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História Blue And Grey (HopeKook) - Capítulo Três;


Escrita por: Min_Dany_Panda e YoongiPan

Notas do Autor


Boa leitura amores

Capítulo 4 - Capítulo Três;


Fanfic / Fanfiction Blue And Grey (HopeKook) - Capítulo Três;

Hoseok continuou olhando atentamente para o jogo, mesmo que não estivesse entendendo nada daquilo. Seu olhar continuava focado no rapaz esbanjando mistério gratuitamente, ele era tão bom quanto o capitão do time.

— Nossa, aquele camisa 17 é muito bom! — falou Jimin, olhando os passes do rapaz com máscara. — Nunca o vi antes.

Jung desviou o olhar na direção do amigo, que parecia estar concentrado tentando lembrar se reconhecia aquele rapaz de algum lugar.

— Talvez ele estude na nossa escola, em outra turma. — Hoseok murmurou. — Mas eu também nunca vi ele.

— Ah, deixa pra lá. Veja como o meu capitão está lindo! — Park ergueu uma faixa tentando chamar a atenção alheia. — Eu te amo! — gritou.

— Jimin. — Jung sussurrou, puxando o amigo. — Você está me envergonhando.

Não era pra menos, todo mundo da arquibancada começou a encarar Park Jimin, alguns riam, outros cochichavam. Era o tipo de atenção do qual Hoseok mais se afastava.

— Jimin, se senta, por favor!? — pediu de novo.

— Eu preciso chamar a atenção dele, como ela vai me notar se eu não fizer isso? — indagou de forma óbvia.

O outro apenas deu um tapinha leve na própria testa e ficou encolhido ali, tentando ignorar a falação das pessoas. Vez ou outra acabava por olhar para a pessoa que provavelmente ajudou ele a não cair.

“Tenho quase certeza disso. Tudo casou direitinho…” Jung pensou.

O jogo já estava quase no fim, e o time da escola estava precisando de apenas mais um arremesso para ganhar com dignidade, Hoseok acompanhou os passos de todos, a bola passou por quase todo mundo, o penúltimo foi o capitão que em seguida passou a bola para o 17, que fez uma cesta muito bela. Todos foram à loucura com o fim do jogo, a escola tinha entrado para as finais.

— Eu vou atrás do meu capitão, Hobi. — falou animado e saiu correndo.

Hoseok suspirou baixinho e ficou sentado no mesmo lugar, as pessoas começaram a sair e não demorou para que o lugar ficasse completamente sozinho, pelo menos era o que ele pensava, mas logo o camisa 17 apareceu ali, agora estava vestindo um conjunto moletom cinza, e um camisa branca, seu tênis também era cinza. Hoseok acabou por rir bem baixinho, pois o rapaz estava mais parecendo um professor de educação física.

— Oi! — Hoseok sorriu e acenou, como sempre fez para as pessoas.

Ele era sempre gentil, não importava em qual situação estava, apesar de sempre ser muito tímido, ainda conseguia cumprimentar as pessoas.

— Eu sou o Jung Hoseok. — se levantou. — Obrigado por não ter me deixado cair. — se curvou em agradecimento.

O rapaz que estava na quadra começou a encará-lo, a única coisa que podia ser vista com clareza eram seus olhos castanhos, que mais pareciam duas jabuticabas, eles tinham um brilho lindo.

— Eu… — parou de falar ao ver que o rapaz já não estava mais ali. — Acho que ele não quer conversar. — suspirou.

Jung olhou o relógio em seu pulso e se assustou ao ver que horas já eram, estava quase anoitecendo. Pegou sua mochila, que quase sempre estava em suas costas, e saiu correndo, entretanto, antes que se afastasse por completo sua consciência pesou ao lembrar de Jimin.

“Preciso achar ele e dizer que já vou...ou posso mandar mensagem, assim não atrapalho!” Jung pensou, já pegando o celular e escrevendo uma mensagem para Park.

Depois disso voltou a correr em direção a sua casa, por sorte não ficava longe dali, então não ficaria tão cansado. Quando finalmente chegou em sua casa abriu a porta e entrou, novamente escutou alguns gritos, e novamente era sua mãe e seu pai.

Olhou para os lados procurando Ji-Mi, ela não estava ali, provavelmente foi para a casa da avó materna e isso só acontecia quando as coisas eram muito sérias. O Jung mais novo ficou sem saber se deveria intervir ou não, então esperou um pouco na sala.

— Estou cansado! — gritou. — Mil vezes eu já disse isso, estou cansado de você, das crianças...vocês me esgotam!

— Não fale assim! — Nari falou rápido. — São nossos filhos.

— Eu pedi algum? Eu nunca nem quis ser pai. — passou as mãos no fios negros em sua cabeça. — Quero ser livre, livre! Entendeu?

— O que quer dizer com isso? — perguntou chorando. — Fala, não seja covarde!

Jung sorriu simples, negando minimamente, respirou fundo, abriu a pasta que estava em suas mãos e jogou uns papéis sobre a mesa. Nari os pegou e começou a ler.

— Divórcio? — a mais nova sussurrou, sentindo os olhos marejarem novamente.

— Eu quero divórcio. Como pode ver, já tem minha assinatura. — apontou. — Eu estou cansado de ser um pai de família.

— Não envolve nossos filhos nessa sua covardia! — bradou. — Pensa que eu não vi a marca de batom no colarinho da sua camisa? — sorriu baixinho. — Eu ignorei...porque Ji-Mi é pequena, Hoseok é um adolescente...precisa de uma figura paterna.

— Quer dizer que estou traindo você? — o mais velho indagou.

— E não está? — mordeu o lábio inferior. — Eu vou assinar.

— Pode ler...eu deixei a outra casa para vocês, e pagarei uma pensão aos nossos filhos. E também deixei a lojinha que fica na frente da casa. — o homem disse, sem nenhum remorso.

— Deixou uma casa que precisa de diversas reformas...para poder ser habitada…? — perguntou. — Para seus próprios filhos? O que é? Sua amante merece essa casa chique? 

— Por favor, Nari, vamos terminar isso bem! — pediu.

— Tudo bem. Não me importo, eu já não suporto mais te ouvir gritar todos os dias. — sussurrou, e sem mais nenhum segundo de espera, assinou o divórcio. — Eu e as crianças nós mudamos amanhã. — sussurrou e saiu da cozinha.

Hoseok ainda estava estático na sala, seu corpo não estava correspondendo aos comandos que dava ao mesmo, entretanto, quando o barulho cessou, obrigou-se a limpar as lágrimas que insistiam em cair, assim como engolir aquela dor que afligia seu coração.

— Filho? — Nari falou, assustada ao ver que ele estava ali. — Você escutou? Me desculpe. — pediu. 

— Mãe...eu estou bem! — sussurrou e se aproximou da mais velha, puxando-a para um abraço apertado. — Eu estou bem de verdade.

O mais novo dizia isso, mas não vinha do coração, por dentro sentia seu mundo desabando. Sabia que sua família não era perfeita, que seu pai era ausente, que as brigas afetavam a todos, no entanto, nunca imaginou que terminaria assim. E ao pensar que sua mãe aturou as traições de seu pai, tudo ainda ficou pior, Hoseok estava sentindo como se tivesse no meio do nada, e uma avalanche estivesse para lhe atingir.

— Eu não sei como fazer. — Nari falou chorando, abraçando forte o filho.

— Eu estou com você, mamãe. — confortou a mais velha entre seus braços. — Vou ajudar. — sussurrou.

Hoseok sabia que a partir dali sua vida não seria a mesma, que tudo estava descendo ainda mais para a escuridão. Seu corpo doía sem motivo, as lágrimas vinham sem motivos, a insônia vinha sem motivo. Não havia motivo algum, pelo menos, era o que ele achava.

[•••]

Hoseok ficou ao lado de sua mãe até ela dormir, tentou contar piadas e em algumas conseguiu arrancar risadas da mais velha, até mesmo ele sorriu, só que não foi sincero. Não sentia humor nenhum para fazer ou sorrir de alguma piada. Entrou no quarto, e fechou a porta, seu pai havia saído depois de tomar banho, não disse nada para ele, guardou tudo que queria falar para o seu pai dentro de um baú em seu coração.

Tomou coragem para pegar o celular, queria falar sobre aquilo, queria tirar aquele ar sufocante de seus pulmões, entretanto, sua coragem sumiu ao ver o status de seu melhor amigo. Jimin estava feliz, em uma boate.

“Eu não tenho direito algum de estragar a felicidade dos outros” pensou e guardou o celular novamente, se afundando na cama, abraçando com força seu travesseiro.

Abafou seus soluços e seu choro, não queria que sua mãe ouvisse, sabia que aquela noite iria ser longa. Ainda mais, sentiu que não conseguia mais. 


Notas Finais




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