1. Spirit Fanfics >
  2. Blue strings (Larry Stylinson) >
  3. Diga a quem você pertence

História Blue strings (Larry Stylinson) - Diga a quem você pertence


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Demorei mais cheguei. Desculpa, mas eu estou com três fics agora e estou me virando em dez para dar conta de tudo rsrs'
Boa leitura!

Capítulo 6 - Diga a quem você pertence


Fanfic / Fanfiction Blue strings (Larry Stylinson) - Diga a quem você pertence

Era estranho estar em casa sozinho. O pequeno apartamento se transformava em um enorme lugar vazio e frio quando Louis não estava. Eu estava tão acostumado a ter sua presença ali que quando eu não tinha a solidão me atingia de uma forma inimaginável.

Louis sempre saiu mais com os amigos do que eu. Acho que por conta da faculdade e por sua facilidade em fazer amigos, ele sempre estava entre os populares, fazendo o que ele chamava de “garantir o futuro”, já que sua futura profissão indicava que ele precisava mesmo de um bom network.

No começo me incomodava mais, porque ele fez amigos logo e começou a ser requisitado para sair com os colegas de sala assim que chegou a cidade. Eu não pude. Ele fez questão de conhecer todos os atores do teatro e me garantir que nenhum deles era bom para mim, que provavelmente a amizade que eles queriam era para me derrubar.

Até hoje há quem me olhe torto dentro do teatro por nunca ter me permitido conhecer melhor meus colegas de trabalho e foi só quando Niall chegou que as coisas mudaram. Niall fez amizade assim que começou a trabalhar e é muito querido por todos que o cercam, é uma luz especial que ele carrega em si.

E eu continuo aqui sentando na velha poltrona da sala, com uma xícara de chá e um livro que eu parei de ler a longos minutos por estar pensativo demais, preocupado demais com Louis e preocupado demais comigo.

Eu sempre quis sair de Holmes Chapel e conquistar os palcos. Em meus sonhos adolescentes eu voltava para minha família como um grande nome do teatro e talvez até do cinema. Vir para Londres era o primeiro passo para isso acontecer, eu encontraria uma companhia de teatro, faria meu nome ali e começaria receber propostas para trabalhar mundo a fora.

É claro que Louis também estava nos planos. Ele sempre esteve. Ele costuma sorrir sempre que eu lhe contava meus planos para o futuro e depois contava que para ele, ter um emprego fixo em um bom hospital com uma boa casa para criar os filhos já o faria totalmente feliz.

Nossas divergências de pensamentos e planos nunca foram um empecilho quando ainda éramos jovens e estávamos no colégio, mas agora, parecia que apenas ele estava caminhando para realizar seus sonhos.

E eu ficava feliz por ele, ficava feliz por vê-lo na melhor universidade do país e tendo boas notas, ficava feliz por vê-lo contar tão animadamente os procedimentos que fazia, mesmo que eu tivesse meu estômago embrulhando só de imaginar o sangue e os cortes. Eu vivia junto de Louis o seu sonho, porque eu sabia que era importante para ele.

Mas ele não parecia disposto a fazer o mesmo por mim e isso me deprimia muito. Ele era parte de minha vida, a melhor e mais importante, mas eu também precisava de uma carreira, de amigos e o mínimo de independência.

Estava perdido em pensamentos, repassando minha conversa de hoje a noite com Niall e Nick quando escutei o barulho da chave e a voz de Louis soltando um palavrão. Mais alguns segundos e ele finalmente conseguiu abrir a porta, rindo por quase ter caído no tapete.

Me levantei e fui até o corredor, parando com os braços cruzados e um semblante irritado, Louis estava caindo de bêbado, tanto que ria de si mesmo pela dificuldade de tirar o casaco.

– Amor! – Ele exclamou feliz ao me ver, caminhando até mim e tentando me abraçar, mas sem sucesso. – Você chegou agora? Veio com quem? Bebeu muito? E o tal amigo do Niall? – Sua voz saiu arrastada por conta da bebida e seu cheiro fazia meu estômago embrulhar.

– Você tem coragem de me perguntar se eu bebi muito quando você mal para de pé?

– O quê? Eu estou bem! Estou sóbrio! – Ele disse se separando de mim e elevando o tom de voz.

– Acho bom você tomar um ótimo banho, porque não vai dormir do meu lado cheirando a bebida. – Eu disse firme e virei as costas, indo para o quarto, mas ele segurou meu braço firme e me puxou para voltar a olhá-lo.

– Se eu não dormir ao seu lado, quem irá, Harry? – Sua pergunta saiu como uma acusação.

– Ninguém, eu dormirei sozinho. – Tentei soar firme, mas minha confiança já havia ido embora diante de seu olhar inquiridor.

– É isso que você quer? Começar a dormir sozinho? – Sua voz saiu quebrada e meu coração se quebrou junto.

– Não! – Eu me apressei a consertar o que havia dito. – É claro que não, Lou. Eu só não gosto quando você bebe assim. – A última parte saiu como um sussurro.

– Me desculpa, meu amor. – Ele acariciou meu rosto. – Eu só entrei em uma brincadeira idiota com os meninos e acabei bebendo demais. – Pude ver seu sorriso abrir e sorri timidamente. – Que tal tomarmos um banho? – Ele prensou meu corpo contra a parede e deixou beijos em meu pescoço.  

Eu nem respondi, apenas fui conduzido até o banheiro, tendo minhas roupas arrancadas e jogadas no chão por ele, que me colocou logo para dentro do box. Suas mãos sempre tão fortes e habilidosas viraram meu corpo em direção à parede e ele deu um tapa forte em minha bunda, me fazendo soltar um grito assustado.

– Tão lindo, Harry. – Ele murmurou bem próximo a meu ouvido, mordendo ali depois, me causando arrepios.

Mantive minhas mãos e testa apoiadas na parede, totalmente exposto para ele que brincava com suas mãos cheias de espuma por todo o meu corpo, demorando mais em meu membro, que ele masturbava vez ou outra, despertando-o.

Ele afastou minhas pernas de forma brusca e seus dedos passaram a brincar com a minha entrada, rodeando-a, me fazendo soltar gemidos manhosos. Ele me invadiu com um dedo e sua outra mão foi a meu membro, mantendo uma coordenação entre as investidas de seu dedo e os movimentos em meu pau.

Ele adicionou outro dedo, torcendo e tesourando, me fazendo gemer e fechar os olhos mais forte a cada movimento. Eu já estava quase gozando quando ele parou e levou as mãos a meu quadril, me puxando rudemente para se alinhar em minha entrada, passando sua glande por ali durante alguns segundos, me fazendo gemer em antecipação.

– Diga o que quer que eu faça, baby. – Ele deu outra tapa forte em minha bunda e eu gemi alto.

– Me fode. – Eu disse em um sussurro.

– Mais alto. – Ele me deu outra tapa.

– Me fode, Lou. – Eu disse mais firme. – Por favor. – Implorei e, embora não possa ver seu rosto, sabia que ele sorria.

Ele me invadiu firme, me arrancando um gemido agudo, e manteve seus movimentos duros. Eu levei minha mão até sua bunda e o impulsionei ainda mais em mim, desesperado por mais contato. Em resposta, Louis agarrou meus cabelos e me puxou para si, juntando minhas costas a seu peito.

Ele me empurrou novamente para a parede e levou a mão livre até meu maxilar, me fazendo olhar para ele. Agora eu estava mesmo totalmente imobilizado, preso entre o frio da parede molhada e seu corpo quente, com uma de suas mãos puxando fortemente meus cabelos e a outra em meu maxilar.

Louis estava no controle.

– Diga a quem você pertence, Harry. – Louis disse firme, mesmo que estivesse ofegante por manter as estocadas fortes.

– A você. – Eu murmurei com dificuldades, em meio a gemidos sôfregos por ter minha próstata surrada por ele.

– Eu não escutei. – Ele insistiu.

– Eu pertenço a você, Louis.

Ele abriu um sorriso realizado e investiu uma vez muito forte, me fazendo gozar e gemer alto e o fazendo alcançando seu próprio orgasmo, se desmanchando em meu interior.

– Você é perfeito, meu amor. – Ele levou a mão que segurava meu maxilar até minhas bochechas e me fez um carinho.

Ele se afastou e eu reclamei baixinho, fazendo-o rir, mas ele logo voltou para junto de mim, banhando meu corpo e aproveitando para nos manter unidos por mais um tempo. Dormimos juntos naquela noite, Louis parecia tranquilo, mas eu demorei um pouco a dormir, ainda engasgado com todas as coisas que gostaria de dizer a ele.

No dia seguinte, acordei atrasado, o que só ajudou a piorar meu humor. Para ajudar, Niall já havia ido para o teatro e eu tive que fazer o caminho todo sozinho. O loiro foi a primeira pessoa que eu vi e seu semblante parecia tão irritado quanto o meu.

– Obrigado por me esperar, Niall. – Disse irônico.

– Eu fui te chamar, mas o Louis disse que era para te deixar dormir mais um pouco. Então acuse o seu namorado e não a mim.

– Harry! – A sra. Lancaster me chamou. – Aconteceu alguma coisa, querido? – Ele me olhou por sobre os óculos.

– Não, senhora. Me desculpe pelo atraso. – Abri um sorriso para ela e ela assentiu compreensiva, me convidando ao palco.

– Poderia ter ficado em casa, você tem tão poucas falas que nem notamos sua falta. – Jake, o imbecil que sempre fazia os papéis principais, que deveriam ser meus, disse com um sorriso provocativo no rosto.

– Não sei quanto a vocês, mas eu sentiria falta do Harry mesmo sem o conhecer. – Nick se intrometeu. – Ele é do tipo que me faz feliz só por existir e me permitir olhar para ele. Tão lindo. – Ele suspirou afetadamente e passou a mão sobre meu peitoral, me fazendo rir.

– Estou com o novato nessa. – Perrie concordou, dando tapinhas nas costas de Jake e me lançando uma piscada.

O ensaio foi tão entediante quanto o papel que eu fazia. O que me acalmava é que eu não era o único estressado no dia. Jake errou inúmeras falas, Perrie se irritou com o garoto, Niall não abriu um sorriso sequer e até a sra. Lancaster deu alguns gritos irritados. Definitivamente não era um bom dia.

O único que parecia alheio a essa vibe ruim que pairava sobre todos, era Nick e, por isso, ele se destacava no meio de todos, inclusive ao chamar a todos nós para um happy hour, com a desculpa de que precisávamos mesmo de alguma felicidade.

– Você vai? – Perguntei a Niall.

– Claro e vou beber até que esqueça meu nome.

– Foi tão ruim assim? – Eu me solidarizei ao amigo.

Eu só quero cuidar de você, Niall. – Ele fez uma voz engraçada ao imitar Liam e eu ri. – O mesmo discursinho de sempre que eu ridiculamente caio.

– E então, garotos, vamos? – Nick apareceu, estendendo a mão para nós dois e Niall a aceitou prontamente.

– Eu não posso. Louis não deixa que eu saia por dias seguidos e... – olhei para ver o quão distante nós estávamos dos outros. – Ele não gosta que eu saia com eles.

– Harry, Louis não gostava que você saia nem comigo. – Niall disse entediado.

– E por quê ele não gosta? – Nick ergueu a sobrancelha.

– Eu não sei exatamente.

– Ora, então vamos! – Niall me puxou. – Você também precisa espairecer.

– Se você realmente insiste em não estar em um relacionamento abusivo, por que tem tanto medo de fazer algo que vá contra o que o Louis diz, Harry?

– Porque eu quero manter meu relacionamento.

– Você não acha que um relacionamento que termina porque você saiu com alguns amigos é um relacionamento muito frágil? – Nick insistiu.

– Meu relacionamento não é frágil, Nicholas. – Eu disse rude.

– Ótimo, então mande uma mensagem ao Louis e diga que você saíra com alguns amigos, não dê muitas informações e não ligue para ele, prove que seu relacionamento sobrevive a isso.

Encarei os dois garotos a minha frente e comecei a cogitar todas as hipóteses que poderia acontecer essa noite. Lembrei-me de como eu havia falhado na missão de dizer tudo o que sentia ontem a noite e resolvi aceitar.

Afinal, não havia nada de errado comigo e Louis e, assim como ele sempre fazia com seus amigos, eu apenas estava os acompanhando para me divertir um pouco. O que havia de errado nisso?

 


Notas Finais


É muito comum em relacionamento abusivos que o controlador inverta o jogo e culpe o outro, como Louis fez com Harry ao chegar bêbado e estar claramente errado, mas dar um jeito de fazer Harry se sentir mal e até conseguir sexo por isso. Por isso eu fiz o hot assim, com a necessidade de afirmação e controle do Louis.
É cruel, eu sei, também me doeu e está me doendo fazer o Louis assim, mas tudo fica bem no final, eu prometo! Não me abandonem <3
Espero que tenham gostado
XO


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...