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História Blooming - Jikook ABO - Cap 10 - Diário


Escrita por: winxie

Notas do Autor


Voltei <3
A fic está de sinopse nova u.u
Cap não tem Jikook, mas é importante para complementar a história.
Viajei escrevendo este cap, espero que tudo faça sentido kkkkkk AMÉM
💕

Capítulo 10 - Cap 10 - Diário


Fanfic / Fanfiction Blooming - Jikook ABO - Cap 10 - Diário

Dentro do Castelo estava uma movimentação, eram guardas pra cá, o Rei ao lado de uma Rainha furiosa pra lá. Finalmente haviam encontrado alguém com informações do ômega. Estava sendo mantido preso em uma sala fechada, mesmo que tivesse ido com livre e espontânea vontade.

Aquele ômegazinho o fez ter um nariz quebrado e seu orgulho manchado, principalmente por perder uma briga em frente aos amigos.

Quando viu aquela beldade andando por perto não resistiu e foi lhe azarar. Entretanto, jamais imaginaria que um alfa apareceria e lhe metesse a porrada. O beta, dono do estabelecimento, chamou as autoridades, porém o lúpus já havia corrido junto do ômega, então tratou de fazer o mesmo.

Dias depois, durante seu novo trabalho dentro do Palácio - o rapaz acabara de se tornar um guarda, porém não tinha contato direto com a família real -, ele passou em frente ao quarto do ômega, que ainda tinha vestígios de seu doce cheiro - consequências de anos trancafiado ali -, e mesmo com certa dificuldade para lembrar quando o sentiu a primeira vez, lembrou-se do lindo ômega loiro que foi o motivo de levar uma surra. O cheiro estava misturado com o do alfa quando o viu pela primeira vez, mas por ser um puro, conseguia sentir muito bem a fragrância de gardênia do loiro.

Entretanto, o que mais lhe incomodou foi o fato de ter gritado com o ômega, usado a VozAlfa com ele, mas não fez efeito, o garoto parecia nem ter notado. Talvez o medo de ver o amado em uma briga e pará-lo era mais importante que nem se deu conta de que tinha um alfa usando sua voz.

Quando ia entrar no quarto, Sehun o viu e o questionou, este que ficou nevoso e, para disfarçar, meteu a bronca no rapaz. Entretanto, o Rei Myung estava a caminho do quarto do ômega, ouviu a bronca e deu meia volta, curioso.

Naquele dia, o alfa tinha acordado com o pensamento de que iria ele mesmo atrás do filho, e usaria um dos pertences do ômega para farejar a fragrância de gardênias, afinal era um cheiro único. A Rainha não tinha permitido a entrada de ninguém no quarto, deixou que seguissem com as buscas somente com a pintura que Taehyung tinha posto nos cartazes.

Enquanto o alfa brigão, cujo o nome é Taemin, voltava para o seu posto, ouviu falar do ômega desaparecido. Myung brigava com Sehun pela incompetência do alfa ao deixar que espalhassem um retrato errado do filho, porém o Comandante não ficou quieto, alegou ser um erro, uma confusão do pintor, já que ele e o beta foram juntos fazer a descrição do lúpus.

— Este não é Jimin. Como aquele incompetente conseguiu confundir um ômega bonito com essa coisa? — disse indignado. Myung sabia da beleza do filho, e ver que foi confundindo com aquele ser horrendo lhe deixava bravo. — Claro que não encontrariam! Quem prestaria atenção nesse sujeito?

— Majestade, já mandei contatar o artista que fez os cartazes, infelizmente ele está morto. — pronunciou o comandante. — Parece que ele morreu de doença no coração. — disse, fingindo surpresa e tristeza.

A verdade é que após Sehun e Taehyung saírem do estabelecimento do cartunista, naquela mesma noite ele fora morto, pelas ordens de Namjoon. Não podiam correr o risco de alguém que vira o ômega - mesmo que ninguém o tenha visto - ir falar com o velho. O cadáver fora jogado de uma vala que tinha alguns quilômetros da cidade, que dividia Silla de uma cidadezinha de Koguryo.

— Procure outro cartunista, irei eu mesmo fazer um retrato daquele ômega. Quinhentas moedas de ouro para quem o encontrar.

Taemim ouvia tudo atentamente. Sua cabeça estava um caos, e talvez a ganância de melhorar um pouco mais sua situação financeira tenha falado alto, pois quando percebeu, adentrou a sala. O alfa Rei o olhou curioso e aparentemente bravo. Sehun cruzou os braços e o olhou nervoso, suspirando.

— Você de novo, rapaz?

— Me desculpa, mas eu não pude deixar de ouvir a conversa. — se curvou.

— Você é um rapaz muito intrometidiço*.

— O que queres? Me dê um bom motivo para não lhe prender agora mesmo. — ditou o Rei, com o cenho franzido.

— Eu...Eu acho que vi o ômega que tanto procuram.

— Impossível. Estamos nessa busca há mais de dois meses. — indagou o comandante, nervoso.

— Pelo o que eu ouvi, os cartazes não tinha o rosto do ômega. Eu não tenho certeza se o vi. — olhou para baixo, respirando fundo. E tudo o que viu, foi a escuridão quando os olhos fecharam.

Quando acordou, estava preso à uma cadeira, amarrado com cordas e alguns guardas espalhados na sala. Ali encontrava-se agora também, Kim Namjoon, este que tinha um olhar assustado e preocupado. Queria matar Jeon por ser tão descuidado ao ponto de continuar exibindo o ômega.

— Diga-me, rapaz, o que você viu? — perguntou o próprio Rei, se aproximando na cadeira de Taemin.

— Eu estava andando pelo Castelo quando senti um cheiro muito bom vindo de um quarto. — começou se explicar. — Foi ai que lembrei-me de que já o senti antes, na cidade. Vinha de um ômega muito lindo, talvez o mais belo que meus olhos já viram. — sorriu fraco ao lembrar-se do ômega, que mesmo com expressão de bravo e preocupado no rosto, continuava belo.

— Sem enrolação. — ditou em voz alta Namjoon.

— Mesmo seu cheiro misturado com outros dois, eu reconheceria de longe.

— Quais os cheiros que você sentiu? De alfa?

— Dois alfas, embora eu não consigo imaginar um alfa cheirando a rosas. O outro com certeza é menta. Quanto ao do ômega, cheiro de flores, porém não sou de prestar atenção à isso, não sou muito de gostar de flores. Mas com certeza é uma flor, bem doce mas não enjoativa. Na verdade, o cheiro de menta era o mais fraco dentre eles.

— Rosas? — um dos guardas se atreveu a dizer.

— A aparência do ômega. — apertou as bochechas do alfa. O Rei já estava perdendo a paciência.

— Majestade, assim ele não pode falar. — lembrou Sehun.

— Doeu. — fechou a cara quando teve suas bochechas soltas. — Enfim, o ômega é baixinho, tem um ótimo corpo e loiro, estranhamente loiro natural. Estava tentando algo com ele, mas do nada chegou um alfa maldito me descendo a porrada. — murmurou algo xingando aquele maldito. — Ele também tinha os mesmos cheiros que o ômega. Mas assim como o ômega, o cheiro de rosas era predominante, junto com o da outra flor. Meu olfato de puro não me engana.

Namjoon estava aflito, suava frio. Lembra-se muito bem que o casal de betas o tinha avisado sobre o cheiro do alfa lúpus. Lembrou-se também que usavam roupas do tal Min para sair. Para o cheiro dominante deles estar forte assim, quer dizer que estão cada vez mais ligados. Jeon com certeza libera seu cheiro para marcar Jimin, e o ômega também o faz, mesmo que nem perceba.

Olhou para Sehun, ambos travavam uma luta para ver quem era o mais nervoso, afinal ambos estão arriscando seus cargos até suas próprias vidas para salvar Park Jimin.

— Sem querer ser evasivo, mas por que esse inferno todo por causa de um ômega? — perguntou curioso, tendo o olhar repreendedor do Rei sobre si.

— Creio que isto não é da sua conta. — deu de ombros. — Podem levá-lo, deixe-o preso até eu decidir como acabarei com sua vida.

— O que? Mas eu já lhe dei informações! — exclamou indignado, o medo tomando conta de seu corpo. Rosnou quando teve o corpo agarrado por dois guardas. — É muito mais do que vocês tinham. Eu...Eu posso ajudar a encontrá-lo. — O Rei o encarou, levantando a mão, logo mandando soltar Taemin.

— E como faria isso?

— Eu conheço bastante gente na cidade, posso recolher informações, posso conseguir até encontra-lo.

— Encontrá-los. — o corrigiu.

— O que?

— Quero o alfa também.

— Ah sim, claro. - engoliu em seco.

O Rei já desconfiava de que o filho estaria com o alfa, mas teve certeza quando disseram que o cheiro do alfa é de Rosas. Sabia que esse aroma diferente e único pertencia à um Lúpus, assim como o do filho. Deveriam ser rápidos e encontrá-los, antes que ambos consigam poder para destruí-los. Entretanto, jamais permitiria o casamento entre seus dois filhos. A busca deveria acontecer sem que Hyelim saiba, caso contrário, lutará para que seus dois progenitores continuem a linhagem. Casar irmãos só para manter o mesmo sangue na família é horrível, doentio.

— Tudo bem. Dois meses para os encontrar. - alertou.

Namjoon que via cada decisão do Rei estava chocado, nunca tinha visto Myung desesperado ao ponto de precisar de um desconhecido. Ele nunca fora de tomar decisões precipitadas, sempre calculava tudo devidamente, mas agora está ali, usando alguém para alcançar seu objetivo. Aquele alfa poderia muito bem estar mentindo apenas para se livrar da morte.

Ficou mais surpreso ainda com o tempo que o Rei o deu, dois meses é muito tempo. Entretanto, para o Rei, pra ele só importava ter o filho, e com aquele tempo, só estaria o ajudando a ficar mais tempo longe da mãe, mesmo que isso significasse um ômega com força o suficiente para pegar o que lhe pertence por direito.

Talvez Myung nem esteja ligando tanto em relação a perder o trono. Quando menor, seu avó sempre contava as histórias dos lúpus de sua família - sempre alfas - e ouvia com devoção. Tinha ciência de que Jimin, junto ao alfa lúpus, têm o poder de governar como ninguém. Ok, casando-o com Seo-Shink ele teria o trono mesmo assim, porém estaria acabando com a linhagem lúpus e uma profecia. As vezes imaginava o que seus antepassados pensariam se vissem o que fizera o próprio filho passar, o deixando angustiado pois sabe muito bem a resposta.

Já percebeu que o filho alfa não tem interesse de governar. Queria ser um bom pai, assim como o seu fora, mas como ter esse título se está obrigando o filho a fazer algo que claramente não quer e o outro usou para próprios fins lucrativos?

No momento, o alfa está mais interessado em encontrar o filho e o manter longe das garras de más pessoas. Pode parecer hipocrisia querer isso, quando na verdade a própria família o fazia mal. Contudo, sabia que o ômega estava a salvo enquanto estiver com o alfa lúpus.

Por ora, estava pensando em como acalmar e aquietar sua esposa.

— Como você faz isso sem me consultar? Dois meses? Deveria ser o mais rápido possível, não demorar mais! Jimin pode querer voltar para se vingar de nós! Sabe muito bem o que aconteceu antes quando ameaçaram o ômega de seu avô. Esses lúpus ficam violentos quando são enfrentados. — Hyelim estava furiosa, andava de um lado para o outro no quarto. — Deveríamos achá-lo antes que o possível alfa o encontre. Mais rápido ainda antes do despertar de seus poderes. Imagine só: um alfa lúpus capaz de mandar em qualquer um, com uma força de cem homens e um ômega lúpus capaz de controlar as coisas com a mente! — quase gritou, nervosa.

— Por que simplesmente não o deixamos ser o que nasceu pra ser, hum? — perguntou. — Lúpus nasceram para reinar, e tivemos a sorte de Jimin ser um. Imagine só ter os lúpus como governantes de Silla, nenhum outro reino se atreverá a nos afrontar. Seo-Shink nem quer ser Rei.

Hyelim franziu o cenho, pensativa com o que o marido lhe disse. Realmente não tinha pensado noz benefícios de ter ambos os lúpus de seu lado. Porém, temia que Jimin não a aceitasse ao ponto de não a perdoar e querer vingar-se por seus dezoito anos sofridos.

A ideia de casa-lo com o filho alfa já estava se esvaindo de sua cabeça teimosa, dando os fatos de que o lobo do ômega provavelmente se revoltaria ao receber a marca que não seja do lúpus, isso poderia muito bem influenciar Jimin a cometer um ato violento. Mas também pensava no tanto de dinheiro que o mais novo lhe rendia.

Um certo dia, quando fora tirar satisfação com o filho ômega em seu quarto, o encontrou chorando, enquanto Taehyung limpava os filetes de sangue que escorria das costas do ômega. Naquele dia, o antes moreno, já tinha "trabalhado" com dois alfas entre o período do almoço e chá da tarde, e devido ao cansaço, no terceiro já não foi capaz de satisfazer o "cliente", que o chamava de inútil, entre inúmeros outros xingamentos, enquanto o surrava. Pediu reembolso, deixando a Rainha mais furiosa, não impedindo de dar um belo tapa na face já machucada do ômega, dando a desculpa de que logo curaria.

— Só queria saber porquê ainda procuram pelo ômega. — questionava-se o alfa, abrindo os braços para o Kim ajeitar sua roupa. — Mais de dois meses já se passaram. Diga-me, Taehyung, esse ômega é muito importante? Quem é ele?

— Alteza, já lhe expliquei que ele é uma forte fonte de investimento para seus pais. Um sócio por assim dizer.

— Mas não teriam esse trabalho todo apenas por causa de um ômega. Nem o Senhor Kim está me dando as aulas de arco e flecha. — fez bico, cruzando os braços.

— Você já é ótimo, Seo, não precisa de mais aulas. — o príncipe deu de ombros.

— Vou para o meu treino sozinho, já que meu professor anda ocupado demais.

O Kim revirou os olhos. Seo estava incomodado, ninguém o dava a atenção que sempre fora acostumado, tinha apenas o beta sempre consigo, às vezes acontecia de Hoseok ir ao quarto dele e ficavam os três conversando até tarde da noite. Realmente ambos os betas tinham se tornado amigos do alfa.

Ao passar pelo corredor, ouviu a voz desesperada de sua mãe, sabia que era outra discussão, era frequente desde que o ômega fugiu. Não acreditava que seus pais fossem tão gananciosos ao ponto de usar outra pessoa para se beneficiarem.

Era feio o que estava fazendo, mas continuava a ouvir a discussão. Entretanto, cansou de ouvir falarem sobre o futuro do filho como Rei ao lado da princesa de Koguryo. Ele tinha perdido as esperanças de encontrar o ômega do festival, já que fora à cidade algumas vezes e nunca mais o viu. Claro, no dia do festival várias pessoas do reino todo compareceram, então chegou a conclusão de que o loiro não é da capital e não se daria o trabalho de caça-lo, dando em vista que em três anos estará se casando.

Decidiu não reclamar e nem falar nada sobre o casamento, apenas ia deixar acontecer. Não tinha nada contra a Princesa Jennie, era não é feia e nem nada, trocaram pouquíssimas palavras durante bailes, mas a moça parece ser boa pessoa e divertida. Talvez Taehyung estivesse certo, talvez Jennie poderia ser alguém que o faça conhecer o amor.

Era noite e dois dias tinham se passado. O príncipe andava pelo castelo segurando uma lamparina, olhando cuidadosamente para todos os lados para não tombar com alguém. E foi assim até chegar em frente à porta daquele quarto. Pegou a chave e destrancou, se perguntando porquê diabos a porta do quarto de um empregado estaria trancada.

Conseguiu a chave enquanto o pai estava em uma reunião com o conselho e sua mãe tomando o chá da tarde, então aproveitou para entrar nos aposentos dos pais e encontrou a chave na caixa de joia da mãe. Fácil.

Abriu com cuidado a porta e o cheiro que tanto se lembrava o inebriou. Adentrou o cômodo, observando cada detalhe daquele quarto. Era o único quarto, no último corredor do castelo, ninguém passava ali. Tinha apenas uma cama de solteiro, com um colchão quase gasto, possuía alguns pingos de sangue por ele e isso o assustou. A cômoda tinha apenas duas gavetas, e claro que abriu para ver o conteúdo delas, contendo apenas roupas velhas e gastas, junto de cuecas e apenas uma toalha. No canto ao lado da cama, uma pequena mesinha, com livros empilhados e folhas escritas. No banheiro que tinha no quarto, era possível encontrar uma banheira - que julgou ser velha por estar amarela e não branca -, a pia com um copo contendo uma escova de dente junto do creme dental, sabonete e um esfregão. No chão do banheiro também havia pingos de sangue secos.

O que faziam com o ômega naquele lugar?

Seu lobo estava inquieto, parecia nervoso ao mesmo tempo que estava triste, como se sentisse pena do ômega que vivia ali.

Voltou para o quarto, dando uma ultima vasculhada pelo local, observando então o colchão torto. Franziu o cenho e se aproximou, olhou embaixo da cama e rapidamente tratou de tirar o colchão dali. Era um caderno. Passou as páginas e chegou na conclusão de que aquilo era um diário.

O diário do ômega desaparecido.

Saiu do quarto, deixando tudo como estava antes, e voltou para seu aposento. Trataria de devolver a chave no lugar que pegara durante o dia, quando os pais não estiverem no quarto, óbvio.

Sentou-se na escrivaninha, colocou a lamparina próximo ao caderno e começou a ler, mesmo sentindo que estava invadindo a privacidade de alguém.

"Hoje foi um dia cansativo, tive que dar duro para manter as forças - mesmo que não tenha nenhuma. De noite, o Tae me dez companhia, contando suas aventuras com Hoseok, aquilo melhorou um pouco o meu humor, mas isso não quer dizer que estou bem. Não consigo mover meu braço esquerdo devido à pancada, mas sei se vai curar, então suporto a dor.

Desde que descobri que me curo em um tempo considerado rápido para ômegas, eu já não ligo mais para os machucados, pois sei que vão curar.

Hyelim me visitou hoje, disse que recebi algumas críticas e que iria cortar meu café da manhã se eu não melhorar meu desempenho.

Amanhã vai ser apenas um, e por algum motivo, aquilo não me deixou menos nervoso. Talvez eles não me achem mais usável, talvez eu tenha me tornado inútil e logo irão se livrar de mim.

Tae vive me contando os contos sobre os lúpus, como se isso fosse fazer diferença. Não é como se um alfa lúpus aparecesse e me salvasse e juntos governaríamos o que é nosso por direito. Isso jamais vai acontecer. Quem em sã consciência ficaria com um ômega impuro, sem dignidade e nada para oferecer em troca?

Mamãe - se é que posso chamar assim - diz que meu cheiro incomoda as pessoas, mas não posso fazer nada contra isso, sei que é apenas uma idiossincrasia* de lúpus ter um aroma diferenciado e memorável.

Nas lendas dizem que o alfa lúpus também tem cheiro de flor, mas ninguém sabe qual, apenas falam que é da flor mais bela que existe, mas também pode machucar. Eu e Tae procuramos nos livros da biblioteca a flor, mas então chegamos a conclusão de que isso é algo que não dá para concluir, já que cada um tem um gosto. Tae acha que a flor Kalmia Latifolia é a da lenda, enquanto eu sinto ser a Rosa, mesmo ela não estando no livro. Cheguei nesta conclusão após ficar observando a pintura da capa de um livro de romance; a Rosa ocupava a capa inteira, o vermelho chamava atenção, mas os espinhos me incomodava. Foi então que li a frase após o título:

"O amor é como uma rosa: para que alcance as lindas pétalas, é preciso passar pelos espinhos."

Foi quando eu senti ser a rosa. Sua beleza é grandiosa, porém as pessoas esquecem de seus espinhos e se machucam quando as colhem, e tem que ser forte para conseguir a rosa e aguentar seus espinhos.

Cansei de falar de um alfa que talvez nem exista. E se existir, assim como se essa tal lenda for real, isso não mudará o fato de que estou preso neste castelo."

- 23/07

"Sehun trocou a fechadura da minha porta. Um alfa bêbado durante um baile de algum modo me encontrou e conseguiu arrombar a porta. Machucou, fiquei alguns dias sem andar, e talvez eu nem tivesse sobrevivido até se Hoseok não aparecesse. O Comandante colocou uma fechadura mais forte e disse que um guarda ficaria de prontidão toda vez que tivesse alguém aqui comigo. Não me acalmou nadinha.

Essa semana papai teve uma recaída e acabou aparecendo em meu quarto chorando, alegando que me mantinha trancado para minha proteção, que por esse medo eu não serei quem nasci ora ser. Eu não acreditei. Minha família é mentirosa e articulosa. Talvez eu os odeie."

- 03/08

"Hoje será meu último dia preso aqui neste castelo, amanhã, se tudo der certo", vou fugir daqui. Tae e Hosoek conseguiram ajuda de Kim Namjoon, que também sabe quem eu sou e não sei como, mas meu amigo alegou ser de confiança. Por alguma razão, comecei a sentir meu lobo eufórico, o que me assustou muito, pois ele nunca se manifesta. Cheguei a pensar que ele também se sentia bem ao se ver fora daquelas quatro paredes.

Só espero que os Min não seja uma família de alfas repugnantes.

Ah, meu primeiro cio está chegando, estou ansioso. Não sei o que vai me acontecer."

Seo fechou o diário. Aquela fora a ultima coisa escrita nele, mas não tinha data. Tinha tanta informação ali que chegou a ficar tonto e com dor de cabeça, mas não falava o nome do ômega. Em momento algum ele falava de si.

Contudo, agora sabia de várias coisas:

- Não é um ômega qualquer, sim um ômega lúpus. Um raro. Um único.

- Ele sofria agressões físicas e verbais de sua mãe e da própria Rainha Hyelim.

- Pelo jeito era o melhor amigo do beta Kim.

- Vivia preso contra sua vontade.

- Namjoon sabe quem é.

O alfa suspirou, mas estava confuso. O garoto falava de lendas quase todos os dias no diário, mas Seo não fazia ideia do que o ômega estava falando. Por isso estava disposto a descobrir quais são essas tais lendas. Por isso estava disposto a descobrir quem é o ômega lúpus.


Notas Finais


Intrometidiço* - intrometido
Idiossincrasia* - característica

TRAILER DA FANFIC https://youtu.be/zc1DZU-wOc8
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Bjs Tia Gabs

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