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História Blue Eyes - Não correspondido?


Escrita por: h20escrevendo

Notas do Autor


ENJOY!!!

Capítulo 14 - Não correspondido?


Algum tempo depois.

Eu estou gostando de estudar, é difícil pra mim admitir que estou feliz e que gosto do que estou fazendo, mas é como me sinto. Entretanto ao mesmo tempo em que estou amando as aulas, as matérias e toda a experiência que a universidade me proporciona uma coisa não sai da minha cabeça por mais que eu queira que ela vá embora. Não consigo esquecer do que aconteceu na sorveteria, eu cheguei a sonhar com isso e toda vez que Will aparece — o que é frequentemente porque ele continua não me deixando em paz mesmo depois de tanto tempo — eu não consigo não corar ou me sentir tímido. A pior parte é o desejo que se instalou em mim desde aquele dia, eu desejo, eu quero que ele me beije de novo, mas Will nunca mais fez nada como aquilo, nosso relacionamento se tornou uma amizade normal, ele deixou de fazer insinuações. Parte de mim acredita que ele não gostou do beijo que me deu na sorveteria, que naquele momento ele decidiu que eu não era o tipo dele e isso me deixava triste. Não podia acreditar que algo assim havia acontecido comigo, nunca pensei que fosse gostar de alguém, mas em todos esses meses de convivência com Will, ele cada vez mais se mostrou ser mais encantador e incrível, eu realmente estava gostando dele e não sabia lidar com isso:

— Uma moeda por seus pensamentos.

Eu estava de pé encarando o interior de meu armário, concentrado em meus pensamentos e ao ouvir a voz que saiu do nada como sempre dou um pulo devido ao susto e acabo batendo minha cabeça de leve no meu armário:

— Ai. — digo ponto a mão onde a porta do armário havia batido.

Will vê o que fez e se aproxima parecendo culpado:

— Desculpe. — diz.

Will tira minha mão de cima do que deve ser um galo se formando, ele coloca as mãos de cada lado do meu pescoço e observa o local onde eu bati, respiro fundo tentando acalmar minhas reações a sua proximidade, ele esta muito perto:

— Esta doendo? — pergunta preocupado.

— Estou bem.

Os olhos de Will encontram os meus:

— Tem certeza? — pergunta em voz baixa.

Ponho alguma distancia entre nós:

— Sim.

— Não vai reclamar sobre eu aparecer do nada dessa vez? — pergunta agora sorrindo.

— Nesse ponto já estou acostumado.

— E então?

— Então o que? — pergunto enquanto pego meus materiais do armário.

— No que você estava pensando?

Faço força para me manter calmo e não corar:

— Nada.

Will me encara:

— Você mente mal. — diz — Mas gosto disso em você.
Reviro os olhos e me encaminho para a sala onde será minha próxima aula:
— Te vejo no almoço! — grita Will no meio do corredor fazendo várias pessoas encararem.
Ignoro os olhares e vou pra classe.
Nos últimos meses Will e eu estabelecemos uma espécie de rotina, em todos os intervalos entre as aulas estávamos juntos. Isso havia se tornado normal e as pessoas ao redor pareciam ter se acostumado.
Já eu não tinha ideia do que realmente estava acontecendo. Will nunca mais tentou nada comigo depois do que aconteceu na sorveteria. A cada dia que passava eu acreditava que ele perdeu a atração que tinha por mim naquele dia, acreditava que ele não havia gostado do que aconteceu, que ele agora só me via como amigo. Isso não seria de todo ruim se eu não estivesse cada vez mais apaixonado por ele.
Mais tarde naquele dia decido não ir jantar, envio uma mensagem para Will avisando, pra que ele não venha bater na porta, eu me perco em pensamentos de autopiedade enquanto estou deitado na cama encarando o teto, nunca pensei que estaria nessa situação, tendo que enfrentar a decepção de um amor não correspondido:
— Problemas? — pergunta Leo depois de entrar no quarto e me observar por alguns segundos.
Olho pra Leo, eu não era de compartilhar meus sentimentos, mas precisava conversar com alguém:
— Posso confiar em você? — pergunto o encarando intensamente.
Leo se senta em sua cama virado pra mim e sustenta meu olhar:
— É claro. — diz mortalmente sério.
Eu suspiro ao me sentar, me escoro na cabeceira da cama e mantenho nossos olhares conectados. Eu havia ficado muito bom em contato visual por causa de Will:
— Eu estou gostando de Will... — digo rapidamente e em voz baixa.
Leo arqueia as sobrancelhas, mas não parece surpreso:
— E - continuo — não penso que eu seja correspondido. — finalizo.
— Por quê? — pergunta seriamente.
Conto a Leo o que aconteceu na sorveteria:
— Mas ele ia te beijar de novo se a garçonete não tivesse chegado. — diz Leo.
— Eu acho que sim. Mas não tenho certeza, desde então ele não fez mais nada. — digo.
Leo se deita parecendo exausto de repente:
— Então estamos no mesmo barco.
— O que quer dizer? — pergunto confuso.
— Eu acho, não é certeza, eu acho que, talvez, apenas talvez, eu goste de Jason... Romanticamente falando. — diz.
— E o que se faz nessa situação? — pergunto totalmente perdido.
— Eu não sei... Se confessar?
Começo a rir, Leo acha estranho:
— O que é tao engraçado? Nunca te vi rir. — diz.
Ainda sorrindo respondo:
— É que até algum tempo atrás eu nunca me imaginei estando apaixonado e agora estou conversando sobre confessar meu amor a alguém... Eu nunca teria coragem. — digo a última frase suspirando.
— Você não precisa falar... Só faz rolar um clima. — fala Leo.
— Fazer rolar um clima?
— É... Fazer rolar um clima, convida ele pro cinema ou algo do tipo, aí você tenta se aproximar... Fisicamente falando.
— Eu não conseguiria. Você faria isso com Jason?
— Eu não sei. Como eu disse antes estamos no mesmo barco. Também não acho que ele me corresponda.
— Eu acho que corresponde. — digo.
Leo me olha, mas não faz nenhum comentário:

— Penso o mesmo sobre Will. — diz Leo.

***

— Porque não quis jantar ontem? — me pergunta Will no exato momento em que estou saindo do quarto para o café da manha.

Ajeito a alça da minha mochila e continuo a andar, Will me acompanha:

— Estava sem fome. — digo.

— Hey. — Will pega meu pulso e me faz virar de frente pra ele, seus olhos capturam os meus, como sempre — Tudo bem?

— Porque a pergunta? — pergunto tentando não gaguejar.

— Você parece não estar em um estado de espírito muito bom. — diz.

— São seis da manha. — falo como uma explicação.

Will não parece acreditar muito, mas me solta e então vamos pro refeitório.


Notas Finais


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