História Blue Flowers - Meeting 2-4

"Anjo enviados lá de cima.
Sabe que faz meu mundo brilhar.
Quando eu estava para baixo, quando estava machucado.
Você veio para me levantar.
A vida é uma bebida, e o amor é uma droga.
Ah, eu acho que estou há milhas de distância da terra.
Quando eu um rio seco.
Você veio fazer chover e me inundou."

Me surpreendi com o pedido dele.
Antes de me confessar, sempre que eu ia falar com ele, ele se esquivava, se me sentia magoado? Sim, mas levava na brincadeira.
Kentin nunca foi uma pessoa má.
Estava tão atordoado pelo beijo que apenas confirmei com um aceno, tirando um sorriso de Kentin.
Ah eu acho que vou desmaiar.
Sinto cada lugar que ele tocou queimar.
Eu realmente estou perdido.
Kentin leva sua mão até minha bochecha e toca de leve minha orelha, me fazendo arrepiar.
Ele se aproxima do meu ouvido e sussurra a hora.
Ele sela de leve nossas bocas e vai embora.
Fico lá parado pensando em tudo que aconteceu.
Estou cada dia gostando mais da ousadia de Kentin.
Esse menino me levará a loucura.
Não me importo de ter uma overdose disso.

🌈

Tento em vão me concentrar na aula do professor Faraize, mas as lembranças do que aconteceu hoje não saiem da minha cabeça.
E por cima a aula está tediosa como todas as outras.
Kentin sumiu logo depois da nossa "conversa" no corredor.
Isso não me deixa feliz, eu estou com uma mau pressentimento.

Kentin (on)

Me desculpe pai por não ser o exemplo perfeito de filho.
Eu sempre quis dar o meu melhor.
Mas agora eu escolhi um caminho.
E nada pode mudar isso.

Sai do Colégio mais cedo a pedido do meu pai.
Ele é rigoroso, impotente e arrogante.
Mas ele é meu pai.
E isso nunca vai mudar.
Eu quis ir andando até em casa, estava precisando pensar, pensar em um jeito de ir ao encontro sem meu pai descobrir.
Sim, ele é homofóbico, e isso é o que mais me doi.
Não poder ser verdadeiro com ele, por causa do medo.
Eu não sabia o motivo de ser retirado do Colégio mais cedo.
Estava a passos de casa quando sinto meu celular tocar.
Atendo rapidamente.
-Não estrague tudo. -uma voz conhecida diz.
-Sim, eu entendi.

"E disse "beba de mim, beba de mim".
Quando estou sedento.
Estamos em uma sinfonia.
Agora, eu nunca acho que é o bastante. Coloque suas asas em mim, suas asas em mim.
Quando eu estava tão pesado.
Estamos em uma sinfonia.
Quando estou mais baixo, baixo, baixo."

Logo chegando em casa, sinto o cheiro bom dos doces de minha mãe.
E sou recebido com um abraço aconchegante.
Ela é a única que me conforta no meio dessa tempestade de sentimentos.
-Filho seu pai quer falar com você. -diz com um sorriso calmo.
Sigo o caminho até o quarto dos meus pais.
Entro no quarto sem bater na porta, esperando levar um sermão por isso.
Mas em vez de uma voz irritada, vejo uma pessoa sorridente.
Meu pai está na frente do espelho ajeitando seu terno.
-Filho, ainda bem que chegou, hoje é um dia importante.
Ah claro, meu pai apadrinhou o filho de seu amigo.
Ele ama tanto essa garoto, que parece ser seu próprio filho.
E isso me deixa desconfortável.
-Pai...sobre isso, estou me sentindo mal, não poderei ir.
Meu pai não se incomoda muito.
Normal isso.
-Então fique em casa sozinho, sua mãe irá.
Saio do quarto sem dizer uma palavra, mas internamente estou gritando por ter achado a saída mais simples para hoje.
Meu dia de sorte talvez?
Meu dia mais feliz.

"Anjo enviado lá de cima.
Sinto correndo pelo meu sangue.
A vida é uma bebida, e o seu amor está prestes a fazer as estrelas aparecerem."