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História Blue Eyes - Vou fazer isso


Escrita por: h20escrevendo

Notas do Autor


Deuses esse capitulo ficou grande, não achei que fosse ficar tão grande quando comecei a escrever.
Enfim, no capitulo anterior eu acabei postando duas vezes e quando exclui o capitulo repetido acabei excluindo um comentário maravilhoso e peço desculpas.
Mas falem ai gente, onde você moram, em cidade grande? Em cidade pequena? Ainda estão na escola? Na faculdade?
O que fez você se interessarem por yaoi?
Outra coisa. Não estão tendo muitos comentários na historia, agradeço de coração a quem esta comentando e peço para que quem não esta comentando comente (A não ser que seja só pra comentar 'continua' ai eu prefiro que não comente, porque eu vou continuar de qualquer jeito), é que eu me esforço tanto pra escrever algo om pra vocês e fico horas pensando e digitando e quando vejo tem 253 pessoas lendo e 14 comentam.
Sobre eu não responder comentários, as vezes eu não sei como responder e as vezes estou inspirada e respondo, tipo hoje que essas notas especiais parecem que não vão acabar e vocês querem ir logo pra capitulo, mas eu continuo digitando, enfim, me digam o porque de vocês serem leitores fantasmas. É porque as vezes eu não respondo? Peço perdão por isso, mas não deixem de comentar.
Enfim, vamos ao capitulo.
ENJOY!

Capítulo 36 - Vou fazer isso


LEIAM AS NOTAS INICIAIS. POR FAVOR!!!!

QUEM JÁ LEU SIGA EM FRENTE.

POV Maria.

A partir do momento em que piso na entrada da empresa nesta manha de segunda feira é como se eu sentisse que algo esta diferente, embora eu não consega dizer exatamente o que:

— Bom dia, Maria. — diz Janett quando passo pelo saguão de entrada.

Janett trabalha na empresa já há sete anos, olhando pra ela com seus olhos cor de mel, sua pele impecável e cabelo louro claro, você não pensaria que ela tem mais de vinte anos, mas na verdade ela já tem trinta, é uma moça muito simpática e amável:

— Bom dia, Janett. Como foi seu dia ate agora? — pergunto me escorando em seu balcão.

Janett olha para os dois lados para checar se não há ninguém por perto antes de se inclinar por sobre o balcão para mais perto de mim:

— O Senhor Solace não esta de bom humor hoje. — cochicha ela.

Acho seu comentário estranho, pois não houve um dia em que estive nessa empresa que Apolo estivesse verdadeiramente de bom humor, ele era extremamente rabugento, os únicos sorrisos que eu já vi em seu rosto eram direcionados a clientes ou clientes em potencial da empresa e nenhum desses sorrisos era verdadeiro. Sempre me perguntei como Apolo ficaria sorrindo, mas sorrindo de verdade:

— Mas ele nunca esta de bom humor. — cochicho de volta para Janett.

Ela nega com a cabeça e volta a se inclinar pra perto:

— Hoje é diferente, ele não parece estar se sentindo bem e está mais irritado que nunca. Tome cuidado ao redor dele hoje.

— Pode deixar. — digo acenando com a cabeça para assegura-la.

Entretanto em pensamento estou dizendo um belo foda-se e vamos lá nos divertir as custas do mal humor do chefe rabugento.

Eu entro pela porta da sala que divido com Apolo e logo vejo o que Janett quis dizer, Apolo esta com a cabeça entre as mãos encarando sua mesa como se ela tivesse causado tudo que já aconteceu de errado em sua vida, entretanto, ele continua bonito, como ele faz isso não faço a menor ideia, fecho a porta com um baque, mas ele nem se mexe:

— Muito bem. Bom dia pra você também Apolo. — digo em voz alta.

Ele finalmente ergue a cabeça me observando por um segundo antes de murmurar:

— Bom dia. — diz e então volta a baixar a cabeça para entre suas mãos.

Muito acolhedor. Vocês não acham?

Me aproximo a passos largos de sua mesa, os saltos do meu sapato causando barulho ao se chocar contra o chão, paro bem em frente a sua mesa escorando uma de minhas mãos nela ao me inclinar pra frente:

— Eu não sou de me meter, mas... Sua cara esta horrível. Você andou bebendo? — pergunto indo direto ao ponto.

Apolo ergue a cabeça para me olhar, ele deve estar extremamente cansado e parece ter dificuldade em levantar a cabeça:

— Meu filho me odeia. — diz com a voz fraca.

— Hum.  — murmuro começando a entender do que se trata toda essa atmosfera sombria ao redor dele.

Pego a cadeira mais próxima e a puxo pra frente da mesa de Apolo para que eu possa me sentar, apoio meu cotovelo na mesa e meu queixo na minha mão inclinada na direção de Apolo:

— Não posso dizer que estou surpresa baseada na nossa ultima conversa.

— Eu só... Não sei o que fiz de errado. — diz cobrindo o rosto com as mãos.

— Ah, não? Eu posso te ajudar com isso. Primeiro, você não apoia ele na escolha de carreira que ele fez, segundo, você não passa tempo com ele quando pode, terceiro, você não valoriza as conquistas dele, quarto...

— Ok, ok, já entendi. Sou um péssimo pai.

Eu não poderia ter feito uma definição melhor:

— Sim, você é. — digo simplesmente.

Não há raiva na minha voz, nem resentimento, estou apenas constatando fatos:

— Você não esta me fazendo sentir melhor Maria.

— Você não merece se sentir melhor. — digo, mas não de forma malvada, mas sim de forma simples e verdadeira.

— Claro que mereço. Eu paguei pelos estudos dele, eu pago o que ele veste, o que ele come, a casa onde ele mora...

Deuses, ele é irritante. Gostoso, mas irritante:

— Argh. Eu, eu, eu, bla, bla, bla. Acorda Apolo, se ser pai fosse apenas assinar um cheque onde esse mundo iria parar? Ser pai é muito mais do que isso.

— Então me ensine por que eu claramente estou fazendo errado. — diz frustrado.

— Finalmente você percebeu então? — Apolo me olha irritado.

Ergo as mãos acima da cabeça em sinal de rendimento:

— Não me olhe assim. — abaixo as mãos — Não estou atacando você ou tentando puxar briga, só... Sei lá... Finja que sou uma psicóloga e me conte ‘como você se sente’. — digo sorrindo comigo mesma ao lembrar do filme sexta feira muito louca ao dizer essa ultima frase — Na verdade comece pelo que aconteceu. Deve ter acontecido alguma coisa pra você esta nesse estado.

— Will veio pra casa hoje de manha...

Espere um minuto...

— Will? Seu filho se chama Will?

— Sim. — Apolo responde surpreso com a pergunta.

— E ele esta no segundo ano de medicina?

— Sim. — Apolo responde franzindo a testa.

Será possível que o “amigo” de Nico, Will, é o filho de Apolo? Porque isso seria... Totalmente chocante e ao mesmo tempo hilário.

Tenho que checar isso mais tarde:

— Tudo bem. Continue.

— Então Will veio pra casa esta manha, pra entregar as roupas pra nossa governanta Jane lavar.

— Aham e?

— Ele veio acompanhado desse garoto, não consigo lembrar o nome dele agora e eu pensei... Will nunca escolheu bem suas companhias...

Ergo a mão direita em sinal para Apolo parar de falar por um momento:

— E no que você baseia isso?

Apolo franze o cenho, confuso.

— O que? — pergunta.

— O que aconteceu que faz você pensar que Will não sabe escolher os amigos?

Apolo se acomoda na cadeira em uma posição mais confortável:

— Durante as férias de verão do Will, em que eu devia estar viajando, mas voltei mais cedo, Will estava dando uma festa em casa e eu o encontrei bêbado junto com alguns delinquentes que sequer eram alunos da faculdade.

— E isso foi no ano passado?

— Sim.

— O que você fez? Voltou a acontecer?

— Não, porque eu o mandei para passar as férias de verão com a avó dele.

— Mas quando a festa aconteceu. Você conversou com Will?

— Eu o avisei que se voltasse a acontecer ele podia dar adeus à faculdade.

Eu suspiro negando com a cabeça:

— O que? — Apolo pergunta.

— Está tudo errado, tudo errado Apolo. — digo gesticulando irritada com as minhas mãos na direção de Apolo — Primeiro de tudo, você não o ameaça tirar ele da faculdade, segundo, você devia ter conversado com ele não ameaçado, você devia ter tentado descobrir, porque ele fez isso em primeiro lugar, terceiro, manda-lo para longe nunca é a solução.

— Então o que eu devia fazer?

— Eu acabei de te dizer. Converse com ele. Não grite, não o acuse, não o ameace, não o coloque contra a parede, não o ataque, converse com ele. Você sabe, aquela coisa chamada ‘dialogo’ que acontece quando duas pessoas conversam pacificamente.

— Não tem como eu ter uma conversa civilizada com Will.

— Porque não?

— Porque ele nunca concorda com nada que eu digo e sempre retruca.

— Isso acontece quando você o acusa de algo. Quando você grita, acusa, ameaça e ataca é mais do que previsível que a outra pessoa vai ficar defensiva e atacar de volta. Você não pode falar com ele apenas pra dar ordens, porque é obvio que ele não vaia te ouvir.

— Porque não? Ele é meu filho deveria fazer o que digo.

— Eh. Errado. Filhos não são maquinas programadas para obedecer. Eu não vou mentir e dizer que os filhos sempre estão certos, mas eu também estaria mentindo se dissesse que nós pais estamos sempre certos também. Tudo deve ser resolvido na base da conversa. Só tente se lembrar qual foi a ultima vez que você conversou com Will, sobre como ele estava, sobre o que ele aprendeu na escola, sobre o que ele acha dos professores, se ele gosta do que esta estudando, sobre ele e não sobre o que você quer que ele faça ou sobre como ele esta fazendo errado. Você se lembra?

Apolo faz uma careta:

— Não.

Aceno com a cabeça, já sabendo que essa seria sua resposta:

— E porque não?

— Eu nunca aprovei ele fazer medicina então acho que nunca me passou pela cabeça conversar com ele sobre isso.

— Na verdade você não conversa com ele nenhum pouco. Você não pode ser ausente e aparecer do nada exigindo coisas Apolo.

Apolo passa a mão direita pelo cabelo o deixando todo bagunçado, desvio o olhar antes que comece a suspirar pelo meu chefe. “Deuses! Esse homem é sexy”:

— Eu não sei por onde começar.

Suspiro:

— Porque a sua relação com ele é assim pra começo de conversa?

Apolo afrouxa a gravada e abre os dois primeiros botões de sua camisa mostrando o começo de seu peito muito bem definido por sinal:

— Durante o parto de Will, minha esposa, Naomi, morreu.

— Sinto muito. — digo realmente chateada, sei como é passar por isso.

Apolo nega com a cabeça suspirando:

— Tudo bem, faz muito tempo. — diz suavemente.

— Você não o culpa pela morte de sua esposa, culpa?

Apolo nega com a cabeça e faz uma careta para mim:

— Não, claro que não. É só que, eu não estava pronto pra ser pai, ao menos, não sozinho, eu ainda estava no segundo ano de residência.

— Espera ai. — eu faço um sinal de pare com as mãos — Você fez medicina?

Apolo me olha de lado constrangido:

— Sim.

— Você percebe a ironia, não é?

— Sim, Maria. Eu percebo.

— Continue.

— Eu não tinha tempo pra cuidar de uma criança, foi ai que contratei Jane, hoje ela é a governanta da minha casa, mas ela começou como baba de Will. Sempre que eu chegava Will já estava dormindo, eu o assistia dormir por um tempo antes que eu mesmo fosse dormir. Algumas vezes eu tive que trazê-lo para o hospital comigo, quando Jane tinha um compromisso e não podia ficar com ele, como eu não confiava em ninguém mais para cuidar dele eu o levava ao hospital, ele assistia aos médicos atenderem aos pacientes.

— Como você acabou dono de uma empresa?

— Eu passei a ser administrador do hospital no qual eu trabalhava, me interessei pela área e desde então trabalho com ela.

— Escute, eu não sei como foi pra você passar por tudo que você passou, mas nada disso é desculpa pra tratar seu filho mal. — digo suavemente, em voz baixa.

Apolo suspira, passando a mão direita pelo cabelo novamente:

— Eu tentei... varias vezes, conversar com ele, mas, eu sempre digo tudo que prometo a mim mesmo que não diria.

— Isso é porque você não esta pensando antes de falar, talvez ajude se você respirar fundo e realmente pensar antes de falar. Eu não conheço Will, mas... Eu tenho certeza que ele não te odeia, ele está magoado e frustrado com a maneira como o relacionamento de vocês é. Eu penso que você deve pensar durante essa semana que ele esta na faculdade sobre como você se sente sobre ele e o que você pode fazer para... e conectar com ele.

— E como eu faço isso? — pergunta Apolo soando realmente interessado.

— Bom, descubra se vocês tem algo em comum e tente conversar sobre a vida dele, perguntar como as coisas estão indo. E o mais importante, pare de força-lo a escolher administração de empresas.

— Ele teria mais estabilidade nesse ramo, já que eu já tenho empresas...

— Isso é o que os pais fazem de errado, eles constroem um império, dizem que fizeram pelos filhos, pra que quando eles crescessem eles tivessem o futuro garantido, mas o que eles não percebem é que durante a construção desse império, muitas vezes eles perdem o filho. — digo olhando Apolo nos olhos.

— Você parece falar por experiência própria. — diz.

— Sim. E me escute quando digo que você deve apoiar seu filho no que ele realmente quer fazer. E passe algum tempo com ele, tente conhecê-lo melhor.

— Vou fazer isso.

Sorrio:

— Bom. — olho meu relógio, já se passou uma hora e meia — Vou mandar a conta da consulta mais tarde. — digo.

Apolo sorri, um sorriso verdadeiro, o primeiro que vejo e fico assustada por querer fazer com que o objetivo da minha vida seja o fazer sorrir.


Notas Finais


E ai? Gostaram? Você shipam Apolo e Maria?
Se alguém que leu o capitulo tem sugestão de um titulo melhor pode falar nos comentários. Sou péssima com títulos!!!
Pra todo capitulo que receberem me digam onde estavam e se leram imediatamente? Gosto de saber disso.
E respondam as perguntas das notas iniciais.
Obrigado por lerem.
E ai o que você acham que vai acontecer a seguir?
Ah, vocês querem um POV Apolo?


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