História Bloodline - Mascarados

Natalie se olhava no pequeno espelho que tinha no quarto, o longo vestido vermelho se destacava na pele alva da menina, e se juntava com os cabelos cor de fogo, jogados pelas costas como chamas de uma fogueira, para finalizar, o batom escarlate nos lábios,e uma máscara preta no rosto. Lucy já havia descido, com Cristine em seus braços,e sobrou apenas ela para descer ao pátio.

A decoração estava impecável, os tons escuros predominavam no local, as luzes eram brancas,para contrastar com o local. Os tapetes escuros estava estendidos pelo chão,e uma banda de jazz,tocava Feeling Good, em meio às escadas do segundo andar, garçons compelidos giravam por todo o local em serviço dos convidados, que se consistiam em vampiros, turistas e até mesmo algumas bruxas, metade de Nova Orleans estava presente na ilustre exposição de quadros de Klaus Mikaelson.

Niklaus conversava com um crítico de artes, quando sua atenção foi completamente voltada para os portões do Quartel. Camille O'Connell passava por eles, a loira usava uma longo vestido branco, no rosto uma máscara dourada que combinava com os fios de cabelo,que estavam presos em um decorado coque, facilmente podia ser confundida com um anjo, o híbrido podia muito bem ter parado apenas para observa-la, se outra pessoa também não houvesse lhe chamado atenção. Descendo as escadas, de forma graciosa, Natalie usava um longo vestido vermelho,que se destacava na decoração escura de todo o resto da festa, os longos cabelos ruivos estava soltos em ondas pelas costas, e os olhos dele não conseguiam decidir para quem olhar.

— Eu acho que ficarei com a de vermelho. – uma voz sussurrou bem ao lado do híbrido,que instantaneamente reconheceu de quem se tratava.

— Se eu fosse você não se aproximava, Elijah te mataria sem pensar duas vezes. – Klaus sorriu,sem olhar o dono da voz, enquanto pegava uma taça de champanhe de um garçom que passava ao lado dele.

— Nova namorada? Não sabia que ele tinha preferência pelas ruivas. – o rapaz se endireitou ao lado do híbrido e deu um gole em sua taça.

— Acredite,ela é bem mais que isso. – os dois falavam entre si,mais seus olhares estavam presos na figura de cabelos ruivos que terminava as escadas.

— Não quero problemas com Elijah,ele sempre foi o mais chato. – o recém chegado sorriu, e Klaus fez o mesmo, logo se virando para seu acompanhamente e o puxando para um abraço.

Lucien Castle, também chamado de o primeiro vampiro não Original, fora nele que Niklaus descobriu que seu sangue era um canal de cura,e que também podia transformar pessoas em vampiros,que faziam parte de sua própria linhagem, compartilhando de um mesmo sangue.

— Eu pensei que nunca mais iria ver você. – o híbrido sorriu, olhando para sua primeira criação.

— Eu não perderia uma festa dada por Klaus Mikaelson,ainda quando se trata de suas exposições de quadros, sabe que eu admiro sua arte. – Lucien sorriu virando todo o champanhe presente em sua taça.

— Eu aprendi com um dos melhores.

Natalie se aproximou de Lucy e Cristine,que mantinham uma linha de conversa boa, mesmo parecendo quase improvável que algo assim acontecesse. A bruxa vestia verde, um simples vestido, já que suas preferências não eram extravagantes, já a vampira,usava um longo vestido preto e ousado, com uma máscara da mesma cor,e com um sorriso que se destacava em meio aos outros.

— Eu deveria estar no quarto,lendo, não tem nada de interessante aqui. – a mais jovem balançou os ombros de forma indiferente, enquanto aproximava o corpo da mesa onde vários doces muito chamativos estavam postos.

— Como não? Olhe em volta, música, dançarinos, homens lindos e champanhe,me diz o que você quer mais? – Lucy sorriu para um dos garçons que passaram pelas três, tirando uma taça da bandeja que o mesmo carregava.

— Nada disso me interessa, sem contar que eu tenho um vigia ali de cima. – Natalie girou seus olhos pelos andares do Quartel,e no último dele, Elijah observava a festa do lado de cima.

— Ele é do tipo paizão coruja? – a vampira riu divertida.

— Ele é bem pior que isso. – Cristine sorriu, enquanto jogava dentro da boca,dois dos doces que Natalie já enchia as mãos.

— Quem é aquela? – Lucy indicou com a cabeça para o lado oposto ao que estavam,pelo que Natalie entendeu, a vampira estava a mencionar Camille O'Connell.

— A loira que está de branco? Cami, ela é humana e amiga do Klaus,eu suponho. – Natalie mexeu seus ombros novamente, saboreando o gosto de seu tão amado chocolate amargo presente no doce.

— O Klaus adquiriu a vocação para ter amigos? – Cristine comentou.

— Não a loura,a ruiva, de azul. – as três mulheres levaram seus olhos para além do corpo de Camille,onde uma baixa mulher entrava pelos portões do Quartel, no corpo aparentemente bem definido,usava um longo vestido azul turquesa, e no rosto uma máscara do mesmo tom,mesclado a tons douradas. Ela estava acompanhada de um homem, este alto, com um terno azul escuro, talvez para combinar com o traje de sua acompanhante.

— São vampiros,eu sinto daqui.– Natalie alarmou.

— Eu também sinto, mais não importa, eles não são o foco da festa. – Lucy virou sua taça de champanhe e balançou a cabeça de um lado para o outro.

— E qual é o seu foco, Lucy? – Cristine a questionou sugestivamente.

— O moreno do outro lado do pátio. – a língua da vampira estalou no céu de sua boca,vindo logo acompanhado de um sorriso.

— Marcel?

— Lucy é a famosa pessoa que atira para todos os lados. – Cristine riu.

— Com certeza, e é tiro de fuzil. – Lucy profanou uma baixa onomatopeia,que imitava o som de tiros, enquanto gesticulava com as mãos, simulando uma arma. Com um sorriso,ela se distanciou das duas bruxas,indo de encontro ao seu alvo da noite.

— Senhoras e Senhores. – Klaus chamou a atenção de todos presentes ali, do andar de cima, ele falava em um microfone, enquanto a banda cessava o som atrás de seu corpo. – Primeiramente,eu devo agradecer a presença de todos vocês aqui essa noite...– o híbrido fora aplaudido pela maior parte dos presentes, enquanto sorria prepotente em direção a todos.

— Klaus,sendo Klaus. – Natalie suspirou, enquanto pegava uma taça de champanhe com um garçom ao seu lado.

— Espero que todos estejam se divertindo com a festa, e para melhorar ainda mais o ambiente,eu queria convidar uma pessoa para cantar para nós,essa noite. – o híbrido sorriu,e direcionou seus olhos para Natalie. – Natalie,por favor...

A ruiva engasgou com sua bebida, sentiu o rosto inteiro queimar por tanta vergonha, seu pensamento vagava em todas as possibilidades de estar bem mais vermelha que seu vestido e cabelos,assim como também estava atraindo olhares de todos os cantos, não só pelo enunciado de Klaus,mais também pela tosse que não cessava.

— Não seja tímida, Elijah adorará te ver aqui. – Niklaus ajeitou sua gravata e olhou para o andar de cima,onde Elijah o encarava de forma severa.

Com passos pequenos, tímidos e incertos, Natalie cortou o mar de pessoas que se encontravam a sua frente,ainda podia sentir o rosto quente e o sangue correr por todo o corpo de forma rápida,o coração palpitava forte, batendo como um motor. Nunca havia cantado em público, em anos,sua platéia se resumia em apenas Elijah e Cristine e depois,Hope. Tocar e cantar para metade da capital da Louisiana nunca esteve em seu planos. A ruiva subiu as escadas de modo atrapalhado, e se posicionou ao lado de Klaus,que logo lhe deu espaço no microfone.

Os pensamentos da mais nova rodavam na escolha de uma música, pequena e bem rápida para ser cantada. Aretha Franklin,ou alguma de Sinatra, até mesmo uma bem curtinha de Louis Armstrong, porém, que lhe chegou em mente,fora uma antiga canção de Joni Mitchell, que Cristiane adorava cantarolar enquanto mexia com seu jardim na casa de campo, e ao falar com a banda,eles acentiram em aprovação.

— I came upon a child of God, he was walking along the road...

Ao iniciar a canção,de forma serena e suave, todos os olhares foram direcionados a jovem,que fez todo o recinto se calar para contemplar a música. Elijah,no andar de cima, olhava para sua protegida, porém,a única imagem que conseguia ver,era a de Lena, na noite do dia vinte e dois de fevereiro de setenta e sete,onde ela cantava e tocava piano, eternizando Nina Simone na voz doce e mágica que tinha.

Marcel se lembrava de Lena naquele momento, Natalie não sabia,mais em uma noite de festa no Quartel, sua mãe fora tocar, também com um vestido vermelho e os cabelos soltos. Tudo na jovem bruxa lembrava os traços da mãe, até mesmo a voz, tão suave, e leve. E provavelmente,todos os que conheciam a mais velha das Morgenstern, se lembraria dela naquele momento.

Klaus apenas conseguia se embalar no ritmo lento que a música levava,a voz de Natalie,mesclada com o tom do piano, do violão e o coração batendo forte no peito,deixava tudo ainda mais bonito. Era magnífico, como um cântico dos anjos, porém isso durou muito pouco tempo,a sensação de paz,se foi, quando, além de Lucien uma presença diferente fora morada, presença a qual milênios não era sentida.

— O que você faz aqui? – com as mãos o híbrido apertava o pescoço da mulher ruiva a sua frente. Não era Natalie, era alguém muito,mas muito pior, a primeira vampira de Rebekah, a insana, completamente louca,Aurora De Martel.

— Eu também senti saudades,Nik. – com seu sorriso provocante, Aurora respondeu, enquanto tentava se livrar das mãos do Original.

— Pois eu, não senti nenhuma, que estranho não é? – os olhos verdes deles estavam atentos a cada reação que Aurora tinha, mesmo se mantendo encostada na parede.

— Eu sei que sentiu sim, não minta. – lentamente a vampira fora se livrar do das mãos do Original.

— É assim que você nos recebe, Klaus? – uma voz masculina fez com que o híbrido se virasse em direção a voz.

— Tristan?

— Parece que estamos todos reunidos novamente, não é maravilhoso? – Aurora sorriu, e se mexeu desconfortável enquanto ainda tinha sei pescoço apertado por Klaus.

— Eu não sei o que vocês estão fazendo aqui,mais quero que vão embora,sem nem ao menos deixar rastros pelo caminho. – a voz do Original saia de forma grave e ameaçadora.

— Não sabe? Então logo saberá o que está realmente acontecendo. – Tristan constatou e Aurora se livrou os braços de Klaus.

— Nik, querido,eu vou adiantar pra você o que Lucien não disse,está acontecendo uma guerra entre as linhagens,todo mundo sabe que quando se mata um Original, toda a linhagem também morre, e nesse exato momento acontece uma guerra entre elas. – a ruiva explicou.

— Todos sabem,se manterem um Original, é uma linhagem completa de inimigos mortos, com uma só cajadada. – Tristan encostou o corpo em uma das paredes olhou para Niklaus.

— Então quer dizer que você veio aqui pra proteger o Elijah? – Klaus sugeriu.

— Exatamente,assim como Aurora está por Rebekah, e Lucien por você, não estamos apenas protegendo vocês, são nossas vidas em jogo. – o mais velho dos De Martel constatou.

— Vocês só se eswuecefsm de uma coisa, minha família não orecpre de pessoas para protegê-los – Klaus via tudo isso como uma forma de ofender os Mikaelson, conscequentemente os chamando de fracos.

— Tem certeza? Rebekah sumiu de Nova Orleans, Elijah nem sequer olhar para você, sua família está completamente quebrada,Klaus. – com uma ousadia na voz, Tristan declarou.

— Não estamos quebrados, somos os Originais,nunca precisamos de ninguém. – era possível ver a raiva nos olhos claros do híbrido.

— Você querendo ou não,iremos ficar bem aqui,ao lado de nossos criadores, não por você ou Elijah, e sim por nossas vidas. – Aurora deu de ombros.

— Ninguém irá nos matar, não sei se você se lembra mais o último resquício de carvalho branco, foi queimando junto do meu pai, somos imortais. 

— Fique a vontade com seus pensamentos estúpidos Nik, eu preciso dar um aviso no microfone, tudo bem? – antes do impedimento de Klaus, Aurora já havia desaparecido em meio as pessoas, deixando Klaus para trás junto de Tristan.

Natalie voltava ao seu local inicial,bem perto de Cristine,que agora conversava com Freya, ao lado da mesa de doces.

— Você foi maravilhosa, querida...– a morena comentou, segurando as duas mãos da ruiva.

— Estou tremendo até agora. – Natalie balançou a cabeça em desaprovação, pensando por qual motivo aparente Klaus havia a feito cantar pra festa inteira.

— Eu quero convidar todos para uma dança, como em um bom baile, não podemos deixar em branco a típica dança de casais não é mesmo? Pegue seu par! – a ruiva que trajava um vestido azul escuro, anunciou no mesmo local onde Natalie esteve a minutos antes.

— Quem é essa? – Cristine indagou.

— Eu não faço ideia.

Aos poucos, os casais se formavam em meio ao pátio, Lucy que aproveitava sua conversa com Marcel, já estava posicionada para a dança, Camille O'Connell foi abordada por Klaus,para lhe fazer companhia, Freya,bem ao lado de Natalie, era pega de surpresa por um homem alto e moreno,que não exitou em aceitar o pedido.

— Me daria a honra? – uma voz masculina soou nos ouvidos da Natalie,e ao se virar,um homem trajando um terno azul escuro,o mesmo que acompanhava a ruiva misteriosa em sua chegada.

— E você é? – a jovem lhe questionou.

— Tristan De Martel, encantando. – o homem sorriu,tocando a mão da ruiva a sua frente e depositando um pequeno beijo na pele macia da menina.

Para não parecer indelicada, Natalie aceitou o pedido da dança, e quando se posicionou bem ao lado de um dos casais,a música foi iniciada e lentamente as pessoas no pátio iniciava uma dança sincronizada,como se realmente já sabiam do que aquilo se tratava,menos Natalie que se mantinha um pouco perdida em questão ao sues passos.

— Você está estonteante Camille. – Klaus disse em um tom baixo no ouvido da loira, que soltou um rápido sorriso.

— Você também está, muito bonito. – a humana elogiou, enquanto o olhava.

— Não achei que fosse ver você aqui,pelo que me havia me dito a alguns dias, acreditei que não quisesse me ver. – um dos braços de Klaus passaram pela cintura de Camille deixando os dois corpos mais próximos, enquanto o mesmo sentia a macia mão da jovem loira em contato com a sua.

— Aquilo foi realmente, muito rude da minha parte,me desculpe, eu estava... nervosa de mais. – desde a noite em que a primeira vítima havia sido encontrada desfigurada em um beco na cidade, Camille tinha certeza de que vampiros eram os culpados. Eram imortais, constra humanos, não teria chances de sua espécie ganhar um tipo de guerra daquelas.

— Eu ainda não sei seu nome. – Tristan De Martel, tinha um dos braços em volta da fina cintura de Natalie,onde ele conduzia o corpo leve e bem formado no ritmo da música,em um estilo que ele bem conhecia, já que seus anos de experiências fazia com que ele reconhece a dança.

— Natalie,eu me chamo Natalie. – a ruiva sorriu um pouco incerta,sabia que se tratava de um vampiro, e seu medo se dava por não saber as reais intenções do mais velho.

— Você é uma convidada dos Mikaelson? – Tristan girou levemente o corpo da jovem e logo depois a trouxe de encontro a seu peitoral novamente.

— Sim, eu...sou uma velha amiga de Elijah Mikaelson.

Antes de poderem trocar mais algumas palavras, o tempo dos casais iniciais,foram modificados,dando espaço a uma rápida troca de pares,onde Natalie consequentemente chegou nos braços de um outro vampiro. Um alto moreno,de olhos escuros e sorriso presunçoso.

— Este vestido,foi uma ótima escolha. – ele elogiou com um sorriso,enquanto tomava o corpo da jovem nos braços.

— Vermelho é a minha cor. – Natalie sorriu em uma retribuição para o homem.

— Julgando por seus relacionamentos eu não devia estar tão próximo. – o rosto do vampiro se aproximou do ouvido da ruiva. — Soube que Elijah me mataria.

— Com certeza ele o faria, Elijah não gosta que se aproximem de coisas que pertencem a ele. – Natalie respondeu.

— Então está me dizendo que é apenas um objeto para Elijah Mikaelson? – o moreno brincou com um sorriso provacador e sarcástico.

— Eu posso lhe garantir, eu sou bem mais que tudo isso. – com a mesma voz sussurrante do vampiro,a ruiva profanou em um tom irônico.

— Eu poderia saber o nome da preciosidade de Elijah Mikaelson?

— Natalie, me chamo Natalie. – como sempre ela escondia seu sobrenome,por medo 
das ameaças e perigos que ele traziam. — E você é?

— Lucien, Lucien Castle.

Natalie arregalou os olhos verdes em um espanto, esse era o vampiro que enganou e quebrou o coração de Lucy a muitos anos atrás. E o que mais a intrigava,era o fato dele parecer conhecer a família Mikaelson. Porém, Natalie não teve tempo de questionar a Lucien Castle, já que a mesma foi tirada facilmente dos braços do vampiro,indo de encontro ao um outro corpo, não tão desconhecido assim.

— Lucien estava importunando você? – a voz levemente rouca,com o sotaque inglês fez Natalie erguer os olhos até seu dono.

— O conhece? – rapidamente os contato dos olhos foram quebrados por ela.

— Lucien foi o primeiro vampiro que eu transformei em toda minha vida. – as mãos de Klaus,deram espaço para que Natalie se afastasse em um giro,para então voltar de encontro ao peitoral do híbrido.

— Digamos que ele seja bastante... galanteador. – a ruiva sugeriu,com o cenho franzido.

— Pelo amor de Deus,você tem vinte anos, ninguém na sua idade fala "galanteador". – o híbrido deu ênfase na última palavra,algo que fez a mais baixa soltar uma leve risada.

— Eu tenho um alma antiga Klaus, e você não é muito novo assim,para contar tamanha vantagem sobre meus adjetivos. – Natalie rebateu ainda com um sorriso.

Era a primeira vez que Natalie e Klaus ficavam tão próximos sem nenhum tipo de conflito. Depois do feito a Hayley, a própria bruxa tomou a liberdade de se afastar,apenas lhe contatava com algo relacionado a pequena Hope, ou poderiam ser visto aos gritos e brigas pelos corredores do Quartel.

— Aliás,quem é a ruiva que estava com você? – enquanto os últimos acordes da música eram tocados, Natalie questionou.

— Uma velha amiga.

Novamente ocorreu uma troca de casais,onde Natalie caiu nos braços de um desconhecida, Klaus tomou uma morena em seus braços,Aurora com um dos vampiros de Marcel,e Tristan com uma bruxa, já Lucien,fez a pior troca de sua vida,em seus braços uma outra ruiva, porém,ela acumulava um ódio bem maior que o de Natalie. Lucinda Morgenstern.

— Seu desgraçado! – um grito cortou o ambiente, as mãos de Lucy agarraram uma cadeira de uma das mesas dispostas, e a vampira arremessou o objeto em direção a Lucien.

— Lucinda!

— Seu mentiroso,canalha, cafajeste,eu odeio você. – ela brandiu e arremessou uma garrafa de champanhe, de um garçom que passava ao seu lado.

— Meu amor, não vamos resolver nossos problemas aqui,certo? – ele parecia querer acalmar a ira da ruiva.

— Não temos mais nada para ser resolvido,e não me chama de amor! – Lucy não continha sua voz alta,em passos largos ela se aproximou de Lucien que de todas as formas tentava impedir contanto físico.

— Escute, precisamos...– ele foi fortemente interrompido pela mão pesada de Lucy atingindo seu rosto, fazendo com que o rosto de sangue fosse presente em seu paladar.

— Eu te odeio Lucien Castle,eu te odeio! – descontrolada, Klaus foi o único que se aproximou daquela briga, tomando Lucy em seus próprios braços,e iniciando,junto a Lucien,uma caminhada para o interior do Quartel.

Por fim, a dança havia sido encerrada,depois do episódio proporcionado por Lucy, que deixou boa parte dos convidados por entender o que realmente havia acontecido. Os olhos de Natalie capturaram a imagem de Marcel, do outro lado do pátio,e em passos rápidos e largos,ela se aproximou do moreno, afim de cumprimenta-lo, já que, após o episódio da casa de Moira Sibley, eles nunca mais se falaram.

— Marcel...

— Garota desobediente, vulgo Natalie. – ele cumprimentou de volta,fazendo uma visível referência ao episódio que tiveram.

— Desculpe por aquele dia,eu não iria conseguir esperar, não queria quebrar sua confiança em mim. – esse era o tipo de desculpa que ela dava para Elijah, quando aprontava algo e ele descobria. — Não vou fazer mais nada disso.

Antes de Marcel poder começar seu discurso,sobre o que a jovem havia feito. Um corpo foi batido contra o seu, e em instantes,o líquido que estava presente na taça da pessoa recém chegada,respingou no tecido vermelho que Natalie usava. Os braços do vampiro sustentaram o leve e magro corpo da garota,os cabelos loiros estavam presos em uma trança bem elaborada, e a mesma usava um vestido preto, volumoso e chamativo.

— Me desculpe,eu sou o desastre em forma de gente. – ela sorriu,se desculpando infinitamente pelo seu feito. – Céus,eu sujei seu vestido.

— Sem problemas,nem tem como ver, não se preocupe. – a ruiva sorriu gentilmente para a loira que não parecia muito sóbria.

— Eu sou Lydia, Lydia Ford. – a loira se apresentou e logo olhou para o vampiro ao seu lado. – Moreno, olhos escuros,alto e músculo... Marcel Gerard.

— É um prazer Lydia Ford. – de um modo cordial e amigável ele retribuiu.

— Ruiva,olhos verdes,pele clara,eu não conheço você,mocinha. – Lydia se virou para a ruiva que permanecia calada até então.

— Natalie,eu sou Natalie.

Pobre Natalie, não pensava que, naquela noite de festa em Nova Orleans, ela iniciava uma amizade com sua morte. Lydia Ford não era muito bem o tipo de companhia que ela precisava no momento, e em nenhum dia de sua vida. Ela estava simpafinzando com o inimigo,sem nem ao menos saber. No fim da festa,a ruiva se direcionou novamente a seu quarto,e realmente, se arrependeu de tal ato,o cômodo estava realmente intacto, porém, jogado no chão,sobre o tapete claro, estava o corpo de um dos convidados da festa, o mesmo tinha a garganta cortada, e seu sangue? Esse fora usado para deixar um grande recado na parede, escrito de um escarlate forte, tom, A positivo. "Nós chegamos,e vamos matar você".