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História Blood Roses - On the road to hell


Escrita por: ThamirysHoran e Gih7

Capítulo 22 - On the road to hell


Fanfic / Fanfiction Blood Roses - On the road to hell

"Eu sou uma garota triste, eu sou uma menina má."
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Katherine já havia sido liberada e levada para uma cela da delegacia. O tempo se arrastava lentamente, as paredes de uma tonalidade cinzenta e mofadas deixavam o local mais deprimente. Katherine ficou todo tempo deitada olhando para o teto. Ela cantarolava cantigas de ninar enquanto acariciava sua barriga. Aquilo a acalmava por saber que não estava sozinha. Katherine vivenciava a alegria e a tristeza das maneiras mais profundas ao mesmo tempo. Zayn caminhou pelos corredores passando por guardas e uma enorme porta de ferro preta. Ele chegou próximo a cela de Katherine, mas não se pronunciou, ficou apenas a ouvindo cantarolar as canções. Sua voz era linda, mas podia se notar o tom de melancolia nela. Talvez por saber que nunca veria seu filho crescer. Ao perceber a presença do rapaz, Katherine se levantou rapidamente, sentando-se na cama, se é que aquilo poderia ser chamado de cama. Ele abriu a cela, entrando. Seus olhos se encontraram, olhares cheios de culpa e tristeza. 
- Eu posso? -Zayn pergunta se aproximando. Katherine apenas assente com a cabeça. Zayn senta ao seu lado e passa a mão na sua barriga imperceptível. Katherine pôs sua mão sobre a dele, um sorriso tímido surgiu em seus lábios ao admirar a cena. 
-Eu quero que você cuide bem do nosso filho. -Katherine diz para Zayn que sentiu o baque de suas palavras virem como um tapa em sua cara, seu estômago deu voltas.
-Não podemos adiar essa conversa, Zayn. Você sabe o que pode acontecer.
- Não, isso não vai acontecer. -Ele diz exasperado. 
-Você não pensou nisso antes de me entregar, mas você sabe que isso pode acontecer.
-Não, Katherine. As chances são mínimas.
-Mas são reais, e tem mais uma coisa. O James não é o único inimigo que eu tenho na polícia. Meu rosto foi divulgado ao mundo, muitos querem a minha cabeça.
-Não, eu não vou permitir que façam nada com você. -Zayn diz abraçando-a. Ele a abraçava como se com isso pudesse protegê-la do mundo. Ele se arrependeu, ele estava sofrendo. No momento da raiva ele não pensou nas consequências, nem até onde tudo aquilo iria levar. Zayn começou a chorar como uma criança. 
-Me perdoe, por favor.
- Shh... Não fique assim, Zayn. -Ela segura o rosto do rapaz olhando seus olhos. - Eu te amo, isso não vai mudar. Você precisa ser forte, por favor. Isso vai me fazer ser forte para o que está por vir. Você não sabia de muitas coisas. Mas eu quero que esteja preparado se a minha sentença for a pena de morte.
... 
Katherine estava deitada na desconfortável cama e encarava o teto. Ela suspirou pesado. Sua mente não parava de trabalhar um segundo sequer, sufocando-a. Tinha certeza de que estava atravessando o inferno, mas não poderia reclamar. Afinal, foram apenas consequências de seus atos. Ela não era a melhor pessoa do mundo, sem sombra de dúvida, mas apenas ela era a culpada. Não se achava merecedora de ter um filho, era um presente que não deveria ser concebido à ela nunca, muito menos nessas circunstâncias. Sem perceber, a garota se afogou em um choro silencioso e dolorido, que a rasgava por dentro. O julgamento do anjo da morte se aproximava cada vez mais e então ela prometou para si mesma e para a criança que carregava que faria o impossível por ele ou ela. 
...
Haviam se passado longos e cansativos dois meses de luta. Isso significava que também completavam-se dois meses desde que Katherine recebera a notícia da gravidez. Mas além disso, no dia de amanhã seria o julgamento. A garota tinha plena certeza do que poderia acontecer, também tinha plena certeza de que isso a manteria acordada durante a noite. Katherine pôs as mãos sobre a barriga quase imperceptível e fechou seus olhos. Alguns minutos depois, um policial veio anunciar uma visita. 
-Zalker, querem te ver. -Ela levantou apressedamente e apoiou os braços nas grades para que o homem pudesse algemá-la, não podia esperar para ver Gabi. O policial abriu a porta de uma sala pequena e enquanto Gabi e Katherine se abraçavam, ele anunciou:
-Apenas cinco minutos. -E então saiu. 
-Preciso falar algo sério com você. -Katherine disse respirando fundo. 
-Tudo bem. -Gabriela assentiu.
-Você sabe que existem possibilidades de eu ser condenada a algo pior. -Gabi abriu a boca, mas Katherine prosseguiu. -É a verdade. E se não estiver mais aqui depois de certo tempo, eu preciso que cuide do meu filho como se fosse seu. Não deixe que falte amor, não deixe que falte nada. Faria isso por mim? -Ela perguntou e a amiga suspirou.
-Ok, existem possibilidades, mas vamos torcer para que isso não aconteça. E se porventura acontecesse, você sabe que eu faria isso. -Ela disse em um tom baixo. 
-Me promete? -Katherine perguntou com os olhos marejados. 
-Eu prometo, como se fosse meu filho. -Gabi apertou Katherine em um abraço forte e acolhedor. 
...
Katherine fitou o relógio e se informou sobre as horas pela décima vez desde que Gabi saira da sala, mas o tempo parecia não passar. Inquieta, ela andava em círculos, acreditou que poderia abrir um buraco no chão com tamanha impaciência. Até que Harry entrou na sala. A sua primeira impressão sobre o rapaz foi a que era um bom amigo, alguém em quem pudesse confiar. Ele estava se mostrando isso. 
-Olá, linda. -Ele cumprimentou e Katherine fez um breve aceno com a cabeça.
-A advogada entrará aqui dentro de poucos minutos, tenho certeza de que irá gostar dela. 
-Acha que dessa vez conseguiremos? -Ela pergunta, com seus olhos esperançosos. 
-Sim. -Ele caminha até ela e deposita um beijo em sua testa. -Eu tenho certeza. 
-Obrigada. -Ela o abraça apertado, e então ouve-se os toques na porta. 
-Entre. -Katherine pediu e voltou a sentar-se na cadeira. 
-Com licença. -A mulher que aparentava estar em seus 26 anos disse e entrou na sala. Ela tinha belos cabelos loiros compridos e um castanho escuro intimidante nos olhos. A mulher sorriu. 
-Deixarei que conversem a sós. Volto já, baby. -Harry foi até a porta e saiu. 
-Me chamo Maya Pierce. -Ela estende a mão e Katherine a segura e balança. -Tudo bem, senhorita Zalker? 
-Na medida do possível, sim. -Responde. Maya tentou falar algo, mas Katherine a impediu. -Eu estou desesperada. Você é a sexta advogada que passa por aqui, nenhum dos outros quis se aprofundar no caso, independentemente das propostas de dinheiro e tudo mais. 
-Então os outros eram fracos, Katherine. -Ela disse. -Prossiga.
-Eu sei que não tenho a mínima chance de ganhar esse caso, já cortei as minhas esperanças. Mas eu preciso de condições melhores... Uma condicional, prisão domiciliar. Eu estou grávida. -A mulher abriu a boca, surpresa. -Por favor, me ajude. 
-Certo, eu irei lhe ajudar. -Depois de alguns segundos de silêncio Maya respondeu. 
-Sério? 
-Sério. É algo grande, eu gosto de desafios. Vamos negociar, senhorita Zalker. 
-Vamos negociar, senhorita Pierce.
...
Todas as redes de comunicações de Nova Orleans só falavam dela e de sua história. De sua paixão pelo jovem policial. Uns contra seu olhar sobre a justiça, outro a admiravam. A justiça era a rosa que a machucava com espinhos. Mas era preciso ser espetada para colher as rosas. Com seu coração despedaçado, ela caminhou com as correntes pesadas em seus pulsos, seus olhos piscavam rapidamente pela quantidade enorme de câmeras. Ela foi levada para dentro do tribunal. Seus olhos correram pelo local até encontrar quais ela queria ver. Zayn estava ao longe, sentado de uma forma largada, sua aparência era triste e distante. Ela sentou em seu lugar sem tirar os olhos dele. O julgamento começou, mas Katherine não conseguiu prestar muita atenção, as provas contra ela eram apresentadas e sua advogada, Maya Pierce, rebatia majestosamente.
-Primeira testemunha de acusações, Zayn Malik. - A juíza o chama, ele se levanta e caminha com a cabeça baixa até a cadeira.
-Você jura dizer só a verdade, em nome da justiça dos Estados Unidos? 
-Sim. -O promotor olha para Katherine e depois para Zayn, com um olhar misterioso.
-Então, senhor Malik, pode nos contar como a senhorita Zalker o seduziu e o manipulou de uma maneira articulada e premeditada, para alterar as provas e nunca ser descoberta? - Ele foi direto ao ponto, segurando seu sorriso irônico nos lábios.
-Eu que seduzi ela. -Zayn diz sorrindo de volta para ele. -Eu quis foder ela no instante em que ela entrou na minha sala se apresentando. -Ele diz fazendo todos começarem a falar no tribunal. 
-Silêncio! -Pede a juíza, batendo com seu martelo na mesa.
-Se controle, senhor Malik. Isso é um tribunal, deixe sua boca suja para outro local.
-Desculpa, só estou cumprindo o juramento.
-Nos polpe dos detalhes. -Ela diz e faz sinal para ele prosseguir.
-Ela mentiu, me enganou, mas me amou da mesma forma que eu a amei e ainda amo. Gostaria que as coisas tivessem sido diferentes, mas não foram. A verdade é que ela que teve coragem de fazer o que não fazemos. Todos os homens que ela matou haviam matado mulheres de forma violenta e cruel. 
-Então você está dizendo que eram todos culpados? Mas e o senhor Cullen? Também era? Porque não existem provas. -O promotor pergunta com sua voz cheia de maldade.
-Não existem, você está certo, até porque ela era um político. Mas eu não acredito em sua inocência.
-Estou vendo que a paixão o cegou.
-Não estou cego, não acho que ela esteja certa. Só acredito que ela possa mudar.
-Por você? -O homem pergunta gargalhando.-Psicopatas não amam. Sinto lhe dizer que ela nunca te amou. Ela é uma ameaça. Ela tem que ser usada como exemplo, se não, daqui a pouco teremos centenas de psicopatas nas ruas dizendo que suas vítimas mereciam morrer porque eram pessoas ruins. -O homem fala, fazendo Zayn levantar e lhe dar um belo soco na cara.
-Seu idiota, não fale assim dela! -Logo dois homens o seguram, o afastando. Antes de sair, ele olhou para Katherine, que tinha os olhos cheios de lágrimas, mas palavras do homem deixaram ele confuso. Ela o amava, ela disse que o amava. Se realmente amasse, significava que ela não era psicopata. Psicopatas não amam. Ela não teria matado Adam se não amasse Louise. Ela amava Gabi, amava Harry. Não poderia ter mentido para todos.
...
O julgamento prosseguiu, Gabi e Harry testemunharam na defesa dela. Katherine ficou feliz pela garra de seus amigos em a defender, mesmo sabendo que ela era culpada. Até que chegou a vez de Katherine depor. Ela saiu de seu lugar e foi até o banco.
-Então, senhorita Zalker, que tal deixar sua máscara cair? Aqui ninguém acredita nesse seu teatrinho de menina arenpendida. -O promotor cospe as palavras em sua cara.
-Quem disse que eu estou arrependida? - Ela o encara com seu olhar destemido. 
-Estou vendo que vai mostrar as cartas, senhorita Zalker.
-Não existe jogo. Não me arrependo porque sei que eles mereceram a morte. Suas vítimas não poderiam seguir. Elas estariam presas nesse mundo, ela precisavam ser libertadas. 
-Vai usar a fé como defesa? Que coisa sem criatividade. 
-É no que acredito. Apenas me arrependo de ter colocado as pessoas que eu amo em risco. Eu sou culpada, assumo, mas meu filho não precisa pagar por mim. -Todo tribunal se agita com a revelação.
-Você esta grávida? - Ele pergunta surpreso.
- Sim.
-Suponho que o pai seja o detetive Malik. 
-É.
-Agora se encaixa melhor a reação dele. 
-Sim. 
-Vai usar essa criança como arma para se defender?
- Não, nunca. Eu estou assumindo. Você é surdo? Só quero que meu filho não sofra por minha culpa.
-Claro.- Ele diz irônico e se senta. A juíza se levanta para falar.
-Acho que tenho tudo o que preciso. Vamos dar uma pausa e em meia hora darei a sentença. 
...
"As paixões são os ventos que levam as velas dos barcos, elas fazem-nos naufragar, por vezes, mas sem elas, eles não poderiam seguir." Katherine pensava nas palavras do escritor que gostava muito. Elas eram sábias. Sua vida estava sendo guiada pelos ventos, ela tinha a rota, mas a tempestade a mudou, fazendo ela se perder. Havia um silêncio mortal em sua alma. Parecia ter sido substituído por algo triste e sem vida. Ses coração estava morrendo a cada batida do relógio.
-Katherine Zalker, de 19 anos, nascida no Estado de Nova Orleans... 
Continua...


Notas Finais


Meus amores, mil perdões pela demora. Eu não teria feito vocês esperarem tanto tempo se não tivesse um bom motivo!!!!!!!!!!


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