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História Bloodflowers - The Baddest Female


Escrita por: kidleader

Notas do Autor


Boa noite, pessoas ;3

Capítulo 31 - The Baddest Female


Alguns dias depois…

 

Taeyeon

 

Há quantos dias não me olhava no espelho?! Apesar de não ter mais marca no pescoço (Tippany me fizera o favor de tirá-la), as marcas ao redor dos meus olhos já estavam ficando vergonhosas. Eu não dormia. Por quê?! Porque não tinha tempo. Minha vida ultimamente estava dividida entre ir à faculdade, treinar e ler. Minha caçadora havia reclamado um pouco comigo, pois mesmo estando super ocupada ela sempre arrumava um tempinho para mim. Tempinho este que eu gastava com os volumes velhos que o Baek me passara para ler. Eu já estava virando uma “expert” em anatomia vampírica. Sabia exatamente onde atacar para conseguir vantagens contra esses seres demoníacos, poderia chegar para o Baek hoje e dizer que já tinha lido tudo. Sim, sacrificara algumas noites de sono e alguns trabalhos da faculdade, mas valeria a pena, tinha certeza disto.

 

Peguei uma blusa de mangas compridas azul, uma calça jeans branca e meu velho par de tênis brancos da sorte e desci as escadas. Algo estava acontecendo comigo, eu sabia que sim, porém não sabia o quê. Pensei em conversar com a Tippany sobre isso, mas antes mesmo de falar, percebi que ela já sabia que tinha algo acontecendo, porém estava com receio de me contar. Nossa relação estava tão boa ultimamente que decidi dar um tempo à ela, não queria sair forçando-a a nada por enquanto, mas minha paciência se esgotaria em algum momento. Não é muito legal ficar por fora do que acontece com seu próprio corpo.  A procurei com a mente ao chegar na cozinha, ela estava com nossa líder, quase podia entrar em sua cabeça e enxergar com seus próprios olhos, quase. Era apenas uma sensação de possibilidade, como se minha mente conseguisse ficar tão conectada à dela que eu própria perdia o controle sobre este poder. Quando começava a acontecer eu me obrigava a romper a ligação, tinha medo de não conseguir mais voltar caso fosse longe demais.

 

Senti que ela estava ocupada e decidi não chamá-la. Comi o café super saudável - e ultimamente energético- que me fora preparado, escovei os dentes e segui para a faculdade. Morria de saudades das minhas amigas, ambas pareciam estar mais distantes que de costume, mas não as culpei, para ser justa eu fui a primeira a sumir, elas também tinham o direito.

 

O  dia estava bonito hoje, o clima era agradável, nem quente nem muito frio e havia uma brisa amena que fazia com que os fios de minha franja fossem levantados ocasionalmente e minha pele se regogizava com o frescor que ela proporcionava.  Vi de longe uma baixinha deitada embaixo da “nossa” árvore. Aproximei-me devagar e posicionei-me à sua frente. Sunny assustou-se ao me ver, ela estivera de olhos fechados por um bom tempo pelo que pude perceber, sua aparência era a de uma pessoa estressada ou até mesmo triste.

 

— Quem é viva sempre aparece! — comentou me dando um leve sorriso.

 

— E você sempre preguiçosa, né?! — abaixei-me e depositei um beijo em sua testa. Ela apenas assentiu, confirmando sua fama.

 

— O que a traz por aqui?! — perguntou toda formal, como se nunca tivesse me visto na faculdade.

 

— Eu estudo aqui, sabe?! — respondi, ela sorriu, mas era um sorriso triste. De repente reparei em seu pescoço, não havia mais marca alguma ali. Estranhei imediatamente. — O que aconteceu?

 

— Está tão óbvio assim que terminei o namoro?! — respondeu e eu respirei aliviada. Mas… peraí… Vampiros terminam namoros assim sem mais nem menos, tipo, sem matar os “ex’s”? Até onde li, vampiros têm um sentimento de “posse” muito forte com relação às suas coisas, clãs e, especialmente, companheiros amorosos. Tanto que relacionamentos costumavam durar séculos ou até mesmo a eternidade entre eles, pois ambos sempre mantêm esse sentimento. Porém, isso também tem um lado negativo: traições (as não consentidas, pois existem as que são, acredite) costumavam acabar em morte.

 

— Bem, exceto por sua expressão de que o mundo vai acabar hoje, sim, está. — respondi, já erguendo a mão e afagando seus cabelos em uma tentativa de consolo silencioso. Ela apenas fechou os olhos e suspirou.

 

— É… Então está mesmo.

 

— O que aconteceu?! — eu tinha que saber e se ela estivesse em perigo?

 

— Eu quase a traí com a Soo e ela viu tudo… — meu queixo caiu, Sunny nunca fez o tipo traidor e eu não fazia muita ideia de quem era Soo.  — Então ela ficou possessa e, se não fossem meus gritos para que parasse, teria dado uma bela surra na Soo. Hyo é baixinha, mas pelo visto é um pouco violenta.

 

“Você não sabe o quanto.” — pensei.

 

— Peraí… Sunny… Você não é do tipo que…

 

— Trai, eu sei… Mas foi mais forte do que eu. — seu rosto estava vermelho, ela estava morrendo com isso.

 

— E quem é essa garota?! — perguntei. Tinha quase certeza de que a Hyo não iria deixar algo assim barato… Ela com certeza estava em perigo, se é que ainda estava viva.

 

— Uma amiga minha… Ela é alta, tem um belo sorriso, é simplesmente maravilhosa.

 

— Você  costumava dizer que a Hyo era maravilhosa. — comentei, ela revirou os olhos.

 

— Ela é… Mas fiquei com medo depois do que aconteceu no cinema… — ela era uma babo mesmo.

 

— E aí, gente?! — Yoona chegou e, pelo que pude constatar, ela estava cada dia mais fofa. Trajava um macaquito preto super fofo e uma blusa branca de mangas compridas por dentro.

 

— YOONG! VOCÊ APARECEU! — gritei, abraçando-a e apertando-a tanto quanto consegui.

 

— Yah! Eu já sou magra e você fica me apertando assim! Vai acabar quebrando meus ossos! — reclamou, mas não liguei.

 

— Ela já te contou que está namorando?! — perguntou Sunny. Senti meu peito apertar um pouco. Ela não contara, mas eu sabia.

 

— Hey! Não é nada oficial ainda…

 

— Não, não, elas só andam por aí de mãos dadas o tempo todo… dividindo sorvete, indo ao cinema, observando as estrelas… — Sunny falava e Yoona ficava cada vez mais rosa.

 

— Omo! Não sabia que já estavam assim…. — comentei.

 

— Já estamos atrasadas! — falou Yoona, seguindo para o prédio, muito envergonhada. Sunny e eu nos apressamos para segui-la. Muitas pessoas se acumulavam na entrada principal, pois como nós também estavam meio atrasadas.

 

Foi quando senti uma coisa estranha, um cheiro diferente, não sei dizer… Era muito parecido com o cheiro que ultimamente sentia quando estava em casa, algo que me dava uma sensação de estranha curiosidade e, ao mesmo tempo, de medo. Foi quando uma garota um pouco mais alta do que eu passou por mim, ela tinha longos cabelos loiros, feições asiáticas e uma expressão excessivamente séria, além de uma postura muito altiva. Quando emparelhamos, ambas paramos. Eu olhei para ela e seu olhar estava fixo no meu, tive a impressão de que sorriu, mas não tive certeza. Foi aí que vi que não estava sozinha, Jessica estava ao seu lado, vi quando a loira inclinou a cabeça e falou ao seu ouvido, talvez achando estar sussurrando, mas pude discernir exatamente o que disse.

 

— É ela, não é?! — seu tom era baixo e rouco, senti um arrepio percorrer minha espinha, pois naquele momento também pude distinguir o cheiro de sangue em meio ao aroma de antes.

 

— Sim. — ouvi Jessica responder.

 

— Interessante… — a outra falou. Quem era ela?! Por que estava interessada em mim?!

 

— Vem, Tae! — chamou Yoona. — Vai ficar parada aí o dia todo?! Vai se atrasar!

 

Foi quando percebi que minhas pernas não estavam obedecendo meus comandos, era como se todo o meu corpo estivesse em estado de choque, não queria se mover. A garota loira se afastou com Jessica e eu permaneci estática.

 

— Está tudo bem, Tae?! — perguntou Sunny, ela colocava a mão na minha testa. — Nossa, você está gelada. Vamos até a lanchonete pegar alguma coisa para você, deve ser a glicemia ou a pressão.

 

Nem sei como consegui acompanhar minha amiga, dentro de mim havia uma grande confusão de sentimentos e pensamentos. Aquela era, de longe, a vampira mais intimidante que tive o desprazer de encontrar. BoA era mais forte do que qualquer um que já encontrei, porém sua presença não metia medo, nem havia aroma de sangue perto dela. Dava para sentir que BoA tinha alguma humanidade e bondade em si, porém esta mulher era desprovida de qualquer coisa relacionada com o “bem”, tive a impressão de que, para ela, matar não era nada.

 

Rapidamente procurei me recompor para que Tippany não sentisse nada e não viesse até aqui preocupada, ela já estava cheia de coisas para fazer e a última coisa que eu queria era atrapalhá-la.

 

[...]

 

Segui para o Centro de Treinamento confiante. Nos últimos dias havia trabalhado os músculos e, felizmente, eles já haviam parado de tremer toda vez que eram obrigados a trabalhar. Meu ritmo de corrida também havia aumentado, conseguia dar 70 voltas sem me prejudicar demais, todas as tardes. Baek me parabenizou pelo tempo record com que terminei de ler o que ele me pedira. Porém, quando chegamos até lá, ele mandou que eu corresse outra vez e ainda aumentou minha série de exercícios na academia. Quando eu pensei que ele iria me arrumar mais uma desculpa para não me ensinar, o encontrei parado no meio do tatame, ao sair da academia.

 

— Vem cá. — chamou e eu fui feliz, mas tentando não demonstrar. “Era agora, ele vai me ensinar a lutar!” Quando fiquei de frente para ele, tendo o cuidado de tirar os sapatos antes de subir no tatame, ele me pediu uma coisa muito idiota. — Quero que você feche seus olhos e tente não pensar em nada.

 

— Ah, não! Odeio seus métodos alternativos! Não vim aqui praticar meditação! — reclamei. Já estava cansada dessa coisa idiota de correr, ler e etc. A Guerra já estava prestes a começar e até agora eu só havia aprendido a correr e a levantar peso.

 

— O que você vai fazer quanto tiver um vampiro bem na sua frente usando de suas vantagens biológicas para te deixar vulnerável? Você não vai nem conseguir começar a lutar.

 

Bem, NISSO ele tinha razão. Li que vampiros liberavam feromônios que praticamente subjugariam qualquer ser humano à sua vontade. Claro que quanto mais poderoso o vampiro, mais efetivo ele é quanto a isso, porém é possível burlar essa vantagem através da concentração, coisa que eu realmente não tinha muita.

 

— Ok, ok…

 

— Limpe sua mente completamente. — fiz o que ele pedia, mas era difícil… Em poucos segundos minha mente passava a vagar novamente. — Você vai fazer esse exercício todos os dias, de agora em diante. Pode ser quando acordar, antes de dormir, antes de tomar banho, tanto faz, mas você precisa dominá-la. Tente marcar quanto tempo você consegue ficar concentrada. Ao atingir a marca de pelo menos quinze minutos, você vai estar preparada.

 

— VOU DEMORAR ANOS! — reclamei.

 

— Calma, não terminei. Você vai demorar algumas semanas nisso, mas você tem que praticar ou nada do que aprender vai ter efeito. Entendido?

 

— Sim…

 

— Então, agora vamos aprender a lutar. — ao ouvir isso meu coração praticamente deu pulinhos, ele sorriu ao ver minha felicidade, como se estivesse se lembrando de alguma coisa que só ele conhecia. — Como você já deve saber, vampiros são fortes, implacáveis, ágeis e podem matá-la de diversas formas, mesmo sem uma arma. Apesar de que, nos dias de hoje, praticamente todos os vampiros usam espadas e armas afins.  Primeiro vou praticar com você alguns movimentos para o caso de você se ver em um combate corpo-a-corpo com um vampiro e não conseguir correr porque....

 

— Sem armas, a melhor opção para uma humana fraca, lenta e de reflexos ruins como eu é correr. — completei. Ele já havia dito isso milhões de vezes.

 

— Sim. Mas situações adversas podem acontecer. Bem… Vampiros costumam proteger esta parte do corpo…


 

E assim ele começou um longo discurso sobre o comportamento dos vampiros em batalhas contra humanos. Geralmente eles não esperam  que o humano saiba lutar, ou seja treinado, então eles costumam subestimar minha espécie e é isso que devo usar  contra eles caso seja pega em uma situação assim.  Baek me mostrou os lugares onde deveria focar meus ataques, instruindo-me a bater com força e torcer para que os ataques produzam efeitos positivos como um osso quebrado. Ossos demoram a se reconstituir e conseguir isso seria uma possibilidade de fuga ou de conseguir uma arma para conseguir enfrentar. No fim das contas a aula pareceu mais teórica do que prática, porém ele me mandou praticar em um dos bonecos de borracha e assim o fiz até não conseguir desferir mais nenhum soco.

 

[..]

 

Eu estava tão cansada, tão cansada que até mesmo tomar uma ducha pareceu exigir demais de mim. Tudo o que eu queria era descansar. Ainda no banho, tentei sentir a Tippany, mas não consegui, foi então que percebi que sempre que ficava cansada demais a conexão parecia enfraquecer. Vesti meu pijama e saí do banheiro, a encontrei sentada na mesinha que ficava ali no canto e um belo jantar se encontrava à minha frente.

 

Ela estava séria, porém essa era sua expressão habitual, o que dificultava qualquer interpretação que eu pudesse ter. Ficar sem conexão era como estar “cega” ou “surda”, aquilo era parte de mim e sua ausência estava me deixando louca.

 

— Não gosto deste seu treinamento. —  nenhum oi, ou boa noite, ou “como foi seu dia?”, mas sim uma reclamação direta.

 

—  Por quê?! —  lá estávamos na mesma discussão novamente.

 

— Você não precisa disso, posso muito bem te proteger. —  às vezes Tiffany parecia um desses machos dos séculos passados que queriam manter a mulher em casa enquanto traziam as “provisões”.  Revirei os olhos.

 

— Quero saber me defender. E você deveria parar de querer me proteger de tudo. Você nem é homem, mas é cheia de machismo. Se é que isso faz sentido. —  Ela suspirou, dando-se por vencida.

 

—  Mas olha como você está! —  falou, apontando para minha mão tremendo ao colocar um pouco de suco no copo. É, meus músculos estavam reclamando bastante, porém, tive uma ideia.

 

—  Por que você não me ajuda?!

 

— Hã?! —  devo aqui pontuar o quanto ela fica fofa quando está confusa. Ela faz um bico minúsculo e franze o cenho, se eu pudesse tiraria uma foto dela assim.

 

— Você poderia treinar combate corpo-a-corpo comigo. — essa frase soou meio estranho, percebi na hora que ela também pensara besteira e senti as orelhas quentes.  —  Digo… De verdade, tipo, você me atacando e eu… Aish, não tá melhorando.

 

Ela começou a rir sozinha, aquele sorriso que aquecia meu coração e me fazia acreditar que ela era a pessoa mais incrível do mundo.

 

— Você está se enrolando ainda mais. — falou em meio ao sorriso.

 

— Bem, a gente pode treinar os dois tipos de corpo-a-corpo se quiser. — completei, dando um risinho safado que a fez levantar-se, vir até onde eu estava e beijar meus lábios com paixão.

 

— Só não começo o treinamento agora porque você está cansada demais.  Termine de comer para que eu possa colocá-la para dormir. — falou, ainda com suas mãos em meu rosto.

 

— Virei criança agora? — perguntei, emburrada.

 

— Se compararmos nossas idades, você pode ser considerada uma… — beijou-me a testa e se afastou. — Volto em alguns minutos.

 

Agora que eu já tinha comido um pouco, já conseguia senti-la melhor, porém o cansaço ainda limitava bastante a conexão. Mesmo assim, entendi que ela estava indo se alimentar também. Senti uma leve pontada de ciúmes, sei que é estranho, mas experimenta ter uma conexão com um vampiro e vê-lo beber de outra pessoa. Não é fácil.


 

[...]

 

Havia apagado as luzes e já estava deitada, sentia que o sono me apagaria a qualquer instante, porém queria esperá-la, por isso estava resistindo o máximo que podia.  Meus olhos foram ficando mais pesados e simplesmente se fecharam.

 

“Desculpa, Tippany.” — pensei.

 

“Boa noite, TaeTae, acho que demorei mais do que alguns minutinhos…”— ainda a ouvi dizer, dentro da minha mente, mas o mundo dos sonhos já havia me consumido.


 

Yoona

 

Eu estava apaixonada, era oficial! Seohyun era a coisa mais fofa que existia no mundo! Era uma mistura de Poring com Pikachu! Ok, comparação infeliz, mas mesmo assim! Acordei e já havia uma mensagem em meu celular.

 

“Bom dia, linda!” — Eu não me achava nem um pouco linda, mas ela vivia me chamando assim! E ela não parecia já ter chamado muitas pessoas assim, pois antes de chamar da primeira vez, ela havia me perguntado se podia. ELA NÃO É UMA FOFA?!

 

Coloquei minha legging preta, uma blusa também preta e um suéter bege, saí pra aula me sentindo mais leve do que nunca, depois de responder sua mensagem. Antes, parei no Bunker para tomar um café da manhã delicioso, pois eu merecia. Pedi minhas panquecas com calda de chocolate e um chá gelado de limão (para compensar nas milhões de calorias que iria ingerir com a calda), então me sentei na mesa de sempre.

 

Estava tão distraída relendo todas as mensagens que já troquei com a Seo que nem mesmo percebi quando Jessica entrou no estabelecimento e sentou-se na mesa em que eu estava.

 

— Bom dia, Yoona! — falou com um enorme sorriso. Seus cabelos estavam bem presos e ela usava blusas de magas compridas branca.

 

— Bom dia. — respondi sem saber bem o que fazer, afinal por que ela estava falando comigo? Ela era amiga da Tae, isso, no passado mesmo, pois pelo que deu para perceber, havia acontecido alguma coisa entre elas e ambas não se falavam mais.

 

— Er… desculpa te abordar assim… Mas é que eu queria te pedir ajuda… Será que você poderia me ajudar a carregar umas coisas para meu carro? Não precisa ser agora, quando você terminar…

 

Eu assenti com a cabeça. Não havia nada demais em ajudar alguém, apesar de ser estranho ela ter pedido a mim. Nem sou forte, muito pelo contrário…

 

Quando terminei de comer, saímos do Bunker e fui seguindo ela até  o local onde estavam as coisas, lugar este o qual eu não fazia a mínima ideia de onde ficava.  Chegamos ao seu carro, uma Mercedes vale salientar, mas não havia nada para carregar. Jessica virou para mim com uma expressão estranha.

 

— Onde estão as coisas?! — perguntei, porém ela não me respondeu, começou a se aproximar com um sorriso malvado nos lábios.  O que ela queria fazer?! Por um segundo pensei que seus olhos tivessem brilhado de um jeito diferente, mudando, não sei.

 

— Jessica! O que faz aqui?! — perguntou uma terceira voz. Era uma das BloodFlowers, Yuri seu nome. Lembreo perfeitamente dela quando fui visitar a Taeyeon daquela vez. Jessica recuou e virou-se para ela. Senti o clima pesado imediatamente.

 

— O que faz aqui?— perguntou com a voz um pouco rouca demais e em um tom hostil.

 

— Ora, estou só de passagem, mas lembrei que preciso falar algo com você… Pode nos dar licença, Yoona? — fiquei chocada por ela lembrar meu nome, mas apenas assenti e saí dali.

 

— Só há doidas por aqui… — falei baixinho quando já tinha me distanciado o suficiente.


 

Yuri

 

Não acreditava que ela seria capaz de um golpe tão baixo… Está certo que eu dei um golpe ainda mais baixo que esse, mas ao menos pensei que ela considerava um pouquinho a Taeyeon. Senti a presença assassina dela e resolvi intervir. Coisa boa ela não iria fazer com a Yoona.

 

— Está pronta para morrer, Kwon?! — ela não havia parado a transformação, em poucos segundos já estaria em sua forma completa.

 

— É dia, dificilmente você e eu conseguiríamos nos matar. — comentei, tentando parecer calma.  — O que iria fazer com ela? Iria matar a amiga da Taeyeon?!

 

— Eu não, mas outra pessoa sim. — suas palavras estavam encharcadas de veneno e mágoa. Lembrei da Chaerin dizendo naquela voz intimidante… “Você precisa me trazer alguns mais resistentes, esses não duram nada, que graça tem?”. Então era isso, ela levaria a Yoona para a CL… Uma das caçadoras mais cruéis do mundo inteiro. Mal podia acreditar que Jessica seria capaz disso.

 

— Você… — nem consegui terminar, estava ainda surpresa com toda sua maldade. Será que para ela haveria salvação mesmo?

 

— Qual o problema, Kwon?! Achou que eu iria deixar barato?! Pode se preparar… A vida de vocês se tornará um verdadeiro inferno a partir de agora. Este é só o começo. — ela me deu as costas e ia entrar em seu carro.

 

— Por favor, Jessica… É minha vez de pedir… Junte-se a mim. — eu sabia que ela não aceitaria, aquele era apenas um pedido de uma pessoa desesperada.

 

— Não trabalho com flowers, Kwon… Ainda mais com uma traidora como você.

 

Com isso ela se foi, mas desta vez levou todas as minhas esperanças de salvá-la.

 

— Nosso destino é trágico, Jessica… Não deveria ser assim. — falei comigo mesma quando ela se foi. Uma sensação de melancolia se apoderava de mim, era como se fosse humana outra vez, até mesmo o sentimento converteu-se em lágrimas que derramei silenciosamente enquanto corria o mais rápido que podia para casa. Precisava avisar à BoA que deveríamos cuidar dos nossos amigos humanos, pois eles estavam em perigo.


A guerra já havia começado.


Notas Finais


Desculpem os erros.
Até ;3


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