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História Bloom xy: The experiment - Ela voa


Escrita por: BeckyBloomXY

Notas do Autor


Ola galerinha. Não sei se entenderam bem a ideia geral dessa fic, mas se não entenderam pela sinopse, entenderão pelo primeiro capítulo, haha;

Capítulo 1 - Ela voa


Fanfic / Fanfiction Bloom xy: The experiment - Ela voa

"A gravidade explica os movimentos dos planetas,

mas não pode explicar quem colocou os planetas em movimento.

Deus governa todas as coisas e sabe tudo que é ou que pode ser feito."

Isaac Newton

 

 

Eu queria simplesmente matar o Sr. Howard por ter mandado tanto trabalho para as férias. Qual é! Estávamos na faculdade e ainda sim éramos obrigados a fazer aquele bolo de trabalhos especiais para ter a mísera esperança de subir a droga da nossa nota final e ter uma boa colocação para um possível estágio que preste. Mamãe teria um ataque se eu não conseguisse nada. 

Minha família era lotada de pequenos prodígios especiais. Cada uma de minhas irmãs -todas mais novas- havia conseguido algum tipo de prêmio antes mesmo que terminar o ensino médio e eu era taxado como o atrasado dos irmãos. Fazer o que. Metade delas já trabalhava com algum projeto independente e eu aqui só havia conseguido comprar uma casa no centro da cidade por trabalhar em um pet shop movimentado durante o ano todo. Não era o trabalho mais bacana do mundo, mas pagava as contas e não precisava de faculdade. 

Não que a pacata faculdade de Doncaster fosse realmente muito cara, principalmente para o curso que eu havia escolhido (outro motivo para a minha família me achar um fracassado). Não que física não fosse bem prestigiada, mas ninguém dava a real importância que a área necessitava. Essa era a verdade. 

Olhei em volta: meu quarto estava cada vez pior. Como a faculdade era na mesma cidade onde morava –– sozinho, diga-se de passagem -– não precisava arranjar uma vaga nos dormitórios nada concorridos do pequeno campus. Podia dormir em minha própria cama e bagunçar a minha própria casa de segunda a segunda. 

Ahh, mas você conseguiu conquistar essa casa e um carro sozinho só trabalhando em um petshop luxuoso da cidade? Não. Eu também dava aulas de física no colégio de Doncaster e dava auxílios aos projetos extraclasse. Mas essa parte eu não podia ficar espalhando. Eu não havia terminado a faculdade, então não podia dar aulas, não tinha licença. Mas como dizem, o que os olhos não veem o coração não sente. Eu era um profissional bom e o diretor sabia disso, então o emprego era meu.

Já era noite quando eu fechei o último livro que usava para aquele trabalho que deveria ser entregue na primeira semana de aula, depois de nossas pequenas férias. Pequenas porque teríamos apenas as três semanas de folga do ano novo e natal que para mim não eram suficientes, muito menos para os meus professores que voltavam mais vingativos e irritados do que qualquer época do ano. Porque é assim, quando você ingressa na faculdade você descobre que o natal perde aquela magia. Aquela coisa de perdão e "vamos nos amar para sempre, ou pelo menos por um mês". 

Naquele ano mamãe queria que eu passasse o natal com a família, apesar de eu alegar ter mil trabalhos e uma viagem que na verdade era desnecessária. Eu sempre acabava cedendo aos seus pedidos por ser natal. Acho que apesar de tudo o natal era mágico para ela e para minhas irmãs. 

Levantei da mesa e desci as escadas da casa decidindo que eu precisava comer alguma coisa para conseguir parar em pé. Acho que uma macarronada daria conta. A panela fora enchida com água, o macarrão foi separado assim como o molho que preparei em outra panela. Já misturava tudo em um prato quando um barulho estranho ecoou no meu quintal. 

A passos lentos fui saindo da casa só para descobrir que a droga da minha piscina toda borbulhava, como a água do macarrão fez minutos atrás, como se estivesse fervendo. E eu nem havia bebido naquela noite. 

— Meu Deus! O que tá acontecendo? 

O meu lado "professor e pesquisador de física" gritava internamente por provas e fatos enquanto o lado mais racional me mandava ir dormir, no mínimo. Mas a água foi se acalmando e de longe pude ver uma mancha vermelha espalhada na piscina. Sangue, ou...?

Obriguei meu corpo a me aproximar da piscina, minimamente intrigado. Quando estava a apenas alguns passos da cena em questão vi claramente o que tinha ali. Não era sangue. Era uma garota. 

Uma garota ruiva boiando na minha piscina. Rezei internamente para que ela não estivesse morta ou ferida. 

— Ei! Quem é você? Você está legal? Garota?

Ela não ouvia meus gritos claramente desesperados. Ótimo, estava morta. Eu seria preso em flagrante e perderia toda a noite de trabalho por nada. Seria um fracassado e passaria meu aniversário na cadeia. Além do resto da minha vida. 

Mas a menina tossiu fazendo seu corpo afundar na piscina. Meus músculos tomaram uma iniciativa involuntária e como resultado pulei na água, agarrando seu corpo e nadando para a borda. Tirei-a de lá, deitando-a no chão. 

— Acorda. — Massagem cardíaca. –– Acorda. –– Mais massagem cardíaca. — Acorda, que droga! — Respiração boca a boca e ela tosse novamente, voltando a respirar. Bom sinal, eu não seria preso. 

Tirei o cabelo vermelho dela de seu pescoço, deixando-a mais livre para se recompor. Ela abriu os olhos e focou-os nos meus. Todos sempre diziam que os meus olhos eram diferentes, eram claros, azuis, mas não azuis como os outros. Tinha algo especial. E agora eu entendia exatamente o que todos queriam dizer. Porque os olhos dela tinham isso. Eram azuis claro, brilhantes e chocantes. A pele branca estava ainda mais clara pela falta de oxigênio e pelo frio que fazia ali fora. 

— Você tá legal? Como você caiu na minha piscina? 

Ela balançou a cabeça negativamente, se sentando. Estranha. Alguma coisa nela gritava "Problema" e minha consciência gritava "Leve-a para um hospital, e nunca mais se aproxime dela", porque de repente lembrei que ela havia feito minha piscina virar uma panela de água fervente. 

— Vem, vamos entrar. Você precisa se esquentar. Qual o seu nome? 

Nem uma resposta. Seus olhos viajavam entre as minhas tatuagens descobertas, meu cabelo e meus olhos. Suspirei, ajudando-a a se levantar. Passei um braço em volta de sua cintura e entramos em casa, molhando todo o caminho. Eu não me importava muito. 

— Você não pode falar? — ela negou com a cabeça de novo. Então ela me entendia, só não falava. Ok, superável.— Fique aqui, tudo bem? Vou buscar alguma roupa para você. 

Virei-me, mas ela agarrou o meu braço. Sua mão estava um pouco quente. Com a outra mão ela tocou o meu rosto e a água que estava em meu corpo começou magicamente a evaporar. Dei um olhar furtivo para a minha garrafa de Whisky para ter certeza se não estava vazio. Não estava. E eu estava seco em segundos. A mesma coisa aconteceu com ela. Ela fechou os olhos e a água evaporou toda, deixando-a seca. 

E aí eu pude ver os seus cabelos ruivos, mais vibrantes agora. Ela era um anjo ou um demônio, só podia. 

— De onde você veio? 

Ela sorriu. Depois de vários segundos seu dedo indicador subiu, apontando para cima. Para o céu. 


Notas Finais


E aí, o que acharam? Essa ideia veio de um sonho meu, que tive outra noite, haha. Espero que comentem o que acharam. Enfim, já tem alguma ideia do que a menina é, e o que ela veio fazer? Hummmm.... Estranho.


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