História Blue Eyes - Uma nova chance

Momoi caminhava por uma rua estranha, ela não sabia onde estava e como voltaria para casa, estava muito escuro e embora alguns e estabelecimentos estivessem abertos ela temia que alguém lhe machucasse pois estava sozinha. Com os braços cruzados seu corpo estava tremulo não sabendo dizer se era medo ou de frio, provavelmente ambos, ela continuava andando queria muito sair logo dali quando alguém atravessa a esquina e para na sua frente.

O garoto era alto, tinha cabelos negros e quando se virou para Momoi ela pode vislumbrar seus belos olhos sob a tênue luz de uma vitrine de loja, ela sentiu uma onda de alivio percorrer seu corpo, ela praticamente se jogara nos braços dele e quase aos prantos gritou seu nome.

- Yue, graças aos céus é você.

- Estava assustada? – a voz grave dele era tão gostosa e calma que quase que imediatamente o coração de Momoi se tranquilizou.

- Não imagina o quanto.

Yue tinha um cheiro muito bom, seus braços fortes traziam segurança para Momoi, ela se permitiu continuar naquele abraço e Yue não reclamaria se ela ficasse horas envolvida nele. Foi quando um pensamento cruzou a mente da rosada como relâmpago, se Yue estava ali significava que tudo era um sonho, mesmo não se lembrando de quando adormecera ela sabia que nada era real e isso infelizmente incluía Yue.

- Vem comigo Momoi, vou te ajudar a chegar em casa.

Sorrindo ele pegou a mão da rosada e saiu puxando ela pela mão, mesmo que aquele não fosse o primeiro encontro com ele Momoi continuava surpresa em como tudo era tão realista, ela conseguia sentir o toque de Yue, sentir o calor de sua mão, seu cheiro, seus sentimentos por ele sempre vinham à tona, ainda que tudo fosse um sonho ela de alguma forma estava ao lado do garoto que fora sua primeira grande paixão e seus sentimentos por ele não mudaram com o passar do tempo.

- Alguma coisa errada Momoi? Você não costuma ficar tão quieta.

- N-não tem nada de errado. – ela riu timidamente e seu rosto ficou vermelho, Yue observava suas reações.

- Tem algo que você quer falar, não tem? – eles pararam de caminhar, Yue segurou gentilmente seus ombros e sorriu como sempre fizera.

- É que... Você e eu só nos encontramos em sonhos... E eu não queria que fosse assim. – o rosto dele ganhara um semblante de preocupação.

- Você não quer mais me ver? – a voz de Yue parecia frágil e isso assustara Momoi.

- Não, não é isso, por favor não entenda errado Yue eu quero e preciso continuar vendo você. – a maneira fofa como ela tentava se explicar o fez rir. – eu quero ver você no mundo real, eu quero tocar em você de verdade... Yue se tem como você caminhar na minha direção, então peço que venha ao meu encontro.

Os olhos de Momoi se encheram de água, Yue ficou sério e em silêncio, por fim ele a abraçou com tanta força que Momoi pensou que seria esmagada naquele abraço.

- Não imagina o quanto eu gostaria de caminhar na sua direção agora, o quanto eu queria encontrar você. Só que nesse momento o único lugar que podemos nos encontrar é nesse mundo, eu estou impossibilitado de ir até você Momoi.

Ela comprimiu o rosto contra o peito de Yue e começou a chorar, suas lágrimas molhavam a camiseta dele, gentilmente o garoto acariciava os cabelos de Momoi e esperou pacientemente ela parar de chorar.

- Algum dia vamos nos encontrar?

- É claro que vamos Momoi. – a voz alegre dele recobrou as esperanças dela.

- Então eu vou esperar você.

- Não faça isso Momoi, não pare sua vida ou perca oportunidades por minha causa.

Momoi ficou cabisbaixa, ainda estava entre os braços dele, mas sentia que Yue desapareceria a qualquer momento e ela não queria que isso acontecesse.

- Yue... Eu gosto mesmo de você... Quando estou com você eu sei que é a pessoa certa pra mim...

- Eu não tenho dúvidas de que somos almas gêmeas, o que sinto por você eu nunca vou sentir por outra pessoa, você é única e especial demais para mim. – o sorriso de Yue era tão radiante quanto seu olhar, essa energia positiva que ele tinha conseguia facilmente contagiar qualquer pessoa. – e é exatamente por causa disso que eu peço que não deixe de viver me esperando, não sei quando poderemos nos encontrar no mundo real, mas sei um dia nos encontraremos, agora você precisa pensar em você e curtir sua juventude. Momoi eu quero que seja feliz, que conheça pessoas e se permita se apaixonar por outro cara.

- Se você gosta de mim então por que está dizendo isso?

- Porque eu me sentiria péssimo se você conhecesse alguém muito melhor que eu e deixasse essa pessoa ir embora enquanto me espera. Se eu amo você verdadeiramente então eu preciso te deixar livre para viver, eu quero que seja feliz e crie boas memórias.

- Yue... – gentilmente ele colocara o indicador sobre seus lábios interrompendo qualquer coisa que a rosada pudesse dizer, ela estava ainda perplexa com a declaração dele e seu coração batia rapidamente.

- Momoi, nós estaremos eternamente ligados mesmo que fisicamente estejamos distantes, nossa ligação de almas nunca será quebrada então não se preocupe comigo, se você estiver feliz eu também estarei, se eu não posso te fazer feliz e ficar com você como merece eu quero que outro alguém faça isso por mim.

Ele sorria, mas seu olhar era melancólico, Yue desejava profundamente ficar com ela, mas não podia naquele momento e por mais que doesse ele permitiria que Momoi seguisse em frente. O silencio entre eles permanecera, seus lábios lentamente se aproximaram, o beijo suave deles aplacara os sentimentos latentes de seus corações. Os dois jovens concordaram em seguir suas vidas, mas esperavam que algum dia pudessem ficar juntos.

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Nash despertara mais cedo naquele dia e enquanto se espreguiçava observava o grisalho ainda dormindo profundamente, saindo da cama entrara no banheiro para tomar um banho frio, ele refletia sobre o telefonema de seu pai na noite anterior, tinha muitas coisas para fazer e embora as coisas com Mayuzumi estivessem indo muito bem ele não teria muito tempo para ficar ao lado dele, seu trabalho exigia que ele estivesse sempre viajando e correndo riscos.

Mayuzumi não era do tipo carente que reclamava pedindo atenção o tempo todo do namorado e Nash gostava dessa qualidade nele, mas precisava encontrar uma forma de compensa-lo pela paciência que teve como loiro durante o tempo que estavam se relacionando e também para dar alguns mimos, porém nenhuma ideia lhe ocorreu. Enquanto lavava o cabelo o loiro começou a arquitetar suas estratégias para o futuro, não um futuro amoroso propriamente dito, amor e relacionamentos para alguém como ele era sempre um oásis no meio do deserto, ele poderia desfrutar por um breve momento, mas precisaria sempre seguir em frente para o próximo trabalho.

O futuro de Nash era incerto e ele adorava isso na sua profissão, seu grande amor era a adrenalina se não a tivesse em tudo que fizesse o loiro acabaria perdendo a sanidade, naquele dia ele preferiria algo mais tranquilo, talvez porque há dias ele estava fazendo algumas loucuras para cumprir um trabalhinho encomendado por um de seus clientes e também porque Mayuzumi estaria ao seu lado, Nash não gostava de envolver seus relacionamentos com suas missões.

Após se secar com a toalha ele vestiu uma roupa confortável e saiu silenciosamente de casa sem acordar Mayuzumi. Nash gostava de correr pela manhã ele precisava manter uma boa condição física e também o ar fresco ajudava a esvaziar a mente. O dia estava realmente lindo, um puro e belo céu azul claro contrastava com os altos prédios de vidros espelhados, enquanto corria ao lado de um estreito rio que cortava a cidade ele avistara um garoto de estatura baixa, cabelos e olhos azulados, corpo pequeno e pele clara. Nash se escondeu atrás de algumas arvores enquanto observava Kuroko, o azulado não tinha percebido que era vigiado, estava ocupado olhando o celular e parecia ansioso. Após alguns minutos um belo carro estacionou na frente do menor que imediatamente abriu a porta e pulou pra dentro do veículo, no banco do motorista Nash conseguiu ver Akashi, o carro saiu em disparada ele não sabia para onde iriam, mas a pressa era bem evidente, um sorriso brotou nos lábios do loiro.

- Realmente, nada como um pouco de exercício pela manhã.

Quando chegara em casa ele encontrou Mayuzumi deitado no sofá assistindo filme, o grisalho sorriu e acenou com uma das mãos.

- Você sempre sai muito cedo Nash, as vezes me pergunto se realmente consegue dormir.

Mayuzumi ficou sentado e deu um tapinha no sofá, o loiro sorriu e sentou no espaço vazio do sofá, Mayuzumi deitou a cabeça no colo do loiro e ficou observando seus belos olhos dourados.

- O que aconteceu para você estar com uma cara tão feliz hoje?

- Digamos que eu tive uma manhã radiante enquanto corria.

O sorriso enigmático de Nash fez Mayuzumi arquear uma sobrancelha.

- É mesmo? E eu poderia saber dos detalhes?

- Tudo ao seu tempo Mayuzumi. – Nash acariciava os cabelos platinados de Mayuzumi, o carinho estava tão bom que ele poderia facilmente acabar adormecendo ali mesmo. – o que acha de almoçarmos juntos hoje?

- Acho uma excelente ideia.

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Kuroko terminava de tomar banho, já era de tarde e o dia que passara com Akashi tinha sido maravilhoso, o passeio no parque, o piquenique, tudo tinha sido tão perfeito que o azulado não queria se separar do ruivo. Quando saiu do banheiro secando os cabelos com a toalha a primeira coisa que viu era Akashi brincando com Nigou na cama, aquela cena adorável deixou o menor com o coração quentinho, ele sentou ao lado de Akashi e observava em silêncio.

- Agora que já tomou banho, que tal irmos jantar fora?

- Está parecendo que somos casados ou algo assim. – o azulado rira e rapidamente seu rosto ficou vermelho quando se imaginou casado com o ruivo.

- Eu não acho ruim um futuro ao seu lado Tetsu. – o maior sorriu e deu um selinho nos lábios de Kuroko.

- B-bom, nós poderíamos ficar aqui mesmo Akashi-kun...

- Se é o que você deseja então ficamos em casa, aqui nós já temos comida e uma cama quentinha.

- Parece que você só pensa em sexo. – Akashi riu da forma fofa como Tetsu dissera aquilo.

- A única coisa que eu penso é em você Tetsu, sexo é só uma parte dos meus pensamentos com você.

- Certo, vamos sair logo.

O menor pegou a mão de Akashi e o puxara para fora da cama, o ruivo continuava rindo do menor.

- O que te fez mudar de ideia?

- É que eu...

- Ah qual é Tetsu? Até parece que nunca transamos antes.

- Não é isso, eu queria poder satisfazer mais suas vontades do que você as minhas... Ultimamente nós só temos feito o que eu quero e isso está errado.

Akashi sorriu e beijou carinhosamente o menor, quando se afastaram os olhos heterocromáticos do ruivo encontraram os azuis de Kuroko.

- Eu agradeço por se preocupar com isso Tetsu, a verdade é que não importa o que façamos eu ficarei igualmente feliz porque o mais importante é estar com você, satisfazer seus desejos é satisfazer os meus também.

Kuroko ficou em silêncio, seu rosto estava tão vermelho quanto os cabelos de Akashi, as palavras apaixonantes do ruivo deixaram o menor sem saber o que responder. Gentilmente Kuroko foi conduzido até o carro de Akashi, ele não disse para onde iriam, mas o azulado tinha uma forte intuição do lugar onde iriam. Quando chegaram na estrada para a fazenda de Akashi o menor estava ansioso para rever Yakuro, o azulado correu para abraçar o cavalo enquanto Akashi observava com um sorriso nos lábios, aquele dia seria um dia dedicado a brincarem com seus pets e ambos os garotos estavam felizes com isso.

Ambos criaram um laço afetivo com os animais e passar algum tempinho juntos trazia muitas lembranças, o ruivo se sentia orgulhoso quando o azulado cavalgava com Yakuro, o menor vencera seus medos e agora parecia um só com o animal. O ruivo também se tornara um pai para Nigou, ele conseguia entender o animal melhor que o azulado e ele obedecia muito mais Akashi do que Kuroko.

Kuroko corria pela pista de hipismo no lombo de Yakuro, ele aprendeu rápido a manter o equilíbrio sobre o animal, vê-los assim fazia o coração de Akashi bater mais rápido, Kuroko ganhava um olhar selvagem e confiante, era sexy e totalmente diferente do Kuroko nas quadras. Com os braços cruzados o ruivo contemplou o final daquele dia enquanto a pessoa que mais amava se divertia cavalgando seu adorado Yakuro.

- É muito revigorante isso Akashi-kun, sempre que ando um pouquinho no Yakuro eu me sinto ótimo.

- Eu sei Tetsu, é por isso que sempre pratico hipismo e ele é meu cavalo principal, Yakuro me traz uma sensação de liberdade que eu tanto amo.

Ele ajudou Kuroko descer do cavalo e o conduziram para o estábulo e enquanto Akashi tirava a sela dele Kuroko sentou sobre o feno, ainda sentia a adrenalina de cavalgar com Yakuro ele precisaria de um tempinho para se recompor. Akashi sentou ao lado do menor quando terminou de tirar os equipamentos de Yakuro.

- Você parecia um cavaleiro profissional hoje Tetsu, estou orgulhoso de você.

- O-obrigado, Akashi-kun... S-sabe, tinha uma coisa que você queria fazer antes de virmos para cá...

As feições tímidas do menor entregaram sua sugestão, Akashi sorriu e o beijou tão intensamente quanto as emoções que o menor sentira sobre Yakuro.

- Vamos para casa Akashi-kun...

- Não precisamos ir embora só por causa disso. – a resposta natural do ruivo deixara o menor surpreso.

- Mas, não podemos... Não aqui.

- E por que não? – ele estava se divertindo com as reações do menor.

- Não parece certo isso... Yakuro está olhando a gente.

- Bom nós nunca fizemos algo assim ao ar livre, podemos ir lá fora então.

- E não vamos... Alguém pode nos ver...

- Ninguém nos verá eu prometo. – o ruivo colocou os braços entre a cintura do menor o fazendo deitar sobre o feno.

- Akashi-kun...

- Tem uma cachoeira aqui perto quer experimentar lá?

- Eu queria em casa. – o menor fingiu ficar emburrado, rindo o maior acariciou seu rosto.

- Se permita um pouquinho de ousadia Tetsu.

Kuroko ficou alguns segundos admirando o os olhos de Akashi, seu olhar estava ardendo de tanto desejo e paixão, acenando timidamente com o rosto ele concordou com a ideia do ruivo. Akashi gentilmente tocou os lábios do menor com os seus e seus braços envolveram o corpo de Tetsu.

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Himuro estava estirado em sua cama, olhando para o teto e imaginando milhares de coisas ruins em um futuro próximo, em sua mão direita estava o celular com o visor ligado na última conversa que tivera com Kuroko. Fazia um tempo que eles terminaram, o moreno expirou pesadamente, quando tinha aceitado o trabalho imaginou que seria algo simples, seduzir e enganar um adolescente, se apaixonar por ele não estava em seus planos, tampouco ficar doente e ser forçado a terminar com ele. A vida dele em menos de um ano se transformara de uma forma tão drástica que ele não conseguia mais reconhecer a si mesmo, seus pensamentos também eram outros, antigamente Himuro poderia facilmente ser descrito como um belo e sedutor cafajeste e concordaria com essa descrição, porém e agora? Ele ainda era um cafajeste na visão do resto do mundo, mas para ele mesmo já não sabia mais.

Ele releu as mensagens que trocaram numa época em que ambos foram de fato felizes juntos, em que o moreno acreditava que merecia o amor de Kuroko, o final é sempre a parte mais complicada, se apaixonar e viver esse sentimento podem ser de longe a melhor experiência da juventude, o problema é que ninguém ensina como esquecer uma pessoa ou exista um tutorial na internet de como deixar de amar alguém. Ele sabia que Akashi estava sondando o azulado novamente e já conseguia prever como tudo isso terminaria.

Talvez se não estivesse doente, se não fosse as besteiras que fez até chegar em Kuroko ele tivesse encontrado forças para lutar por quem amava, agora, no entanto, ele estava cansado, conformado e sem uma perspectiva positiva para seu futuro. A notificação de uma nova mensagem obrigou Himuro a visualizá-la, não que tivesse esperança de ser Kuroko era outra pessoa que trouxe um pouquinho de luz para seus dias sombrios.

Momoi pedira para que ele a encontrasse em duas horas, embora Himuro não gostasse desses encontros inesperados e sem opção de recusa, ele estava se divertindo bastante ao lado dela, após ser incentivado pela mãe de buscar felicidade o moreno permitiu que a rosada se aproximasse mais dele e assim a amizade entre os dois crescera com o tempo. Ele saiu da cama, tomou um banho rápido e se arrumou para o encontro, não estava tão animado assim, mas pensar em Momoi tornava tudo mais fácil, ela era a garota ideal para qualquer pessoa da sua idade e saber que além de linda era muito inteligente tais qualidades a tornavam encantadora.

Quando chegou no restaurante Momoi já esperava por ele, ela estava deslumbrante num belo vestido vermelho, Himuro ficou paralisado por alguns segundos seu coração estava acelerado ele precisou respirar fundo antes de continuar andando até ela. A rosada sorriu quando finalmente o avistou, ele se desculpou pelo atraso antes de se acomodar na cadeira.

- Está tudo bem, eu acabei de chegar também.

- Você me deixou intrigado sobre esse encontro. – ela sorriu timidamente e abaixou o olhar.

- Precisava conversar com você pessoalmente...

- Ok, conversaremos enquanto jantamos. – Himuro chamou o garçom, após terminarem de fazer seus respectivos pedidos ele analisou melhor o lugar que ela havia escolhido para a ocasião.

Era um belo e sofisticado restaurante, a decoração transmitia um agradável clima romântico para o ambiente, ele observou as velas vermelhas na mesa e as rosas que ficavam num jarro e acidentalmente se lembrou de um dos encontros que tivera com Kuroko, o menor escolhera algo bem próximo disso com a exceção de que tudo era branco, Momoi combinava com o vermelho e o rosa, era doce e apaixonada, carinhosa, sexy e inocente. Kuroko era perfeito para o azul e o branco, ele transmitia pureza, inocência, tranquilidade. Pessoas diferentes que o moreno desenvolvera sem querer sentimentos sinceros.

- Em que está pensando Himu-kun?

Himuro saiu de seus pensamentos confusos para fitar a rosada novamente, ela não parecia chateada com a distração dele, o moreno retribuiu o sorriso antes de responder:

- Nada de importante my lady.

Eles jantaram e tiveram uma conversa divertida, quando estava ao lado dela ele poderia esquecer seus problemas, encontrar uma segunda pessoa que conseguisse fazer esse feito era um milagre.

- Agora você tem que me contar o motivo para o nosso encontro.

Momoi mordiscou o lábio inferior, ela ficou nervosa quando o moreno a deixou sem muita escapatória, claro que ela tinha planejado um discurso para dizer a ele, porém pessoalmente ficava difícil, ele era tão bonito que isso atrapalhava o raciocínio da rosada.

Ela se lembrou novamente do sonho que tivera com Yue, da sensação que sentiu quando acordou e do que ele dissera para ela, respirando fundo ela perguntou.

- O que você acha dos nossos encontros?

- Eu os acho fantásticos, é sério Momoi eu me divirto muito com você.

- Você realmente gostaria de repeti-los mais vezes?

- Sem a menor dúvida. – o sorriso de Himuro a encorajava a prosseguir.

- E... O que você acha de mim?

Ele ficou em silêncio refletindo sobre a pergunta, Himuro não imaginava que seria colocado contra a parede pela rosada e não sabia como expressar tudo em uma resposta.

- Bem... Momoi, eu acho você linda, maravilhosa, divertida... Inteligente. – ele olhou para o teto tentando lembrar de mais coisas, enquanto ela abria um sorriso luminoso. – você é tão incrível, doce, charmosa e encantadora que mais parece um sonho.

- Nossa! Eu estou tão comovida com sua resposta Himu-kun... Não imaginei que pensava isso sobre mim. – o moreno secou delicadamente uma lágrima que descia no rosto dela a fazendo corar.

- Momoi eu...

Os olhos deles se cruzaram e Himuro acabou se perdendo no que ia falar, ele ficou alguns segundos observando a beleza dela.

- Himu-kun... Você aceita ser meu namorado?

Os olhos escuros dele se iluminaram quando ele finalmente compreendeu o que estava acontecendo, Momoi o pedira em namoro, ele sabia como ela era tímida e admirou a coragem dela. Ele se levantou, pegou delicadamente a mão dela, Momoi ficou confusa com a atitude do moreno.

- Acho que posso responder sua pergunta de uma maneira melhor. – ele a puxou carinhosamente para um beijo apaixonado.