História Blood In The Dark - Revelations

A) Segurar no braço de uma mulher que estava passando e fingir conhece-lá. Assim ele pensará que estou conversando e não o seguindo.

 

 Segurei o braço de uma mulher que estava passando e ela me olhou de maneira assustada.

- Pode me dizer as horas?

- São...16:00- Ela parou um momento para olhar o relógio e assim voltou a me informar da hora.

- Obrigada, fazia tempo que não nos víamos, vou mandar lembranças a minha mãe, ela ficará muito

contente- Falei sorrindo até que notei que Nathaniel já havia voltado a andar.

- He...C-Certo eu acho...- A mulher parecia não entender nada, Não a culpo.

 Me despedi da mulher mas quando olhei para frente reparei que tinha perdido ele de vista.

-Droga! e agora?- Continuei andando olhando para os lados quando sinto alguém me puxar para dentro

de um beco e em seguida me colocar contra a parede.

- Você acha que eu não percebi que você estava me seguindo? acha que sou tão tapado assim?-Nathaniel

me encarava de forma fria e segurava meus ombros contra a parede com força.

-Tsc...já que é assim- Pensei e em seguida o olhei fixamente e com uma expressão desentendida-O que?

do que você está falando, eu estava indo até a casa da Rosa, você tem problemas? e da pra me soltar!-

movi meus ombros para os lados com força o fazendo recuar.

- E você ainda insiste, se é assim o que é isso?- Entre seus dedos estava a foto de Amanda que eu

havia pego mais cedo, olhei para o lado não conseguindo mais manter minha farsa- Não se deve bisbilhotar a vida alheia, Luna.

- E você deveria ser menos Hipócrita- As palavras saíram de minha boca sem perceber.

- Do que você está falando?- Ele deu dois passos para trás.

- O anel, você está usando o mesmo anel da foto que está no dedo dela, ou estou mentindo?- Voltei

meus olhos para seu rosto que agora estava com uma expressão triste.

- Luna, isso não lhe diz respeito, agora aconselho você dar meia volta e voltar para casa. Melhor

não colocar a mão no fogo pois obviamente vai se queimar- Dito isso ele virou as costas para mim

e seguiu seu caminho.

 O que ele quis dizer...e por que ele ficou triste tão de repente? mas uma coisa é certa, ele tem

alguma coisa haver com a Amanda e eu vou descobrir a verdade.

 

B)Ir para trás do poste e ficar de costas para ele, pegar o papel que Rosa havia me dado e colocar

na frente do rosto na tentativa de não deixa-lo a amostra.

 Fiz isso e fiquei alguns segundos desse modo. Assim que movo o papel para baixo e saio de meu

''esconderijo'' olho para trás e surpresa vejo que o Nathaniel me olha com uma expressão séria.

 Lentamente o loiro se aproxima de mim e assim que ficamos próximos o suficiente ele fala.

- Você é tão estúpida quanto sutil- As palavras saem de sua boca em um tom Sarcástico- Se seu objetivo

era me seguir sem ser notada digamos que ele falhou miseravelmente.

- Eu estava indo para a casa da Rosa, não tenho motivos para seguir um cara tão irrelevante como você-

Retribui com o mesmo tom Sarcástico porém com uma pitada de arrogância.

- E você ainda tenta mentir? acha mesmo que não reparei que a foto de Amanda havia sumido de minha

mesa?

- E você mentiu para mim quando perguntei se conhecia ela, Obviamente esse anel no seu dedo é o mesmo

da foto, então por que mentiu?- Ele ficou mudo por alguns momentos- O gato comeu sua língua?

- Eu não te conheço e até onde eu sei eu não devo satisfação nenhuma a você e se seu objetivo tem

relação ao Blood Rose melhor não se meter pois como o Kentin disse, você é muito frágil, agora

pode me devolver a foto dela?- Ele estendeu a mão e assim eu retirei a foto do meu bolso e entreguei

a ele o fuzilando com o olhar- Boa garota, espero que você leve meu aviso a sério Luna, eu realmente

não quero lhe ver machucada- Dizendo isso ele se virou e seguiu seu caminho.

 

 Atônita, imóvel, meus olhos encaravam suas costas, como alguém com um rosto tão angelical pode

ser tão frio? mas os seus avisos não vão me fazer desistir. Após digerir tudo que acabará de acontecer

eu peguei o papel sobre a policia e comecei a ler.

- Então para ajudar eu preciso de alguma coisa que contribua a algum caso, felizmente graças a ajuda

do diabo loiro eu sei como conseguir- Pensei e olhei para cima com um sorriso nos lábios.

 Percebi que já tinha escurecido, e então resolvi voltar para casa, só de pensar em ver a cara do

Brian me da ânsia de vomito...

 

 Após um tempo eu voltei para casa e assim que entrei me dirigi a escada para subir ao meu quarto

porém fui barrada por minha mãe que me encarava com olhos cor âmbar que pareciam sugar minha alma.

- Posso saber porque a mocinha demorou tanto?- Ela cruzou os braços.

- Eu dei uma passada na cara da Rosa, desculpe por não avisar foi de ultima hora- Dei um sorriso

sem graça para ela.

- Eu fiquei preocupada, que isso não se repita- O tom de sua voz era autoritário entretando aliviado.

- Sim senhora, me desculpe mais uma vez.

- Tudo bem, vai querer alguma coisa para o jantar?

- Tudo o que eu quero é a minha cama por agora mãe.

- sei que está cansada mas vai comer não é?

- Ana, o jantar já está pronto?- ouvi a porta abrir e em seguida a voz de Brian.

 Me virei e o encarei com uma cara de nojo e em seguida me virei para minha mãe.

- Eu passo mãe, agora se me á licença- Passei por ela e subi as escadas o mais rápido possível.

 Aquele cara me dá nojo, de tantos caras no mundo porque justo ele para ser meu padrasto?

Notei que passei na frente do quarto do meu avô, então resolvi entrar e lhe ver.

- Com licença...- entrei falando baixo e indo em direção a sua cama.

- L-Luna, minha neta favorita- Ele se virou para mim sorrindo.

- hahaha eu sou sua única neta, vovô- Ri enquanto me ajoelhava para ficar do mesmo tamanho que a cama.

- Por isso mesmo haha, mas me diga, porque essa carinha estava tão triste agora a pouco?- Ele

falou em um tom suave e amigável, ouvir sua voz sempre me tranquilizava.

 Arquiei as sobrancelhas, fiquei surpresa que ele havia notado.

- Muitas coisas andam acontecendo sabe vovô...as vezes é difícil manter um sorriso- Olhei para baixo

cabisbaixa.

- Nem sempre as coisas vão bem minha querida, mas obstáculos sempre vão aparecer e nós temos que Supera-los. Assim ficamos mais fortes- Ele colocou sua mão por cima da minha.

- Obrigada vovô, ainda bem que tenho você- Falei com a voz embargada e os olhos cheios de Lágrimas.

- Vai ficar tudo bem.

 Passei mais alguns minutos ali, percebi que ele havia pego no sono e resolvi deixa-lo descansar.

- Bons sonhos meu velhinho- Depositei um beijo em sua testa e assim me retirei do seu quarto e fui em direção ao meu.

 

 Assim que entrei em meu quarto joguei a mochila no chão e me deitei na cama.

- Finalmente, que saudades de você- Peguei meu travesseiro e o abracei.

 Adormeci e me acordei com o som do meu celular, alguém estava me ligando.

- Alô?- Com a voz sonolenta atendi a ligação.

- A-Acordei você Luna?- A voz era da íris.

- Está tudo bem, fico feliz que tenha me acordado, preciso fazer algumas coisas mas voltando, o que

houve?- Peguei o celular e sai de cima da cama indo em direção a minha escrivaninha.

- Só gostaria de perguntar se a Violette foi hoje a Universidade.

- Bem, eu não há vi hoje, mas porque a pergunta? aconteceu alguma coisa?

- N-Não, está tudo bem...Obrigada Luna, até mais- Ela desligou, ela parecia um pouco nervosa.

- Ok...está acontecendo alguma coisa, mas se ela não quer me contar não posso fazer nada por enquanto-

Falei para mim mesma encarando a tela do celular.

 Me sentei na cadeira de frente para a minha escrivaninha e assim peguei meu caderno de anotações

preto o coloquei sobre a mesma.

- Vejamos...vou anotar todas as suspeitas que tenha até agora quanto ao Nathaniel- Comecei a anotar

algumas coisas- Bom, eu sei que ele tinha alguma coisa com a Amanda a garota que foi assassinada...

e ele me falou para ficar longe e que não queria me ver machucada...definitivamente tem caroço nesse

angu. Amanhã irei o observar, seja o que for ele não vai conseguir esconder por muito tempo.

 Assim que terminei de fazer minhas anotações ouvi a porta do meu quarto abrir.

- Luna? trouxe seu jantar- Minha mãe se aproximou de mim com um prato e o depositou sobre a escrivaninha

- Eu disse que não precisava...

- Querida, eu sei que as coisas estão difíceis para você...mas, você tem que lidar com as coisas certo?

sei que você não se dá muito bem com o Brian mas ao menos tente conviver com ele ok?- Ela passou

a mão sobre meus cachos e enrolou seu dedo em uma de minhas mechas.

- Mas- Me interrompi e após alguns segundos voltei a falar- Ok, eu juro que vou tentar- abro um leve

sorriso.

- Ótimo- Ela soltou a mecha e beijou minha testa- Boa noite.

- Boa noite- Acenei para ela e a observei enquanto deixava o local.

 

 Senti que um nó em minha garganta havia se formado. Eu não tinha conseguido falar...não pude dizer a verdade. Eu sei que é o certo mas eu não poderia, é a primeira vez que a veja tão feliz. Não posso acabar com isso, é muito egoísmo.

 Peguei meu celular e caminhei em direção a cama e assim me deitei na mesma. Minha garganta parecia

queimar enquanto eu segurava o choro porém as lágrimas silenciosamente escorriam pelo meu rosto me

fazendo as limpar de maneira desesperada. Eu as odeio, porque eu sou frágil? porque eu simplesmente

não consigo falar a verdade? parar de...mentir para os outros e...para mim mesma?

 Fiquei encarando o prato que estava com cookies por alguns segundos e então sem perceber acabei adormecendo e me acordando pela manhã com o som do despertador. O desliguei e ainda sonolenta levantei-me e fui em direção ao banheiro. Iniciei meu banho fiquei algumas segundos encarando a água enquanto a mesma escorria até o ralo. Por fim lavei meu cabelo e sai dai do banheiro já enrolada na toalha, porém eu fui com cautela para prevenir que aquele saco escrotal não estive-se vasculhando minhas coisas novamente.

- Ao menos hoje eu comecei meu dia em paz- Murmurei soltando um leve suspiro no final.

 Em seguida fui até meu guarda-roupa onde peguei um vestido preto que continha na parte do busto uma cor branca e Detalhes em vermelho.

- Ele é bonito, deve servir- O coloquei e depois vesti um salto alto preto.

 Penteei meu cabelo, peguei minha mochila e minha agenda e por fim sai do quarto.

- Já vai querida?- Ouvi uma voz masculina atrás de mim. Virei-me e vi que ela Brian.

- Tsc, Não é da sua conta- Me virei para descer as escadas mas o desgraçado segurou minha mão.

- Não vai ficar para o jantar? vou me sentir sozinho sem sua companhia- Ele acariciou minha mão com um de seus dedos.

- Vá para o inferno- Falei com um tom de voz arrogante e com uma expressão de nojo. Movi minha mão

bruscamente para baixo o fazendo soltar e cuspi em seu pálido rosto. Desci as escadas rapidamente

e sem olhar para trás. Sai da casa e finalmente senti que meus pulmões se encheram de ar novamente.

- Isso está saindo do meu controle...-Murmurei ainda ofegante e então segui meu caminho para a Universidade.

 

 Assim que cheguei na Universidade fui recepcionada por Rosa que estava sorridente como sempre.

- Luna, finalmente você chegou como- Ela parou de falar por um momento- Você está bem? aconteceu alguma

coisa? você está um pouco pálida...

- E-Está sim...talvez seja porque eu não como desde ontem.

- O que! vamos agora na lanchonete, você vai passar mal se continuar assim- Ela segurou no meu braço

e me levou até a lanchonete ao lado- Um Sanduiche e uma coca por favor.

- Não precisa Rosa...

- Calada! você vai comer e fim de papo, ha obrigada- Ela se virou e pegou o pedido- Tome- Ela colocou

o prato e o uma latinha de coca sobre a mesa e após isso se sentou a minha frente.

- Obrigada Rosa- Peguei o sanduiche e comecei a comer.

- Você não vai me contar?- Ela me encarou séria e em seguida cruzou os braços.

- Contar?- Olhei para ela confusa.

- Você não estava daquele jeito só por estar com fome.

 Abaixei minha cabeça e continuei comendo.

- Luna!- Ela bateu as duas mãos na mesa o que me assustou um pouco- Eu sou sua amiga..

- Eu não posso...

- é assim? Certo. Eu já paguei a comida então não precisa pagar, quando você confiar em mim venha falar

comigo novamente- Ela falou sem estremecer a voz um segundo e em seguida foi em direção a Universidade.

- Porque?...e-eu...o que eu fiz?- murmurei fitando a mesa.

 

 Passados alguns segundos eu terminei de comer e fui para a Universidade. A rosa estava na entrada

como sempre e conversava com o lysandre. Passei por eles com a cabeça baixa e pude sentir que rosa

me observava.

- Luna, você não tem tempo para isso- Pensei e nesse momento uma silhueta que tinha cabelos loiros

passou por mim. Levantei a cabeça e vi que era Nathaniel e em vez do garoto ir para o Grêmio ele

andou em direção ao porão.

 

 Passei a segui-lo mas para disfarçar fingi que iria entrar na sala de Filosofia. Assim que o loiro saiu do meu campo de visão segui por onde ele passou e entrei silenciosamente no porão.

 Me escondi atrás da parede e observei Nathaniel. Ele retirou uma caixa de fósforos do bolso e em seguida a foto que eu havia devolvido para ele.

- Ele vai queimar?!- Pensei.

 Em seguida ele se sentou no chão e ficou observando a foto por alguns segundos.

- Você se foi...mas você mereceu- Ele passou seus dedos por cima da foto- Eu te amava, mas não teve

jeito...

- O que?!- Pensei arregalando os olhos.

 Nesse momento eu Peguei meu celular e tirei algumas fotos.

- Agora irei me livrar de nossas ultimas lembranças...- Ele acendeu um fósforo e colocou perto da foto que começou a queimar lentamente.

 Tirei mais fotos e comecei a anotar as coisas que ele havia dito em meu caderno. Estava tão nervosa que minha mão estava tremendo. Eu não podia acreditar que Nathaniel era o Blood Rose, um assassino mas...porque?. As batidas do meu coração se aceleravam a cada segundo e por uma falha minha deixei minha respiração ofegante.

- Hum...?- Ele se levantou e começou a olhar ao redor com uma expressão séria.

 Tampei minha boca e meu nariz com a mão e tentei me acalmar o máximo possível. Ele iria me encontrar

se eu continua-se ali mas subir a escada e sair agora do porão só iria fazer mais barulho graças ao salto.

- Parabéns Luna, grande ideia vir de salto hoje- Pensei mordendo o lábio inferior.

 Dada as circunstâncias eu tinha duas opções:

 

A) Sair de trás da parede e confrontar Nathaniel. Eu poderia ameaçar mostrar tudo para a policia

se ele não me conta-se a verdade e se tenta-se alguma coisa eu gritaria mesmo que do porão ninguém iria escutar.
              
             B) Tentar subir a escada rapidamente e tentar sair dali.