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História Blossom • [Jaehyungparkian] - O garoto esquisito da Lufa-Lufa


Escrita por: changaylix

Notas do Autor


Nada pra dizer, apenas sentir...

Boa leitura xx

[Capítulo escrito por @Yoonseokster]

Capítulo 1 - O garoto esquisito da Lufa-Lufa


A professora Sprout fora categórica ao dizer aquelas palavras:

– Você pode ser um dos melhores alunos desa escola, Park, mas se não melhorar suas notas em Herbologia, não poderemos fazer nada por você.

Jaehyung se sentia um fracassado por ser ruim justamente em herbologia – qual é! Eram só plantinhas idiotas. O problema era que ele nunca gostara muito de plantas, pois quando pequeno, quase morrera engasgado com uma planta venenosa, então até os 11 anos teve medo até da grama. Só que agora, mais do que nunca, ele precisava aprender a gostar de plantas.

A velha Pomona lhe disse que nos anos anteriores, ela mesma se ofereceria para lhe dar algumas aulinhas de reforço, mas nos meses seguintes estaria muito ocupada com alguma coisa relacionada a um festival de primavera, portanto teriam de pensar em uma alternativa.

– Bom, tem um rapaz que me ajuda com a estufa, ele é do quinto ano da Lufa-Lufa, seu nome é Brian. Eu poderia tentar convencê-lo a te ajudar, mas...

– Mas?

– Acho que ele não é muito do público, sabe? Pelo que ouvi por aí, o coitado é considerado antisocial, mas é um moço muito doce, pode ter certeza. – falou com convicção. – De qualquer modo, é excelente em herbologia. É como se as plantas fizessem parte dele, sabe? – então ele é uma fruta. – Vou contatá-lo e lhe dou uma resposta em breve.

Park assentiu, não era muito dado ao convívio social também – ao menos não o suficiente para se intitular “popular” –, mas tinha alguns amigos e bastante conhecidos, dando preferência sempre à qualidade de suas companhias mais do que à quantidade. Brian devia ser só um pouco tímido, nada com que não se pudesse lidar. O problema é que, conforme a semana se passou à espera de uma resposta da professora, Jaehyung acabara tocando no nome do garoto casualmente, o que lhe rendera uma série de avisos e comentários que, sinceramente, ele queria não ter ouvido. Algumas pessoas lhe disseram que não era bom andar com pessoas como Kang (que descobrira ser o sobrenome do Lufano), pois acabaria se tornando um nerdão como ele, e e outros ainda, riram de si, e perguntaram o que ele queria andando com um esquisitão deslocado como aquele garoto.

Park nem conhecia o rapaz ainda e já começava a entender o seu jeito recluso, pois se não fosse por sua paciência infinita e sua alta resistividade a baabaquices e comentários idiotas, já teria debandado do convívio da sociedade a muito tempo. Algumas pessoas podiam ser bem inconvenientes quando queriam, e aquela escola estava lotada delas.

Pensando nisso, Jaehyung entrara na estufa da senhora Sprout decidido a deixar do lado de fora tudo o que ouvira sobre Brian Kang do lado de fora – queria conhecer o garoto por suas próprias palavras e ações, não por rótulos dados por terceiros. Respirou fundo antes de entrar, o local cheirava a terra e uréia, varreu o campo com os olhos mas nem sinal do Lufano. Não que estivesse esperando uma festa de boas-vinda ou coisa parecida, mas também não gostava da idéia de estar sozinho numa estufa cheia de plantas que podiam ou não ser assassinas em pontencial. Continuou andando em direção ao fim da peça, observado como o sol adentrava pelos vitrais por detrás das samabaias (ou seja lá o que fossem aquelas coisas penduradas em suportes de ferro), uma cena bonita, mas o silêncio do cômodo era quase assustador.

No centro da estufa, havia uma mesa longilínea de madeira rústica, suja de terra e lotada de vasinhos de barro e pacotinhs de fertilizante pelos cantos. Na extermidade voltada para Jaehyung, porém, não havia muitas coisas, exceto por duas esferas verdes que se assemelhavam a maçãs. A idéia inicial do Park era passar bem longe de qualquer uma das plantas daquele lugar, mas conforme os minutos se passaram sem sinal de Brian Kang, o Corvinálio se pegara encarando com demasiada curiosidade aquelas – aparentemente – frutinhas, e se não estivesse tão estranhamente hipnotizado, talvez tivesse pensado melhor em relação ao que fez em seguida.

Num ato impulsivo demais para alguém que deveria pertencer à casa mais racional de Hogwarts, Jaehyung deixou que seus dedos fossem de encontro a uma das plantas, mas assim que a tocara, a mesma saltou contra seu rosto e envolveu e envolveu seu crânio com as raízes, que mais pareciam tentáculos pegajosos. O loiro praguejava a si mesmo enquanto seus gritos eram abafados pelo corpo liso daquele legume endiabrado, até que as raízes deste se contraíram ao máximo e ela se espremera, liberando um jato esverdeado contra as lentes do Park, que soltara uma exclamação de nojo.

– Lisa, Rosé, eu já dissem para não atacarem os visitantes! – ouviu uma voz masculina proferir e em seguida o som de levem quicadas contra o chão. A planta finalmente desgrudara-se de seu rosto, mas para saltar para longe, tivera de dar impulso contra a cara do Corvinálio, que se desequilibrou e caiu sentado no chão. Ótimo, primeiro o demônio me ataca, depois jorra gozo verde na minha cara e agora me derruba sentado no chão de uma estufa macabra completamente cego. Que maravilha são as plantas, não? Estava tão envergonhado que não queria nem se mexer, uma capa da invisibilidade cairia bem naquele momento.

Park ouviu um barulho semelhante ao de passos se aproximando e rezou para que não fossem mais plantas (nem lógica aquilo tinha, afinal, plantas não têm pés), mas percebeu que não eram no momento em que sentiu algo morno raspando em seu rosto e logo em seguida seus óculos sendo retirados. O vulto preencheu sua agora seriamente debilitada visão tinha traços humanóides e provavelmente vestia o uniforme preto e amarelo da Lufa-Lufa.

Então você finalmente apareceu, Brian Kang.

– Perdão pelo comportamento delas, testes genéticos são muito imprevisíveis. – o lufano disse em tom baixo e meio sem emoção. Ao fundo, Jaehyung ouviu o som característico de suas lentes sendo limpas com uma flanela. – Consegue ver alguma coisa.

– Não. – disse, piscando os olhinhos pequenos. – Mas se você devolver os meus óculos talvez eu consiga.

– Aish, você me assustou. – disse o Kang, encaixando a armação escura sobre as orelhas do Corvinálio. – Eu quis dizer “enxergar” no sentido iteral.

– É no literal. Você sabe o grau dessa coisa? Sem isso eu sou mais cego do que um vaso sanitário. – mal sabiam, mas aquela seria a primeira de muitas outras comparações estranhas que o Park faria na presença do Kang. O mais velho ajeitou seu óculos sbre o nariz e limpou as mãos sujas na capa preta, se levantando e estendendo a mão para o mais baixo. – Sou Park Jaehyung.

– Brian Kang. – hesitou por um instante, mas logo cedeu ao cumprimento, que acabou sendo breve demais. Ele não era muito bom com essas coisas.

– Desculpa por ter irritado suas plantas, cara. – Jae se desculpou, recebendo um mínimo sorisso de canto por parte do outro. Já havia reparado que os gestos do Lufano costumavam ser bastante sutis, e não como os seus, espalhafatosos e desengonçados por conta dos membros grandes demais.

– Não tem problema, elas são meio estressadas mesmo. Mas de qualquer forma, evite mexer com Bulbos Saltadores, poderiam ter te deixado temporariamente cego, por isso perguntei se estava enxergando. Sua salvação foram os óculos.

– Amém, miopia. Mas na verdade eu não sabia, deve ser por isso que eu vou repertir em herbologia. – disse dramático, limpando uma lágrima falsa dos olhos castanhos.

– Não vai, não. – disse Kang num tom sério. – A menos que você queira, e se você está aqui, aparentemente não quer. – Jaehyung riu baixinho da fala de Brian. Aquele garoto falava como se fosse o rei do universo, mas não havia um pingo de presunção em seu olhar, mesmo que que este fosse meio perdido. – Ei! Não foi presunção, tá? Eu só quis dizer que sei o suficiente para te ajudar e—

– Não se preocupe, eu sei das suas habilidades. – e também da sua fama de esquisitão. – Até a velha Sprout concorda que você é bom com isso. Como foi que ela disse mesmo. Ah, que é como se as plantas fizessem parte de você.

– É, como se elas fizessem parte de mim... – Kang suspirou, e Jaehyung pôde jurar que o viu revirar os olhos. – Mas agora chega de conversa, vamos começar essa aula logo.

De fato, Brian Kang era um completo esquisitão. E Park Jaehyung definitivamente tinha simpatizado com toda aquela adorável esquisitice.


Notas Finais


Esse final ficou um açúcar só, me perdoem, e eu sei que tá meio curtinho e sem nexo, mas era pra ser uma oneshot e eu não sabia como separar as cenas, aí fui mantendo um padrão de tamanho dos capítulos, se quiser, podem considerar isso um prólogo também. Prometemos atualizar em breve!

Beijos e amem DAY6 e todos os demais flopados desse mundo.


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