1. Spirit Fanfics >
  2. Blood Kiss >
  3. Chapter II

História Blood Kiss - Chapter II


Escrita por: luxuriando

Notas do Autor


Olá, amores! Tudo bem? Espero que sim!
Muito obrigada pelos comentários no capítulo anterior, eles são muito importante para estimular a escrita e me fazem muito feliz!
Vou pedir que vocês LEIAM AS NOTAS FINAIS, por favor (sempre tem algum aviso importante).
Sem mais enrolações:
BOA LEITURA!

Capítulo 2 - Chapter II


Abri meus olhos rapidamente, mesmo que aquilo fosse doloroso por causa da luz forte. Me levantei subitamente, o que me fez ser puxada novamente para trás por alguns panos que me amarravam aquela cama e fazia minha cabeça girar, vestia algo que aparentava uma camisa branca, mas que envolvia meus braços ao meu próprio corpo. Eu não fazia ideia do que tinha acontecido. Me sentia cansada, mesmo tendo acordado agora. Queria um pouco de sossêgo, só que com aquele tal de Justin Bieber parecia ser impossível, pois foi só relaxar mais naquela cama que ele apareceu, tentei fingir que estava dormindo, mas eu não era boa atriz em determinadas situações e logo escutei sua voz. 

- Maggie, eu sei que você não está dormindo. Agora, mais do que nunca precisamos conversar e você vai ter que me ouvir. - continuei de olhos fechados, mas ainda podia sentir sua presença, bufei forte e abri os olhos. Deixei escapar um pequeno sorriso, quando vi alguns cortes pelo seu corpo, machucados e em sua cabeça perto do cabelo tinha um pequeno curativo. Ele me repreendeu pelo olhar, mas se sentou na cama perto dos meus pés. - Eu sei que você não quer falar comigo, já lidei com pessoas como você, mas nunca em toda minha carreira... - dei uma risadinha irônica, o interrompendo e como se lesse meus pensamentos completou. - Não que seja muito longa. Enfim, nunca me agrediram assim. E eu preciso saber o que te levou a fazer isso, pois você não me atacaria do nada, não é? - Ele me olhou sugestivo. Balancei a cabeça em negação, mesmo querendo dizer outra coisa. Justin sorriu pra mim e seu sorriso me transmitia uma sensação estranha.

- Eu não sei nem o que aconteceu. - disse em um fio de voz. 

- Entendo. Imaginei que você não se lembraria, mas vou te recordar se você me permitir. Como eu disse antes, eu estou aqui pra te ajudar. - eu já sabia daquilo, mas duvidava muito que ele tivesse esse poder, eu não precisava de ajuda e não queria ajuda. - Então, agora vamos tentar recordar sua memória, eu não vou te contar o que aconteceu, você vai tentar se lembrar. - Revirei os olhos, ele poderia simplesmente me contar, mas iria ficar enrolando cada vez mais. - Isso te incomoda? - O olhei confusa. - Tentar se recordar das coisas. - completou.

- Tenho muitos segredos e não pretendo recordá-los, pois se isso acontecer, nem com a ajuda do papa aconteceria alguma mudança em mim, não que vá acontecer agora de qualquer jeito. - falei por fim. 

- Você acredita no amor, Maggie? - aquela pergunta me incomodou muito, não sei por quê. 

- Por que você está perguntando de amor pra mim? Nossa conversa não tem nada a ver com amor. Não fale de amor. - Não consegui esconder minha perturbação, parecia que ele tinha ficado mais curioso com essa revelação.

- Você se incomoda quando eu falo de amor? - Justin Bieber está brincando com fogo. 

- Eu já te disse pra não falar sobre amor. – o olhei fixamente e o mesmo recuou. 

- Certo. Vamos voltar ao exercício principal. O que aconteceu depois que eu me aproximei de você? - fiquei calada. - Maggie, vamos lá. O que aconteceu depois que você se virou para a parede? No que você estava pensando? - fechei os olhos com força, minha vontade era de costurar sua boca pra ver se ele parava de falar. 

- Eu me lembrei de um segredo ruim, você me recordou de um péssimo segredo. - olhei pra parede branca.

- Maggie, mantenha o olhar fixo no meu. - Desviei o olhar da parede, fixando nos dele. - me conte que segredo é esse, você sabe que pode me contar. Eu não vou falar pra ninguém, esse segredo vai ser meu também, irei levá-lo para o caixão comigo. - seu olhar suplicava aquilo, como se fosse algo que ele precisava para sobreviver, saber dos meus segredos era algo para suicídio, não para sobreviver. 

- Não é necessário, Doutor Bieber. Eu não quero que você fique como eu. 

- E como você é, Maggie? Como você acha que é? - meus olhos fraquejaram e eu senti que lágrimas iriam cair, passei a mão brutalmente pelos olhos, impedindo que qualquer coisa que quisesse cair deles caíssem. Fiquei calada. Eu queria que ele fosse embora, não queria mais ajuda, não queria me recordar de nada, não queria sair dali, não queria vê-lo mais nenhuma vez, mas eu queria ele. - Não vai me responder? - Justin me encarou sugestivo. - Tudo bem, já foi informação o suficiente para um dia. Eu vejo avanço, você é a pessoa mais forte que eu conheço, M. 

 

Flashback on

- Vamos logo, M! - Enquanto eu tentava calçar meus sapatos, aquele garotinho me puxava apressadamente. Nós tínhamos um plano de criança, que iríamos fugir pra sempre das nossas famílias. Era meu sonho. Viver com aquele garotinho tão valente, que parecia poder me proteger de qualquer coisa. Loiro. Olhos cor de mel. 

- Vai mais devagar, J. Eu não sou tão rápida! - Disse, tentando correr na mesma velocidade, mas minha mochila estava muito pesada e eu não conseguia acompanha-lo. Até que eu olhei para trás e vi minha mãe lá, não consegui desviar os olhos daquele olhar crítico de reprovação, um olhar diabólico. Rapidamente, me vi sendo arremessada pro chão e uma dor nas minhas mãos, que já eram machucadas, piorar e no meu joelho. Olhei para frente, Justin voltava correndo em minha direção, olhei para trás e minha mãe não estava mais lá. Lágrimas ameaçavam cair, limpei-as brutalmente para que nada que quisesse cair dos meus olhos caísse. 

- O que aconteceu? - Sua feição era de preocupação. 

- Eu não gosto de chorar. - tentei conter as lágrimas que já caiam involuntariamente, ele sorriu. 

- Você é a pessoa mais forte que eu conheço, M. - ele me deu um beijo na testa.

Flashback off

 

Justin Bieber. Loiro. Olhos cor de mel. M. Garotinho. Aquelas informações giravam na minha cabeça. Era ele

- Justin? - Chamei. Ele se virou com um sorriso no rosto. 

- Eu sabia que se lembraria. 

- Por que não me contou? Por quê.... - eu me sentia confusa, minha vontade era de levantar e lhe dar um abraço, mas eu não conseguia e não era só por causa da camisa de força, muitas outras coisas prendiam minha cabeça há muito tempo e faziam dos meus braços marionetes. 

- Eu disse que estava fazendo um exercício de recordação, só que você não sabia que esse exercício não era só para você se lembrar daquele momento que me...agrediu, mas para recordar também de mim. - ele explicou. Eu ainda permanecia extática.

- Como...quando você descobriu que era eu? 

- Quando você me atacou, me dizia coisas que pareciam sem sentido, mas para mim...fez todo o sentido. - Justin se sentou novamente, agora mais próximo. 

- Por isso que você quer tanto me tirar daqui? - ele sorriu, mas balançou a cabeça em negação.

- Não é só porque te conheço que quero te tirar daqui, esse é meu trabalho, te curar, te proteger. Mas, acima de tudo eu te conheço e... - Travou. Parecia que ia se arrepender do que ia dizer.

- E... - o encorajei.

- Eu sei que você não é capaz de matar nem uma mosca. - depois dessa eu ri, que ilusão. Ele estava em total confusão. 

- Justin, eu sou uma assassina. - Ele mais do que ninguém precisava saber daquilo, eu não podia deixar que ele se iludisse tanto em relação a mim. Eu devia isso a ele. Tinha abandonando-o sem mais nem menos.

- Eu lembro de que há alguns anos atrás você tinha falado isso também, mas o caso era totalmente diferente. - sua decepção estava estampada em seu rosto. 

- Eu lembro também. Desculpa te decepcionar, mas eu tive que... – Baixei a cabeça, sentia que devia desculpas a ele, mesmo aquela palavra me fazendo engasgar.

- Não me decepcionou. - seu olhar foi para a parede atrás de mim, eu conhecia uma pessoa quando ela estava mentindo e conhecia Justin mais ainda. 

- Nós crescemos, mas eu ainda te conheço como se você fosse aquele garotinho, as mesmas manias. Me chamar de "M", tentar me proteger o máximo que consegue, desviar o olhar quando está mentindo...- ele me olhou novamente, triste.

- M, eu só não imaginava que tudo isso fosse fazer de você quem é hoje. - Justin se levantou e saiu, como se aquilo doesse tanto nele que o mesmo era incapaz de lidar com a situação. 

Sozinha novamente. 

Engraçado, quando vemos um psicopata nos livros, filmes, séries, eles costumam ser completamente loucos e não são nada educados, não falam "licença" pra entrar na casa das pessoas, não pedem "desculpas" por matar alguém, nem pede "por favor" para pegar a arma que costuma está em algum lugar da casa dessas. Se fazem de lerdos, como se não entendessem o que as outras pessoas estão falando. Eles fingem que não sabem que são psicopatas, mas no fundo todos sabem, todos têm total consciência do que estão fazendo, às vezes depois de já feito, então se fazem de doidos para passar melhor. Eu assumo meus atos, meus erros, minhas manias. Eu sei o quanto tudo é confuso. Se nem eu me entendo, como alguém poderia me entender?

 

2 semanas depois: hospital psiquiátrico Ridley - New York

 

 Duas semanas se passaram, tão rápido. Justin vinha conversar comigo todos os dias, de dia, de tarde e à noite antes do término do seu expediente, quando ele dá plantão e eu não consigo dormir, eu o chamo através de um telefone antigo que ele me emprestou. Depois de tantos anos, ainda não me sinto tão à vontade perto dele quanto era naquela época, mas isso vai mudando aos poucos e são nesses poucos que ele pega toda a informação necessária para me tirar daqui. Nós fizemos planos, como quando era quando tínhamos 7 anos. Eu estava feliz por ter ele, mas minha abstinência começava a atacar e era inevitável me conter e quase impossível dos enfermeiros conseguirem me segurar, estava cada vez mais difícil deles conseguirem e já era preciso mais de cinco homens para isso. Preciso sair daqui o mais rápido possível, preciso terminar tudo o que vim fazer aqui.

Uma enfermeira entrou na sala como todo dia e deixou uma bandeja com comida no carrinho que ficava ao lado da minha cama e um suco de qualquer coisa que eu não dava a mínima, só sabia que lá tinha o remédio que meu psiquiatra receitava. A enfermeira avisou que meu almoço tinha chegado e pediu que eu tomasse todo o suco que assim poderia ir ao pátio com todos essa tarde, como estava de costas pra ela rabiscando algo qualquer na mesa, apenas murmurei um "uhum" e escutei a porta sendo aberta e fechada em seguida logo atrás de mim.

Como eu não podia sair daquela sala, tinha um pequeno banheiro com pia, chuveiro de água gelada (mesmo no frio), sanitário e lixeiro. Aquela pia era o que eu precisava. Derramei todo o suco com o remédio dentro e lavei o local para não deixar nenhum vestígio de cheiro. Voltei para o quarto, me sentei na cama e comi meu almoço como se nada tivesse acontecido.

A enfermeira voltou depois de uma hora, sempre pontual.

- Muito bom, Maggie! Comeu tudinho. - Me parabenizou como se eu fosse uma criança de cinco anos. Revirei os olhos e ela deu uma risadinha sem graça. - Vim te liberar para o horário livre no pátio, depois de tanto tempo dentro desse quarto, você precisa ver outra paisagem e tomar um pouco de sol. - continuei encarando-a sem expressão alguma. Eu só queria sair daquele lugar e precisava me comportar para isso, precisava mostrar que eu estava "curada". Enquanto pensava no meu plano pra sair daqui, aquela mulher irritante limpava todo o local onde eu havia comido.

- Prontinho, vamos lá. - disse quando terminou de limpar e me levantando pelo braço como se eu fosse incapacitada, puxei meu braço com força, eu não gostava dela e que se dane. 

 

Flashback on

Fazem 5 dias que eu estou nesse lugar, ele me deixa completamente louca. Depois de descobrir quem é o Justin nós nos aproximamos muito, ele vem conversando comigo e tentando arrancar informações, mas naquele dia ele não tinha aparecido. Mesmo depois de mais uma lembrança, seguida de mais um surto.

 A ansiedade estava tomando conta do meu corpo e eu não sabia lidar com ela. Joguei as poucas coisas que estavam em cima da mesinha no chão, o que causou um grande barulho do impacto do vidro do abajur quebrando no chão. Olhei pela janelinha e via alguns enfermeiros correndo de um lado pro outro, procurando saber o que causou aquele estrondo, foi quando eu me deparei com aquela cena, uma pessoa que eu conhecia muito bem de jaleco branco e outra mulher que já tinha ido ao meu quarto algumas vezes, mas não fazia diferença. Eles estavam de mãos dadas e com o olhar fixo um no outro, sorriam e conversavam sobre qualquer coisa que não me importava. Aquilo me perturbou, estava totalmente confusa, olhei pro chão e no desespero peguei qualquer caco de vidro, o que acabou cortando minha mão, e arremessei na janela de vidro, só houve um estrondo, mas nada quebrou. Peguei outro e outro e outro, cada vez arremessava mais cacos de vidros. Meus olhos estavam cegos de ódio e eu só queria pegar aqueles cacos de vidro e enterrar naquela loira. Quando me cansei de tanto arremessar cacos de vidro, guardei o último inteiro dentro da fronha do travesseiro, eu iria precisar dele.

A mulher de grande olhos verdes e cabelos bem loiros, quase brancos, me olhava assustada. Eu podia sentir o cheiro do seu medo. Queria rir daquela idiota, ela acha mesmo que eu iria matá-la bem ali? Tão aparente. Na verdade, eu poderia, já estava onde eu poderia estar mesmo. 

- Algum problema, Maggie? Quer que eu chame o doutor Bieber? - um grande sorriso surgiu no meu rosto, mas não era um sorriso de alegria, era o mais próximo do que quando minhas mãos estavam molhadas de sangue, aquele mesmo sorriso diabólico. 

- Pra que tanta formalidade ao chamá-lo? Eu sei que vocês se conhecem muito bem, Alice. - seus olhos pareciam que iriam pular do buraco, de tanto que estava assustada. - eu sei o que vocês fazem quando ninguém tá olhando. - passei por ela piscando meus longos cílios várias vezes e dando um sorriso aberto. A loira continuou imóvel. - O que você está esperando? Vamos! Meu horário livre vai acabar se você não se mover. - acordou do transe, me deu um sorriso amarelo e continuou andando sem falar mais nada, aquele sorriso diabólico não queria sair do meu rosto, mas eu precisava me controlar. A hora dela estava chegando


Notas Finais


O que será que a Maggie está preparando para a enfermeira? Eita!
Bom, o que eu queria falar de importante aqui é que:
Gente, por favor, comentem nem que seja um "continua", serio. É muito importante pra eu saber o que vocês estão achando, se está dando certo a ideia da fanfic ou não.
Obrigada a todos os favoritos e comentários, vocês fazem que tudo fique muito melhor e que eu tenha mais vontade de escrever!
E o mais importante, espero que tenham gostado, de coração. Esse capítulo ia ficar maior, só que eu precisava parar em um misteriosinho, já que eu tinha revelado sobre o passado da Maggie e do Justin juntos.

BEIJOOOOOS!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...