História Blue Eyes - First double date.

'' Namore com alguém que você pode assistir a filmes da Disney o dia todo. Namore com alguém que não julga ninguém, nem quando você come seu peso corporal em cookies. Namore com alguém que entenda que você precisa ficar sozinha às vezes. Namore com alguém que anda bem com seus pais e não é tenso sobre eventos familiares. Namore com alguém que te faz querer ser uma pessoa melhor. Namore com alguém que te faz rir. Namore com alguém que te trate como você merece ser tratada. Namore com alguém que você ama.''

Os dois continuam com os olhos arregalados em nossa direção, ninguém fala nada e isso é completamente assustador.

Respiro  fundo e tento procurar palavras para dizer o que estávamos fazendo. Na verdade, não estava acontecendo nada demais, mas creio que meus pais não vão acreditar nisso, já que Luke mantém suas mãos firmes e fortes em volta da minha cintura.

— Mãe ... Nós. — Bufo e eles continuam me fuzilando com olhos. Tento continuar, mas Luke me interrompe.

— Nós estávamos apenas conversando. — Luke diz e eu mordo meus lábios.

Ah, jura que meus pais iam acreditar nisso? Soa até engraçado.

Minha mãe murmura. — Que tipo de conversa é essa? — Ela faz sinais com os dedos demostrando a posição que nós nos encontramos.

Viro o meu rosto na direção de Luke e o encaro séria, mas ele sorri, logo pronunciando palavras que fazem meu rosto esquentar.

— Ta bem, nós estávamos nos beijando. — Ele diz e eu respiro fundo, encarando os olhos grandes do meu pai.

— Se beijando?!! — Minha mãe continua, desta vez em um tom de voz mais alto. — Sozinhos?!

— Sim, só nós dois. Um beijo não precisa de mais de duas pessoas. — Luke diz e eu rolo os meus olhos, enquanto aperto o seu braço, ele ri e eu suspiro.  Minha mãe sorri cínica, balançando a cabeça.

Sorte de Luke que ela levou na brincadeira. Meu pai ainda nos encara, eu não sei o que ele está pensando e isso é muito assustador. Talvez, mas para Luke do que para mim.

— Vocês estão namorando? — Minha mãe pergunta e um sorriso surge no meu rosto, ela percebe e então respira fundo. — Oh, quando você ia me contar, Maisie?!

Coloco a mão esquerda no meu rosto em uma tentativa de me esconder, nem que seja um pouquinho de toda essa situação, eu não tinha pensando em como queria que eles soubesse que estava namorando, mas com certeza não queria que fosse assim.

— Na verdade, Luke me pediu em namoro essa tarde, então ainda é uma novidade para mim. — Respondi, com a mão ainda no rosto e minha mãe assentiu.

— Você frequenta a nossa casa geralmente? — Meu pai pergunta, finalmente falando algo.

— Não. — Luke, responde. — Ta bem, já vim algumas vezes. — Rolo os olhos, não é necessário ele dizer toda a verdade.

— Vocês só ficam se beijando? — Minha mãe pergunta e eu sinto minhas bochechas pegarem fogo novamente.

— Mãe! — A interrompo. Ela me encara confusa. — Chega desse assunto.

— Maisie, eu preciso saber. Não quero ser vó tão jovem. — Luke ri baixinho e eu  suspiro fundo.

— Pode ficar tranquila, nós só nos beijamos. — Eu digo relutante, mas ela continua a me encarar, com uma expressão duvidosa.

— Nós não fizemos sexo ainda, dona Carter. — Luke despeja as palavras e eu viro meu rosto imediatamente em sua direção.

— Luke! — O repreendo.

— O quê?

— Cale a boca. — Digo e ele ri, assentindo.

— Bem, está tudo bem então. — Minha mãe diz, logo caminhando até a porta e a fechando. — Fico feliz por vocês, podemos fazer uma jantar uma hora dessas, com a sua família, Luke.

Está tudo bem?  Isso é ótimo. Sem castigo, nem nada? Ufa, eu realmente estou feliz com isso. Mas, tenho certeza que depois ela vai querer conversar sobre o assunto e eu vou precisar cavar um buraco para me esconder.

— Ah, está ótimo. Posso falar com eles sim. — Ele responde e minha mãe assente, andando até a cozinha, Luke se vira de frente para mim e dá uma piscadinha com o olho direito.

— Não posso dizer que estou feliz. — Meu pai interrompe. — Mas, acho que isso acontecesse com todos, então. Seja um bom namorado para a minha filha.

O encaro e ele sorri, logo passando por nós e andando em direção a cozinha.

— Ual! Isso foi muito mais fácil do que eu pensei. — Luke, murmura depois que ficamos completamente sozinhos.

— Cale a boca, o que você estava pensando quando respondeu com aquelas palavras? — Rolo os olhos e ele ri, logo passando seus braços pela minha volta.

— Eu estava apenas dizendo a verdade, me desculpe pela minha sinceridade. — Ele murmura perto do meu pescoço, me causando leves arrepios.

— É, às vezes você precisa guardar a sua sinceridade. — Digo e ele ri, fazendo com seu piercing encoste na pele descoberta do meu pescoço, suspiro fundo e ele sorri mais ainda, sabendo o que está fazendo.

— Não sou muito bom com isto. — Ele diz se distanciando e eu o encaro. Ele sorri malicioso e eu balanço a cabeça. — Como por exemplo, adoro quando você usa esses shorts pequenos, quando está comigo. Só quando está comigo. — Franzo as sobrancelhas. — Quero que fique clara essa parte.

— Ah, tudo bem. Acho que já entendi. — Ele balança a cabeça. — Mas, quero deixar claro também que uso as roupas que quiser. — Ele rola os olhos. — Por favor, não quero ter uma discussão com você.

— Tudo bem, acho que podemos trabalhar nisto. — Reviro os olhos.

— Claro.

— Acho que agora preciso ir. — O encaro triste e ele sorri. — Não faça essa cara, Maisie.

— Só fique para o jantar. — Digo e ele sorri, colocando as mãos em volta do meu rosto e colando nossos lábios em um selinho demorado.

— Isso me pareceu o nosso futuro, quando estivermos casados e eu dizer '' amor preciso trabalhar'' e você pede pra mim ficar para o jantar. — Ele murmura, quando nos separamos.

Luke sorri engraçado e suas covinhas aparecem. Ah, tenho vontade de agarrá - lo ali mesmo, novamente.

— Espero que saiba cozinhar. — Ele diz e eu sorrio.

— Mais ou menos. — Murmuro.

— Tudo bem, eu  posso te ensinar. Se é que me entende. — Reviro os olhos e então ele me puxa com as duas mãos grandes atrás das minhas costas, me enchendo de pequenos beijos na boca.

— Não quer ficar mesmo? — Pergunto. — Meu pai não vai te matar. — Ele gargalha.

— Preciso ir mesmo. — Balanço a cabeça. — Mas, eu vou te ligar, tenho um monte de coisa pra te contar.

— O quê? Me conta agora, Luke. — Ele nega com a cabeça.

— Agora, eu preciso ir. — Ele se distancia e anda até a cozinha, fala algumas coisas e volta. — Já me despedi de seus pais, agora me leve até a porta, ele sorri e então eu lhe acompanho.

Nós caminhamos lado a lado até a porta e depois que saímos para fora, Luke se vira de frente para mim e me puxa colando os nossos lábios rapidamente, suas mãos me apertam contra ele, nós deixando quase como se fossemos um só.

Ele coloca uma mão envolta do meu rosto e suspira antes de continuar o beijo, seu piercing raspa de leve pelos os meus lábios e eu sinto as borboletas disputando uma corrida dentro da minha barriga.

— Vou ficar com saudades. — Ele murmura. Eu tento responde - lo, mas ele não me dá tempo, apenas vira as costas e caminha até o carro, me deixando ali confusa e precisando de mais dele comigo.

Resmungo alto e entro para dentro de casa, batendo a porta. Luke Hemmings me deixa maluca.

Subo as escadas e entro pelo porta do meu quarto. O telefone logo começa a tocar e eu dou uma corridinha, o  alcançando  rapidamente e atendendo a ligação.

— Alô. — Digo.

— Sou eu. — Zoye diz e só então me lembro que não havia nome da tela do celular quando atendi  a chamada.

— Por que está me ligando de outro número? — Pergunto.

— Porque meu celular estragou e esse é meu número novo. —  Eu solto uma risadinha. — Não ria, Maisie.

— Desculpe. Como você fez isto? — Ela começa a rir e eu rolo os olhos, lá vem.

— Eu toquei o celular na água e ele não quis mais funcionar. — Arregalo os olhos, mesmo ela não podendo me ver e caminho até a cama, me jogando ali.

— Oh, uma coisa que todo mundo faz, deveria funcionar depois disso não é? — A perguntei debochada, Zoye e suas maluquices.

—  Eu te liguei mais de dez mil vezes, você não ouviu ou o quê?! —  Ela muda de assunto e eu bufo.

— Ei, calminha. — Digo. — Eu estava com Luke e bem não estava usando o telefone.

— Luke? Hum, já sei o que estavam fazendo. — Ela debocha.

— Aposto que não sabe. — A provoco.

— Se beijando. — Ela diz.

— Também, mas. — A interrompo.

— Mas, o quê?!

— Digamos que ele pediu em namoro. — Digo.

— Ual, minha nossa!! Isso é muito legal, eu estou tão feliz por você e até que fim, achei que isso nunca ia acontecer! — Ela exclama. — Então há um novo casal na parada.

— Achou que eu nunca ia namorar? Ou que Luke nunca ia me pedir em namoro? —  A perguntei.

—  Os dois. —  Ela diz despreocupada e eu reviro os meus olhos.

—  Isso é muito idiota, ainda mais vindo de você. —  Digo a incomodando.

— Eu estava brincando.— Ela grita no telefone e eu sorrio. — É ótimo você estar namorando agora, assim a situação não ficará chata, nem nada.

—  Do que você está falando, Zoye?

—  Você ainda está de castigo? Se não, nós vamos sair e se sim, nós vamos sair também. —  Ela pergunta, na verdade afirmando o que irá acontecer.

— Bem, eu nem sei se estava. Tenho que falar com meus pais. Sair aonde? Com quem?

— Michael me convidou para um encontro, mas ele disse que seria legal se convidasse uma amiga e fizéssemos um encontro duplo.— Gargalhei mentalmente isso só pode ser ideia de Luke. — Vocês serão o nosso casal, olhe isso é perfeito. Luke é Michael são amigos. Espero que dê tudo certo. —  Ela murmura.

— Isso não me parece uma coincidência, mas tudo bem. — Digo e ela ri.

—  Pensei a mesma coisa, mas estou feliz. Pois, pelo menos, Michael me chamou para um encontro.

—  Vocês serão um casal tão perfeito. —  Murmuro e posso ouvir ela bufar.

—  Ta, ta. —  Ela diz.  —  Eu não sei que roupa vestir, você pode me ajudar?

— Claro, mas tenha calma. Quando é o encontro? —  Lhe pergunto.

— Amanhã à noite. — Ela respira fundo.

— Ta bem, amanhã antes de sairmos eu passo ai. — Ela murmura um '' Uhum'' e eu sorrio, ver a Zoye nervosa realmente é algo inacreditável.

Acho que ela realmente gosta dele. Bem quem não ia gostar, seu cabelo parece algodão doce.

— Bem, eu te liguei para contar uma coisa e você me surpreendeu com outra. Estou realmente feliz por você. —  Ela murmura.

—  Estou feliz por você também. —  Digo.

—  Eu sei. Mas, por favor não faça nada que me deixe com vergonha, nesse encontro. —  Zoye fala rapidamente.

—  Querida, nunca te vi com vergonha na vida. —  Murmuro.

—  Ta, mas por favor. —  Ela insiste novamente.

—  Zoye, pare. Vai dar tudo certo. —  Ela respira. —  Eu vou estar lá para lhe ajudar, lembra?

—  Sim. Obrigada amiga. Te amo. —  Ela murmura e eu sorrio.

—  Também te amo. —  Digo.

—  Quem não me ama? Certo, ninguém. Eu sou totalmente amável. —  Ela diz.

—  Cale a boca. Obrigada! De nada. —  Digo e ela ri.

—  Tenho que desligar, até amanhã. —  Ela finaliza.

—  Beijos e calma. —  Ela suspira, concordando e logo desligo o telefone.

[ ... ]

Zoye Andrews.

Passo pela centésima vez o batom vermelho nos meus lábios, ajeito os meus cabelos castanhos novamente e estico a minha mão até o balcão procurando o telefone.

Argh! Cadê a Maisie?!

Ela disse que estaria aqui no horário, mas até agora nada. Eu não suporto mais esperar.

Pego o telefone, desbloqueio a tela e digito aquele número que tanto conheço. O telefone chama diversas vezes e cai na caixa postal. Isso não é uma nova descoberta, ela nunca atende o telefone mesmo.

Que bela amiga!

Estou quase entrando em choque, quando a porta do meu quarto é aberta, revelando uma Maisie despreocupada.

—  Desculpe, me desculpe. —  Ela diz, assim que vê a minha feição.

—  Que isso, nem está atrasada. —  Debocho e ela ri.

—  Foi mal, Luke demorou para passar lá em casa. —  Ela sorri. —  Tudo é culpa dele.

Reviro os olhos.

—  O seu amor, está me prejudicando já. —  Bufo.

— Culpe ele. —  Ela diz, logo dando dois passos para trás me admirando.

—  O que foi? —  Pergunto a ela.

—  Tem certeza que quer a minha ajuda? Você está linda. —  Ela murmura, logo caminhando até o espelho e ajeitando o seu vestido.

—  Obrigada. —  Caminho e paro ao  lado dela. —  Você também está.

—  Vou dar uma de Zoye agora e dizer, eu sei. —  Dou risada ao ouvir a sua comparação.

Eu estava me achando realmente linda, mesmo. Na verdade, nós estávamos. Eu usava um vestido vermelho, simples, até o joelho com decote redondo. Meus cabelos castanhos ondulados caiam por cima dos ombros, dando mais destaque ao vestido. No rosto, eu usava apenas o básico da maquiagem, claro destacando os meus lábios com um belo batom vermelho.

—  Parece que Michael irá lhe buscar de carro. —  Desperto dos meus devaneios, sobre como estou vestida, quando ouço Maisie falar.

—  Ah, ta bem. —  Respiro fundo. Ela sorri, logo se despedindo e dizendo que Luke está a esperando.

—  Nós vemos lá, Zoye. Vai dar tudo certo. —  Maisie diz, antes de sair pela porta do meu quarto.

[ ... ]

Maisie Carter.

Caminho rapidamente no corredor da casa de Zoye, contando os passos para chegar até Luke  que estava me esperando no carro há algum tempinho, segundo ele, Michael ia chegar a qualquer momento e nós não podíamos estar aqui para interferir.

—  Nossa, você está linda. —  Ergo o meus olhos que encaravam as minhas sandálias,  quando ouço uma voz. Nate estava parado no fim do corredor, com os olhos grudados em mim.

—  Oi. —  Respondo e ele sorri. —  É ... Hum. Obrigada!

—  Só estou dizendo a verdade. —  Nate diz, eu continuo caminhando e passo por ele no corredor, quase chegando na porta da casa. —  Vou lhe acompanhar.

—  O meu namorado está me esperando. —  Digo e ele me encara novamente.

—  Namorado? —  Pergunta. —  Ah, ele tem sorte, você está mesmo linda.

Baixei meus olhos até o vestido branco e preto que usava, ele tinha o decote quadrangular e era bem simples, mas muito bonito. Fora isso, apenas havia alisado o meu cabelo e passado um pouco mais de maquiagem. Eu estava um pouco diferente, mas nada que o irmão de quinze para dezesseis anos de Zoye já não tenha visto.

—  Obrigada novamente, Nate. — Ele sorri e então eu abro a porta, logo pulando para o lado de fora da casa. —  Agora com licença, realmente preciso ir.

Digo e vou me afastando até  a varanda, mas Nate puxa o meu braço bruscamente me interrompendo.

—  Algum problema? —  Pergunto.

—  Me desculpe por ter lhe desafiado a andar na roda gigante aquele dia, nunca me desculpei por isto. —  Sorrio, balançando a cabeça.

—  Tudo bem, não precisa se desculpar. Digamos que foi bom até. —  Falo, tentando me afastar, mas Nate ainda segura o meu braço.

—  Sério, por quê? —  Ele pergunta.

—  Nate, eu estou atrasada. Com licença. —  Respiro fundo.

—  Atrasada para que? —  Bufo e ele larga o meu braço, mas ainda espera a minha resposta.

—  Para sair comigo. —  Ouço a sua voz rouca e então meus olhos vão de Nate para Luke que estava posicionado atrás de mim.

Os olhos azuis dele fuzilavam Nate que agora parecia ter um pouco de medo. Luke pegou na minha mão entrelaçando os nossos dedos, a apertando fortemente.

—  Está tudo bem. —  Eu digo e Luke me encara, ainda com uma feição séria. Ele passava os dentes lentamente pelo piercing e pelo o que eu o conheço, agora não era uma tentativa para seduzir alguém, ele apenas se acalmava com esta ação.

—  Quem é você? —  Luke pergunta a Nate que respira fundo, mantendo a sua melhor pose de metido. Metido à besta, isso sim.

—  Irmão da Zoye. —  Ele diz e Luke solta uma risadinha.

—  Esse é o babaca que lhe desafiou a andar na roda gigante? —  Luke pergunta, me encarando e eu bufo, estou odiando essa situação.

—  Luke este é Nate, bem Nate este é Luke, meu namorado. —  Falo e Nate arregala os olhos, eu tenho certeza que ele já sabia disso, não sei o por que da surpresa.

—  Não há prazer nenhum em conhecer você. —  Luke diz e Nate sorri.

—  Digo o mesmo. —  Nate continua.

—  Chega! —  Digo, interrompendo os dois. —  Vocês são adultos já, chega disso.

—  Maisie, ele estava dando em cima de você! —  Luke exclama.

—  Luke, ele é um conhecido, estávamos apenas conversando. Nós precisamos sair daqui, lembra?  —  Nate estava dando em cima de mim, mas agora não é hora e nem lugar para Luke dar uma de namorado ciumento.

Ele arregala os olhos, lembrando da situação.

—  Ok. Vamos então. —  Ele diz, mas eu puxo a sua mão.

—  Primeiro peça desculpas a ele. —  Murmuro e Luke respira fundo, negando com a cabeça. —  Você o chamou de babaca. —  O lembro.

—  Me desculpe por lhe chamar de babaca. —  Luke diz, logo aumentando o seu tom de voz. —  Mas, se tentar dar em cima da minha namorada novamente, você está ferrado.

Nate rola os olhos, pedindo desculpas e alegando que estava tirando uma com a minha cara, que ele me considera como uma irmã. Nós aceitamos as desculpas e então caminhamos até o carro.

Luke bate a porta do seu lado do carro e um grande estrondo ecoa pelo local.

—  Pode parar de dar uma de nervosinho. —  Digo assim que nós dois nos encontramos sentados no mesmo e ele revira os olhos.

—  Sério, não posso mais te deixar sozinha. —  Ele murmura. —  Não fui com a cara daquele garoto.

—  Não há com o que se preocupar. —  Digo, mas ele balança a cabeça negando e girando as chaves, logo ligando o carro. —  O que foi então, Luke?

—  Tem  muito com o que se preocupar, eu não lhe disse ainda. Mas, você está linda. —  Um sorriso toma conta do meu rosto e Luke sorri quando percebe, sua mão vai de encontro a minha bochecha e ele faz carinho levemente.

—  Você não está nada mal também. —  Respondo.

Luke usava uma camiseta social branca e uma jaqueta preta, juntamente com as suas calças pretas, seu topete estava bem alto e sua barba estava feita. Agora nesse momento se me disserem que perfeição não existe, eu nego.

—  Eu estou magnífico. —  Ele diz, sorrio ao ouvir o quanto seu ego é alto. Minha nossa!

Me inclino e ligo o rádio, logo a música Cheerleader começa a tocar e eu aumento o volume.

—  Adoro essa música. —  Digo e Luke sorri.

—  Adoro quando você se inclina assim, com esse vestido. —  Sinto o rubor invadir as minhas bochechas e Luke sorri ainda mais. —  E adoro te deixar constrangida.

—  Já percebi. —  Respondo.

Algumas músicas tocam  durante o restante do caminho e  nós conversamos sobre bobagens. Depois de um tempo Luke estaciona o carro na frente do Pub que iríamos  encontrar com Michael e Zoye.

—  Não chegaram ainda. —  Digo e Luke concorda.

Meus olhos estão presos no vidro, acompanhando cada movimento de carro, esperando Michael aparecer com a minha amiga. Mas, uma mão macia me distraí e meu olhar vai para Luke que sorri malicioso.

—  Nós podemos aproveitar, enquanto isso. —  Ele diz.

Mordo os meus lábios, concordando e Luke solta o cinto que estava entre o seu peito e cintura, logo ficando em cima de mim.

Seu nariz encosta no meu e seu piercing raspa de leve nos meus lábios, então sua boca encosta na minha, acabando com todo o espaço que restava entre nós dois.

Sua mãos descem até a minha cintura e a apertam fortemente, acelerando o beijo. Minhas mãos seguram a sua camiseta, o apertando contra mim.

Respiramos fundo, dando uma pausa no beijo.

—  Estou com calor. —  Luke murmura, contra o meu rosto e então nos gargalhamos.

Abro os meus olhos que ainda se encontravam fechados e encaro os olhos azuis que me observavam de muito perto.

—  Eu te amo. —  Ele sussurra, fazendo as borboletas desmaiarem dentro do meu estômago.

—  Eu te amo também. —  O respondo.

E então Luke inclina o seu rosto um pouquinho em minha direção, com a intenção de colar os nossos lábios novamente, mas três batidinhas no vidro atrapalham a sua  ação.

Ah, droga!