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História Blue - Capítulo XIV


Escrita por: Hope_10

Capítulo 14 - Capítulo XIV


Fanfic / Fanfiction Blue - Capítulo XIV

P.O.V. Calum Hood

Eu fiquei um bom tempo pensando no que tinha dito ao Ashton, ele me irrita demais, mas eu sei que fui muito duro com ele, eu não deveria ter falado daquela forma com ele. Sempre que eu preciso de alguma coisa ele me ajuda. Tá que ele me irrita de mais na maioria das vezes, mas ele até que é legal.

Resolvi ir até a casa dele, eu estava inseguro e com medo dele bater a porta na minha cara, já tinha se passado um bom tempo que nós não nos falávamos. Sim, eu sei que foi eu quem disse para ele não falar mais comigo, mas eu estava sentindo falta dele. Respirei fundo e bati na porta da casa dele, quem atendeu foi a mãe dele, ela me mandou entrar e disse que o chamaria. Minutos depois eu vi Ashton descer a escada.

- Oi - ele disse sem me olhar.

- Oi - eu falei tímido - Bem, eu queria falar com você.

- Pode falar.

- Em particular - ele me olhou.

- Vem - Irwin voltou a subir pelas escadas e eu o segui até seu quarto - Senta - me sentei na cadeira da mesa do computador e ele na cama.

Ficamos um tempo calados, um olhando para o outro.

- Olha, me desculpe, Ashton. Eu não devia ter falado daquela forma com você, eu sinto muito.

- Está tudo bem, Cal - ele me olhou com os olhos arregalados - Me desculpa Calum, foi sem querer eu juro. Isso não vai mais acontecer.

- Não tem problema - eu sorri para ele e o vi suavizar a expressão - Você vai me desculpar por ter sido um babaca com você?

- Você tinha razão - ele olhou para baixo.

- Não, eu não tinha razão.

- Tinha sim, eu vivo implicando com você, eu até achei que demorou muito para você estourar comigo - Irwin, brincava com os dedos - Me desculpa.

- Vamos fazer assim então - ele voltou a me olhar - Vamos começar outra vez, ok?

- Ok - ele sorriu para mim, um lindo sorriso eu diria.

- Calum Hood - estendi a mão para ele.

- Ashton Irwin - ele apertou minha mão - Eu posso te abraçar? - o olhei desconfiado - É só uma abraço, eu juro - assenti e ele me abraçou, eu me senti estranho, não sei explicar a sensação.

- Tá bom, tá bom - nós separei - Nós vamos ser amigos agora, mas sem muita aproximação, Ashton. Eu ainda não me acostumei a isso ainda, vamos devagar.

- Ok.

- E você pode me chamar de Cal, se você quiser.

- Você tem certeza disso? - Ashton, tinha um brilho diferente no olhar.

- Estamos recomeçando, não é? - o vi assentir - Então vamos usar o passado como um aprendizado e dar uma oportunidade realista para a nossa amizade.

P.O.V. Niall Horan

- Calma amor, ninguém vai nos separar.

Eu estava abraçado a Louis que chorava descontroladamente. Ele já estava assim a algum tempo, era por volta das três da tarde quando ele me mandou uma mensagem, "Amor, por favor, vem me ver, por favor - carinha chorando", não seria coisa de outro mundo para qualquer pessoa receber isso do seu namorado, mas para mim era quando vinha do Tomlinson.

Louis, nunca me mandava mensagens assim, quando isso ocorria eu sabia que se tratava de algo sério. Era muito difícil vê-lo assim, frágil. Tomlinson, sempre se mostrava forte, então era difícil ver ele chorando. Eu podia contar nos dedos das mãos as vezes em que o Louis disse que me amava, sim eram poucas, mas eu sabia que eram verdadeiras, que ele não estava falando apenas por falar.

O senhor Tomlinson tinha dito ao meu namorado que ele iria morar com os avós, eu sabia o porque, sabia que Louis tinha contado aos pais sobre estar namorando um garoto, pelo que ele me disse a mãe dele aceitou bem, mas o pai não, Mark queria me conhecer, mas eu disse ao Lou que não poderia porque os meus pais eram homofóbicos - sei que não deveria mentir, mas eu não queria perder os meus meninos.

Sabia que um dia eu teria que contar aos quatro, mas eu ainda não estava preparado. Algumas vezes eu já tentei conversar com eles sobre isso, todas as vezes eu desisti. Eu os amava tanto, sabia que quando eles ficassem sabendo eles me dariam as costas, eu não queria isso, por isso eu sempre adiava essa conversa.

- Eu não que-quero ir.

- Calma, você não vai sair de Londres - segurei seu rosto - Eu vou falar com eles.

- Q-que?

- Não vou deixar que te mandem para longe de mim - o abracei apertado.

- Mas e-eles vão saber que-quem é você.

- Não importa Lou, o ano já está acabando - limpei seu rosto - Eu posso arrumar um emprego e nós vamos morar juntos.

- Você está falando sério?

- Claro que sim - Louis, me abraçou forte.

- Eu te amo, Niall. Te amo tanto - ele soluçou.

- Também amo você, Boo.

- Mas e os seus pais? - nos separamos.

- Eu vou dar um jeito. Não se preocupe com isso.

- Ni, mas... - o interrompi.

- Mas nada Lou, eu faço qualquer coisa por você.

Passei o resto da tarde com o Louis, os pais dele voltavam por volta das sete da noite, ele me parecia tenso, tentei acalmá-lo diversas vezes, mas ele continuava nervoso. Era horrível ver Tomlinson daquela maneira, eu estava com tanta raiva do pai dele por deixá-lo assim.

- Baby, volta para cá - abri os braços para ele - Você vai furar o chão.

- Em menos de meia hora meus pais vão chegar - ele se sentou no sofá - Meu pai vai ficar louco.

- Ei - me sentei ao seu lado - Relaxa, deixa tudo comigo.

- E se ele me expulsar de casa?

- Você fica comigo - lhe dei um selinho.

- E se os seus pais te expulsarem de casa?

- São muitos “e se”, vamos deixar isso para depois. Primeiro… - ele me interrompeu.

- Niall, não tem como eu não me preocupar.

- Meu amor - segurei o rosto dele com as minhas duas mãos - Não se preocupe, eu tenho umas economias, se tudo fugir do nosso controle, nós podemos usá-la. E eu posso arrumar um trabalho.

- Nós podemos - ele suspirou - Eu também tenho algumas economias. Não é muita coisa, mas vamos conseguir nos virar.

- Meu pai vai surtar quando descobrir que você é meu namorado - ele sorriu nervoso.

- As únicas coisas boas nas festas da empresa eram os meus amigos - sorri para ele - E aí, você apareceu e eu achei que meu coração iria sair pela boca.

- Duvido. No dia que nos conhecemos você mal olhou na minha cara.

- Mais é claro, você é tão lindo que eu não conseguia te olhar sem sentir que meu coração ia explodir, as minhas pernas pareciam que tinha virado gelatina e eu comecei a suar tanto que eu achei que o sol tinha se aproximado da terra e estava a menos de cem metros de mim, mas as minhas mãos estavam tão geladas que eu achei que estava doido.

- Eu achei que estava no céu - Tomlinson, puxou minhas mãos, as tirando de seu rosto - Você parece um anjo - Louis, beijou uma das minhas mãos.

Tomlinson, me parecia mais relaxado. E eu me sentia mais calmo apenas de ver que ele estava melhor. Ouvimos um barulho na porta e nos separamos na hora, e sim, eram os pais e as irmãs dele. Automaticamente eu vi que Louis voltou a ficar tenso. Sorri de forma confiante para ele, me levantei de sua cama e estendi a mão para ele.

- Sempre estaremos juntos, não se preocupe - ele respirou fundo e segurou minha mão enquanto se levantava.

Mark, mandou as meninas subirem quando me viu de mãos dadas com Louis. O senhor Tomlinson ficou me encarando por um bom tempo, me senti desconfortável com isso, será que todos os pais dos meus namorados não vão gostar de mim? Mas pelo menos as sogras parecem gostar.

Eu me sentia nervoso e com medo, com muito medo. Mas eu não deixaria que me afastasse de Louis, eu iria lutar por ele com todas as minhas forças.

- Eu sou Johannah, mas pode me chamar de Jay - a mulher estendeu a mão para mim, eu a cumprimentei e a abracei.

- Niall Horan.

- Horan? - o pai do Louis perguntou e eu assenti - Você é filho de um dos donos da Conceitos?

- Sim - Mark, não disfarçou a cara de chocado - Eu vou direto ao ponto, eu vim me apresentar como namorado do Louis e dizer ao senhor que ele não vai a lugar algum.

- Como é que é? - o senhor Tomlinson me olhou com uma cara que eu não sabia descrever.

- É isso mesmo.

- O Louis é meu filho, você não venha dar pitaco no que eu decido para ele.

- Ele é meu namorado e futuramente meu marido, não vou deixar que você nos afaste - Mark, riu irônico.

- Chega - a senhora Tomlinson falou séria - Como assim separá-los?

- Ele me disse que eu iria ficar com os meus avos até essa fase passar - Louis, falou baixo.

- Você agora toma decisões sem antes falar comigo?

- É o melhor para ele Jay, o Lo... - ela o interrompeu.

- É o melhor para você, Mark. Ele vai ficar e pronto - não pode conter meu sorriso e vi que o Lou também. O senhor Tomlinson estava pronto para retrucar - E se você não estiver feliz com isso, saia de casa você.

- O que? - Mark olhou para a esposa com os olhos arregalados.

- Eu já cansei de viver de aparências - senti Louis me abraçar e retribui enquanto a mãe dele falava - Eu sei muito bem o porque você quer mandar o Louis para casa dos seus pais - Mark, ficou calado - Se você tem vergonha da sua família sai da minha casa - escutei meu namorado soluçar - Eu tenho orgulho do que meus filhos são e não vou admitir que você faça isso com o meu filho.

- Eu não disse que tenho vergonha da minha família - o senhor Tomlinson bagunçou os cabelos.

- Mas é o que parece - Jay, bufou.

- Eu só quero que ele pense se é isso que ele quer para a vida dele.

- Você é um idiota, Mark - Jay, subiu a escada dando as costas ao marido.

- Calma, baby - eu tentei confortá-lo - Eu estou aqui com você e sempre estarei.

- Isso é tudo culpa sua moleque - o senhor Tomlinson me olhava com raiva - O Louis vai para casa dos avos dele e você não vai impedir isso.

- Pa-para - Louis se pronunciou baixo - A vida é minha pai e eu sei o que faço dela - ele limpou seu rosto.

- Você ainda é uma criança Lou...

- Eu tenho dezessete anos, não sou mais uma criança - meu namorado interrompeu o seu pai.

- Mas não parece - Mark, parecia rosnar de raiva - Você toma atitudes de uma criança, pelo amor de Deus, será que só eu vejo o que ele está fazendo com você?

- Eu? - olho para o homem na minha frente.

- Eu não vou deixar que você brigue com o meu filho garoto.

- PARA PAI, JÁ CHEGA - Louis tinha voltado a chorar - CHEGA, CHEGA, CHEGA.

- Eu amo o seu filho, senhor Tomlinson, e seria capaz de fazer de tudo por ele - andei até ficar cara a cara com o Mark, eu queria mostrar para ele que não tinha medo dele - Daria a minha vida pelo Louis se fosse preciso, então não venha me dizer que eu estou brincando com os sentimentos dele. o senhor não me conhece.

- É por isso mesmo que eu desconfio de você - senhor Tomlinson respirou fundo - Você quase nunca vai à empresa da sua família.

- Como sabe disso?

- Eu trabalho lá e não pense que só porque é o filho do meu chefe que vou deixar que brinque com o meu filho.

- Eu já disse que não estou brincando com ele, quer que eu faça o que para acreditar em mim?

- Prove.

- Para pai, por favor para - Louis, se colocou entre nós dois - Eu o amo pai e sei que ele não está brincando comigo.

- Eu só quero o seu bem - Mark, suspirou.

- Eu sei, mas você tem que me deixar crescer e quebrar a cara algumas vezes. Eu acredito no amor dele por mim pai.

- Ainda não confio em você garoto - senhor Tomlinson, me olhava nos olhos - Mas eu vou te dar um voto de confiança pelo Louis.

- Obrigado, senhor Tomlinson.

Senti meu namorado me abraçar e automaticamente me acalmei, respirei fundo e o olhei nos olhos.

- Eu amo você.

- Também te amo - ele sorriu em minha direção. 

Algumas semanas depois

Eu corria pela escola como se não houvesse amanhã, de longe avistei os meninos no jardim e fui até eles.

- Quase morri - apoiei minhas mãos nos meus joelhos e respirei fundo

- O que foi? - Josh, perguntou interessado.

- O Louis quase me pegou com o Zayn – falei pausadamente.

- Ninguém mandou ficar se agarrando com o Malik no banheiro da escola - Devine, disse cruzando os braços.

- Ui, cuidado que a bixa está venenosa - Ash, disse e levou todos aos riso, menos Josh.

- Eu não estou com gracinha, Irwin.

- Foi só uma brincadeira amor - Ashton abraçou Josh pela cintura.

Devine tentou empurrar Irwin, mas o mesmo só o apertava mais. Eu comecei a me sentir incomodado com isso, não sei porque, mas não estava gostando dessa aproximação dos dois.

- Tá bom Ashton, solta ele - puxei Irwin de Devine, os dois riam.

- Que foi Horan está com ciúmes? - Clifford, perguntou rindo.

De primeira eu pensei em negar, eu não estava com ciúmes do Josh com o Ashton, talvez só um pouco. Mas resolvi abraçar o Devine possessivamente.

- Ele é meu Irwin, fique longe - todos riram - Vai abraçar o Mike.

- Nada disso - Luke, abraçou Clifford - O Mike é meu.

- Então quem eu abraço? - Ash, fez um bico.

- CALUM - eu, Josh, Michael e Luke gritamos.

- Nem vem - Hood, olhou sério para Ashton que sorria - O que nós conversamos Irwin - Calum andava para trás enquanto Ash, se aproximava dele - Sai Irwin, me solta - Hood, tentava empurrar Ashton assim que o mesmo o abraçou.

Eu e os meninos ficamos rindo da cara emburrada do Calum. Direcionei meu olhar para Josh, ele estava fofo, as bochechas coradas e ele tinha um lindo sorriso nos lábios. Eu estava praticamente babando, acordei com o sinal tocando, o recreio tinha acabado.

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Zayn, tinha me ligado para que eu fosse até a casa dele. Eu queria ficar em casa largado na minha cama, comendo e vendo televisão, hoje estava frio demais para sair de casa. Mas Malik disse que era muito importante, então eu fui. Quando parei na porta da casa dele, tratei de pegar a chave que ele tinha me dado e correr para dentro.

- Eu juro que se você me chamou aqui porque está excitado outra vez eu te mato, Zayn - disse enquanto tirava o meu casaco e sentava no sofá ao lado do meu namorado.

- Para de bobeira - ele me jogou uma almofada - O assunto é sério.

- Fala então, gatinho - lhe dei um selinho.

- Meus pais vão vir morar aqui - ele falou rápido - Pronto falei.

- Q-que? - meus olhos se arregalaram.

- Meu pai recebeu uma promoção, bem não é algo muito grande, mas ele vai ser transferido para Londres mês que vem.

- Que bom.

Não, não estava nada bom. Como assim os pais dele vinham para cá? Logo agora, droga, isso não podia estar acontecendo. “PORRA, AGORA FODEU BONITO”, era o que a minha consciência gritava. Tá, recapitulando, a irmã do Harry sabem quem eu sou, os pais do Zayn me conhecem e os do Louis também. É consciência, eu concordo com você, fodeu, mas fodeu muito e bonito.

- Amor - Malik, chamou minha atenção - Niall, está tudo bem? - ele segurou minha mão.

- Ah, é, sim.

- Você está branco, eu vou pegar um copo de água. Sua pressão deve ter caído - ele se levantou - Senta - ele me empurrou de leve para que eu me sentasse no sofá - eu tentei respirar e pensar no que eu ia fazer.

Com toda certeza, os pais do Zayn e do Louis iam comentar um com o outro sobre o namorado do filho. Eu sabia que assim como os filhos os pais também eram muito amigos. Droga, eu estava no meio do fogo cruzado.



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