1. Spirit Fanfics >
  2. Blizzard e Loki - You Make Me Crazy >
  3. I already suspected...

História Blizzard e Loki - You Make Me Crazy - I already suspected...


Escrita por: AgentHiddles

Notas do Autor


Boa leitura!

*capítulo em revisão

Capítulo 5 - I already suspected...


Fanfic / Fanfiction Blizzard e Loki - You Make Me Crazy - I already suspected...

 

I already suspected... (Eu já suspeitava...)

 

Vicki

Acordei com o som de batidas na porta do meu quarto. Devia ser meu café. Eu tenho uma profunda raiva por sempre acordar com preguiça. Eu estava esparramada na cama, meu cabelo devia estar lindo, com certeza...

— Senhorita! – Gritou algum guarda batendo na porta.

— Já vou... – Respondi bocejando. Me virei na cama para levantar e cai com tudo no chão. — Aí, isso doeu. – Me apoiei na cama e mesmo com dificuldade me levantei e caminhei até a porta e a abri.

— Aqui está o banquete que Thor mandou lhe trazer. – Disse o guarda com uma bandeja em mãos.

— Ah valeu cara. – Peguei a bandeja das mãos dele e fechei a porta. Caraca, eu acho que eu fechei a porta na cara do cara. Pelo menos eu agradeci.

[...]

Depois do meu café da manhã, fazer minha higiene matinal e trocar de roupa, fui  atrás do Thor, já que ele disse que iria me levar para conhecer alguns lugares de Asgard. Estava andando pelos corredores e não fazia a mínima ideia de para onde estava indo, na verdade eu nem sabia mais onde fica o meu quarto. Socorro! Olhei para trás e não via ninguém para perguntar onde estava o loiro. Voltei a olhar para frente e para dar uma variada básica esbarrei com um cara, também loiro...  Hum, ele é bonito!

— Me desculpa, moço! Eu estava distraída tentando saber para onde estou indo... – Falava antes de ele me interromper.

— Eu que devo me desculpar – Pegou minha mão e beijou. — Por ter esbarrado em uma moça tão bela! – Disse ele me olhando galanteador e diretamente em meus olhos. Incrível, em todo lugar que eu vou os homens dão em cima de mim!

— Ah obrigada! – Sorri para ele. — É... Qual é o seu nome? – Perguntei.

— Fandral, ao seu dispor! – Responde ele me dando um sorriso. — E você, como se chama? - Perguntou com curiosidade.

— Vicki. – Respondi. — E antes que eu me esqueça, você sabe onde o Thor está? 

— Mas é claro! Acabei de passar por ele... Se quiser eu posso lhe mostrar onde ele está.

— Ah eu quero sim! – Respondi animada.

— Então vamos! – Disse ele animado.

— Com certeza... - trilhei meus dedos sobre o peitoral dele. Os olhos curiosos dele pareciam me indagar o que eu estava fazendo. 

O puxei pela mão e o levei para detrás de uma grande pilastra que havia no corredor. 

— Você disse que estaria à minha disposição... E eu já vou precisar de você agora... - Agarrei-o ali mesmo e comecei a beijá-lo.


[...]

 

Loki

Fingir ser Odin cansa minha beleza. Às vezes me pergunto se valeu a pena não contar a verdade ao povo e estar em seu lugar agora. Do que adianta estar no trono, se eu tenho que agir como o rei de Asgard e não como eu mesmo. É patético andar como ele, mas faço pela minha realização de estar no trono.

Hoje o dia está entediante, quem sabe ler um livro faça me sentir melhor. Levantei de meu “trono” e resolvi ir até a biblioteca. No caminho encontrei Thor na sacada do palácio. Lá vamos nós...

— Pai? – Disse ele vindo até a mim. — Está tudo bem? Aparenta estar cansado. – Perguntou preocupado.

— Exato, estou cansado, não há nada com que se preocupar. – Respondi calmamente.

— Qualquer coisa é só me avisar.

— Avisarei. – Não, eu não avisarei.

Quando já me retirava aparece a mais nova amiga do meu “querido irmão”, a tal Vicki, acompanhada de Fandral, que sorria até demais. Não suporto a presença dessa garota, espero que ela não cause confusões em Asgard. E que não interfira em meus planos.

— Thor! Finalmente te achei! – Disse ela animada. — Eu estava te procurando! Ah, olá Senhor Odin. Vossa Majestade. – Cumprimentou-me e em seguida Fandral fez o mesmo.

— Bom eu já estou de saída, com licença. – Disse e finalmente me retirei. Aquela garota tem algo de errado, sempre que me vê, fica me encarando.

— Deve ser impressão minha... – Disse balançando a cabeça, no intuito de afastar os pensamentos.

 

Vicki

Fandral, como disse que faria, me levou até Thor... E outras coisas mais. Andamos um pouco e o avistei próximo a sacada, conversando com seu pai. Caminhei até ele e o chamei:

— Thor! Finalmente te achei! – Exclamei empolgada. — Eu estava te procurando! Ah, oi Senhor Odin. – Cumprimentei-o e em seguida Fandral fez o mesmo, após notarmos que o Rei de Asgard estava o acompanhando.

— Bom eu já estou de saída, com licença. – Disse Odin, de forma seca e retirou. Aquele velho tem algo de errado, fica me encarando toda hora.

— Obrigada Fandral por acompanhá-la. Já pode ir. – Disse Thor.

— Valeu loiro dois! – Disse a ele dando um sorriso. Novamente ele pega minha mão.

— Não há de que. – Disse ele beijando minha mão. Em seguida foi embora.

— Então loiro vamos? – Perguntei animadamente a Thor.

— Ah claro vamos! – Respondi dando um sorriso. — Tem um lugar que você talvez goste... E também lhe vou apresentar uma amiga minha.

— Ok! Agora vamos Thor, animação! – Falei o puxando pelo braço.

— Calma, calma já estou indo. – Riu.

[...]

O passeio à tarde por Asgard foi bem legal! Thor me mostrou vários lugares, mas o que eu mais gostei foi à biblioteca. Sim eu gosto de ler e sim eu entendo a linguagem Asgardiana. Mais ou menos né, eu aprendi com um professor de história amigo do Coulson que entende do assunto. Também tive uma luta de espadas com Lady Sif, que por sinal foi bem simpática comigo.

Enfim, foi um dia maneiro. Loiro e eu fizemos um lanchinho e conversamos sobre várias coisas. Comida, livros, sobre os hábitos de humanos e asgardianos... E família. Esse foi o assunto em que ficamos mais tempo falando. Falei sobre meus pais e irmãos e ele o mesmo, e principalmente sobre Loki. Enquanto conversávamos era visível à tristeza em seu olhar ao falar sobre o irmão, e eu que também já tive irmão não pude deixar de me tocar com suas palavras.. Ele praticamente fez uma biografia sobre Loki, desde infância, a maneira de que era tratado, diferentemente de Thor. Maldito coração sensível esse que eu tenho! Já estou me comovendo com a história do maluco que cometeu aquele vacilo em Nova York! Mas também... Quem disse que eu sou santa? Se ele já matou, eu também. Não me orgulho nada de meu passado, continuando...

O que eu consegui compreender é que por mais que não seja um motivo para ter feito o que fez, Loki era incompreendido e ninguém fazia esforço algum para entendê-lo. É de suar os olhos. Triste situação e de coração mesmo, eu o entendo.

— Thor, foi bem divertida essa tarde! – Falei para ele enquanto íamos em direção ao meu quarto.

— Realmente foi muito proveitosa. – Ele deu um sorriso sincero. — O que eu mais gostei foi vê-la lutar com Lady Sif. Finalmente alguém que é párea para ela. – Ele riu.

— Ah que isso! Não é para tanto. Tenho certeza de que ela é mais forte do que eu. – Falei com modéstia e dei uma risada fraca.

— Ela irá adorar ouvir isso. – Riu fraco. — Ei, espera Vicki. – Paramos de andar de repente.

— O quê? – Perguntei estranhando.

— Você não disse que iria escolher algum livro para ler? - Perguntou-me.

— Ah... É verdade. Eu até vi uns temas interessantes lá na biblioteca, mas nada muito tipo: UAU! Que tema interessante! - Expliquei da minha maneira exagerada.

— Por que não vai até o quarto do Loki ver se encontra algo de seu interesse? - Ele sugeriu.

— No quarto dele... Eu posso ir lá? – Franzi o cenho estranhando o que ele acabou de me dizer.

— Pode. Se alguém perguntar, diga que eu permiti que você fosse até lá. – Disse ele sucinto.

— Então pode deixar, eu vou lá agora. – Disse já voltando o caminho.

— Vicki! Você sabe aonde é o quarto dele? – Grita para que eu ouvisse.

— Aham. – Fiz um sinal positivo com o dedo e rumei até o quarto.

Já me aproximando, estranhei o vazio e silêncio que estava no corredor. Muito sinistro, apesar de não me intimidar.

Chego ao cômodo e abro porta com cuidado. Estava uma verdadeira escuridão ali dentro. Procurei algum lugar que acendia a luz, e encontrei um botão, parecia ser interruptor, e o apertei. O lugar se iluminou. Olhei ao redor e vi uma estante repleta de livros, alguns jogados no chão, uma cama enorme e o que eu acredito ser um guarda-roupa. Andei até o móvel e o abri.

— Nossa quanta coisa brega! Se Loki ainda estivesse vivo, Lucy iria querer repaginar o guarda-roupa todo dele. – Ri.

Voltei a minha atenção ao meu objetivo, encontrar algum livro legal nesse lugar. Fui até a estante e revirei tudo. Claro, com educação, mas é claro.

— Magia, magia, magia... Aaah, magia. Dane-se, vou ler esse aqui mesmo. – Peguei o livro e andei até a cama me sentando.

— Nossa... Até que é confortável isso aqui, gente. – Disse enquanto afofava o colchão.

Deitei-me colocando a cabeça no travesseiro e iniciei a leitura do livro. Fiquei um bom tempo ali lendo todo aquele lance de magia e pela hora resolvi ir embora, amanhã volto e termino o que comecei. Deixei o livro em cima da cama, já que ninguém vai entrar aqui e tirar do lugar, e sai fechando a porta sem fazer muito barulho. Voltei para meu quarto e me joguei na cama exausta.

— Téeeeeeeeedio. – Disse com a voz abafada por esta com a cara no colchão. — Ficar sem meus eletrônicos, minhas músicas e meu youtube era difícil. 

 

No dia seguinte

 Aqui estou eu, terceiro dia em Asgard, tenho fé de que essa semana passe rápido, porque eu quero ir para minha casa e para as minhas missões legais. Já tomei café, fiz minha higiene matinal e troquei de roupa e fiquei sentada na minha cama ouvindo música.  Eu estava cansada de ficar ali sozinha. Fui dar uma volta por aí.

[...]

— Lady Sif! – Gritei-a da sacada do palácio, ela estava no pátio lutando com alguns guardas.

— Ei Vicki! Quer participar de novo? Você foi muito bem ontem! – Gritou ela um pouco ofegante pelo treino.

— Hoje não. – Ri. — Hoje vou só assistir.

Fiquei vendo ela e os outros lutarem e isso não me deixou menos entediada. Resolvi então fazer uma coisa que eu adorava brincar e gosto até hoje: neve. Já que o tempo estava meio abafado, ninguém vai se incomodar. Formei uma grande bola de neve em minhas mãos e as joguei no ar, começando então a nevar. Senti o vento gelado bater em meu rosto. Olhei para Lady Sif e para os outros, que me olhavam sem entender como tinha feito aquilo, mas aparentemente gostaram.

— Como fez isso? – Perguntou Odin ficando ao meu lado na sacada, que surgiu de sei lá onde. Cara esse velho quer me matar do coração de susto?!

— Bom... Eu ganhei esses poderes. – Respondo com um sorriso bobo olhando para a neve que caía.

— Magia? – Arrisca o palpite, franzindo o cenho.

— Não... Na verdade é ciência! – Ri. — Por mais que eu o explique você não vai entender, mas posso te dizer que o que aconteceu alterou o meu DNA e aí eu ganhei esses truques.

— “Truques” – Indaga ele estranhando o plural da palavra.

— Controlar, absorver gelo e criar neve não é a única coisa que posso fazer. – Fiz uma pausa e o fitei. — Eu também sou usuária de telecinese e sou uma habilidosa telepata... Posso ler mentes, seja lá de quem for. Desde que não haja impedimentos, barreiras mentais.– Enfatizei a palavra mentes, na intenção de que ele entendesse como indireta.

—  Tens o hábito de invadir a mente alheia? – Perguntou ele em tom de reprovação.

— Não! Claro que não! - Defendi-me. — Eu admito que às vezes fico curiosa de ler a mente de alguns, mas eu não “invado” nada. – Retruco fazendo aspas com os dedos.

— Não se revolte com a minha pergunta. Não quis lhe acusar de nada. – Disse ele tentando amenizar a situação.

— Tudo bem. Não fiquei. – Respondo seca.

— Mudando de assunto, o que está achando da sua estadia em Asgard? – Perguntou ele fitando o horizonte.

— Muito interessante. Onde tiver comida, eu consigo viver normalmente e feliz, apesar do tédio. – Ri e ele riu fraco. Eu não devia ficar falando para as pessoas da minha paixão por comida. Vão me achar que tenho problemas mentais. Se já não acham. - Comecei a rir de mim mesma. Odin meneou a cabeça, como se sentisse vergonha alheia. Até eu sentiria no lugar dele.

— Fico feliz em saber que esteja gostando. - Disse cordial — Bom... Eu tenho assuntos a resolver agora, com licença senhorita. – Ele disse formalmente e se retirou.

Isso foi muito estranho. Não, não é preconceito por ele ser velho e nem por ter sido pervertido. A questão é: ele tem alguma coisa, e eu já estou me sentindo algum tipo de médium, sentindo uma sensação estranha vindo dele o tempo todo. Já está se tornando implicância da minha parte, espero estar errada em relação a isso. Quem sabe eu faça uma “visitinha” no quarto dele, quando ele não estiver, CLARO PORQUE EU VOU LÁ INVESTIGAR E NÃO ISSO QUE PARECE QUE EU VOU FAZER! CREDO!

Então está tudo certo! Hoje à noite, quando o velho não estiver, irei até o quarto dele ver se encontro algo suspeito. Por enquanto vou atrás do Thor para saber o que tem de bom para comer hoje. Gente eu só penso em comida!

[...]

— Bom... Daqui a pouco eu dou “start” no meu plano. – Falo olhando as horas no meu Iphone, sem querer humilhar nenhum asgardiano.

Estou no momento no meu quarto, já fui jantar e são umas onze e pouca da noite, estou só esperando mais um pouco. Odin está sei lá, acho que ele teve que ir para um dos nove reinos fazer num sei o que. Sou muito detalhista não é?

— Só mais uns minutos... Tá eu vou agora. – Levanto de supetão. Abro a porta e saio em direção ao quarto do Odin. Chego até lá e giro a maçaneta da porta, que não abre.

— Droga! – Resmunguei. — Lá se vai o meu plano infalível! - Disse frustrada.

Já que estava ali, resolvi passar no quarto do Loki e pegar o livro que estava lendo e terminar de ler. Como os cômodos são perto um do outro, rapidamente cheguei e entrei em silêncio. Olhei para a cama e não encontrei o livro.

— Mas quem foi o abusado que pegou o livro? – Bati na cama irritada.

De repente ouço um barulho vindo do corredor, não seria possível, alguém estava prestes a entrar! Desliguei a luz e corri para debaixo da cama e rezei para que ninguém percebesse que eu estava ali.

A porta abriu e escutei passos no quarto. Olhei com cuidado para fora da cama e eu quase dou grito, que iria me fazer ser descoberta. Era que Loki estava dentro do quarto! Ai caralho, puta que pariu, eu fumei alguma coisa e não estava sabendo! Pisquei o olho na tentativa de “desver” o que estava vendo. Esperei, ele sair do quarto... Como o Odin?! Como assim?! Eu sabia, sabia!... Não, não espera Vicki, isso deve ser só uma alucinação! Provavelmente eu devia estar tão obcecada por achar alguma pista de algo estranho acontecendo que estava vendo coisas.

Quando ouvi a porta bater novamente, olhei com cuidado por debaixo da cama, para ver se ainda havia alguém.

— Ufa! – Dou um suspiro de alívio. — Ah droga, minha roupa está toda suja de poeira. – Praguejei enquanto saia debaixo do móvel e fui em direção à porta. Coloquei minha orelha nela para ouvir algum possível barulho, já que eu estava completamente paranoica. Abri e saí, olhei para o meu lado esquerdo e depois o direi...

— AAHH – Gritei assustada e ele tapou a minha boca.

— Oi querida, procurando por mim? – Pronuncia com ironia Loki, com um sorriso cínico estampado em seu rosto. Eu já disse o quanto eu “amo” essa criatura?!

— Me larga seu desgraçado, me LARGA! – Vociferei tentando me soltar de seus braços, que seguravam minha cintura com força. Eu vou tacar esse magrelo longe se ele não me soltar!

Entramos no quarto e ele trancou a porta e eu finalmente fiquei livre de seus braços.

— Quanta agressividade, porque você não relaxa um pouco, Cabelos de Fogo? – Perguntou ele com cinismo. Um verdadeiro babaca.

— Só um aviso, a próxima vez que você me agarrar... – Fiz uma pausa e o lancei um olhar ameaçador. — Eu vou te matar. – Disse calmamente.

— Uhum... Claro, irei lembrar de seu aviso. – Disse ele debochadamente. Loki definitivamente não sabia com quem estava brincando!

— Continue com o seu deboche. Continue me subestimando, continue! – Retruquei sarcasticamente e me sentei na cama, o observando me olhar irritado. — Enquanto você fica aí admirando minha beleza, eu vou enumerar algumas coisas que eu posso fazer, mas é claro que alguém tão “poderoso” como você não vai se preocupar. - Alfinetei. — Primeiro como eu já disse, eu possuo algumas habilidades bem interessantes. Primeiro: Eu posso te jogar longe só de olhar para você, é só eu querer. – Pisquei para ele. — Em segundo, e para te falar a verdade é o que eu mais gosto. Posso congelar seu coração em segundos. — Levantei e caminhei até ele. Encostei minha mão em seu peito e sussurrei em seu ouvido. — A hora que eu quiser. – Me afastei dele e o observei ficar incomodado com minha aproximação repentina.

— Enquanto se vangloria por se considerar tão habilidosa, esqueceu-se de um pequeno detalhe. – Disse ele com um sorrisinho estampado do rosto.

— E posso saber o que é? – Pergunto despreocupada.

— Porque eu “sou” Odin, e por mais que você queira, não pode me matar. Ou você acha que o povo de Asgard não vai sentir falta de seu rei? – Disse ele sucinto e presunçoso.

— Ai que dor de cabeça, eu vou me deitar um pouco tá, você fica aí falando sozinho. – Andei até a cama do Loki e me deitei, colocando o travesseiro no meu rosto.

— Ei, ei não pensa que vai escapar de nossa conversa, porque nós temos que conversar senhorita! – Disse ele se sentando na cama e arrancando o travesseiro de mim.

— Me devolve o travesseiro! – Disse irritada.

— Mas o travesseiro é meu! Essa cama é minha, o quarto é meu! – Disse ele indignado.

— Erh... Tá coisa chata, fala logo. – Disse me dando por vencida.

— Ótimo... Será que é possível você se sentar? – Disse Loki começando a ficar impaciente.

— Só por que eu estou deitada não quer dizer que não estou te ouvindo. – Fiz pouco caso.

— Como quiser. – Revirou os olhos. — Eu acredito que você saiba que não deve contar a ninguém de Asgard, ninguém! Muito menos para Thor! – Disse ele com o semblante sério.

— Preste bem atenção, esse é o momento em que você tem um por cento de chance de que eu não conte nada a ninguém. – Ele me fita confuso. — Me dê um bom motivo para eu não sair correndo daqui e contar a Thor que você está vivo e se passa por Odin. – Sorrio com desdém para ele. Se Loki pensava que eu iria ficar de boca fechada estava enganado. Essa era a oportunidade para ferrar com ele de vez.

— Haha! – Riu sarcasticamente. — Agora é você quem está me subestimando. – Disse ele e em seguida voou em meu pescoço, o apertando.

— Parece que você se esqueceu do meu aviso. Tire sua mão do meu pescoço agora! – Ordenei com minha voz saindo com dificuldade.

— Tudo bem, ruiva. – Tirou a mão do meu pescoço e se aproximou de rosto. — Mas eu irei encontrar algum jeito de fazer com que você colabore comigo. – Disse ele sussurrando em meu ouvido, só porque fiz o mesmo com ele. Esse idiota me deixou arrepiada!

— Aham, boa sorte para você. – Disse com ironia. — Será que agora você pode sair de cima de mim?! – Pergunto de forma retórica. Já não aguentava mais aquelas orbes azuis olhando nos meus olhos e de tê-lo tão próximo de mim, já estava ficando com vontade de vomitar.

— Com prazer. – Respondeu, alisando meu rosto de forma maliciosa e para me provocar. Afastei meu rosto, em repulsa. 

— Eu até vou te dar uma chance para fazer o que disse. Ache algo para me chantagear, mas já te digo que não vai encontrar nada. – Sorri debochada.

 — Quem quer matar aqui sou eu! Humana você não tem noção de como você é irritante e infantil? – Disse irritado.

— Irritante e infantil? – Repeti suas palavras, indignada. — Desde quando eu virei espelho? Para completar, voce além de irritante é pervertido, ainda por cima. E se quer me matar então porque não tenta a sorte, darling. Não é um deus? – Disse com sarcasmo. Eu estava adorando vê-lo se corroer de raiva.

— Eu vou encontrar alguma coisa sobre você, todos têm algo a esconder e você com certeza não é diferente. E quando eu encontrar, você vai estar em minhas mãos, assim como eu infelizmente estou nas suas. – Rebateu ele furioso.

— Isso, esse é o espírito. – Fingi animação. — Vou te dar uma semana para achar alguma coisa para me chantagear. Depois que a semana acabar e você não tiver encontrado nada que possa ser usado contra mim, eu conto tudo que sei. Então boa sorte. – Sorri falsamente para ele.

— Está se divertindo com essa situação não é?! – Indagou-me, aproximando-se de mim.

— Com certeza, pode apostar que sim! – Ri alto, enquanto me afastava dele.

— Pode ter certeza de irei aproveitar essa semana ao máxim... – Loki é interrompido por batidas na porta.

— Droga, seu idiota vai para debaixo da cama ou prefere ficar parado aí?! – Sussurrei para que não me ouvissem.

Vicki, você está aí? – Merda, é o Thor que está batendo na porta.

— Vai logo abrir a droga da porta, Cabelos de Fogo! – Sussurrou Loki impaciente.

— Tá bom, que inferno! – Me levantei da cama e andei rapidamente até a porta e a abri. — Thor! – Disse fingindo animação.

— É... Olá! Eu fui até o seu quarto e você não estava, então imaginei que estaria aqui. Eu só gostaria de te dar esse livro, já que gosta tanto de ler.

— Ah... Valeu. – Agradeci com um sorriso, tentando disfarçar meu nervosismo.

— Até logo então, tenha uma boa noite! - Ele disse com um sorriso amistoso.

— Boa noite para você também! Tchau! – Me despeço e ele vai embora.

Volto para o quarto, fecho a porta e chamo Loki.

— Anda, sai logo daí. Ele já foi, seu covarde! - Falei irritada.

— Ajude-me a levantar. – Falou ele saindo debaixo da cama.

— Eu não, você tem mão para que? – Disse ríspida e cruzei os braços.

— Muito obrigado pela sua ajuda. – Disse Loki ironicamente, limpando sua roupa suja de poeira.

— Não tem de que. – Sorri para ele com deboche.

— Vai continuar? – Indagou ele.

— Continuar com o que? – Franzi o cenho sem entender.

— Se vamos  acobertar um ao outro devemos ter pelo menos uma relação amigável. – Explicou meio contrariado.

— “Acobertar” o quê? A única pessoa ferrada aqui é você. – Comentei fitando minhas unhas.

— É incrível o seu poder de me tirar do sério! – Comentou com irritação.

— Haha! – Ri alto. — Ah Loki você é engraçado mesmo! O que merda você acha que eu sinto por você?! Não, não responda, eu te digo, é ódio! – Desabafei. — Costuma se esquecer dos seus atos com frequência?! – Continuei.

— Você tem toda razão! Nós dois possuímos motivo para nos odiarmos! – Retrucou furioso.

— Ótimo! – Disse virando o rosto.

— Ótimo! – Disse ele também virando o rosto.

— Cansei da nossa “maravilhosa” conversa. Boa sorte... Luke. – Me despedi com sarcasmo. Já posso me considerar a deusa do sarcasmo.

— É Loki, sua humanazinha insolente! – Grita ele.

— Perdão, Luke.– Dito isso saí do quarto, o deixando sozinho.

Ah Loki, não me subestime. E boa sorte mesmo para você, pois você vai precisar!

 

Loki

— Ah Vicktoria, você me vai me pagar... E caro! – Pensei comigo.

Essa garota de cabelos vermelhos está me fazendo sair do sério! Eu assumo que ela consegue se superar em relação a mim na questão de provocação. Também fui muito idiota por ser tão descuidado em fingir ser Odin. Maldita hora em que essa midgardiana veio para Asgard. Ainda por cima tenho que torcer para que ela não resolva contar o que sabe para Thor.

Precisava descobrir o quanto antes algum detalhe de sua vida que ela queira esconder a sete chaves. E eu garanto que será logo, e já sei como conseguir isso...

— Não me subestime cabelos de fogo... – Murmurei.

 

Continua...


Notas Finais


E aí? O que acharam? Comentem pq eu não sou a Vic, que lê mentes kkk Bom, espero que vocês tenham gostado :D
Até o próximo capítulo :**


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...