voltou a dar atenção as filmagens.
- O que você faria se alguém que você confiasse muito te decepcionasse? – Perguntei tentando fazê-la entender.
- Se for perdoável, perdoe.
- Não é tão fácil assim, é complicado. E se não for?
- Eu não sei, realmente você nunca me decepcionou.
E então eu senti meu peito encher de alegria. Ela confiava em mim. E eu nunca havia a decepcionado.
- Hey, venham ver isso. – Sofia chamou nossa atenção e cortou o momento.
Um vídeo em que um cara ameaçava Sam Schultz começou a rodar.
- Pode ser nosso cara, identifiquem-no.
- É Ricky Holt. – Vero falou. – Jogador de futebol, fraturou o joelho não vai jogar as finais e só anda festejando ultimamente.
- Você o conhece? – Camila perguntou assustada.
- Ele é um pouco famoso. – Sofia esclareceu. – Que tipo de problema haveria entre um policial e um jogador?
- Ele tem uma arma registrada. – A analista relatou. – Mesmo calibre da usada para matar os policiais.
- Procurem a localização. – Disse.
- Ele está em uma festa, uma fã postou. – Vero afirmou.
**
Fomos até a casa onde Holt fazia uma festa privada, carros, e pessoas se agarrando do lado de fora, dividimos a equipe. Bati na porta.
- Estou procurando por Ricky Holt. – Falei mostrando o distintivo a uma loira notavelmente drogada.
- Ele está em algum lugar aqui dentro.
Eu entrei e encontrei ele enfileirando carreiras de pó.
- Ricky Holt? – Mostrei o distintivo.
Ele correu e pra o meu azar já que estava com o pé dolorido tive que ir atrás, ele era rápido, e eu estava forçando, seria ótimo uma ajuda divina agora. Eu estava começando a desacelerar. Camila apareceu do nada pulando nele, mas logo caiu para o outro lado. Eu dei um último gás e contive ele no chão.
**
Camila Cabello POV
Sala adjunta a sala de interrogatório.
- Já terminaram o Holt? – Perguntei entrando e encontrando Vero;
- Estamos fazendo ele esperar. – Disse rindo. – Já pensou em ser jogadora de futebol?
Ri e me sentei.
- Sinto muito pelo seu parceiro. – Disse sincera. – Deve ser difícil pra você.
- Quando Andy foi morto, eu não podia fazer nada. – Vero falou. – Agora eu posso.
- Sim.
Então Lauren e Sofi entraram para entrevistar o cara.
- Conte-nos tudo sobre o policial que você agrediu.
- Advogado.
- Você resistiu a prisão e ainda atentou contra um agente federal, tem certeza que quer ir por ai? – Sofi perguntou.
- Podemos fazer isso sumir, mas nos conte, qual seu problema com ele?
- Meu problema? Ele é corrupto. É esse meu problema. – Holt falava. – Mês passado ele invadiu meu apê, a música parecia está muito alta e meus vizinhos se incomodaram. Semanas depois recebi cartas anônimas dizendo pra eu pagar 500 mil ou minhas fotos daquela noite transando iam vazar.
- Schultz estava te chantageando? – Lauren perguntou não acreditando que se tratava só daquilo.
- Não entendo, Ricky. Você não é casado. – Sofi ponderou.
Silencio.
- Vamos lá, Ricky. – Sofia estava sem paciência.
- Ultima chance.
- Era um cara. – Ele confessou.
Eu olhei atônita para Vero que também estava surpresa.
- Você tem noção que existem jogadores gays, rum? – Sofi debochou.
- E como a carreira deles está? – Ricky retrucou. – Eu não ia arriscar. Acontece que ele queria 50 mil por mês.
- E como foram as fotos?
- Pareciam mais fotos de uma foto.
- Fotos da câmera do fardamento. – Concluí.
- Então, eu cansei e o confrontei.
- Schultz foi morto. – Lauren o informou.
- Quero meu advogado. – Ele afirmou.
Analisando melhor a foto da tatuagem eu entendi.
- Então Schultz tirou as fotos do computador da delegacia. - Vero concluiu;
- isso não é uma mira de rifle. É uma lente de câmera. – Falei para Veronica. – As pessoas que tatuaram isso não sabiam da morte deles, sabiam que as câmeras estavam sendo usadas para chantagem.
- Sabiam da corrupção.
**
Viola Davis POV
Sala da Diretoria
Em pensar no meu passo a passo na daylight, como fui parar, todas as minhas restrições ao programa, eu sabia que era errado, mas aquilo nos daria portas. Após acordar com Sofia e John sobre ir em frente, sabia que não havia como voltar atrás.
- Schultz estava chantageando Holt. – Sofi veio me informar.
Então eu fui transportada para dentro do meu próprio caso. Refazendo meus passos.
- Esse é um vinho bem caro. – Falei ao ver a marca. – Não esqueci do meu aniversário.
Então o toque gentil de Sofia encontrou minhas mãos.
- Locke me disse que você não está usando o daylight. – Ela falava.
- Estou avaliando as informações. – Disse sincera. – Analisando...
- Violaaaa....
- Não é fácil pra mim. Se acharem algo útil, usem. Eu? Tenho que lidar com juízes, advogados...
- O congresso quase acabou com o Planned ParentHood. Você sabia disso? – Sofia me confrontava. – Daylight nos deu a vantagem que precisávamos para lutar.
- Você chantageou um congresso. – Disse. – Eu sei, lobos fazem isso. Procuram fraquezas, vão pra cima. Isso não é a mesma coisa.
- Um dos nossos maiores opositores era Fitzgerald Grant. – Sofia falava. – Daylight então intercepta uma ligação entre ele e um membro da campanha. Ele estava pagando por um aborto. Precisávamos do voto dele, ele precisa ser reeleito. Agora as mulheres não perderão a assistência obstetrícia.
- E nesse jogo todo, se eu não entrar, eu sou a idiota?
- Porque pessoas boas estão perdendo a oportunidade de serem ajudadas, qual o bom nisso?
---
- Holt estava sendo chantageado. Temos que ver alguma ligação com a parceira Dunn. – Vero relatava.
- Acabei de receber o comunicado da morte de Dunn.
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Lauren J POV
Cena do crime
- O fato de Holt está sob custodia não o inocenta.
- Na verdade, sim. – Vero falou. – Acabou de chegar o resultado e a mesma arma foi usada para os três assassinatos, e não bate com a de Holt.
- O dinheiro estão caindo em contas estrangeiras. – Sofia revelou. – Mas Holt apenas depositou 1x, ele recebeu de 10 mil, 20 mil e por aí vai.
- Ele estava chantageando mais pessoas, pode ser qualquer uma delas. – Vero concluiu.
Voltamos a sede e tentamos fazer conexões.
- Não tem como ver o ultimo acesso? Quem tem acesso a esses registros?
- Qualquer um que acesse da delegacia. – Dinah informou.
- Então pode ter sido qualquer um, e ainda tem o fato que não foi baixado, foi fotografado da câmera de um celular. – Sofi lembrou.
- Precisamos de mandados.
- Você acha mesmo que depois de perder 3 colegas eles estão pensando nisso? – Viola me interrompe.
- Só pra ter certeza que estamos agindo certo.
Silencio.
- Me siga. – E então Davis saiu fumaçando. – CHEGA. Entendeu? Qualquer que seja nosso problema, acabou, não vamos deixar atrapalhar nessa investigação.
- Lembra de como você me ensinou sobre fazer o certo? Então, eu sou o espelho dessa equipe e me espelhava em você. Essa admiração já era. E é isso.
Saí antes que isso evoluísse.
- Olha só o que achei. - Dinah mencionava. – Um rascunho escrito por Schultz dizendo que ele achava que sua câmera estava sendo usada por alguém, e que ele não havia mencionado isso nem com sua parceira.
- Então ele não estava extorquindo ninguém. – Camila supôs. – Mas sabia que alguém estava.
- Talvez os chantagistas descobriram que ele falou com o departamento e resolveram detê-lo. – Vero criou uma possibilidade pro cenário.
- Entao mataram Dunn porque ela era próxima.
- Isso não faz sentido. – Vero falou.
- Isso não foi vingança. Foi limpeza.
- Tem 200 policiais naquela delegacia, como vamos saber quem é? – Camila perguntou.
- Siga o dinheiro. – Disse firme.
- Edison Lombardi, 85 anos, sem família ou registro policial, o prédio dele teve 9 chamadas de violência domestica no ano passado.
- Quem atendeu aos chamados?
- 7 delas pelos mesmos policiais. Costellon e Johnson. – Vero concluiu.
- É complicado porque eles estão lavando o dinheiro em todo o país. Empresas de fachada, compradores falsos.
- Então cadê eles agora? – Camila perguntou.
Narrador
A batida na porta e uma mulher de meia idade atende. Em sua porta duas pessoas.
- Olá, senhora Schultz, podemos entrar?
Ela só disse sim porque eram policiais.
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